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Resumo de neuro

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Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
1 
 
 
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL, FUNÇÕES 
BÁSICAS DAS SINAPSES E NEUROTRANSMISSORES 
 
 NEURÔNIO – UNIDADE FUNCIONAL BÁSICA: 
 
dirigem para outras regiões do sistema nervoso ou para a periferia do corpo 
(SNP – Sistema Nervoso Periférico). O sinal normalmente se propaga 
apenas na direção ANTERÓGRADA (axônio de um neurônio precedente 
para os dendritos localizados nos neurônios seguintes), caso ocorra em 
sentido contrário, pode se iniciar uma patologia. 
Várias atividades do sistema nervoso se iniciam pelas experiências 
sensoriais que excitam os receptores sensoriais (do sentido e outros tipos) e 
estas experiências podem provocar reações cerebrais imediatas 
(desencadeiam uma resposta) ou podem ser armazenadas no cérebro 
(memória) por minutos, semanas, ou anos, e determinar reações do 
organismo em data futura. 
 
 
 PARTE SENSORIAL DO SISTEMA NERVOSO – 
RECEPTORES SENSORIAIS: 
 
 
 
 PARTE MOTORA DO SISTEMA NERVOSO – EFETORES: 
 
 
SISTEMA NERVOSO – CAPÍTULO 45 (UNIDADE IX) 
O sistema nervoso central 
(SNC) contém mais de 100 
bilhões de neurônios. Sinais 
aferentes chegam por meio 
de sinapses localizadas 
principalmente nos dendritos 
neuronais, além das que 
chegam também ao corpo 
celular. O sinal eferente 
trafega por axônio único, esse 
axônio tem muitas 
ramificações distintas que se 
Esta figura representa a porção somática do 
sistema sensorial, que transmite as 
informações sensoriais vinda das superfícies 
do corpo ou de porções mais profundas para 
o Sistema Nervoso Central (encéfalo e 
medula espinhal). Essa transmissão ocorre 
através dos nervos periféricos e passa pelas 
áreas sensoriais localizadas em: 
1) Medula espinhal; 2) Formação reticular 
do bulbo, ponte e mesencéfalo; 3) Cerebelo; 
4) Tálamo; 5) Córtex cerebral. 
A principal atividade do sistema nervoso é a de 
controlar as atividades do corpo, isso se dá 
através do controle de: 
1) Contração dos músculos esqueléticos 
recrutados para determinada atividade; 
2) Contração da musculatura lisa dos órgãos 
internos; 
3) Secreção de substâncias químicas pelas 
glândulas exócrinas e endócrinas. 
A junção do controle dessas atividades é 
denominada de funções motoras e os músculos e 
glândulas são chamados de efetores (são eles que 
realmente realizam as atividades). 
 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
2 
Nessa atividade, existe a atuação do NEUROEIXO MOTOR 
ESQUELÉTICO do sistema nervoso que irá controlar a atividade da 
contração do músculo esquelético, em paralelo a este eixo existe outro 
sistema, denominado de SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO que 
controla a musculatura lisa, glândulas e outros sistemas internos do corpo. 
 
Os músculos esqueléticos podem ser controlados por diferentes níveis do 
SNC, tais como: 1) Medula espinhal; 2) substância reticular bulbar, ponte e 
mesencéfalo; 3) Gânglios da base; 4) Cerebelo e 5) Córtex motor. As 
regiões inferiores são responsáveis principalmente por respostas musculares 
automáticas e as regiões superiores comandam os movimentos musculares 
complexos. 
 FUNÇÃO INTEGRATIVA DO SISTEMA NERVOSO: 
Mais de 99% de toda informação sensorial é descartada pelo cérebro, pois 
grande parte delas não estimula o córtex para que sejam armazenadas e 
acabam sendo consideradas como irrelevante ou sem importância. Em 
contrapartida, quando a informação é considerada importante, irá excitar a 
mente e esta é imediatamente canalizada para regiões integrativas e motoras 
apropriadas do cérebro, para poder provocar respostas desejadas. Tanto a 
canalização, quanto o processamento da informação, é chamada de 
FUNÇÕES INTEGRATIVAS DO SISTEMA NERVOSO. 
- Papel das sinapses no processamento de informações: 
A sinapse é o ponto de encontro entre um neurônio e o neurônio seguinte, 
elas determinam as direções em que os sinais nervosos vão se distribuir pelo 
sistema nervoso. Existem fatores que irão controlar a transmissão sináptica, 
tais como os sinais facilitários e inibitórios, que atuam abrindo ou fechando 
as sinapses para transmissão. Uma característica importante das sinapses é 
que elas ATUAM DE FORMA SELETIVA, determinando a quantidade 
de impulsos que é ou não transmitido. 
 ARMAZENAMENTO DE INFORMAÇÕES – MEMÓRIA: 
O córtex cerebral é a região onde é armazenada maior parte das informações 
captadas e que excitam o sistema nervoso, porém outras regiões (encéfalo e 
medula espinhal) são capazes de armazenar pequenas quantidades de 
informação. Esse processo ocorre devido à ação das sinapses e é chamado 
de MEMÓRIA, ocorre da seguinte maneira: 
 
 PRINCIPAIS NÍVEIS FUNCIONAIS DO SISTEMA 
NERVOSO CENTRAL: 
São três níveis: 1) Nível medular; 2) Nível cerebral inferior ou nível 
subcortical; 3) Nível cerebral superior ou nível cortical. 
- Nível medular: a medula não está ligada somente a via de passagem do 
SNP para o SNC, os circuitos neurais intrínsecos da medula podem ser 
1º 
• Alguns sinais passam por determinada sequência de sinapses; 
2º 
• A repetição desses sinais acabam passando numerosas vezes por 
essa sequência de sinapses e isso irá ocorrer de forma mais 
automática na medida que vão ocorrendo as repetições; 
3º 
• Em determinado momento estas sinapses ficarão mais capazes 
de transmitir esses sinais, recebendo o nome de facilitação. 
4º 
• Quando estas sinapses ficarem tão facilitadas, os sinais são 
transmitidos pela mesma sequência de sinapses até mesmo com a 
ausência da aferência sensorial. 
5º 
• Serão parte do mecanismo de processamento do cérebro para 
uso futuro sob a forma de pensamento. 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
3 
responsáveis por: (1) movimentos de marcha, (2) reflexos que afastam 
partes do corpo de objetos que causam dor [arco reflexo, reflexo protetor 
cruzado], (3) reflexos que enrijecem as pernas para sustentar o corpo contra 
a gravidade e (4) reflexos que controlam os vasos sanguíneos locais, 
movimentos gastrointestinais ou excreção urinária. Os níveis supraespinhais 
do sistema nervoso geralmente operam não pelo envio de sinais diretamente 
para a periferia do corpo, mas sim enviando sinais aos centros de controle 
da medula espinhal, ou seja, simplesmente ―comandando‖ esses centros 
para que realizem suas funções. 
- Nível cerebral inferior ou subcortical: região do bulbo, ponte, 
mesencéfalo, hipotálamo, tálamo, cerebelo e gânglios da base. Executam as 
seguintes funções: bulbo e ponte – controle da pressão arterial e da 
respiração, cerebelo e porção reticular bulbar, ponte e mesencéfalo – 
controle do equilíbrio, salivação e reflexos alimentares – bulbo, ponte, 
mesencéfalo, amígdalas e hipotálamo. 
- Nível cerebral superior ou cortical: responsável pelos processos mais 
complexos, região extremamente grande de armazenamento de memórias, 
mas são as estruturas subcorticais que iniciam o ESTADO DE VIGÍLIA, 
promovendo a abertura do banco de memórias para ser acessado pela 
maquinaria do pensamento, presente no encéfalo. Sem o córtex cerebral, as 
funções dos centros subcorticais são em geral imprecisas. 
 SINAPSES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: 
A informação é transmitida para o sistema nervoso central na forma de 
potenciais de ação, chamados de impulsos nervosos que se propagam por 
sucessão de neurônios. Entretanto, cada impulso: 
1) pode ser bloqueado, na sua transmissão de um neurônio para o outro; 
2) pode ser transformado de impulso único em impulsos repetitivos; 
3) pode ainda ser integrado a impulsos vindos de outros neurônios, para 
gerar padrões de impulsos muito complexos em neurônios sucessivos. 
Todas essas funções podem ser classificadas como FUNÇÕESSINÁPTICAS DOS NEURÔNIOS. 
 TIPOS DE SINAPSES: existem dois tipos principais de sinapses: 
1) SINAPSES ELÉTRICAS: conduzem eletricidade de uma célula para a 
próxima. Consiste em pequenas estruturas tubulares proteicas chamadas 
junções comunicantes (gap) que permitem o movimento livre dos íons de 
uma célula para outra. 
2) SINAPSES QUÍMICAS: maioria das encontradas no corpo humano. O 
neurônio pré-sináptico secreta uma substância química (neurotransmissor), 
este irá atuar em proteínas receptoras presentes na membrana do neurônio 
pós-sináptico. Algumas das substancias mais conhecidas são: acetilcolina, 
norepinefrina, epinefrina, histamina, ácido gama-aminobutírico (GABA), 
glicina, serotonina e glutamato. 
- Condução unidirecional das sinapses químicas: 
Sempre transmitem os sinais em uma só direção, do neurônio que secreta o 
neurotransmissor (neurônio pré-sináptico) para o neurônio onde o 
neurotransmissor age (neurônio pós-sináptico). Esse é o PRINCÍPIO DA 
CONDUÇÃO UNIDIRECIONAL que ocorre nas sinapses químicas, e é 
muito diferente da condução pelas sinapses elétricas que, em geral, 
transmitem os sinais em ambas as direções. 
ANATOMIA FISIOLÓGICA DAS SINAPSES: 
 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
4 
É composto por três partes principais: o corpo celular ou soma (maior 
parte do neurônio), o axônio único que se estende do corpo celular, deixa a 
medula espinhal e se incorpora a nervos periféricos; e os dendritos, 
numerosas projeções ramificadas do soma, que se estendem. Muitos desses 
terminais pré-sinápticos são excitatórios (secretam substância transmissora 
que estimula o neurônio pós-sináptico) e outros terminais pré-sinápticos são 
inibitórios (secretam substância transmissora que inibe o neurônio pós-
sináptico). Neurônios localizados em outras partes da medula e do encéfalo 
diferem do neurônio motor em alguns aspectos, tais como: 1) Tamanho do 
corpo celular; 2) Comprimento, tamanho e número de dendritos; 
3) Comprimento e calibre do axônio; e 4) Número de terminais pré-
sinápticos. Isso faz com que os neurônios de partes diversas do sistema 
nervoso reajam de modo diferente dos sinais sinápticos aferentes e, sendo 
assim, executarem muitas funções distintas. 
- Terminais pré-sinápticos: 
Possuem formas anatômicas variadas, a maioria se assemelha a pequenos 
botões redondos ou ovalados, sendo chamados botões terminais, pés 
terminais ou botões sinápticos. O terminal pré-sináptico é separado do 
corpo celular do neurônio pós-sináptico pela FENDA SINÁPTICA, que é a 
região onde são secretados os neurotransmissores. Nesses terminais existem 
duas estruturas extremamente importantes para que as sinapses ocorram, 
são elas: 
1) Vesículas transmissoras: contém a substância (excitatória ou inibitória); 
2) Mitocôndrias: fornecem o ATP que supre a energia necessária. 
A membrana do terminal pré-sináptico é chamada MEMBRANA PRÉ-
SINÁPTICA. Tem grande número de canais de cálcio dependentes de 
voltagem. Quando o potencial de ação despolariza a membrana pré-
sináptica, esses canais de cálcio se abrem e permitem a passagem de 
inúmeros íons cálcio para o terminal pré-sináptico. A quantidade de 
substância transmissora que é então liberada na fenda sináptica é 
diretamente proporcional ao número de íons cálcio que entram. O processo 
ocorre da seguinte maneira: 
 
* As moléculas desses receptores têm dois componentes importantes: 
1) Componente de ligação, que se exterioriza da membrana na fenda 
sináptica — local onde se liga o neurotransmissor, vindo do terminal pré-
sináptico; 
2) Componente ionóforo, que atravessa toda a membrana pós-sináptica 
até alcançar o interior do neurônio pós-sináptico. Pode ser de dos dois 
tipos: 1) Canal iônico que permite a passagem de tipos específicos de íons, 
através da membrana ou 2) ativador de ―segundo mensageiro‖ que não é 
canal iônico e sim molécula que, projetando-se para o citoplasma da célula, 
ativa uma ou mais substâncias localizadas no interior do neurônio pós-
sináptico. Essas substâncias, por sua vez, funcionam como ―segundos 
1º 
• Quando o CA2+ entra no terminal pré-sináptico, irá se ligar 
às proteínas chamadas sítio de liberação (estão na região 
interna da membrana pré-sináptica); 
2º 
• Após essa ligação ocorre a abertura dos sítios de liberação 
e as vesículas liberam os NTs (neurotransmissores) na 
fenda sináptica (depois de cada potencial de ação); 
3º 
• A membrana do neurônio pós-sináptico contém grande 
número de proteínas receptoras*; 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
5 
mensageiros‖, promovendo aumento ou diminuição das funções celulares 
específicas. 
- Canais iônicos: são de dois tipos: 
1) Catiônicos – permitem a passagem de íons sódio e algumas vezes 
potássio e cálcio. Estes canais são revestidos por cargas negativas. 
2) Aniônicos – permitem a passagem de íons cloreto e pequenas 
quantidades de outros ânions. Estes canais são revestidos por cargas 
positivas. 
Os canais iônicos não são capazes de provocar alterações prolongadas no 
neurônio pós-sináptico, porque esses canais se fecham em milissegundos 
após a substância transmissora não estar mais presente. Entretanto, a 
excitação ou inibição neuronal pós-sináptica prolongada é realizada pela 
ativação do sistema químico de “SEGUNDOS MENSAGEIROS” no 
neurônio pós-sináptico, sendo este segundo mensageiro responsável por 
provocar o efeito prolongado. Um dos tipos mais comuns utiliza o grupo de 
proteínas chamadas PROTEÍNAS G, está ligada à porção do receptor que 
se projeta para o interior da célula, formada por três componentes: 
componente alfa (a), que é a porção ativadora da proteína G, e os 
componentes beta (3) e gama (y), que estão ligados ao componente alfa e 
também à parte interna da membrana celular. Durante a ativação pelo 
impulso nervoso, a porção alfa da proteína G se separa das porções beta e 
gama e então fica livre para se deslocar pelo citoplasma da célula. No 
interior do citoplasma, o componente alfa livre executa uma ou mais de 
múltiplas funções, dependendo da característica específica de cada tipo de 
neurônio. 
 
 
Acima estão representadas quatro mudanças que podem ocorrer: 
 
A ativação de segundos mensageiros é importante para modificar as 
respostas a longo prazo das diferentes vias neuronais. 
 
 
1º 
• Abertura de canais iônicos específicos na membrana da célula 
pós-sináptica (canal de potássio se abre e permanece aberto por 
tempo prolongado). 
2º 
• Ativação do monofosfato de adenosina cíclico (AMPc) ou 
monofosfato de guanosina cíclico (GMPc) na célula neuronal. 
3º 
• Ativação de uma ou mais enzimas intracelulares. 
4º 
• Ativação da transcrição gênica. 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
6 
 
 
RECEPTORES SENSORIAIS E CIRCUITOS NEURONAIS PARA O 
PROCESSAMENTO DAS INFORMAÇÕES 
 
As informações para o sistema nervoso são fornecidas pelos receptores 
sensoriais que detectam estímulos como tato, som, luz, dor, frio e calor. A 
seguir serão classificados cinco tipos básicos e o que detectam: 
 
 
Cada classe de receptor possui uma SENSIBILIDADE DIFERENCIADA, 
isto faz com que ele seja especializado em alguma atividade e invisível a 
outros tipos de estímulos sensoriais. Os tipos de sensibilidade que podemos 
experimentar são definidos como modalidade sensorial, as sensações são 
transmitidas através de fibras que garantem uma sinapse. Cada trato nervoso 
termina em uma área especifica do SNC, então o tipo de sensação é 
determinado através de onde essa fibra chega (ex: fibras da retina terminam 
em tratos visuais). Essa especificidade das fibras nervosas para transmitir 
apenas uma modalidade sensorial é chamada de PRINCÍPIO DAS VIAS 
ROTULADAS.Qualquer que seja o tipo de estímulo que excite o receptor, 
seu efeito imediato é o de alterar o potencial elétrico da membrana do 
receptor. Esta alteração do potencial é chamada POTENCIAL 
RECEPTOR. 
- MECANISMOS DOS POTENCIAIS RECEPTORES: 
 
 
Estes fatores causam a alteração da permeabilidade da membrana do 
receptor que permite que os íons se difundam mais ou menos prontamente 
através da membrana, alterando desse modo o potencial transmembrana. 
Todos os receptores sensoriais se adaptam, parcial ou completamente, a 
qualquer estímulo constante depois de certo período. Ou seja, quando 
estímulo sensorial contínuo é aplicado, o receptor responde inicialmente 
com alta frequência de impulsos, seguida por frequência progressivamente 
menor e, finalmente, por frequência de potenciais de ação muito baixa ou, 
em geral, cessam os impulsos. 
1º 
• Mecanorreceptores: compressão ou estiramento do receptor; 
2º 
• Termorreceptores: alterações de temperatura; 
3º 
• Nociceptores: dor; 
4º 
• Eletromagnéticos: luz; 
5º 
• Quimiorreceptores: química do corpo. 
1º 
• Deformação mecânica do receptor; 
2º 
• Substância química que também abre os canais iônicos; 
3º 
• Alteração de temperatura da membrana; 
4º 
• Efeitos de radiação. 
SISTEMA NERVOSO – CAPÍTULO 46 (UNIDADE IX) 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
7 
- MECANISMOS PELOS QUAIS OS RECEPTORES SE ADAPTAM: 
O mecanismo de adaptação varia de receptor para receptor, ex: 
1) Bastonetes e cones: modificam as concentrações de substâncias químicas 
sensíveis à luz. 
2) Mecanorreceptores (corpúsculo de Pacini): ocorre de duas maneiras – na 
primeira apresentem uma estruturam viscoelástica durante a compressão de 
um lado das estruturas. Na segunda maneira é de forma mais lenta e 
acontece devido um processo denominado ACOMODAÇÃO e acontece na 
própria fibra nervosa. 
 
 
 
 
SENSAÇÕES SOMÁTICAS: I. ORGANIZAÇÃO GERAL, AS 
SENSAÇÕES DE TATO E DE POSIÇÃO CORPORAL 
 
A sensação somática é o mecanismo nervoso que reúne as informações 
sensíveis de todo o corpo. Classificação das sensações somáticas: 
1) Sensações somáticas do mecanorreceptor: sensações táteis e posicionais 
cujo estímulo depende do deslocamento mecânico de alguns tecidos. A 
sensação tátil engloba as sensações de toque, pressão, vibração e 
formigamento. Em relação à sensação corporal incluem sensações de 
posição estática e velocidade de movimento; 
2) Termorreceptoras: detectam frio e calor; 
3) Sensação da dor: é ativada com fatores que danificam os tecidos. 
- OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE SENSAÇÕES SOMÁTICAS: 
 Sensibilidade exterorreceptiva: provenientes da superfície do corpo. 
 Proprioceptivo: relacionado com o estado físico do corpo. 
 Sensação visceral: vísceras, órgãos internos. 
 Sensação profunda: tecidos profundos; fáscias, músculos e ossos 
(dor, pressão). 
- DETECÇÃO E TRANSMISSÃO DAS SENSAÇÕES TÁTEIS: 
Inter-relações entre sensações táteis de contato, pressão e vibração: 
 
 
 
O SISTEMA NERVOSO: B. OS ÓRGÃOS ESPECIAIS DOS 
SENTIDOS 
 
- PRICÍPIOS FÍSICOS DE ÓPTICA: 
 
 Refração da Luz: índice de refração de substância aparente: ele é 
calculado dividindo-se velocidade da luz no ar pela velocidade na 
substância em questão. Índice no ar é 1,00. Refração dos raios de luz 
1º 
•Sensação de toque deriva de receptores de toque na pele ou abaixo 
dela; 
2º 
•Sensação de pressão devido à deformação dos tecidos profundos; 
3º 
•Sensação de vibração resulta da repetição de sinais sensíveis 
rapidamente; 
SISTEMA NERVOSO – CAPÍTULO 47 (UNIDADE IX) 
SISTEMA NERVOSO – CAPÍTULO 49 (UNIDADE X) 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
8 
na interface entre dois meios com diferentes índices de refração: se 
ondas de luz incidem em um PLANO DE FORMA 
PERPENDICULAR, sua passagem para o outro meio se dará de 
forma TAMBÉM PERPENDICULAR, porém com menor 
velocidade (considerando o outro meio um bloco de vidro com 
índice de refração maior que o do ar). No caso da incidência não ser 
perpendicular ocorrerá refração das ondas e a velocidade será a 
mesma que no caso acima, sendo menor que a do ar. 
- APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA REFRAÇÃO ÀS LENTES: 
 
A LENTE CONVEXA FOCALIZA OS RAIOS DE LUZ: nesse tipo de 
lente, raios periféricos que incidem paralelos vão convergir em um ponto 
único após trafegarem pela lente. Esse ponto é chamado de ponto focal. A 
LENTE CÔNCAVA DIVERGE OS RAIOS DE LUZ. 
 
- MEDIDA DO PODER DE REFRAÇÃO DE UMA LENTE: 
 
Dioptria: quanto mais uma lente inclina os raios de luz, maior é seu poder 
de refração, que é medido em dioptrias. Tanto para lentes côncavas quanto 
para lentes convexas, a dioptria é calculada dividindo-se um metro por seu 
comprimento focal. Aplica-se sinal positivo (+) para lentes convexas e sinal 
negativo (-) para as côncavas, visto que nas côncavas o ponto focal se dá 
antes do cruzamento com a lente, formado pelo prolongamento dos raios 
divergentes. DIOPTRIA é uma unidade de medida que afere o poder de 
vergência – ou refração – de um sistema óptico. Exprime a capacidade de 
um meio transparente modificar o trajeto da luz. Por exemplo, uma l ente d 
e 1/2 dioptria traz raios de luz paralelos para focalizar 2 metros. Assim 
podemos dizer então que, uma lente convergente de distância focal igual a 1 
m, terá a potência de 1 dioptria. Se a distância focal for de 0,5 m, a potência 
será de 2 dioptrias. 
 
- FORMAÇÃO DA IMAGEM SOBRE A RETINA: 
 
A imagem formada é invertida, mas o cérebro é acostumado a entender 
como normal a imagem invertida, por isso a mente percebe os objetos de 
cabeça para cima. 
 
- O MECANISMO DA ACOMODAÇÃO: 
 
Para se perceber uma imagem com nitidez dispomos de um mecanismo de 
focalização. O olho focaliza um dado objeto variando a forma da lente 
denominada CRISTALINO. Esse mecanismo, de variação da forma da 
lente, é conhecido como mecanismo de acomodação visual. Os músculos 
denominados de ciliares desempenham um papel fundamental, podem 
alterar a forma da lente através de cerca de 70 ligamentos ciliares, os quais 
podem deformar a lente, puxando as bordas da lente em direção ao corpo 
ciliar. A lente (o cristalino) é composta de uma cápsula na qual existe um 
meio rico em proteínas, viscoso e transparente. É também um meio elástico. 
Quando um objeto está muito longe, o músculo ciliar está relaxado e a 
cápsula assume uma forma esférica. Quando relaxada, a vergência da lente 
é aproximadamente 18 dioptrias. O olho focaliza objetos mais próximos 
tensionando o músculo ciliar que, através dos ligamentos, deforma a lente. 
Quando os músculos ciliares são contraídos ao máximo, a lente atinge a sua 
menor distância focal (aumentando os raios das lentes esféricas) permitindo 
a focalização do objeto na retina. Existe, no entanto, um limite para a 
acomodação, objetos muito próximos do olho não são vistos com nitidez. 
Denomina-se de distância mínima de visão distante a menor distância para a 
qual o olho consegue se acomodar para permitir a imagem nítida. Essa 
distância mínima é da ordem de 25cm. Essa distância mínima varia 
drasticamente com a idade. Aos 10 anos é de 18 cm, podendo chegar a 
alguns metros depois dos 60 anos. 
 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
9 
- A acomodação é controlada por nervos parassimpáticos: os sinais 
nervosos parassimpáticos são transmitidos ao olho pelo terceiro par 
craniano e seu estímulo faz o músculo ciliar se contrair. A contração relaxa 
o cristalino permitindo o olho a focalizar um objeto mais próximo por 
aumentar seu poder de refração. À medida que um objeto se desloca em 
direção ao olho, o número de impulsos parassimpáticos é aumentado 
progressivamente, para manter o objeto no foco. 
 
- Presbiopia: com o avanço da idade, o cristalino fica maior, mais espesso e 
menos elástico, em parte pela desnaturação de proteínas. O poder de 
acomodaçãocai de 14 dioptrias na criança para cerca de 2 dioptrias por 
volta de 45 a 60 anos de idade e vai a zero dioptrias aos 70. O olho, então, 
perde a capacidade de se adaptar a objetos mais distantes ou mais perto, 
sendo necessária a utilização de óculos bifocais. 
- Diâmetro pupilar: a quantidade de luz que entra no olho é proporcional 
ao quadrado do diâmetro da pupila. A função da íris é aumentar a 
quantidade de luz que entra na escuridão e diminuir na claridade intensa. A 
profundidade do foco do sistema do cristalino aumenta com a diminuição 
do diâmetro pupilar: 
 
- Camera vs. Olhos: Câmeras possuem megapixels, que são quantos 
milhões de ―fotosites‖ para formar um ponto. Nos olhos o photosite é 
substituído por cones e bastonetes, sendo que possuímos cerca de 576 
milhões deles em nossos olhos. Ou seja, são 576 milhões de pontos 
luminosos por vez, ou 576 megapixels. Além disso, tem outra relação que é 
a íris com o diafragma. Fechado, menos luz chega ao sensor, evitando que a 
fotografia saia superexposta ou que o filme utilizado seja queimado (o que 
também poderia acontecer com a retina, caso a pupila não impedisse a 
entrada de luz). Enquanto as câmeras precisam ajustar a lente para focar um 
objeto mais próximo e desfocar outro, ou vice e versa, o olho consegue 
fazer isso naturalmente distancia focal. É o caso do ponto cego ocular. Há 
locais das imagens que nossos olhos não conseguem captar, pois são 
formados em um local onde não existem células receptoras de luz, 
exatamente onde o nervo ótico encontra a retina. Como dissemos, o cérebro 
possui uma capacidade de processamento muito grande, isso resulta no 
preenchimento do ponto cego em tempo real. As câmeras não contam com 
um processador tão bom, mas também não precisam nesse caso. Como o 
sensor de imagens é um item único, as capturas são únicas, não resultando 
em pontos que não podem ser armazenados nas fotografias. 
 
- ERROS DE REFRAÇÃO: 
 
Emetropia (visão normal): o olho é considerado emetrópico quando 
consegue dar foco nítido na retina a objetos distantes com o músculo ciliar 
relaxado. 
 
Hiperopia ou Hipermetropia (vista cansada): é causada por globo ocular 
curto demais ou ainda por um fraco sistema de lentes. O olho não consegue 
focar nitidamente na retina, raios luminosos paralelos (o foco estão depois 
da retina), necessitando de certo grau de contração do músculo ciliar para 
que haja nitidez da imagem. Na idade avançada, quando o cristalino se torna 
presbiópico, a pessoa não é capaz de acomodá-lo suficientemente, nem para 
objetos distantes, muito menos para objetos próximos. A lente convexa. 
 
Miopia (visão para perto): é causada por globo ocular muito longo ou 
ainda por um excesso da capacidade de poder de refração do sistema de 
lentes. Nesses casos, os raios luminosos provenientes de objetos distantes 
são focalizados a frente da retina. Lente côncava indicada na miopia para 
sua correção. 
 
Astigmatismo: é um erro de refração que faz com que a imagem visual em 
um plano se focalize a uma distância diferente do plano que lhe fica em 
ângulo reto. É causado por uma curvatura grande demais do olho, 
comparável a um ovo deitado. 
 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
10 
- CORREÇÃO DAS ANORMALIDADES ÓPTICAS PELO USO DE 
LENTES DE CONTATO: 
A lente anula quase totalmente a refração que ocorre na parte anterior da 
córnea. Isso ocorre porque as lágrimas, que ficam entre a lente e a córnea. 
Problemas de córnea proeminente (Keratoconus) normalmente não são 
corrigidos por óculos, mas são por lentes de contato, pois a refração da 
córnea é substituída pela da lente de contato. 
- SISTEMA LÍQUIDO DO OLHO – LÍQUIDO INTRA-OCULAR: 
O olho é preenchido por líquido intra-ocular, que pode ser dividido em 
humor aquoso e humor vítreo. O humor aquoso, líquido que flui livremente, 
fica à frente e dos lados do cristalino, sendo formado e reabsorvido 
continuamente. Esse balanço regula o volume total e a pressão do líquido 
intra-ocular. Já o humor vítreo, massa gelatinosa, fica entre a superfície 
posterior do cristalino e a retina. 
- Formação do Humor Aquoso pelo Corpo Ciliar: O humor aquoso é 
secretado ativamente no olho pelo epitélio que reveste os processos ciliares, 
pregas lineares que se projetam a partir do corpo ciliar para dentro do 
espaço atrás da íris, onde os ligamentos do cristalino e o músculo ciliar se 
prendem ao globo ocular. 
- Drenagem do humor aquoso do olho: da câmara anterior do olho, o 
líquido flui para o ângulo entre a córnea e a íris, e depois por uma rede de 
trabéculas até chegar ao canal de schlemm, que se esvazia nas veias extra-
oculares. Tanto o canal quanto as pequenas veias são preenchidas apenas 
por humor aquoso, por isso essas veias também são conhecidas como veias 
aquosas. 
 
 
- Glaucoma, uma das causas principais da cegueira: é causada por 
elevação da pressão intra-ocular às vezes chegando até 60 ou 70 mm Hg. 
Valores acima de 20 a 30 pode ocorrer perda de visão quando mantidas por 
tempo prolongado. À medida que a pressão sobe, os axônios do nervo 
óptico são comprimidos. A compressão resulta em falta de nutrientes para 
as fibras, o que as leva a morte. É possível que a artéria retiniana, que entra 
no globo ocular, também sofra compressão, reduzindo a disponibilidade de 
nutrientes e somando à lesão neural. 
 
 
O Olho: II. Funções Receptora e Neural da Retina 
 
A retina é a parte do olho sensível à luz e contém: 
(1) os cones, responsáveis pela visão em cores; 
(2) os bastonetes, responsáveis principalmente pela visão em preto e branco 
em condições de baixa luminosidade. 
 
- ANATOMIA E FUNÇÃO DOS ELEMENTOS DA RETINA: As 
camadas da retina, de fora pra dentro, estão dispostas da seguinte maneira: 
 
SISTEMA NERVOSO – CAPÍTULO 50 (UNIDADE X) 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
11 
 Camada pigmentar; 
 Camada de bastonetes e cones que se projeta na camada pigmentar; 
 Camada nuclear externa contendo os corpos celulares dos bastonetes 
e cones; 
 Camada plexiforme externa; 
 Camada nuclear interna; 
 Camada plexiforme interna; 
 Camada ganglionar; 
 Camada de fibras do nervo óptico; 
 Membrana limitante interna. 
Os principais segmentos funcionais de um bastonete ou de um cone são: 
 
chamadas de PIGMENTOS COLORIDOS, que funcionam quase 
exatamente do mesmo modo que a rodopsina, exceto por diferenças na 
sensibilidade espectral. 
- CAMADA PIGMENTAR DA RETINA: 
A camada pigmentar da retina armazena a melanina, que impede a reflexão 
da luz por todo o globo ocular; isto é extremamente importante para a visão 
clara. Este pigmento está ausente em albinos, que possuem uma acuidade 
visual, mesmo com correção óptica, muito além de um olho normal. A 
camada pigmentar também armazena grandes quantidades de vitamina A. 
- FOTOQUÍMICA DA VISÃO: 
 Ciclo visual Rodopsina-Retinal: A rodopsina consiste em uma 
proteína, chamada opsina, ligada a um pigmento violeta 
avermelhado chamado retinal (tipo de vitamina A). As variações 
estruturais ao redor de uma ligação dupla na porção retinal da 
molécula inicia uma série de reações químicas que resultam na 
visão. Ou seja o processo envolve um sistema complexo em que o 
composto em sua forma trans é convertido em sua forma cis. A luz 
absorvida é deslocada através de ligações duplas alternadas. 
Obs.: Cegueira noturna: ocorre devido a uma deficiência grave de vitamina 
a, pela razão de que as quantidades de retinal e rodopsina que podem ser 
formados ficam intensamente diminuídas. 
- Excitação bastonete: A ativação de uma célula fotorreceptora, como são 
os bastonetes, ocorre por meio de um processo chamado hiperpolarização. 
A superfície dos bastonetes que detecta a luz é formada por um conjunto 
complexo de membranas que, se não estiverem excitadas pela luz, possuem 
um potencial de membrana neutro, sendopermeáveis a vários tipos de 
moléculas; quando excitadas pela luz, o potencial de membrana destas 
células altera-se, passando estas a ser seletivas a diferentes moléculas. 
Nessas condições, a rodopsina, o pigmento dos bastonetes responsável pela 
detecção da luz, combina-se com a transducina, outra proteína da 
membrana destas células, ativando o transporte de substâncias que ativam o 
impulso nervoso. 
- Adaptação luminosa: sensibilidade é proporcional a concentração de 
rodopsina. No caso de adaptação ao claro, há uma redução das substâncias 
fotoreceptivas a retineno (vit a). No caso da adaptação ao escuro o retineno 
é convertido em foto receptivo. 
1) Segmento externo; 
2) Segmento interno; 
3) Núcleo; 
4) Corpo sináptico. 
A substância fotoquímica sensível à luz é 
encontrada no segmento externo. No caso 
dos bastonetes, a substância é a rodopsina; 
nos cones, é uma das três substâncias 
fotoquímicas coloridas geralmente 
 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
12 
- VISÃO COLORIDA: os cones permitem a visão das cores, existem 3 
tipos de cones: S sensíveis ao azul, M ao verde e L ao vermelho. Eles 
convertem energia luminosa em sinais nervosos e transmitem-nos para o 
cérebro através do nervo óptico. No cérebro, esses sinais são decodificados 
para criar a imagem que está sendo vista. A percepção da cor pode ser em 
alguns casos, incompleta ou totalmente ausente. Isso é denominado 
discromatopsia. A discromatopsia hereditária também é conhecida como 
daltonismo. É caracterizada pela ausência de percepção de cor ou 
incapacidade de distinguir certos tons de cores. A frequência da ausência 
de percepção de cores nas pessoas é, em média, 8% nos homens e 0,5% nas 
mulheres. Nem todas as substâncias neurotransmissoras usadas para a 
transmissão sináptica na retina são inteiramente conhecidas. No entanto, 
bastonetes e cones liberam glutamato em suas sinapses com as células 
bipolares. 
 
 
O OLHO: III. NEUROFISIOLOGIA CENTRAL DA VISÃO 
 
- VIAS VISUAIS: 
 
fazem sinapse no núcleo geniculado dorsolateral do tálamo e, daí, as fibras 
geniculocalcarinas projetam-se, por meio da radiação óptica (também 
chamada de trato geniculocalcarino) para o córtex visual primário na 
pareada fissura calcarina do lobo occipital medial. 
As fibras visuais também se projetam para várias outras áreas do encéfalo: 
 
- FUNÇÃO DO NÚCLEO GENICULADO DORSOLATERAL DO 
TÁLAMO: 
1) Retransmitir informações; 
2) Regula a quantidade/ intensidade de sinal que será enviado ao córtex. 
 
As fibras do nervo óptico terminam no núcleo geniculado dorsolateral, na 
extremidade dorsal do tálamo, também chamado de corpo geniculado 
lateral. Este exerce duas funções principais: 
 Retransmite informações visuais do trato óptico para o córtex visual 
por meio da radiação óptica e represa a transmissão de sinais para o 
1º 
• Núcleos supraquiasmáticos do hipotálamo - controle do ritmo 
circardiano; 
2º 
• Núcleos pré-tectais do mesencéfalo - Movimento reflexo dos 
olhos; 
3º 
• Colículo superior - Movimento direcional rápido dos dois 
olhos; 
4º 
• Núcleo geniculado ventrolateral do tálamo - Funções 
comportamentais. 
SISTEMA NERVOSO – CAPÍTULO 51 (UNIDADE X) 
Os sinais visuais saem das 
retinas através dos nervos 
ópticos. No quiasma óptico, as 
fibras do nervo óptico das 
metades nasais das retinas 
cruzam para os lados opostos, 
onde se unem à fibras das retinas 
temporais oposta para formar os 
tratos ópticos. As fibras de cada 
trato óptico, por sua vez, 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
13 
córtex visual. (Núcleo recebe sinais de controle de represamento de 
duas fontes principais: (1) fibras corticofugais de projeção direta do 
córtex visual primário para o núcleo geniculado lateral e (2) áreas 
reticulares do mesencéfalo). 
 
Finalmente, o núcleo geniculado dorsolateral se divide de outro modo: 
1) camadas I e II são chamadas camadas magnocelulares porque contêm 
neurônios grandes, que recebem aferências quase inteiramente das grandes 
células ganglionares Y da retina. Este sistema fornece uma via de condução 
rápida para o córtex visual. No entanto, é cego para cores, transmitindo 
somente informações em preto e branco. 
2) As camadas III e VI são chamadas de fibras parvocelulares 
porque contêm grande número de neurônios com tamanhos pequenos 
emédios, que recebem aferências quase inteiramente das células 
ganglionares do tipo X da retina, as quais transmitem cor e carregam 
informação espaciais precisas de ponto a ponto, mas somente numa 
velocidade moderada de condução. 
 
- O sinal chega ao núcleo: 
Metade de um olho (fibras mediais da retina) e metade de outro olho (fibras 
laterais da retina). É composto por 6 camadas nucleares: 3 camadas recebem 
sinais da metade medial da retina de um olho e 3 camadas da metade lateral 
da retina do outro olho. Esta transmissão paralela segue até o córtex visual 
onde será sobreposta. 
 
- ORGANIZAÇÃO E FUNÇÃO DO CÓRTEX VISUAL: 
 
Se divide em um córtex visual primário e em áreas visuais secundárias. 
Córtex visual primário: situa-se na área da fissura calcarina. 
Áreas visuais secundárias: situam-se lateral, anterior, superior e 
inferiormente ao córtex visual primário. Sinais secundários são transmitidos 
a estas áreas para análise dos significados visuais, como forma, posição 
tridimensional e movimento. Compreende a área 18 de Brodmann. 
 
- Organização de acordo com as fibras aferentes da retina: 
 
a) Camadas magnocelulares: recebem células ganglionares Y da retina, 
condução rápida, preto e branco. 
b) Camadas parvocelulares: Recebem células ganglionares tipo X da retina, 
velocidade de condução moderada; transmitem cor e informações espaciais 
precisas. 
 
- EXISTEM 2 VIAS PARA ANÁLISE DA INFORMAÇÃO VISUAL: 
 
1) Via rápida para posição e movimento: 
Células ganglionares Y da retina – preto e branco; 
Analisa posições dos objetos visuais em terceira dimensão; 
Analisa forma grosseira da cena visual; 
Distingue movimentação dos objetos. 
 
2) Via colorida precisa: 
Células ganglionares X da retina – cor; 
Análise dos detalhes visuais. 
 
- MOVIMENTAÇÃO DOS OLHOS: 
 
Retos medial e lateral – NC III e NV VI (Oculomotor e Troclear); 
Retos superior e inferior – NC III (Oculomotor); 
Oblíquos superior e inferior – NC IV (Troclear). 
 
 
 
 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
14 
- FIXAÇÃO DOS OLHOS: 
 
Mecanismo de fixação voluntária: região cortical pré-motora dos lobos 
frontais. Permite a pessoa mover os olhos voluntariamente para o objeto a 
ser fixado. Uma lesão nesta área torna difícil a pessoa destravar a visão de 
um determinado ponto. 
Mecanismo de fixação involuntária: Áreas de associação visual no córtex 
occipital (anterior ao córtex visual primário). Mantem olhos firmemente 
fixados em um determinado objeto. Lesão nesta porção impede manter os 
olhos fixos em um determinado ponto. 
 
- CONTROLE AUTÔNOMO DA ACOMODAÇÃO E DA 
ABERTURA PUPILAR: 
 
1) Fibras nervosas parassimpáticas: Fibras pré-ganglionares originam-se no 
núcleo Edinger-Westphal → NC III → Gânglio ciliar → sinapse com 
neurônio pós-ganglionar → nervos ciliares → globo ocular → contração 
pupilar (míose). 
Excita o músculo ciliar para controle do foco do cristalino. Atua no 
esfíncter da íris para realizar a contração pupilar. 
 
2) Fibras nervosas simpáticas: Fibras originam-se nos segmentos 
medulares torácicos superiores → ascendem para o gânglio cervical 
superior → sinapse com neurônios pós-ganglionares → trajeto da carótida 
→ globo ocular → dilatação pupilar (midríase) Inervam músculos 
extraoculares do olho. Atua no esfíncter da íris para realizar a dilatação 
pupilar. 
 
Ao se incidir a luz sobre um dos olhos do indivíduo normal verifica-se, 
depois de curto período de latência,a contração da pupila (miose) do 
mesmo olho estimulado (reflexo fotomotor direto) e também a contração, 
simultânea e de mesma amplitude, da pupila do olho contralateral não 
estimulado (reflexo fotomotor consensual). 
 
- ÓRBITA OCULAR: 
 
A órbita é uma cavidade óssea em forma de pirâmide com quatro paredes 
(superior, medial, inferior e lateral) que convergem posteriormente. 
Teto: Def: podem resultar em pulsações visíveis do globo ocular, de origem 
cerebral. Parede nasal. Em decorrência da proximidade com os seios faciais, 
infecções, especialmente nos seios etmoidais e esfenoidais, podem erodir a 
parede óssea e envolver o conteúdo da cavidade orbitária. Assoalho. A 
placa orbital da maxila constitui a grande área central do assoalho, sendo a 
região onde fraturas mais frequentemente ocorrem, podendo haver 
herniação do conteúdo orbital para o antro maxilar. Parede lateral. É a parte 
mais resistente da órbita, tendo importante função de proteção contra 
impactos. Ápice. É o portal de entrada para todos os nervos e vasos do olho, 
e o local de origem de todos os músculos extraoculares, exceto o oblíquo 
inferior, que se origina no lado nasal da parede orbitária. 
 
- IRRIGAÇÃO OCULAR: 
 
O suprimento arterial das estruturas da órbita deriva principalmente da 
artéria oftálmica o primeiro ramo intracraniano importante da artéria 
carótida interna. 
 
 
 
 
- O SENTIDO DA AUDIÇÃO: 
 
Ao centro da membrana timpânica está ligado o cabo do martelo e este 
ponto de conexões é constantemente empurrado pelo músculo tensor do 
tímpano. Tal ação viabiliza a condução do som da membrana para o martelo 
SISTEMA NERVOSO – CAPÍTULO 52 (UNIDADE X) 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
15 
pois mantém a membrana em estado de tensão. A outra extremidade do 
martelo está ligada a bigorna e esta ligação é feita por pequenos ligamentos 
que permitem que as duas estruturas se movimentam simultaneamente. A 
bigorna, por sua vez, se articula com o cabo do estribo, o que faz com que 
ele empurre o líquido do coclear quando o tímpano e o martelo se movem 
para dentro e puxe o líquido quando o martelo se move para fora. A platina 
do estribo situa-se de encontro à extremidade do labirinto membranoso da 
cóclea, na abertura da janela oval. 
 
- AJUSTE DA IMPEDÂNCIA PELO SISTEMA OSSICULAR: 
 
A membrana do tímpano e o sistema ossicular realizam o ajuste de 
impedância entre as ondas sonoras no ar e as vibrações no líquido da cóclea. 
Ainda que as ondas consigam se deslocar pelo ar do ouvido médio e assim 
chegar à cóclea, sem a atuação do sistema ossicular e da membrana do 
tímpano, a sensibilidade da audição é muito reduzida. O ajuste se dá por 
meio da atuação do sistema de alavanca ossicular formado pelo martelo e 
bigorna, que reduz a distância da movimentação do estribo, mas aumenta a 
sua força. Aliado ao aumento da força de movimentação do estribo, está a 
área de atuação do estribo sobre o líquido da cóclea, que é nitidamente 
menor do que a área da membrana do tímpano que recebe as ondas do ar. 
Como resultado, temos uma pressão sobre o líquido da cóclea 22 vezes 
maior do que a pressão exercida pela onda sonora contra a membrana 
timpânica. O fato de o líquido ter inércia muito maior do que o ar justifica a 
maior pressão necessária para causar vibração do líquido. 
 
- ATENUAÇÃO DO SOM PELA CONTRAÇÃO DOS MÚSCULOS 
ESTAPÉDIO E TENSOR DO TÍMPANO: 
 
A transmissão de sons de alta intensidade pelo sistema ossicular e depois 
para o SNC desencadeia um reflexo conhecido como reflexo de atenuação, 
que funciona da seguinte forma: o m. tensor do tímpano empurra o cabo do 
martelo para dentro e, de forma oposta, o m. estapédio puxa o estribo para 
fora. Essa oposição gera rigidez no sistema ossicular, o que diminui a 
capacidade de condução dos sons de baixa frequência. Funções do reflexo: 
proteger a cóclea de vibrações agressivas, mascarar os sons de baixa 
frequência nos ambientes com som intenso (a diminuição do ruído de fundo 
favorece o entendimento da comunicação falada) e diminuição a 
sensibilidade da audição para a sua própria fala ( efeito ativado por sinais 
colaterais transmitidos para os músculos estapédio e tensor do tímpano ao 
mesmo tempo que o encéfalo ativa o mecanismo da voz). 
 
- TRANSMISSÃO DO SOM ATRAVÉS DO OSSO: 
 
O fato de a cóclea (ouvido interno) estar localizado dentro de uma cavidade 
óssea no osso temporal (labirinto ósseo) permite que vibrações de todo o 
crânio possam causar vibrações do líquido dentro da cóclea. Por isso um 
instrumento como um diapasão especialmente quando colocado sobre o 
processo mastóide faz com que a pessoa ouça o som. Contudo, a energia 
disponível, mesmo no som de alta intensidade no ar, não é suficiente para 
causar audição pela condução óssea. 
 
A CÓCLEA: 
- Anatomia Funcional da Cóclea: 
 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
16 
A cóclea consiste em três tubos enrolados lado a lado: a rampa do vestíbulo 
e a rampa média, que são separadas pela membrana de Reissner (ou 
membrana vestibular), cuja função é manter um líquido especial na rampa 
média, necessário para a função normal das células ciliadas receptoras de 
som, e rampa do tímpano, que é separada da rampa média pela membrana 
basilar. Na superfície dessa membrana está o Órgão de Corti, que contém as 
células eletromecanicamente sensíveis, às células ciliadas. 
 
As vibrações sonoras penetram na rampa do vestíbulo a partir da platina do 
estribo, que é ligada frouxamente a janela oval, permitindo movimentação 
do estribo: para dentro faz com que o líquido se desloque para o interior da 
rampa do vestíbulo e para fora, faz com que o líquido se desloque para trás. 
 
- MEMBRANA BASILAR E RESSONÂNCIA NA CÓCLEA: 
 
A membrana basilar contém fibras basilares que se projetam do centro 
ósseo da cóclea (o modíolo) , onde estão fixadas, em direção a parede 
externa. Em suas extremidades distais não estão fixadas, sendo livres para 
vibrar. Enquanto o comprimento das fibras aumenta desde a base da cóclea 
em direção ao helicotrema, o diâmetro e a rigidez diminuem nesse mesmo 
sentido. Como consequência, as fibras rígidas e curtas próximas da janela 
oval da cóclea vibram melhor n as altas frequências e as fibras longas mais 
delgadas próximas do helicotrema vibram melhora com frequências mais 
baixas. 
 
- TRANSMISSÃO DAS ONDAS SONORAS NA CÓCLEA - A “ONDA 
VIAJANTE”: 
 
Quando a platina do estribo move-se para dentro, contra a janela oval, a 
janela redonda projeta-se para fora, uma vez que a cóclea está delimitada 
por paredes ósseas por todos os lados, e a membrana basilar curva-se na 
direção da janela redonda. Dessa forma, é gerada uma tensão elástica nas 
fibras basilares que dará origem a uma onda líquida que ―viaja‖ ao longo da 
membrana basilar em direção ao helicotrema. 
 
- PADRÃO DE VIBRAÇÃO DA MEMBRANA BASILAR PARA 
DIFERENTES FREQUÊNCIAS DE SOM: 
 
No ponto da membrana basilar em que a mesma possui frequência de 
ressonância natural, igual à respectiva frequência do som, ela pode vibrar 
com tal facilidade que a energia da onda que ―trafega‖ por ela é dissipada, 
levando a extinção da onda. A esse ponto chamamos ponto de ressonância. 
Para as ondas de alta frequência, esse ponto encontra-se logo no início da 
membrana, para as ondas d e média frequência, na metade da distância e 
para as ondas de baixa frequência, apenas no final da membrana. Um outro 
aspecto importante das ondas viajantes é que, devido ao alto coeficiente de 
elasticidade das fibras basilares próximas ao estribo e o coeficiente 
decrescente ao longo da membrana, a onda desloca-se rapidamente no início 
da membrana basilar mas progressivamente com mais lentidão no interior 
da cóclea, permitindo que as ondas de alta freqüência percorrem a cóclea o 
suficiente para se dissiparam e se separarem uma das outras. 
 
- PADRÃODE AMPLITUDE DA VIBRAÇÃO DA MEMBRANA 
BASILAR: 
 
 
 
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17 
- FUNÇÃO DO ÓRGÃO DE CORTI: 
 
É o órgão receptor que gera os impulsos nervosos em resposta à vibração da 
membrana basilar e os seus receptores são de dois tipos de células nervosas 
chamadas células ciliadas: células ciliadas internas, presentes em menor 
número e quase a totalidade delas faz sinapse com a rede de terminações 
nervosas da cóclea e células ciliadas externas, que são mais abundantes. As 
fibras nervosas estimuladas pelas células ciliadas levam ao Gânglio espiral 
de Corti (centro da cóclea), que possui células ganglionares que enviam 
axônios para o nervo coclear e depois para o SNC, no nível da porção 
superior do bulbo. 
 
- EXCITAÇÃO DAS CÉLULAS CILIADAS: 
 
As células ciliadas possuem estereocílios que se projetam para cima e estão 
envolvidos, ou pelo menos tocam, o material gelatinoso da membrana 
tectória. A extremidade dessas células ciliadas estão fixadas numa placa 
plana, chamada lâmina reticular, sustentada pelos bastões de corti, que por 
sua vez estão fixados às fibras basilares, movendo-se como uma unidade 
rígida. O movimentação da lâmina reticular se dá de acordo com a 
movimentação das fibras (fibra pra cima, lâmina para dentro / fibra pra 
baixo, lâmina para fora) e ela faz com que os cílios também se movam para 
cima e para baixo, de encontro a membrana tectória, provocando a 
excitação das células ciliadas. Sinais Auditivos são transmitidos, 
principalmente, pelas células. 
 
- CILIADAS INTERNAS: 
 
Apesar de as células ciliadas internas serem as maiores responsáveis pela 
transmissão do sinal, se as células ciliadas externas forem lesadas, ainda que 
o outro tipo permaneça, ocorre grande perda da audição. Foi proposto que 
as células ciliadas externas exerçam algum tipo de controle da sensibilidade 
das células ciliadas internas para diferentes timbres de som ( afinação do 
sistema receptor). Outro fator que demonstra a relevância dessas células é o 
fato de um grande número de fibras nervosas retrógradas passar do tronco 
cerebral para a vizinhança das células ciliadas externas, podendo encurta-las 
e alterar o seu grau de rigidez. 
 
- OS POTENCIAIS DO RECEPTOR DA CÉLULA CILIADA E A 
EXCITAÇÃO DAS FIBRAS NERVOSAS AUDITIVAS: 
 
Cada célula ciliada possui cerca de 100 estereocílios conectados entre si na 
sua extremidade apical. Quando as fibras basilares se curvam em direção à 
rampa do vestíbulo, ocorre a despolarização (Quando os estereocílios são 
curvados na direção dos mais longos, os estereocílios menores também são 
puxados, causando transdução mecânica que abre canais condutores de 
cátions, facilitando o deslocamento de íons potássio e conseqüente 
despolarização da membrana da cel ciliada )e na direção oposta, 
hiperpolarização, gerando um potencial receptor alternante. Isso, por sua 
vez, estimula as terminações nervosas cocleares que fazem sinapse com as 
bases das células ciliadas. 
 
Potencial Endococlear- Potencial elétrico entre a endolinfa (líquido 
presente na rampa média, secretado pela estria vascular, possui alta 
concentração d e potássio e baixa concentração d e sódio) e a perilinfa 
(presente na rampa do vestíbulo e na rampa do tímpano). A endolinfa banha 
as extremidades superiores das células ciliadas, a perilinfa banha as porções 
inferiores e acredita-se que esse alto potencial elétrico sensibilize a célula. 
 
- DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA DO SOM- O PRINCÍPIO 
DA LOCALIZAÇÃO: 
 
O método principal usado pelo sistema nervoso para detectar frequências 
sonoras é determinar as posições ao longo da membrana basilar que são 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
18 
mais estimuladas ( princípio da localização para determinação da frequência 
sonora), baseado no fato de que neurônios encefálicos específicos são 
ativados por freqüências sonoras específicas. ( obs.: as freqüências baixas 
são determinadas pelo princípio de freqüência ou de rajada). 
 
- DETERMINAÇÃO DA INTENSIDADE: 
 
Determinada pelo sistema auditivo por três maneiras: 
1- o som fica mais alto, aumenta a vibração da membrana basilar e das 
células ciliadas, excitando as terminações nervosas com ritmo mais rápido 
2- Aumenta a amplitude da vibração, gerando somação espacial dos 
impulsos (número cada vez maior de células é ativada) 
3- Certas células ciliadas externas só são ativadas quando o som está alto e 
a sua ativação é um sinal para o sistema nervoso Detecção das variações da 
intensidade- a lei da potência O aparelho auditivo humano é capaz de 
detectar diferentes intensidades sonoras ao longo de uma faixa 
extremamente ampla devido à compressão da escala de intensidade pelos 
mecanismos de percepção do som do sistema auditivo. 
 
- MECANISMOS CENTRAIS DE AUDIÇÃO: 
Vias auditivas: 
 
As fibras nervosas oriundas do Gânglio espinhal de Corti penetram nos 
núcleos cocleares dorsal e ventral (parte sup do bulbo) e ali fazem sinapses 
e então neurônios de segunda ordem cruzam para o lado oposto do tronco 
cerebral e terminam no núcleo olivar superior ( algumas poucas fibras 
passam para esse núcleo no mesmo lado, sem cruzar). A via continua então 
com a sua ascendência via lemnisco lateral ( ainda que algumas fibras 
terminam no núcleo do lemnisco lateral) e partir daí seguem para o colículo 
inferior, faz sinapse, prossegue até o núcleo geniculado medial, novamente 
faz sinapse novamente, e a partir daí a radiação auditiva leva até o córtex 
auditivo (principalmente no giro superior do lobo temporal).Pontos 
importantes a serem ressaltados: 
a) os sinais de ambos os ouvidos são transmitidos aos dois lados do cérebro, 
havendo predominância da transmissão contralateral; 
b) Muitas fibras laterais passam pelo sistema reticular ativador do tronco 
cerebral (o seu caráter difuso viabilizar a ativação de todo o Sistema 
nervoso em resposta a um som de alta intensidade) e outra para o verme do 
cerebelo (ativado no caso d e ruído repentino); 
c) um alto grau d e orientação espacial é mantido nos tratos fibrosos desde a 
cóclea até o córtex. 
 
- FUNÇÃO DO CÓRTEX CEREBRAL NA AUDIÇÃO: 
 
O córtex auditivo situa-se sobre o plano supratemporal do giro temporal 
superior e estende-se posteriormente sobre o lado lateral do lobo temporal , 
sobre parte do córtex insular e sobre a porção lateral do opérculo parietal. 
Ele divide-se em córtex primário (excitado por projeções do corpo 
geniculado medial) e córtex de associação auditiva (excitado pelo córtex 
primário e por projeções oriundas de áreas talâmicas de associação 
adjacentes ao corpo geniculado medial. 
 
- Percepção da frequência sonora no córtex auditivo primário: 
 
É possível analisar pelo menos seis tipos de mapas tonotópicos no córtex 
auditivo primário e nas áreas de associação auditivas. Em comum, esses 
mapas apresentam a excitação de neurônios em uma determinada 
extremidade quando os sons são de alta frequência e na extremidade oposta, 
quando os sons são de baixa frequência. O que diferencia esses mapas é a 
características sonoras que eles avaliam: frequências sonoras, detecção da 
direção do som original, qualidades especiais, etc. A faixa de frequência a 
qual os neurônios do córtex auditivo responde é mais estreita do que a nos 
núcleos de retransmissão coclear e do tronco cerebral e essa ―afinação‖ 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
19 
ocorre em algum ponto ao longo da via e está relacionada ao fenômeno da 
inibição lateral. 
 
- DISCRIMINAÇÃO DE “PADRÕES” SONOROS PELO CÓRTEX 
AUDITIVO: 
 
O córtex auditivo é especialmente importante para a discriminação de 
padrões tonais e sequências do som. A destruição de ambos os córtices 
auditivos primários reduz muito a sensibilidade para a audição, mas a 
destruição de apenas um córtex, causa apenas diminuição da audição no 
ouvidooposto (não causa surdez e a capacidade de localizar a origem do 
som fica intacto ). Lesões em áreas auditivas de associação compromete a 
capacidade de interpretação do significado dos sons. Determinação da 
direção de onde provém o som O mecanismo de detecção da direção do som 
começa nos núcleos Olivares superiores no tronco cerebral (para a 
interpretação dos sinais é necessário que eles cheguem ao córtex). No 
núcleo olivar superior lateral, a direção é determinada pela diferença de 
intensidade do som que chega aos dois ouvidos, mais precisamente por 
comparação. É o mecanismo utilizado para frequências mais altas. No 
núcleo olivar superior medial, a detecção de sinais é feita pelo intervalo d e 
tempo entre os sinais acústicos que entram nos dois ouvidos. O núcleo 
possui um tipo de neurônio com dois importantes dendritos e o dendrito 
direito recebe sinais do ouvido direito e o dendrito esquerdo recebe sinais 
do ouvido esquerdo. O atraso entre os sinais de cada ouvido produz 
diferenças na excitação do neurônio e, além disso, podemos citar a 
localização no núcleo também como um fator determinante na excitação do 
neurônio: neurônios próximos de uma borda do núcleo respondem a um 
período longo de retardo de tempo e os no meio respondem a atrasos 
intermediários de tempo. Resultado: desenvolvimento de um padrão 
espacial de estímulos neuronais no núcleo olivar superior medial. Esse 
mecanismo é mais acurado por não depender de fatores externos e funciona 
melhor com frequências mais baixas. Os pavilhões auditivos são 
responsáveis pela discriminação se a origem do som está acima, atrás ou 
abaixo da pessoa. 
 
- SINAIS CENTRÍFUGOS ORIUNDOS DO SNC ATÉ CENTRO 
AUDITIVOS INFERIORES: 
 
Existem fibras retrógradas (via principal a partir do núcleo olivar superior 
até as células ciliadas no órgãos de Corti) de ação inibitória. A sua atuação 
permite que a pessoa selecione para qual som ela irá direcionar a sua 
atenção. 
 
- ANORMALIDADES DA AUDIÇÃO: 
 
Tipos de surdez: 
Surdez neuronal – quando há distúrbio na cóclea ou lesão do nervo 
auditivo. Se houver destruição dessas estruturas, a surdez é permanente. 
Surdez de condução – causada por distúrbios de estruturas físicas da 
condução do som até a cóclea caso a cóclea e o nervo estiverem bem, mas o 
sistema ossicular timpânico estiver prejudicado as ondas podem chegar até 
a cóclea por condução óssea. 
 
 
 
OS SENTIDOS QUÍMICOS – GUSTAÇÃO E OLFAÇÃO 
- SENTIDO DA GUSTAÇÃO: 
A gustação tem como instrumento os botões gustativos e resulta da 
combinação de fatores como: a percepção da textura dos alimentos, 
participação das terminações da dor ( ex.: pimenta ativa receptores da dor) e 
participação da olfação. Permite que a pessoa selecione os alimentos de 
acordo com suas necessidades. 
SISTEMA NERVOSO – CAPÍTULO 53 (UNIDADE X) 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
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- SENSAÇÕES PRIMÁRIAS DA GUSTAÇÃO: 
Na prática, as capacidades dos 13 receptores relacionadas a gustação são 
resumidas a quatro: 
Gosto azedo – causado por ácidos e é diretamente proporcional a 
concentração de hidrogênio. 
Gosto salgado - provocado principalmente por sais ionizados , em especial 
o sódio ( embora ânions também possam contribuir) 
Gosto doce- não é causado por classes isoladas de agentes químicos. A 
maioria dos agentes são orgânicos (açúcares, glicóis, álcoois, etc.) 
Gosto amargo – também não é causado por um tipo isolado de substância 
química, e os agentes são orgânicos em sua maioria. No entanto, duas 
classes são especificamente capazes de causar a sensação do amargo: 
substâncias orgânicas de cadeia longa com nitrogênio e alcalóides. Estes 
últimos estão presentes em medicamentos e em toxinas mortais. Por isso, o 
sabor muito amargo pode ser um alerta para a não ingestão do alimento. 
 
- LIMIAR DA GUSTAÇÃO: 
O sabor amargo é o que exige menor concentração da substância agente 
para sua sensibilidade devido a sua função protetora contra toxinas 
perigosas. 
 
- BOTÕES GUSTATÓRIOS E SUA FUNÇÃO: 
 
O botão gustatório é composto por células epiteliais modificadas de dois 
tipos: Células de sustentação e células gustatórias. As células gustatórias 
dispõem a sua extremidade externa ao redor de um poro gustatório e da sua 
extremidade projetam-se inúmeros cílios gustativos ou microvilosidades, 
formando uma superfície receptora da gustação. Essa superfície estimula 
um rede terminal entrelaçada de fibras nervosas gustatórias , que possuem 
vesículas com possíveis neurotransmissores abaixo delas. 
 
- LOCALIZAÇÃO DOS BOTÕES GUSTATÓRIOS: 
 
Os botões gustatórios são encontrados em grande número nas papilas 
circunvaladas, localizadas na parte posterior da língua.Um número 
moderado de botões se localiza sobre as papilas fungiformes, na parte 
anterior da língua e um número também moderado é encontrado sobre as 
papilas foliáceas nas superfícies laterais da boa. Os botões gustatórios 
também estão localizados no palato, pilares tonsilares, epiglote e parte 
proximal do esôfago. Há ainda uma relação entre as sensações primárias da 
gustação e certas localizações na língua: as sensações de doce e salgado 
estão localizadas principalmente na ponta da língua, a sensação de azedo 
nas porções laterais da língua e a sensação de amargo, na região posterior da 
língua e no platô mole. 
 
- ESPECIFICIDADE DOS BOTÕES GUSTATÓRIOS PARA 
ESTÍMULOS GUSTATÓRIOS PRIMÁRIOS: 
 
Quando uma substância está presente em baixa concentração, o botão 
gustatório só responde a um dos estímulos gustatórios primários. No 
entanto, se a substância estiver em altas concentrações, o botão gustatório 
pode responder a mais de um desses estímulos. 
 
- MECANISMOS DE ESTIMULAÇÃO DOS BOTÕES 
GUSTATÓRIOS: 
 
A célula gustatória é estimulada a partir de sua despolarização, causada pela 
reação de substâncias gustatórias com os cílios gustatórios. Essa reação 
consiste na interação de agentes químicos gustatórios com moléculas de 
proteínas receptoras que se projetam através da membrana das vilosidades, 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
21 
ativando um mecanismo que promova a despolarização , até que o agente 
seja expulso da vilosidade pela saliva. 
Para as sensações de salgado e azedo, as proteínas receptoras abrem canais 
iônicos mas para as sensações de doce e amargo, as proteínas receptoras que 
se projetam através das membranas apicais ativam segundos mensageiros, 
que por sua vez causam alterações químicas intracelulares que produzem 
sinais gustatórios. 
 
- GERAÇÃO DE IMPULSOS NERVOSOS PELO BOTÃO 
GUSTATÓRIO: 
 
Um sinal forte imediato é transmitido pelo nervo gustatório, e um sinal mais 
fraco e contínuo é transmitidos enquanto o botão gustativo estiver sendo 
estimulado. 
 
- TRANSMISSÃO DOS SINAIS GUSTATÓRIOS ATÉ O SISTEMA 
NERVOSO CENTRAL: 
 
Os sinais provenientes dos dois terços anteriores da língua passam pelo 
nervo lingual, e depois através da corda do tímpano, para o nervo facial e 
então para o trato solitários no tronco cerebral. Os sinais provenientes do 
terço posterior da língua (papilas circunvaladas) são transmitidos pelo nervo 
glossofaríngeo para o trato solitário. Os sinais da base da língua e de outras 
partes da região faringes são transmitidos pelo nervo vago para o trato 
solitário. A partir do trato solitário o trajeto é comum a todas as fibras: são 
feitas sinapses nos núcleos do trato solitário e então neurônios de segunda 
ordem levam a informação ao núcleo medial posterior ventral do tálamo, de 
onde saem neurônios de terceira ordem que transmite os sinais até a ponta 
inferior do giro pós-central no córtex parietal. As vias gustatórias seguem 
em estreito paralelismo as vias somatossensoriais oriundas da língua. 
- REFLEXOS GUSTATÓRIOS INTEGRADOS NO TRONCO 
CEREBRAL: 
 
Devido a transmissão de sinais do tratosolitário para os núcleos salivatórios 
superior e inferior, esses sinais podem ajudar no controle da salivação 
durante a alimentação. 
 
- ADAPTAÇÃO DA GUSTAÇÃO: 
 
Os próprios botões gustativos são responsáveis pela metade de sua 
adaptação o grau extremo final de adaptação que ocorre na sensação de 
gustação quase certamente ocorre no próprio sistema nervoso central. 
 
- SENTIDO DO OLFATO: 
- Células olfatórias: 
 
Possuem a função receptora da sensação do olfato e são células nervosas 
que vêm direto do sistema nervoso central. São entremeadas por células de 
sustentação e de sua parte mucosa saem cílios para o interior do muco 
(produzido pelas Glândulas de Bowman, situada entra as células olfatórias) 
que reveste a superfície interna da cavidade nasal. Esses cílios olfatórios 
reagem aos odores do ar e depois estimulam as células olfatórias. 
 
- ESTIMULAÇÃO DAS CÉLULAS OLFATÓRIAS MECANISMO DE 
EXCITAÇÃO DAS CÉLULAS OLFATÓRIAS: 
 
A substância odorante entra em contato com a membrana olfatória, difunde-
se pelo muco que a reveste e interage com uma proteína receptora, que por 
sua vez está ligada a proteína G. A excitação da proteína G faz com ela 
ative a adenilil ciclase, que irá transformar ATP em cAMP. O cAMP vai 
ativar canais regulados para íons sódio, permitindo a entrada do íon, 
aumentando o potencial elétrico na direção positiva, excitando o neurônio 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
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olfatório e transmitindo potenciais de ação para o SNC através de um nervo 
olfatório. Esse mecanismo é importante para a multiplicação da 
sensibilidade olfatória. 
 
- Vários fatores físicos afetam o grau de estimulação dos neurônios: 
 
1)somente substâncias voláteis, passíveis de serem aspiradas para dentro da 
narina, podem ser cheiradas 
2) a substância estimulante deve ser ligeiramente solúvel em água , de modo 
que possa passar através do muco para atingir os cílios olfatórios. 
3) É necessário também que a substância seja ligeiramente lipossolúvel, 
para que possa passar pela membrana ciliar. 
 
- Potenciais de membrana de potenciais de ação nas células não- 
olfatórias: 
 
O potencial de membrana das células olfatórias não estimuladas é em média 
de cerca de –55 mili volts e vai até –30 milivolts ou mais quando a célula 
sofre despolarização. O ritmo dos impulsos nervosos olfatórios altera-se 
aproximadamente em proporção ao logaritmo da força do estímulo 
 
- Adaptação: 
 
Os receptores olfatórios adaptam-se por cerca de 50% no primeiro segundo 
após a estimulação e depois adaptam-se muito pouco e muito lentamente. 
Grande parte da adaptação ocorre no SNC e pode ocorrer da seguinte forma: 
grande número de fibras nervosas centrífugas passa, retrogradamente, desde 
as regiões olfativas do cérebro, ao longo do trato olfatório, e termina em 
células inibidoras especiais no bulbo olfatório, as chamadas céls granulares. 
Depois do início de um estímulo olfatório, o SNC desenvolve forte inibição 
por feedback para suprimir a retransmissão de sinais de olfato pelo bulbo 
olfatório. 
- Cegueira olfatória: 
 
A cegueira olfatória para cada substância representa a ausência , nas células 
olfatórias, da proteína receptora apropriada para essa particular substância. 
 
“Natureza Afetiva do Olfato”: 
 
O olfato tem qualidades afetivas de agradabilidade e de desagradabilidade. 
Por causa disso o olfato , provavelmente, é até mais importante do que a 
gustação na seleção de alimentos. 
 
- LIMIAR DA OLFAÇÃO: 
 
Uma das principais características do olfato é a diminuta quantidade de 
agente estimulador no ar necessária muitas vezes para despertar a sensação 
olfatória. 
 
- GRADAÇÃO DAS SENSAÇÕES OLFATÓRIAS: 
 
O olfato, dentre os sistemas sensoriais, é o que possui menor variação da 
discriminação da intensidade. Isso, talvez, pode ser explicado pelo fato de 
que o olfato é usado mais para a detecção da presença, ou ausência, de odor 
do que para a detecção quantitativa de sua intensidade. 
 
- TRANSMISSÃO DOS SINAIS OLFATÓRIOS PARA O SNC: 
- Transmissão dos Sinais Olfatórios para o Bulbo olfatório: 
 
O bulbo e o trato olfatório que parte retrogradamente a partir desse bulbo 
parecem com um nervo, e os dois juntos são rotulados como o nervo 
craniano I. O bulbo olfatório fica situado sobre a placa cribriforme, que por 
sua vez possui múltiplas perfurações pequenas, através das quais passam 
pequenos nervos a partir da membrana olfatória na cavidade nasal, para 
Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade – Fisioterapia 2019 
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entrar no bulbo olfatório craniano. As células olfatórias mantém uma íntima 
relação com bulbo olfatório, mandando curtos axônios que terminam nos 
glomérulos. Cada glomérulo é também o ponto terminal para os dendritos 
de cerca de 25 grandes células mitrais e de cerca de 60 células em tufo. 
Esses dendritos recebem sinapses de neurônios de células olfatórias, e as 
células mitrais e em tufo, por sua vez, enviam axônios, pelo trato olfatório, 
que transmitem os sinais olfatórios para níveis superiores do SNC. 
 
- Vias olfatórias muito, muito antigas, menos antigas e mais recentes 
que se dirigem ao SNC: 
 
Parece haver um sistema olfatório muito, muito antigo que atende aos 
reflexos olfatórios básicos, um sistema menos antigo, que oferece controle 
automático, porém parcialmente aprendido da ingestão alimentar e da 
aversão a alimentos tóxicos e não-saudáveis e , finalmente, um sistema mais 
recente, que é comparável à maioria dos outros sistemas sensoriais corticais 
e usado para a percepção consciente do olfato.

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