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ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 1 MANUAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA 3º Ano Disciplina: CONTABILIDADE BANCARIA E DE SEGUROS Código: ISCED31-CONTCFE7 Total Horas/1o Semestre: 125H Créditos (SNATCA):5 Número de Temas: INSTITUTO SUPER ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 2 Direitos de autor (copyright) Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos judiciais em vigor no País. ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 3 Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) Direcção Académica Rua Dr. Almeida Lacerda, No 212 Ponta - Gêa Beira - Moçambique Telefone: +258 23 323501 Cel: +258 82 3055839 Fax: 23323501 E-mail:isced@isced.ac.mz Website:www.isced.ac.mz http://www.isced.ac.mz/ http://www.isced.ac.mz/ http://www.isced.ac.mz/ ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 4 Agradecimentos O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) agradece a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: Autora Nilza Claudia Augusto Chivaringo, mestrada em contabilidade e Auditoria. Coordenação Direcção Académica do ISCED Design Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) Financiamento e Logística Instituto Africano de Promoção da Educação a Distancia Revisão Científica (IAPED) Revisão Linguística Aldo Sanveca, Licenciado em Contabilidade e Auditoria ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 5 Índice Contents Visão geral 1 Bemvindo à Disciplina/Módulo de Contabilidade Bancária e de Seguros ................................ 1 Objectivos do Módulo................................................................................................................ 1 Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. ……….1 Como está estruturado este módulo ................................................................................2 Ícones de actividade .........................................................................................................3 Habilidades de estudo ...................................................................................................... 3 Precisa de apoio? .............................................................................................................. 5 Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ..................................................................................6 Avaliação ........................................................................................................................... 6 UNIDADE Temática 1.1. Considerações Gerais à Disciplina: natureza, objectivos Gerais Específicos ........................................................................................................................ 9 Introdução.........................................................................................................................9 Introducao .......................................................................... Error! Bookmark not defined. 1.2.1 A Moeda ................................................................................................................. 11 1.2.2 Funções da Moeda ................................................................................................. 11 1.2.3. A Moeda como fonte do sistema Bancário ........................................................... 13 Unidade Temática 1.3 Bancos ......................................................................................... 14 1.3.1 Introducao …14 1.3.2 O Comercio Bancário ............................................................................................. 15 1.3.3 Principais Objectivos do Banco .............................................................................. 15 1.2.1 A Moeda ....................................................................................................... 16 1.3.5 O Negocio Bancário na arena Internacional ................................................ 17 1.3.6 Fontes de Financiamento ou de Recurso nos BancosError! Bookmark not defined. Exercícios de Auto Avaliação ................................................................................. 18 1.3.5 Fontes de Financiamento ou de Recurso nos BancosError! Bookmark not defined. TEMA II- O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ....................................................... 19 2.1 O Sistema Financeiro ................................................................................................ 19 2.1.1 Noção do Sistema Financeiro ....................................................................... 19 2.1.2. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional ............................................................ 20 2.1.2. Legislação económica moçambicana .....................................................................22 Exercícios de Auto Avaliação ..................................................................................24 ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 6 3.1 O Património nas Empresas Bancárias ..................................................................... 26 3.2 A Gestão nos Estabelecimentos Bancários ............................................................... 27 3.2.1 Componentes de Liquidez ..................................................................................... 27 3.2.2 Produtos Bancárias Tradicionais ............................................................................ 29 Exercícios de Auto Avaliação ................................................................................. 30 3.1 O Património nas Empresas Bancárias ........................ Error! Bookmark not defined. 5.1 O Deposito ................................................................................................................ 31 5. 1.1Natureza dos Depósitos ..............................................................................31 5.1.2 Classificação dos Depósitos .......................................................................... 32 Exercícios de Auto Avaliação ................................................................................. 33 5.1.3 Contabilização dos Depósitos ...............................................................................33 Exercícios de Auto Avaliação ........................................................................................365.2 Concessão de Créditos ................................................. Error! Bookmark not defined. 5.2.1 Desconto de Letras e Livranças ...................................................................... 44 Ecercicios…………………………………………………………………………………………………………….50 UNIDADE Temática ..6.1 SEGUROS - Conceito Centrais ..................................................56 Introdução .......................................................................................................................56 6.1.1 História do Seguro ............................................................................................56 6.1.2 O Contrato de Seguro .......................................................................................58 6.1.3 6.1.3 Tipos de Seguro ..................................................................................... 60 UNIDADE Temática 6.1.4 Mediadores de Seguros .......................................................... 63 Introdução .......................................................................... Error! Bookmark not defined. UNIDADE Temática 6.1.5 Função Social do Seguro ........... Error! Bookmark not defined. UNIDADE Temática .6.1.6 Função Económica do Seguro .. Error! Bookmark not defined. UNIDADE Temática .7.1.1. Caracterização ..................................................................... 67 UNIDADE Temátic8.1 ...................................................................................................... 69 ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 7 Visão geral Bemvindoà Disciplina/Módulo de Contabilidade Bancária e de Seguros Objectivos do Módulo Ao terminar o estudo deste módulo de Contabilidade Sectorial deverá ser capaz de: Compreender os processos de contabilização dos diferentes de actividade, definir, analisar e o comportamento da contabilidade dos sectores financeiros. Deve de igual modo, ser capaz de definir e compreender o processo de contabilização do ramos de seguros, descrever a importância social, económica, vantagens e desvantagens da adesão aos serviços prestados pelas empresas seguradoras. Diferencia a contabilidade de Seguros da Bancária. Compreende quais as terminologias próprias a serem aplicadas em estudo das contabilizações dos dois ramos de actividades. Conhecer as diferentes formas de concessão de crédito; Objectivos Reconhecer as especificidades das Contabilidades Bancárias e de Específicos Seguros. Utilizar o plano de contas para o sistema Bancário e de Seguros; Descrever o processo de contabilização das operações mais relevantes da actividade bancária – operações financeiras e serviços bancários. Interpretar as Demonstrações de Resultados das empresas Seguradoras e Financeiras. Quem deveria estudar este módulo Este Módulo foi concebido para estudantes do 3º ano do curso de licenciatura em Contabilidade e Auditoria do ISCED. Poderá ocorrer, contudo, que haja leitores que queiram se actualizar e consolidar seus conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem vindos, não sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o manual. ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 8 Como está estruturado este módulo Este módulo de Contabilidade Bancária e de Seguros, para estudantes do 3º ano do curso de licenciatura em Contabilidade e Auditoria, à semelhança dos restantes do ISCED, está estruturado como se segue: Páginas introdutórias Um índice completo. Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de começar o seu estudo, como componente de habilidades de estudos. Conteúdo desta Disciplina / módulo Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente unidades .Cada unidade temática se caracteriza por conter uma introdução, objectivos, conteúdos. No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só depois é que aparecem os exercícios de avaliação. Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e actividades práticas algumas incluindo estudo de caso. Outros recursos A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, pensando em si, num cantinho, recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro de recursos mais material de estudos relacionado com o seu curso como: Livros e/ou módulos, CD, CDROOM, DVD. Para além deste material físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter acesso a Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as possibilidades dos seus estudos. ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 9 Auto-avaliação e Tarefas de avaliação Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram sem o final de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos exercícios de auto-avaliação apresentam duas características: primeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, exercícios que mostram apenas respostas. Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de correcção e subsequentemente nota. Também constará do exame do fim do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exercícios de avaliação é uma grande vantagem. Comentários e sugestões Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza didácticoPedagógico, etc, sobre como deveriam ser ou estar apresentadas. Pode ser que graças as suas observações que, em gesto de confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser melhorado. Ícones de actividade Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. Habilidades de estudo O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a aprender. Aprender aprende-se. Durante a formação e desenvolvimento de competências, para facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos que caro ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 10 estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos estudos, procedendo como se segue: 1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de leitura. 2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilaçãocrítica dos conteúdos (ESTUDAR). 4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as de estudo de caso se existirem. IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, respectivamente como, onde e quando...estudar, como foi referido no início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de tarde/fins de semana/ao longo da semana? Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num sítio barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em cada hora, etc. É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já domina bem o anterior. Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos de cada tema, no módulo. Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chamase descanso à mudança de actividades). Ou seja que durante o intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das actividades obrigatórias. Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 11 da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando interferência entre os conhecimento, perde sequência lógica, por fim ao perceber que estuda tanto mas não aprende, cai em insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente incapaz! Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, estude pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que está a se formar. Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as partes que está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado não conhece ou não lhe é familiar; Precisa de apoio? Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas trocadas ou invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando a preocupação. ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 12 Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes (Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, estudante – CR, etc. As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza pedagógica e/ou administrativa. O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida em que permite lhe situar, em termos do grau de aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira ficará a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade temática, no módulo. Tarefas (avaliação e auto-avaliação) O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e auto avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues duas semanas antes das sessões presenciais seguintes. Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da disciplina/módulo. Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do autor. ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 13 O plágio1é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade científica e o respeito pelos direitos autoriais devem caracterizar a realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). Avaliação Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, estando eles fisicamente separados e muito distantes do docente/tutor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma avaliação mais fiável e consistente. Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A avaliação do estudante consta detalhada do regulamento de avaliação. Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de frequência para ir aos exames. Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) trabalhos e 1 (um) (exame). Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados como ferramentasde avaliação formativa. Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a identificação das referências bibliográficas utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. Os 1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização. ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 14 objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de Avaliação. ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 16 TEMA – I: INTRODUÇÃO UNIDADE Temática 1.1. Considerações Gerais à Disciplina: natureza, objectivos Gerais Específicos, A Moeda; Intermediários da Moeda; Função da Moeda; Introdução Contabilidade é a ciência social que visa ao registo e ao controle dos actos e factos económicos, financeiros e administrativos das entidades. A Contabilidade de Seguros e Bancária constituem ramos da Contabilidade Geral na qual estuda os factos patrimoniais das empresas específicas do ramo de Seguro e financeiro. O principal objectivo desta disciplina é: • Proporcionar aos estudantes do Curso de contabilidade e Auditoria, o mínimo de conhecimento das particularidades e terminologias próprias do sector de seguros e Bancos; • Dar a conhecer as diferentes técnicas contabilísticas utilizadas para o registo das operações realizadas nestas empresas esperando-se desta forma que os estudantes obtenham conhecimentos técnicos básicos à actividade seguradora e Bancária, no tange aos seguros, as operações sobre seguros, as suas especificidades técnicas, a sua importância social, as companhias seguradoras, e por outro lado obtenha conhecimentos respeitante ao funcionamento da empresas bancárias em Moçambique, desde o surgimento da moeda, suas funções, os cheques, as operações bancárias, ao registo das operações contabilísticas, a sua contabilização face o normativo Moçambicano e internacional e a divulgação dos resultados. Estes conhecimentos serviram de base e uma aprendizagem suficiente para, pelo menos, se iniciem na área de seguros e bancos sem grandes dificuldades. A partir dos estudos da Ciência Contabilística no ISCED, o estudante será capaz de entender o conceito de Prémios de Seguros, Apólices de Seguros e classificação dos bancos. Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 17 Objectivos específicos Compreender: A importância e relevância das empresas seguradoras no país. Registar: Todos os factos contabilísticos que ocorrem nas empresas seguradoras e bancárias; Organizar: um sistema de controle adequado à empresa; Demonstrar: com base nos registos realizados, a posição financeira da situação patrimonial da empresa no que tange aos créditos dos clientes para as instituições financeiras, visto que, este tipo de empresa operam com recurso externos. Analisar: os demonstrativos financeiros com a finalidade de apurar os resultados obtidos pela empresa; Acompanhar: o registo contabilístico dos depósitos e levantamento, empréstimos e demais solicitações vindas dos clientes; Conceito A Contabilidade Bancária é um ramo da contabilidade aplicada que estuda, regista e controla as operações pertinentes a instituições de crédito e sociedades financeiras, determinando o resultado destas operações e a situação patrimonial. Assim como a empresa mercantil tem por objectivo a compra e venda de mercadorias e utilidades, a empresa industrial a transformacao da materia prima em produtos de mais variadas especies. A empresa bancaria tem por objectivo o comercio do dinheiro, quer com fornecedor de capitais, quer com como depositaria de capitais de terceiros, quer ainda com intermediario de crédito. O comercio sempre existiu através de permuta nas civilizações antigas na qual consistia na troca de mercadoria por mercadoria, pois não existia um instrumento de troca legal,dava-se tudo o que se fazia-o dinheiro veio mauis tarde. Desta forma, o homem criou mercadoria para padronizar o processo de troca, tendo iniciado pelo GADO, que em latim significa PECUS, dai a palavra pecunia que significa dinheiro. Com o tempo, surgiram diversas moedas padrao, variando de regiao paara regiao. O homem no seu genio intuitivo mais uma vez criou uma moeda metalica, tendo estabelecido como mercadoria padrao utilizando metais raros e de grande valorcomo, ouro, prata e bronze. ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 18 Mais tarde surgiu o dinheiro de papel, conhecido tambem por moeda papel, tornando mais facil o transporte de pequenos e grande valores. A moeda sempre representou um instrumento poderoso de realização dos anseios do ser humano devido às suas já conhecidas principais funções. 1.1.1 A Moeda Não sendo objectivo principal do programa temático o estudo da moeda é, no entanto importante mesmo de uma forma resumida refrescar os conhecimentos sobre a matéria para melhor perceber o funcionamento do sistema financeiro. Muito embora não haja precisão absoluta, a unificação do sistema de cunhagem da moeda é atribuída aos líbios, no século VII, entre 687 à 650 A.C. Contudo, no terceiro milénio A.C. já o ouro era tido como unidade de conta no Egipto e a prata na Mesopotâmia. A partir do século IX A.C. os chineses usavam o bronze como meio de pagamento com diversas formas de inscrições gravadas. Isto significa que, a moeda apareceu numa fase mais evoluída da organização social. No ocidente, os povos que mais se notabilizaram na expansão da moeda foram os gregos, os persas e romanos durante a Idade média e época renascentista através do mediterrâneo, tornando-se num objecto de investigação por parte de teólogos, de filósofos como Platão e outros pensadores. 1.1.2 Funções da Moeda Não há uma definição da moeda e sempre que se pretenda defini-la acabase falando das suas funções por ser mais prático. Esta dificuldade de definição resulta do facto de no passado a moeda ter passado por várias representações desde a concha, gado, sal que coexistiram com a troca directa até meados do século VIII, idade do ferro e bronze que veio revolucionar a divisão de trabalho e por isso o papel da moeda evolui também. Assim temos as seguintes funções: Meio de pagamento, Unidade de conta, Reserva de valor e Instrumento de Troca. Instrumento de Troca ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 19 Toda peça monetária representa um direito sobre riquezas existentes, permitindo ao seu portador adquirir certa quantidade dessas riquezas, à sua escolha, até onde alcance o valor facial indicado. A introdução da moeda nas transacções comerciais dissociou a anterior troca directa (uma só operação) em duas fases distintas: a) Troca de bens ou serviços produzidos pelo indivíduo, por moeda (operação de venda); b)Troca de moeda por bens ou serviços produzidos pelo indivíduo, por moeda (operação de compra). A moeda permite sair-se de uma troca directa para uma economia monetária e facilitar a divisão de trabalho. Sem esta função imaginemos quãodifícil não seria a tarefa de um professor que quisesse almoçar. Teria de encontrar alguém que tivesse comida e disposto a trocá-la por uma aula que fosse sobre matéria do seu interesse e sabendo que a vontade de aprender nem sempre é proporcional à de comer; o mais provável seria o professor morrer de fome. Mesmo havendo alguém disponível a trocar a comida o problema colocarse-ia na fixação da medida: quantas horas para quanta comida? Com esta função o professor já não precisa de procurar aluno de ocasião, pode comprar comida ao preço e quantidade que achar justos e a qualquer momento. A moeda como unidade de conta A moeda como meio de troca, torna possível a indicação de todos os preços numa só unidade, pela comparação dos valores relativos das mercadorias permitindo contabilizar ou exprimir numericamente os ativos e os passivos, os haveres e as dívidas. É graças a esta função que podemos ter, por exemplo, a contabilidade pública e as finanças, pois seria difícil avaliar o grau de endividamento ou avaliar o PIB e medir a riqueza das pessoas e empresas sem esta função. É por isso que quando numa economia se usa várias moedas torna-se complicado avaliar, por exemplo, o nível de inflação. É por isso que as leis que criam moedas nacionais impõem o curso legal obrigatório e poder liberatório pleno para permitir que nas transaccões internas seja usada a moeda local de modo a facilitar o seu registo e comparabilidade. Reserva de valor A moeda permite armazenar e conservar os valores para utilização oportuna. ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 20 Os motivos que levam qualquer indivíduo a reter a moeda são: transacção, segurança, poupança. Resolveu-se o problema de custos de gestão da riqueza na medida em que a mesma pode ser reduzida a um número em vez de nomeá-la, por exemplo, tantas casas, cadeiras, títulos financeiros, etc. E facilita a sua conversão em activos mais líquidos a qualquer momento. Meio de Pagamento Nas operações anteriormente descritas da troca indirecta, a moeda aparece para satisfazer a necessidade de meio de pagamento. A moeda tem poder legal de liberar débitos. Sua aceitação é baseada fundamentalmente nos factores confiança e hábito. 1.1.3. A Moeda como fonte do sistema Bancário E impossível analisar a actividade económica e o papel que nela desempenham os bancos, sem conhecer um pouco da moeda e dos mecanismos pelos quais é criada. Os bancos são indispensáveis a sua distribuição por todos os agentes económicos. Quando um cliente vem depositar dinheiro (em notas) no seu banco, ele troca moeda fiduciária por importância igual de moeda escritural. Todavia, a moeda fiduciária não desaparece na medida em que o Banco vai colocalo à disposição de um beneficiário de empréstimo. Assim, completando a funções da moeda já estudadas anteriormente, podemos classificar em: Moeda metálica; Moeda fiduciária; Moeda bancária ou Escritural; Moeda fiduciária – é constituído pelo conjunto das notas do banco; Esta expressão foi utilizada na época em que as notas eram convertíveis em ouro e na qual, consequentemente, elas se baseavam na confiança do portador para com o emissor. Moeda Bancária ou Escritural – consiste nos saldos dos depósitos bancários à ordem; ela é escritural, como já referido, porque resulta de um simples mecanismo de escrita nos bancos. O Valor da moeda metálica depende de dois elementos: Elemento Material – que consiste pelo metal precioso (ouro ou prata) utilizado no fabrico da moeda. É ainda o mesmo metal que serve de cobertura para as notas de bancos postas em circulação. ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 21 Elemento Psicológico – em que o valor da moeda, nas nações ditas civilizadas, repousa mais a vontade de todos em lhes atribuírem esse valor do que na matéria de que é fabricada. Analisando a moeda como Suporte do Sistema bancário encontramos dois grupos de moeda diferentes: Moeda Primária – que é constituído pelo conjunto de moedas metálicas e moeda fiduciária (notas). Moeda Escritural / Bancária ou Secundaria – que é constituído pelo movimento das contas de depósito nos bancos, através dos quais é possível efectuar pagamentos, como já foi referido. Ao conjunto da moeda primária e da moeda escritural dá-se o nome de Massa monetária. Assim, a massa monetária representa o total dos meios de pagamento de uma economia. Exercícios de Auto Avaliação 1- Defina Contabilidade Bancária? É o ramo da contabilidade aplicada que estuda, regista e controla as operações pertinentes a instituições de crédito e sociedades financeiras, determinando o resultado destas operações e a situação patrimonial. 2- O que e comercio Bancário? É uma actividade comercial que consiste, essencialmente, em receber fundos em depósito (à ordem ou a prazo), emprestar capitais aos que deles necessitam (através de adiantamentos ou pelo desconto de títulos comerciais), subscrever compromissos para facilitar as transacções dos seus clientes. 3- Quais são as funções da moeda? As funções da moeda são: • Meio de Pagamento; • Reserva de Valor; • Instrumento de Troca; e • Denominação comum de Valores; 4- Diga qual é a função da moeda que permite liquidar débitos? A função da moeda que permite liquidar débitos é o meio de Pagamento; 5- Diga qual é a principal diferença entre a moeda primária e moeda secundária? ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 22 A principal diferença entre moeda primária e secundária é que a moeda primária é constituída pelo conjunto de moedas metálicas e moeda fiduciária (notas). Enquanto que, a moeda Secundaria é constituída pelo movimento das contas de depósito nos bancos, através dos quais é possível efectuar pagamentos, como já foi referido (cheques). Unidade Temática 1.2 Bancos 1.2.1 Introdução Bancos -São empresas que possuem capitais próprios e de terceiros (depósitos) e que empregam esses recursos em diversas espécies de operações peculiares ao comercio de dinheiro, com o objectivo de lucro; O papel dos Bancos é o comércio de dinheiro por um dado preço e aplicalos por preço maior (juros e descontos), donde a diferença representa lucro bruto, com que se pagam as despesas, resultando o lucro líquido, distribuindo em forma de dividendo ou acumulando como reserva. O desenvolvimento do sistema bancário através dos tempos deveu-se, sobretudo a busca do lucro, os quais para além de trabalharem os metais preciosos, também recebiam como valores a guarda. Importa anotar que este tipo de serviço era prestado aos viajantes e mercadores dessa época em troca de pequena taxa de serviço. 1.2.2 O Comercio Bancário O comércio Bancário – é uma actividade comercial que consiste, essencialmente, em receber fundos em depósito (à ordem ou a prazo), emprestar capitais aos que deles necessitam (através de adiantamentos ou pelo desconto de títulos comerciais), subscrever compromissos para facilitar as transacções dos seus clientes (aceites bancários, fianças, etc.) e acessoriamente, em: 1 - Efectuar, por conta de outrem, pagamentos e todas as transacções de capitais (operações de recebimentos, de compensação, transferências, pagamentos, e.t.c.); ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 232 - Comprar e Vender: • - Moedas de ouro e prata ou notas (operações de cambio); • - Cartas de câmbio e títulos à ordem; • - Títulos públicos; • - Acções de empresas industriais; 3 – Executar, de uma maneira geral, todas as operações financeiras por conta da sua clientela depositante (subscrições, guarda e conservação de títulos e outros valores, ordens de bolsa, regularizações de títulos, recebimentos de cupões, gestão de carteiras, informações financeiras, e.t.c.); 4- Fornecer aos seus clientes todas as informações e esclarecimentos susceptíveis de os ajudar na sua actividade (informações comerciais, documentação comercial, prospecção e estudo de marcados e de fontes de aprovisionamento, introdução junto de bancos estrangeiros, e.t.c). 1.2.3 Principais Objectivos do Banco Na procura de maior lucro o banco pretende alcançar os seguintes fins: a) Pagamento dos depósitos b) Aumento das Reservas; c) Remuneração dos accionistas que esperam um rendimento do seu investimento 1.2.4 Classificação dos Bancos Os Bancos podem classificar-se de acordo com os diversos critérios: • Segundo o papel desempenhado pelo Estado na sua constituição; • Segundo a origem dos seus capitais; • Segundo a natureza das operações que executam; 1- Segundo o papel desempenhado pelo Estado na sua constituição: Os Bancos públicos criados pela intervenção do Estado; Os Bancos Privados constituídos pela iniciativa privada; 2- Segundo a origem dos seus capitais podem distinguir-se: I- Os Bancos emissores ou Bancos centrais – aqueles que obtêm fundos pela emissão de notas que são postas em circulação em virtude das seguintes operações: ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 24 - Compra de ouro ao Balcão; -Créditos concedidos ao comércio e à indústria através de desconto directo de letras comerciais; -Empréstimos ao Estado; -Empréstimos sobre títulos a comerciantes. A emissão de notas realiza-se de diversas formas, consoante a intervenção do Estado ou não neste domínio. A emissão de notas pode também ser objecto de um monopólio de um banco particular ou de um privilégio concedido a um número limitado de estabelecimentos. II- Os bancos comerciais, cujos recursos são fundamentalmente representados por fundos que lhes são confiados pela clientela. III- Os bancos de negócios, que trabalham principalmente com recursos próprios e com os de sindicatos associados. IV- Os bancos mistos, que acumulam as características dos bancos comerciais e dos bancos de negócios. 3 . A natureza das operações executadas Quanto a natureza das operações que executam, temos: 1- Os bancos comerciais que executam as operações bancárias correntes: -Recepção e transferência de capitais -Aplicações de fundos -Empréstimos sobre títulos, etc -Compra e venda de moedas e metais preciosos -Operações de bolsa -Guarda e conservação de títulos 2- Os bancos exteriores (comercio externo) que se dedicam sobretudo ao financiamento do comercio externo. 3- Os bancos hipotecários, que são especializados em empréstimos e garantias imobiliárias. 4- Os bancos agrícolas e industriais, que se encarregam de conceder a agricultura e a industria o apoio financeiro de que necessitam ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 25 (créditos de campanha, compras de material, aprovisionamento de ‘’estocks’’, etc ). 5- Os bancos populares que beneficiam de empréstimos do estado para apoiar o pequeno e médio comercio e industria. 1.2.5 O Negocio Bancário na arena Internacional As relações internacionais têm tido um desenvolvimento muito significativo a nível mundial que os países já não podem resolver os seus problemas económicos isoladamente. A interdependência financeira e comercial lava a que os problemas económicos sejam discutidos a nível global. Este desenvolvimento internacional implica um aumento igualmente significativo dos fluxos entre países, nomeadamente das relações comerciais e financeiras. É essencial no âmbito dessas relações que os bancos actuam na área internacional. Os bancos desempenham o mesmo papel que realizam no mercado interno, no mercado internacional. Assim, estes servem de principal intermediário entre os agentes económicos residentes e não residentes, nas operações que sirvam de suporte as importações e exportações resultantes do fluxo de mercadorias, ou seja, captam recursos para possibilitar o pagamento de importações, fazem créditos em moeda estrangeira, financiam importações e exportações e efectuam cobranças. Para que estas operações sejam possíveis, e necessários que os bancos mantém correspondências nas principais praças financeiras do mundo. E através desses colaboradores que os bancos realizam as transacções de moedas necessárias aos pagamentos internacionais. Essas transacções são efectuadas por débitos e créditos de contas expressas nas diversas moedas que os bancos têm junto das filiais, sucursais ou correspondentes. Exercícios de Auto Avaliação 1- Quais os critérios de classificação dos Bancos? Os Bancos podem ser classificados da seguinte maneira: • Segundo o papel desempenhado pelo Estado na sua constituição; • Segundo a origem dos seus capitais; • Segundo a natureza das operações que executam; ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 26 2- Qual e a principal função de um Banco? A principal função dos bancos e o comércio de dinheiro. 3- O Banco é uma empresa como qualquer outra. Debruce sobre esta afirmação? Os bancos diferem-se de outras empresas por possuírem características próprias e uma legislação específica. As empresas bancárias sobrevivem de recursos de terceiros, isto é, depósitos bancários dos seus clientes que são aplicados à concessão de crédito e empréstimos para a geração de rendimentos. 4- Refira-se sobre o papel da Banca na arena Económica? O Comercio bancário a nível internacional, serve de principal intermediário entre os agentes económicos residentes e não residentes, nas operações que sirvam de suporte as importações e exportações resultantes do fluxo de mercadorias. Os bancos possibilitam o pagamento de importações, obtenção de créditos, financiamento das importações e exportações e efectuam cobranças. 5- Classifique os Bancos segundo segundo o papel desempenhado - pelo Estado na sua constituição e a natureza das operações que executam; Segundo o papel desempenhado pelo estado, os bancos podem ser públicos e privados. Segundo a natureza das operações que executam, elas podem ser: Comerciais, hipotecários, agrícolas e industriais, populares e de investimentos. TEMA II- O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Unidade Temática: 2.1 O Sistema Financeiro Às vezes usamos esta designação quando pretendemos referirmo-nos às instituições, o que não é totalmente errado. Na verdade, sistema sugere a ideia de conjunto em que as instituições são partes integrantes do sistema financeiro objecto deste programa. ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 27 2.1.1 Noção do Sistema Financeiro O Ministério das Finanças e O Banco de Moçambique são as instituições com poderes para gerir as políticas fiscais e monetárias, respectivamente,no quadro dos objectivos macro-económicos definidos pelo Governo. Superintendem o funcionamento das instituições financeiras e no caso do Ministério das Finanças garante também a necessária coordenação com o Banco de Moçambique na apresentação, aos órgãos competentes, de projectos de legislação para o sistema bancário. Assim, o sistema financeiro deve ser entendido como um conjunto que integra a POLÍTICA mais as INSTITUIÇÕES com os seguintes objectivos: POLÍTICA: O sistema financeiro funciona no quadro de uma política económica e financeira vigente. Não seria recomendável num regime de economia centralmente planificada em que o papel do sector privado é irrelevante, predominar as instituições financeiras geridas com base na economia de mercado e vice versa. A acontecer seria muito difícil a compatibilizacão dos objectivos estratégicos com a afectacão dos meios. Por exemplo, na década de setenta houve em Moçambique necessidade de se restruturar o sistema financeiro para adequá-lo à política então vigente. Muitas instituições foram integradas no Banco de Moçambique e no então Banco Popular de Desenvolvimento. O Banco Standard Totta, que na altura representava uma pequena quota do mercado bancário, continuou a operar como única instituição de crédito privada. Podemos encontrar na política económica moçambicana os objectivos estratégicos constantes do Plano Quinquenal do Governo, o Plano Económico e Social e Plano de Accão de Redução da Pobreza Absoluta. Ainda na política temos os MERCADOS que podem ser monetários onde se transaccionam instrumentos de curto e longo prazos. São exemplos o Mercado Monetário Interbancário (MMI) e o Mercado Cambial Interbancário (MCI) para os instrumentos de curto prazo e a Bolsa de Valores para os instrumentos de longo prazo. Um aspecto importante é a existência da legislação adequada que permita a fluidez necessária na realização das operações no mercado. INSTITUIÇÕES: As instituições podem ser classificadas segundo a forma de propriedade em Públicas e Privadas ou de acordo com o tipo de operações que realizam em monetárias e não monetárias. São monetárias aquelas que aceitam depósitos e concedem crédito, isto é, criam moeda. As não monetárias são todas aquelas que não aceitam depósito e usam fundos próprios ou alheios sob forma de títulos financeiros. ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 28 São exemplos das instituições monetárias os bancos comerciais, incluindo os microbancos e todos aquelas que por lei forem autorizadas a captar poupança para aplicá-la no crédito. Estão enquadradas na classificação de instituições não monetárias as seguradoras, as sociedades financeiras definidas na lei das instituições de crédito e as microfinanças. Para mais informações consultar a apresentação esquemática do sistema financeiro. 2.1.2. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional O Sistema financeiro pode ser compreendido como um conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que visam em última analise, transferir recursos dos agentes económicos (pessoas, empresas, governo) superavitário para os deficitários. Porem, as instituições financeiras podem ser classificadas numa perspectiva legal da seguinte forma: i. Instituiҫões De Crédito - Institutos de crédito do estado; - Casas bancárias; - Bancos comerciais; -Instituições especiais de crédito: - Bancos de investimento; - Caixas económicas; - Cooperativas de crédito; ii. Instituições Auxiliares De Crédito - Correctores de fundos e - Casas de câmbio; iii. Instituições de Intermediação Financeira Autoridades monetárias As Autoridades Monetárias de Moçambique são: Ministério da Economia e Finanças; Banco de Moçambique (Banco Central). Ministério da Economia e Finanças O Ministério das Finanças, simultaneamente, Órgão do Governo da Republica autoridade monetária nacional. Na qualidade de Órgão do Governo da Republica, o Ministério da Economia e Finanças põe em prática as políticas económico-financeiras definidas pelo governo, sendo ajudado pelo Banco de Moçambique. ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 29 Enquanto autoridade monetária, este Órgão do Governo tem por função, por exemplo, negociar acordos e financiamentos externos, tendo como consultor o Banco Central e ainda orientar a politica monetária a cambial. Em resumo, as principais funções do ministério das finanças são: Órgão do governo da Republica Autoridade monetária Banco de Moçambique As principais funções do Banco de Moçambique (Banco Central) são: Autoridade Monetária Como autoridade monetária, define e executa a politica monetária e cambial. Fá-lo através da orientação e controle das instituições do sistema financeiro, regulando assim, o mercado. A referida orientação e supervisão, consiste em; Estabelecer directivas de actuação das instituições; Fixar o regime das taxas de juro e outras formas de remuneração das operações; Estabelecer condicionalismos as operações activas das instituições de crédito; Bancos dos Bancos E chamado o banco dos bancos, porque: Os bancos depositam ai as suas reservas obrigatórias; Quando um banco tem dificuldades de tesouraria, pode recorrer ao Banco Central: Diz-se que é prestamista de última instância, relativamente aos bancos. Consultor do Governo Como consultor do Governo cabe ao Banco: • Prestar informações e pareceres sobre questões de natureza financeira e cambial; • Aconselhar nas negociações sobre acordos e financiamentos externos; • Participar em reuniões “ad hoc” em matéria da política monetária, financeira e cambial; ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 30 Emissão de moeda • O Banco de Moçambique tem o exclusivo e a obrigação de emissão de notas e de moeda divisionária em Moçambique; • Banqueiro do Estado; • No desempenho desta função, o Banco poderá conceder ao Estado, anualmente, crédito sem juros sob forma de conta corrente, em Moeda Nacional, até ao montante máximo de 10% das receitas ordinárias do Orçamento Geral do Estado arrecadadas no penúltimo exercício económico. Autoridade Cambial • O Banco de Moçambique mantém reservas em ouro, prata, platina, direitos de saques especiais e divisas o que assegura a solvência da moeda; • Deste modo, sem autorização expressa do Banco de Moçambique e salvo disposição em contrário, não podem ser efectuados quaisquer pagamentos externos; Compete ao Banco, nomeadamente: • Definir os princípios reguladores das operações sobre ouro e divisas estrangeiras; • Fixar os limites das disponibilidades em ouro e divisas a deter pelas entidades autorizadas a exercer o comércio de câmbio; • Autorizar a abertura de contas em Moeda Nacional por entidades não residentes; 2.1.3. Legislação económica moçambicana No contexto da legislação económica do país, importa estudar a lei nº 1/99 de 01 de Novembro, conhecida por lei das instituições de crédito. É esta que serve de base da classificação das instituições financeiras inseridas na estrutura do sistema financeiro moçambicano. De conformidade com a lei em apreço, a constituição de instituições de crédito (dependências correspondentes, sucursal); instituições auxiliares de crédito; instituições de intermediação financeira e instituições especiais de crédito na Republica de Moçambique, dependede autorização do conselho de ministros, precedida de parecer do banco de Moçambique. A constituição de instituições de crédito sob a forma de empresas públicas é determinada pelo conselho de ministros. ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 31 Do mesmo modo, e de sublinhar que a constituição de bancos comerciais e de estabelecimentos especiais de crédito só pode ser concedida depois de observados alguns requisitos seguintes: • A adoptar a forma de sociedade anónima de responsabilidade limitada. • A sociedade requerente deve possuir um capital social não inferior ao mínimo legalmente previsto, subscrito e realizado. • O Conselho Administração ou Direcção da instituição deve ser constituído por um mínimo de três membros. • Os membros referidos anteriormente devem ser pessoas idóneas e de reconhecida competência em matéria monetária e financeira, económica ou jurídica e de gestão. No tange ao funcionamento de filiais, agencias e delegações, a sua abertura, como o encerramento destas unidades organizacionais carece de autorização especial previa do Banco de Moçambique. O pedido referente as mesmas será acompanhado dos seguintes elementos: • Tipo de operação a realizar; • Numero de trabalhadores nacionais a estrangeiros a empregar; Relativamente a apreciação do pedido, ter-se-á em conta o seguinte: • A capacidade do requerente; • O interesse para a economia local; E tida como condição da autorização que a soma do capital e fundos de reserva da instituição seja adequada a garantia das operações a efectuar pela dependência. Tudo isso leva-nos a concluir que não basta ter uma soma avultada de dinheiro para que nos sintamos a altura de abrir um banco ou uma sociedade! Para alem destes requisitos legais e ainda de referir que a instituição deve ter por objecto actividades permitidas por lei. Ao fazer apreciação da necessidade e oportunidade da instituição, devera ter-se em consideração os seguintes critérios: • A adequação dos objectivos a politica económica do país; • Idoneidade dos accionistas fundadores; • Suficiência de meios técnicos e recursos financeiros em relação ao tipo de operações que pretende realizar; ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 32 • Possibilidade de melhorar a diversidade ou a qualidade dos serviços prestados ao publico e garantir a segurança que lhe forem confiados; • Compatibilidade entre as perspectivas de desenvolvimento da instituição e a manutenção de uma concorrência nos mercados em que se propõe exercer a sua actividade. Exercícios de Auto Avaliação 1- O que e Sistema Financeiro? Sistemas financeiros são um conjunto de instituições – organizações, normas, convenções, hábitos de pensamento e de comportamento – que definem os instrumentos financeiros, as condições e o ambiente/contexto econômico em que os indivíduos/organizações estabelecerão as transacções financeiras; 2- Quem são as autoridades monetárias em Moçambique? As autoridades monetárias de Moçambique são: O Banco de Moçambique e o Ministério da Economia e Finanças. 3- Quais as funções do Ministério da Economia e Finanças e como desempenha cada uma delas; O Ministério da Economia e Finanças põe em prática as políticas económico-financeiras definidas pelo governo, sendo ajudado pelo Banco de Moçambique. 4- Indique as funções do Banco de Moçambique e caracterize a função de Banco dos bancos e Autoridade monetária; As funções do Banco de Moçambique são: Autoridade Monetária, Banco dos Bancos, Consultor do Governo, autoridade cambial, emissor da moeda. O Banco de Moçambique é chamado o banco dos bancos, porque: • Os bancos depositam aí as suas reservas obrigatórias; • Quando um banco tem dificuldades de tesouraria, pode recorrer ao Banco Central: Diz-se que é prestamista de última instância, relativamente aos bancos. Como autoridade Cambial: • O Banco de Moçambique mantém reservas em ouro, prata, platina, direitos de saques especiais e divisas o que assegura a solvência da moeda; • Deste modo, sem autorização expressa do Banco de Moçambique e salvo disposição em contrário, não podem ser efectuados quaisquer pagamentos externos; ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 33 5- De acordo com a lei 1/99 de 01 de Novembro, a constituição dos bancos comerciais de estabelecimento comerciais de Crédito apenas pode ser concedida mediante cumprimento de determinados requisitos, quais? Os requisitos são: • A adoptar a forma de sociedade anónima de responsabilidade limitada. • A sociedade requerente deve possuir um capital social não inferior ao mínimo legalmente previsto, subscrito e realizado. • O Conselho Administração ou Direcção da instituição deve ser constituído por um mínimo de três membros. • Os membros referidos anteriormente devem ser pessoas idóneas e de reconhecida competência em matéria monetária e financeira, económica ou jurídica e de gestão. ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 34 TEMA III- O PATRIMÓNIO E GESTÃO DOS ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS 3.1 O Património nas Empresas Bancárias Fontes de Financiamento ou de Recursos nos Estabelecimentos Bancários Toda e qualquer empresa, seja individual ou colectiva, possui um conjunto variado de elementos indispensáveis ao desenvolvimento da sua actividade e a satisfação de um certo número de necessidades relacionadas com aquele desenvolvimento. Assim, a composição do património de um banco reflecte basicamente a sua actividade que se traduz na captação de recursos, na aplicação dos mesmos e na intermediação. O Banco, como qualquer empresa possui recursos próprios que são, nomeadamente: • Capital social investido na empresa pelos accionistas; • Reservas (lucros retidos de anos anteriores); * Legais; * Estatutárias; * Livres; • Resultados transitados de exercícios anteriores; • Resultados do exercício (lucros no exercício); Os fundos próprios de um banco, por mais avultados que sejam, não serão suficientes para atingir os seus objectivos. Este necessita de Capitais ou recursos alheios cuja fonte principal são os seus clientes. Os referidos recursos são os seguintes: • Dividas para as Instituições de Crédito: * Depósitos das Instituições de crédito; * Empréstimos das Instituições de crédito; • Dívidas para com clientes: * Depósitos dos clientes; ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 35 * Empréstimos dos clientes; • Débitos representados por título: Certificado de depósitos da própria IC; Outros Passivos: Fornecedores (credores); • Contas de Regularização: Juros a pagar de depósitos na IC; • Provisões: Para riscos gerais de crédito; 3.2 A Gestão nos Estabelecimentos Bancários A principal característica da actividade bancária é comércio do dinheiro, por isso os bancos preocupam-se sobremaneira da gestão dos recursos que lhes foram confiados pela clientela colocando-os a disposição dos que deles precisam. Na verdade, eles devem fazer render o capital investido no negócio e ainda os fundos dos seus clientes a quem paga um juro. Esta procura de maior lucro assenta na produtividade e na liquidez. A produtividade ou rentabilidadeé a relação entre um capital e o seu rendimento bruto ou líquido. Esta relação varia directamente com a duração e o risco de empréstimo. A liquidez é a qualidade que possui os elementos do activo de um banco de poderem ser realizados, isto é, convertidos em dinheiro num dado período. 3.2.1 Componentes de Liquidez As empresas bancárias precisam estar a todo momento aptos a satisfazer os pedidos dos depositantes. Nenhum banco está em condições de reembolsar, de uma só vez em determinado dia, a totalidade dos seus depósitos, porem esta eventualidade só pode surgir em circunstâncias muito especiais. (deve tomar em consideração a lei dos grandes números) Apesar de tudo, os bancos prudentes têm-se esforçado por conservar: * Uma parcela dos seus fundos liquido para responder aos reembolsos quotidianos (caixa); ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 36 * Uma outra parcela rapidamente realizável, isto é, susceptível de ser convertida em dinheiro no prazo máximo de 48 horas, constituindo o que se chama os componentes da liquidez de primeiro grau. Caixa e os Componentes de Liquidez do primeiro grau Incluem-se, geralmente, neste tipo de aplicações, as seguintes rubricas: • O dinheiro de cofre; • Os saldos credores no Banco Central e nos outros bancos; • Os cupões vencidos; • Os saldos credores nos correspondentes (em países de moeda convertível); • As letras em carteira imediatamente redescontáveis no Banco Central; • Os cupões vendáveis a três meses (cupões descontáveis). Estas aplicações devem permitir aos Bancos fazer face ao reembolso dos depósitos a ordem ou pré-aviso que possam eventualmente ser reclamados. Componentes de Liquidez do Segundo Grau São representados por créditos ou por haveres cuja realização e um pouco mais lenta, Podendo atingir semanas ou meses. Eis a sua enumeração por ordem cronológica das suas possibilidades de mobilidade: • Os receptores sobre títulos; • Os empréstimos sobre títulos; • Os empréstimos sobre mercadorias; • As promissórias; • As letras não redesdobráveis; • As contas correntes; Que, segundo o seu grau de exigibilidade, constituem as aplicações normais, quer dos fundos depósitos a ordem ou com pré-aviso, quer do fundos depositados a prazo mais longo. Componentes de Liquidez do terceiro grau Trata-se de imobilizações. De acordo com a fórmula imaginada por Rey Alvarez, trata-se da ultima muralha que não pode ser demolida sem que seja destruída a própria instituição bancária. Estes compreendem: ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 37 I- A carteiras de títulos, que só constitui propriamente uma imobilização quando contem valores de difícil realização; II- As participações financeiras, industriais ou comerciais, que são quotas em empresas, participações em sindicatos financeiros, operações de bolsa em curso de realização, etc. III- Os imóveis, instalações; estes dois últimos são amortizados, em regra, desde que o seu primeiro ano de existência no banco e ainda a medida que forem sendo adquiridos. E nestas aplicações que os bancos investem uma grande parte dos seus capitais próprios (e capitais adquiridos a longo prazo). 3.2.2 Produtos Bancárias Tradicionais A gestão dos estabelecimentos bancários depende de duas operações fundamentais. As chamadas Operações Passivas e Operações Activas. As Operações Passivas são aquelas através das quais os bancos conseguem recursos em moeda, para as suas transacções com terceiros (Produtos bancários de captação de fundos, geralmente designados por depósitos), ao passo que as activas os bancos empregam esses recursos monetários para a obtenção de resultados (Produtos bancários de concessão de fundos ou créditos bancários). Assim, as operações que dão margem de renda são as activas, porque e no emprego desses recursos que estes obtém as suas maiores fontes de renda. Existem ainda as operações acessórias, nas quais os bancos desempenham apenas as funções de mandatários ou depositários de valores de terceiros. Estas trazem para o banco a vantagem de aumentar o número de clientes, desde que os serviços prestados sejam do agrado dos mesmos. Actualmente, podemos encontrar uma gama variada de depósitos e créditos mas no essencial são todos idênticos ou substitutos. Os bancos procuram introduzir pequenas variáveis de diferenciação, tais como: taxas juros diferentes, diferenças nas condições de movimentação; saldos mínimos de abertura diferentes, garantias etc.. ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 38 Essas varáveis são normalmente introduzidos para satisfazer as necessidades de um determinado segmento de mercado. Operações activas: • Abertura de crédito, simples e em conta-corrente; • Desconto de títulos; • Concessão de crédito rural; • Concessão de empréstimo para capital de giro; • Depósitos interfinanceiros; • Operações de repasses e refinanciamentos • Concessões de financiamentos de projectos do Programa de Fomento à Competitividade Industrial. Operações Passivas • Depósitos a vista (de pessoas físicas ou jurídicas); • Depósitos a prazo fixo (de pessoas físicas ou jurídicas); • Obrigações contraídas no país e no exterior relativas a repasses e refinanciamentos; • Emissões de certificados de Depósitos Interfinanceiros (CDIs); • Ordens de pagamento; • Redesconto e empréstimo ao banco Central; Operações Acessórias • Recebimento de conta de luz, água, telefone, e.t.c. • Custódia de valores; • Aluguer de cofres; • Transferência de numerário de uma praça para outra; Exercícios de Auto Avaliação 1- Como é composto o património dos Bancos? 2- Fale sobre os componentes de Liquidez dos Bancos; Os componentes de liquidez dos bancos consistem na capacidade dos bancos em gerar recursos financeiros para fazer face as suas obrigações imediatas. Estes são divididos em três categorias˸ componentes de liquidez do primeiro grau, segundo e terceiro grau. 3- Em que consiste as operações Activas, Passivas e Acessórias dos Bancos? As operações activas são aquelas, pelas quais os bancos empregam recursos monetários para a obtenção de resultados (Produtos bancários de concessão de fundos ou créditos bancários). ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 39 As Operações Passivas são aquelas através das quais os bancos conseguem recursos em moeda, para as suas transacções com terceiros (Produtos bancários de captação de fundos, geralmente designados por depósitos). Enquanto as operações acessórias, são aquelas nas quais os bancos desempenham apenas as funções de mandatários ou depositários de valores de terceiros. As operações activas, constituem as que geram mais recursos porque é no emprego desses recursos que elas obtêm as suas maiores fontes de renda. Enquanto que as operações acessórias trazem para o banco a vantagem de aumentar o número de clientes, desde que os serviços prestados sejam do agrado dos mesmos. 4- Quais são os produtos Bancários que mais geram rendimentos? Os produtos bancários que geram mais recursos são: • Abertura de crédito, simples e em conta-corrente; • Desconto de títulos; • Concessão de crédito rural; • Concessão de empréstimo para capital de giro; • Depósitos interfinanceiros; • Operações de repasses e refinanciamentos • Concessõesde financiamentos de projectos do Programa de Fomento à Competitividade Industrial. Exercícios 1- Como e composta a massa monetária em circulação e quem controla a sua evolução? 2- Os bancos realizam essencialmente dois tipos de operações. Em que consistem e qual delas é mais importante? TEMA IV- O DEPOSITO BANCÁRIO 5.1 O Depósito Os depósitos bancários consistem em operações pela qual um indivíduo, por um período determinado ou não, com ou sem benefício de juros, fundos que poderá utilizar livremente. Ou seja, Um depósito bancário é o acto de entrega de fundos de um depositante a um depositário. Intervenientes Os intervenientes do depósito Bancário são: ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 40 O depositante – o cliente; O depositário – o banco; A constituição de um depósito implica sempre um contrato entre os dois intervenientes, o qual tem inicio no momento de abertura da conta materializando-se através de ficha de assinaturas. O contrato é uma relação jurídica, uma relação regulamentada pela lei. Assim, as duas partes ficam, legalmente, com determinadas obrigações: • O Banco, por exemplo, torna-se responsável pelos bens que lhes foram entregues; • O cliente, por efectuar movimentos apenas nas condições acordadas; 5.1.1Natureza dos Depósitos Do ponto de vista Económico • Entre os depósitos confiados o banco pode distinguir: Capitais destinados a ser consumido num futuro próximo, isto é, que foram depositados por particulares, visando pagamentos posteriores e, sobretudo, por comerciantes e indústria que pretendem utilizar para liquidação das suas dívidas os instrumentos bancários, e para tal, depositam num Banco o fundo de maneio; Capitais em busca de colocação provisória, isto é, somas depositados nos bancos provisoriamente, até serem investidos por outra forma. Capitais em busca de colocação definitiva – representado fundos economizados por pessoas desejosas de assegurar materialmente o seu futuro e que procuram, simultaneamente, rendimento e segurança 2- Do ponto de vista jurídico Dum modo geral, os depositantes podem classificar-se duas categorias: ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 41 • Os depósitos regulares – aqueles que se caracterizam pelo facto de o depositário ser obrigado a guardar as coisas recebidas e a restitui-las, tal qual como lhes foram entregues, ao depositante na data convencionada. Ex: Deposito de jóias, de títulos nominativos, e.t.c.; • Depósitos irregulares – em relação aos quais os o depositário é obrigado a restituir o valor em dinheiro igual ao recebido. Os depósitos de fundos, de acordo com certos autores, devem ser incluídos nesta categoria. 5.1.2 Classificação dos Depósitos Os depósitos podem se classificar: • Quanto a exigibilidade ou finalidade; • Quanto ao depositante; Quanto a exigibilidade ou finalidade. Depósito a ordem; Depósito a pré-aviso; Depósitos a prazo; Depósitos obrigatórios; Depósitos de caução; Depósito a ordem – são depósitos reembolsáveis, a todo momento, pelo depositário a pedido do depositante; Depósito com pré-aviso – Trata-se de uma modalidade de depósito em que o depositante se compromete, a não proceder a levantamentos sem avisar previamente a instituição de crédito. O depósito com pré-aviso funciona relativamente aos créditos, duma forma análoga `a dos depósitos `a ordem, isto é, depósito inicial poder-se-ão acrescentar outras entregas, que poderão vencer o mesmo juro. Depósito a prazo – é uma modalidade do depósito, através da qual o depositante, em princípio, apenas poderá dispor do montante entregue, no prazo acordado com o banco aquando da celebração do contrato; Quanto ao depositante Residentes • Instituições monetárias (bancos); ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 42 • Instituições financeiras não monetárias (seguros); • Estado (governo central, governos provinciais); • Empresas estatais; • Cooperativas; • Particulares (inclui a população); Não Residentes • Bancos no estrangeiro; • Outras instituições financeiras estrangeiras; • Embaixadas; • Outros organismos financeiros internacionais; • Emigrantes; • Empresas estrangeiras (com sede no estrangeiro); • Outros não residentes; Exercícios de Auto Avaliação 1- O que são Depósitos? É uma operações pela qual um indivíduo confia ao Banco, por um período determinado ou não, com ou sem benefício de juros, fundos que poderá utilizar livremente. 2- Quem são os intervenientes dos depósitos? Os intervenientes do depósito Bancário são: o depositante – o cliente; e o depositário – o banco; 3- Classifique os depósitos quanto a exigibilidade e finalidade Quanto a exigibilidade ou finalidade os depósitos podem ser: Depósito a ordem, a pré-aviso e depósitos a prazo; 5.1.3 Contabilização dos Depósitos i) Pela Recepção dos Depósitos para conta de uma pessoa singular ou colectiva; A débito: Caixa A crédito Depósito à ordem – MOEDA NACIONAL – Outros Residentes no país / EE/EP/POP. ii) Depósito em numerário para crédito da conta de uma pessoa singular ou colectiva noutra dependência do próprio banco • Na dependência originária. ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 43 A débito: Caixa A crédito: Sede dependências – Conta efectiva - MOEDA NACIONAL. • Na dependência destinatária A débito: Sede e Dependências A crédito: Depósito à ordem – MOEDA NACIONAL – Outros Residentes no país / EE/EP/POP. iii) Depósito de cheque Moeda Nacional- sobre a própria dependência para crédito da conta de uma pessoa singular ou colectiva na mesma dependência; Pelo deposito de cheque sobre o próprio Banco A débito: Valores a cobrar – Moeda Nacional - Cheques sobre o próprio Banco; A crédito: Depósito à ordem – Moeda Nacional – Outros Residentes no país / EE/EP/POP. Pela Cobrança A débito: Depósito à ordem – Moeda Nacional – Outros Residentes no país / EE/EP/POP. A crédito: Valores a cobrar sobre o próprio banco; iv) Depósito de cheque em Moeda Nacional para outra dependência do mesmo banco Na dependência originária A débito: Valores a cobrar sobre o próprio banco; A crédito: Sede dependências – Conta efectiva – MOEDA NACIONAL Pela cobrança de cheque na própria dependência A débito: Depósito à ordem – MOEDA NACIONAL – Outros Residentes no país / EE/EP/POP. A Crédito: Valores a cobrar sobre o próprio banco. Na dependência destinatária do Banco A ISCED - CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 44 Pela recepção de depósito de outra dependência ou pelo registo do depósito recebido de outra agencia. A débito: Sede dependências – Conta efectiva - MOEDA NACIONAL A crédito: Depósito à ordem – MOEDA NACIONAL – Outros Residentes no país / EE/EP/POP. v) Depósito de cheque em MOEDA NACIONAL sobre outra dependência do própria , para crédito de uma conta na própria dependência, Na dependência originaria - Beira Pelo depósito do cheque sobre o próprio Banco A débito: Valores a cobra – cheque sobre
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