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Nevos Melanocíticos - RESUMO DERMATOLOGIA

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Feito por Kamila Maragno Peruch ONCOLOGIA MEDICINA UNESC – Turma 192 
NEVOS MELANOCÍTICOS 
• Neoplasias benignas ou hamartomas compostos por melanócitos/nevócitos 
• Melanócitos são células produtoras de melanina derivadas da crista neural que, na embriogênese, 
migram para ectoderme → estando presentes na pele, SNC, olhos e orelhas 
o Melanócitos epidérmicos (camada basal), dérmicos (derme reticular) 
• Nevócitos (dermepapilar e/ou reticular) são melanócitos anômalos - não necessariamente malignos 
 
Nevos Melanocíticos Adquiridos 
• Surgem após o nascimento e estão na maioria dos adultos brancos 
• Iniciam na infância > aumentam quantidade até meia idade > tendem a diminuir 
 
INÍCIO E PROGRESSÃO 
• São classificados de acordo com a localização histopatológica 
• Mácula plana marrom a negra, com melanócitos epidérmicos 
• Aumenta o número e há agrupamentos na camada basal da epiderme → nevo juncional 
• Aprofundamento > pápula pigmentada com cels névicas na epiderme basal e derme → nevo composto 
• Maior aprofundamento > aspecto neural das cels e redução na produção de melanina 
o Lesões papulosas ou pedunculadas, cor de pele normal → nevo intradérmico 
 
CLÍNICA 
• As lesões variam, com média de 10 a 40 lesões/pessoa, e diversos aspectos 
• Inicialmente mácula enegrecida – mais despigmentada à medida que vai se tornando elevada 
• Evoluem para pápula ou nódulo, papilomatoso ou pedunculado – de mm à cm (< 6mm) 
o Cor varia de preto a cor da pele - castanho, amarelo, azulado e marrom 
 
 Nevos pigmentares planos – geralmente juncionais 
 Nevos pedunculados ou em domo – intradérmicos 
 Nevos salientes e verrucosos – compostos ou intradérmicos 
 Nevos palmoplantares e genitais – juncionais na maioria 
 Nevo agminado – nevos agrupados em área restrita 
o Esses citados são os de tipo comum – há os displásicos 
• Geralmente com pigmentação uniforme 
 
❖ Nevos melanocíticos benignos podem ter características que lembram nevo atípico ou melanoma 
o Geralmente em couro cabeludo, orelha, flexuras, mama, genital e regia palmoplantar 
• Sinais de transformação maligna → alteração do tamanho, borda, cor, sangramento, ulceração, eritema, 
dor e prurido 
 
TRATAMENTO 
• Considerar exérese – razoes estéticas, nevos em áreas de difícil acompanhamento ou que sofrem 
irritação traumática crônica (plantar, atrito com sutiã...) 
o < ou = 6mm → shaving e eletrocoagulação 
o > 6 mm → excisão e sutura 
 
Feito por Kamila Maragno Peruch ONCOLOGIA MEDICINA UNESC – Turma 192 
 
Nevo Melanocítico Congênito 
• Nevo composto ou intradérmico presente ao nascimento ou que se desenvolve a partir de cels névicas 
pré-existentes – 1% dos recém-nascidos, geralmente maior que os adquiridos 
o Pequenos < 1,5 cm / médios 1,5-20 cm / grandes ou gigantes > 20 cm 
• Lesões pigmentares planas, redondas ou ovais, de limites nítidos 
• Gigantes – 2-5% vira melanoma (< 5 anos) 
o Pequenos e médio → origem do melanoma nas cels epidérmicas – baixa 
incidência, raramente antes da puberdade (remoção profilática após puberdade) 
• Histopatologia – cels nevicas na superfície dérmica, difícil diferenciar de nevos adquiridos 
 
GIGANTES 
• Estes possuem superfície rugosa, pilosos, de cor matizada do castanho ao preto 
• Acomete principalmente dorso inferior e coxas (de grandes proporções, acometendo todo o membro) 
o Quando há grande qtd de nevos congênitos menores em outras áreas corpóreas, surgindo novos 
nevos com o tempo (74%) – chama-se de nevos satélites 
o Podem surgir lesões nodulares de rápido crescimento no NMCG - nódulos proliferativos 
• O nevo congênito pode apresentar áreas hipo/acrômicas, com regressão total em raros casos 
 
❖ São raros, envolvimento da derme desde o período neonatal – cels profundas não se modificam 
• Risco 5-20% de desenvolver melanoma – 2/3 se originam na derme 
o Em 80% ocorre mutação no gere NRAS 
• Metade dos casos acontecem < 3 anos e levam a morte (60% < 10 anos) 
o ¾ dos melanomas relacionados não se desenvolvem a partir de nevos cutâneos, mas de 
melanócitos em tecidos profundos (meninges) – difícil ver alterações 
• 20% NMCG na parte superior do tronco e segmento cefálico tem alterações EEG – melanose meníngea 
• Melanose neurocutanea – nevos gigantes no couro cabeludo e pescoço com melanose nas meninges 
o Quando há obstrução do espaço subaracnóideo – hidrocefalia 
o Nevos sobre a coluna vertebral – associação espinha bífida ou meningocele 
 
❖ Diagnóstico precoce de melanoma é difícil – outros sinais 
• Desenvolvimento de tumor/úlcera, acompanhado de metástases 
• Dermatoscopia – grande qtd de pigmento, não visualização da profundidade 
• BIOPSIA → melanócitos de morfologia variada na derme profunda e subcutâneo, 
envolvimento neurovascular e de anexos (folículos pilosos, g. sebáceas, ductos) 
o Disposição em “fila indiana” entre as bandas colágenas. 
 
TRATAMENTO 
• Excisão profilática o mais precoce possível – pelo risco e fatores estéticos e psicossociais 
• Exérese parcelada quando em extremidades – aos poucos conforme crescimento da criança 
o Reconstrução com expansores teciduais p nevos cefálicos 
• Enxerto livre - fazer excisão ate a fáscia muscular (mesmo assim não zera o risco do melanoma) 
 
 
Feito por Kamila Maragno Peruch ONCOLOGIA MEDICINA UNESC – Turma 192 
Variações dos Nevos Adquiridos 
NEVO AZUL 
• Na maioria ocorre na pele – as vzs mucosa – 2 formas benignas (Jadassohn-Tieche e azul celular) 
• Nevo Azul De Jadassohn-Tieche → lesão única, nodular, circunscrita, azulado, de tamanho 
< 1 cm, no dorso das mãos ou dos pés (múltiplos ou de variante epitelioide em síndromes) 
o Acúmulo de melanócitos dérmicos, fibroblastos e melanófagos. 
• Nevo Azul Celular → lesão nodular de coloração azulada, de 1 a 3 cm, região sacrococcígea ou nádegas. 
o Melanócitos pigmentados + ilhas de células fusiformes com citoplasma pálido, praticamente sem 
melanina na derma 
o Pode sofrer transformação maligna raramente → aparência semelhante, mas com crescimento 
rápido e pode ulcerar-se (difere de melanoma por não apresentar atividade juncional) 
 
❖ Se necessário, faz-se exérese cirúrgica do nevo melanócitico com margens de 2 a 3 mm 
• Cuidado no exagero de exéreses amplas – shaving pode ser utilizado para os nevos intradérmicos. 
 
NEVO DISPLÁSICO 
• Nevo atípico / de clark → maioria são variantes dos nevos melanocíticos compostos 
o Marcadores e precursores de melanoma – risco em 10% 
• Esporádico ou familiar – sd do nevo displasico 
• Ausentes ao nascimento – característicos da puberdade, podendo aparecer até 35 anos 
• Mácula ou maculopapular de superfície granulosa, > 6 mm - principalmente no tronco 
o Pigmentação variável e irregular, bordas irregulares, limites mal definidos 
▪ Geralmente diferem do padrão da pessoa 
o Pode haver aspecto de “ovo frito” – área papulosa central envolta por área maculosa pigmentada 
 SÍNDROME – nevo displásico em 2 ou + membros da família, dezenas de lesões 
geralmente maiores que nevos habituais, mais no tronco 
o Risco 100% melanoma em individuo com nevo DF com 2+ parentes de 1º 
grau com melanoma 
• Sinais de malignidade → crescimento, alteração pigmentar, novas colorações, 
eritema, úlcera, sangramento, crosta, lesões satélites, prurido, dor e ardor 
o Melanoma no componente juncional de nevos > 5 mm, com forma e 
pigmentação irregular 
• Tratamento – excisão cirúrgica com margem 
• Prevenção com proteção solar e cuidados especiais em fases de maior atv hormonal 
(gravidez, puberdade) → além de fazer exames dos familiares 
 
❖ NEVO DE BECKER → considerado um hamartoma de musculo liso – sem cels névicas 
❖ NEVO DESMOPLÁSICO → nódulo firme róseo ou avermelhado, endurecido ou não, pigmentação 
dicreta/ausente – ddx com queloide,NÃO precursor de melanoma 
❖ NEVO DE MEYERSON → nevo com reação inflamatória, prurido e descamação – homens jovens/crianças 
• HP – nevo melanocítico com dermatite enpongiótica, involução espontânea do eczema 
o Faz-se excisão após involução da inflamação

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