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Manual Contabilidade Bancaria E De Seguros

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Prévia do material em texto

ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade 
Bancária e de Seguros 
1 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM 
CONTABILIDADE E AUDITORIA 
 
 
 
 
3º Ano 
Disciplina: CONTABILIDADE BANCARIA E DE SEGUROS 
Código: ISCED31-CONTCFE7 
Total Horas/1o Semestre: 125H 
Créditos (SNATCA):5 
Número de Temas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTITUTO SUPER 
ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade 
Bancária e de Seguros 
2 
 
 
 
 
Direitos de autor (copyright) 
 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância 
(ISCED), e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução 
parcial ou total deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios 
(electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de 
entidade editora (Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). 
A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos judiciais 
em vigor no País. 
 
ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade 
Bancária e de Seguros 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Direcção Académica 
Rua Dr. Almeida Lacerda, No 212 Ponta - Gêa 
Beira - Moçambique 
Telefone: +258 23 323501 
 
Cel: +258 82 3055839 Fax: 
23323501 
E-mail:isced@isced.ac.mz 
Website:www.isced.ac.mz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.isced.ac.mz/
http://www.isced.ac.mz/
http://www.isced.ac.mz/
ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade 
Bancária e de Seguros 
4 
 
 
 
Agradecimentos 
 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) agradece a colaboração dos 
seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: 
 
 
Autora Nilza Claudia Augusto Chivaringo, mestrada em 
contabilidade e Auditoria. 
Coordenação Direcção Académica do ISCED 
Design Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Financiamento e Logística Instituto Africano de Promoção da Educação a Distancia 
Revisão Científica (IAPED) 
Revisão Linguística 
 
 
Aldo Sanveca, Licenciado em Contabilidade e Auditoria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade 
Bancária e de Seguros 
5 
 
 
 
 
Índice 
 
Contents 
Visão geral 1 
 
Bemvindo à Disciplina/Módulo de Contabilidade Bancária e de Seguros ................................ 1 
Objectivos do Módulo................................................................................................................ 1 
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. ……….1 
Como está estruturado este módulo ................................................................................2 
 Ícones de actividade .........................................................................................................3 
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 3 
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 5 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ..................................................................................6 
Avaliação ........................................................................................................................... 6 
UNIDADE Temática 1.1. Considerações Gerais à Disciplina: natureza, objectivos 
Gerais 
Específicos ........................................................................................................................ 9 
 Introdução.........................................................................................................................9 
Introducao .......................................................................... Error! Bookmark not defined. 
1.2.1 A Moeda ................................................................................................................. 11 
1.2.2 Funções da Moeda ................................................................................................. 11 
1.2.3. A Moeda como fonte do sistema Bancário ........................................................... 13 
Unidade Temática 1.3 Bancos ......................................................................................... 14 
1.3.1 Introducao …14 
 
1.3.2 O Comercio Bancário ............................................................................................. 15 
1.3.3 Principais Objectivos do Banco .............................................................................. 15 
1.2.1 A Moeda ....................................................................................................... 16 
1.3.5 O Negocio Bancário na arena Internacional ................................................ 17 
1.3.6 Fontes de Financiamento ou de Recurso nos BancosError! Bookmark not 
defined. 
Exercícios de Auto Avaliação ................................................................................. 18 
1.3.5 Fontes de Financiamento ou de Recurso nos BancosError! Bookmark not 
defined. 
TEMA II- O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ....................................................... 19 
2.1 O Sistema Financeiro ................................................................................................ 19 
2.1.1 Noção do Sistema Financeiro ....................................................................... 19 
2.1.2. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional ............................................................ 20 
2.1.2. Legislação económica moçambicana .....................................................................22 
Exercícios de Auto Avaliação ..................................................................................24 
ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade 
Bancária e de Seguros 
6 
 
3.1 O Património nas Empresas Bancárias ..................................................................... 26 
3.2 A Gestão nos Estabelecimentos Bancários ............................................................... 27 
3.2.1 Componentes de Liquidez ..................................................................................... 27 
3.2.2 Produtos Bancárias Tradicionais ............................................................................ 29 
Exercícios de Auto Avaliação ................................................................................. 30 
3.1 O Património nas Empresas Bancárias ........................ Error! Bookmark not defined. 
5.1 O Deposito ................................................................................................................ 31 
5. 1.1Natureza dos Depósitos ..............................................................................31 
5.1.2 Classificação dos Depósitos .......................................................................... 32 
Exercícios de Auto Avaliação ................................................................................. 33 
5.1.3 Contabilização dos Depósitos ...............................................................................33 
 Exercícios de Auto Avaliação ........................................................................................365.2 Concessão de Créditos ................................................. Error! Bookmark 
not defined. 
5.2.1 Desconto de Letras e Livranças ...................................................................... 44 
Ecercicios…………………………………………………………………………………………………………….50 
UNIDADE Temática ..6.1 SEGUROS - Conceito Centrais ..................................................56 
Introdução .......................................................................................................................56 
6.1.1 História do Seguro ............................................................................................56 
6.1.2 O Contrato de Seguro .......................................................................................58 
6.1.3 6.1.3 Tipos de Seguro ..................................................................................... 60 
UNIDADE Temática 6.1.4 Mediadores de Seguros .......................................................... 63 
 Introdução .......................................................................... Error! Bookmark not defined. 
UNIDADE Temática 6.1.5 Função Social do Seguro ........... Error! Bookmark not defined. 
UNIDADE Temática .6.1.6 Função Económica do Seguro .. Error! Bookmark not defined. 
UNIDADE Temática .7.1.1. Caracterização ..................................................................... 67 
UNIDADE Temátic8.1 ...................................................................................................... 69 
 
ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade 
Bancária e de Seguros 
7 
 
 
Visão geral 
 
Bemvindoà Disciplina/Módulo de Contabilidade Bancária 
e de Seguros 
 
 
Objectivos do Módulo 
Ao terminar o estudo deste módulo de Contabilidade Sectorial 
deverá ser capaz de: Compreender os processos de contabilização 
dos diferentes de actividade, definir, analisar e o comportamento 
da contabilidade dos sectores financeiros. Deve de igual modo, ser 
capaz de definir e compreender o processo de contabilização do 
ramos de seguros, descrever a importância social, económica, 
vantagens e desvantagens da adesão aos serviços prestados pelas 
empresas seguradoras. 
 
 Diferencia a contabilidade de Seguros da Bancária. 
 Compreende quais as terminologias próprias a serem aplicadas 
em estudo das contabilizações dos dois ramos de actividades. 
 Conhecer as diferentes formas de concessão de crédito; 
Objectivos  Reconhecer as especificidades das Contabilidades Bancárias e de 
Específicos Seguros. 
 Utilizar o plano de contas para o sistema Bancário e de Seguros; 
 Descrever o processo de contabilização das operações mais 
relevantes da actividade bancária – operações financeiras e 
serviços bancários. 
 Interpretar as Demonstrações de Resultados das empresas 
Seguradoras e Financeiras. 
 
 
 
Quem deveria estudar este módulo 
 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 3º ano do curso de 
licenciatura em Contabilidade e Auditoria do ISCED. Poderá ocorrer, 
contudo, que haja leitores que queiram se actualizar e consolidar 
seus conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem vindos, não 
sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o 
manual. 
 
ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade 
Bancária e de Seguros 
8 
 
 
Como está estruturado este módulo 
Este módulo de Contabilidade Bancária e de Seguros, para 
estudantes do 3º ano do curso de licenciatura em Contabilidade e 
Auditoria, à semelhança dos restantes do ISCED, está estruturado 
como se segue: 
 
Páginas introdutórias 
 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer 
para melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia 
esta secção com atenção antes de começar o seu estudo, 
como componente de habilidades de estudos. 
 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez 
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente 
unidades 
.Cada unidade temática se caracteriza por conter uma introdução, 
objectivos, conteúdos. 
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são 
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só 
depois é que aparecem os exercícios de avaliação. 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros 
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos 
 e actividades práticas algumas incluindo estudo de caso. 
 
Outros recursos 
 
A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, pensando em si, 
num cantinho, recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de 
dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta 
uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você 
explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro 
de recursos mais material de estudos relacionado com o seu curso 
como: Livros e/ou módulos, CD, CDROOM, DVD. Para além deste 
material físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter 
acesso a Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as 
possibilidades dos seus estudos. 
 
ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade 
Bancária e de Seguros 
9 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
 
Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram sem o final 
de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos exercícios 
de auto-avaliação apresentam duas características: primeiro 
apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, 
exercícios que mostram apenas respostas. 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação 
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo 
a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de correcção 
e subsequentemente nota. Também constará do exame do fim do 
módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exercícios de 
avaliação é uma grande vantagem. 
 
Comentários e sugestões 
 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados 
aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza 
didácticoPedagógico, etc, sobre como deveriam ser ou estar 
apresentadas. Pode ser que graças as suas observações que, em 
gesto de confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo 
venha a ser melhorado. 
 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes 
partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela 
específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança 
de actividade, etc. 
 
 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a 
aprender. Aprender aprende-se. 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para 
facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará 
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons 
resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e 
eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando estudar. 
Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos que caro 
ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade 
Bancária e de Seguros 
10 
 
estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos estudos, 
procedendo como se segue: 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de 
leitura. 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 3º Voltar a 
fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilaçãocrítica dos 
conteúdos (ESTUDAR). 
 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as 
de estudo de caso se existirem. 
 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamente como, onde e quando...estudar, como foi referido 
no início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo 
reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo 
melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à 
noite/de manhã/de tarde/fins de semana/ao longo da semana? 
Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num sítio 
barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em cada 
hora, etc. 
 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado 
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada 
ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando 
achar que já domina bem o anterior. 
 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e 
estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é 
juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos 
de cada tema, no módulo. 
 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por 
tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora 
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso 
(chamase descanso à mudança de actividades). Ou seja que durante 
o intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das 
actividades obrigatórias. 
 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual 
obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento 
ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade 
Bancária e de Seguros 
11 
 
da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume 
de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando 
interferência entre os conhecimento, perde sequência lógica, por 
fim ao perceber que estuda tanto mas não aprende, cai em 
insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente 
incapaz! 
 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões 
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, estude 
pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que 
está a se formar. 
 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que 
matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que 
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo 
quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. 
 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será 
uma necessidade para o estudo das diversas matérias que 
compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar 
a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as 
partes que está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, 
vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a 
margem para colocar comentários seus relacionados com o que 
está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir 
à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
não conhece ou não lhe é familiar; 
 
 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o 
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas 
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros 
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas trocadas ou 
invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento 
e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, 
sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando 
a preocupação. 
 
ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade 
Bancária e de Seguros 
12 
 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua 
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se 
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, estudante 
– CR, etc. 
 
As sessões presenciais são um momento em que você caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do 
seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED 
indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste 
período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza 
pedagógica e/ou administrativa. 
 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% 
do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida 
em que permite lhe situar, em termos do grau de aprendizagem 
com relação aos outros colegas. Desta maneira ficará a saber se 
precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver 
hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos 
programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade 
temática, no módulo. 
 
 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
auto avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues 
duas semanas antes das sessões presenciais seguintes. 
 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de 
campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da 
disciplina/módulo. 
 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os 
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
 
ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade 
Bancária e de Seguros 
13 
 
O plágio1é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma 
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um autor, 
sem o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade 
científica e o respeito pelos direitos autoriais devem caracterizar a 
realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). 
 
 
Avaliação 
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do 
docente/tutor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma 
avaliação mais fiável e consistente. 
 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com 
um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os 
conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial 
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A 
avaliação do estudante consta detalhada do regulamento de 
avaliação. 
 
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e 
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de 
frequência para ir aos exames. 
 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e 
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no 
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, 
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) 
trabalhos e 1 (um) (exame). 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados 
como ferramentasde avaliação formativa. 
 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências bibliográficas 
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. Os 
 
1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade 
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização. 
ISCED - CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade 
Bancária e de Seguros 
14 
 
objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de 
Avaliação. 
 
 
 
 
ISCED - 
CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 
16 
 
 
TEMA – I: INTRODUÇÃO 
 
 
UNIDADE Temática 1.1. Considerações Gerais à Disciplina: natureza, objectivos Gerais 
Específicos, A Moeda; Intermediários da Moeda; Função da Moeda; Introdução 
 
Contabilidade é a ciência social que visa ao registo e ao controle dos actos 
e factos económicos, financeiros e administrativos das entidades. 
 
A Contabilidade de Seguros e Bancária constituem ramos da Contabilidade 
Geral na qual estuda os factos patrimoniais das empresas específicas do 
ramo de Seguro e financeiro. 
 
O principal objectivo desta disciplina é: 
 
• Proporcionar aos estudantes do Curso de contabilidade e Auditoria, o 
mínimo de conhecimento das particularidades e terminologias próprias 
do sector de seguros e Bancos; 
 
• Dar a conhecer as diferentes técnicas contabilísticas utilizadas para o 
registo das operações realizadas nestas empresas esperando-se desta 
forma que os estudantes obtenham conhecimentos técnicos básicos à 
actividade seguradora e Bancária, no tange aos seguros, as operações 
sobre seguros, as suas especificidades técnicas, a sua importância social, 
as companhias seguradoras, e por outro lado obtenha conhecimentos 
respeitante ao funcionamento da empresas bancárias em Moçambique, 
desde o surgimento da moeda, suas funções, os cheques, as operações 
bancárias, ao registo das operações contabilísticas, a sua contabilização 
face o normativo Moçambicano e internacional e a divulgação dos 
resultados. 
 
Estes conhecimentos serviram de base e uma aprendizagem suficiente 
para, pelo menos, se iniciem na área de seguros e bancos sem grandes 
dificuldades. 
 
A partir dos estudos da Ciência Contabilística no ISCED, o estudante será 
capaz de entender o conceito de Prémios de Seguros, Apólices de Seguros 
e classificação dos bancos. 
 
 
 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
ISCED - 
CURSO: CONTABILID ADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Contabilidade Bancária e de Seguros 
17 
 
Objectivos 
específicos 
 
 
 
 Compreender: A importância e relevância das empresas seguradoras no país. 
 Registar: Todos os factos contabilísticos que ocorrem nas empresas 
seguradoras e bancárias; 
 Organizar: um sistema de controle adequado à empresa; 
 Demonstrar: com base nos registos realizados, a posição financeira da 
situação patrimonial da empresa no que tange aos créditos dos clientes para 
as instituições financeiras, visto que, este tipo de empresa operam com 
recurso externos. 
 Analisar: os demonstrativos financeiros com a finalidade de apurar os 
resultados obtidos pela empresa; 
 Acompanhar: o registo contabilístico dos depósitos e levantamento, 
empréstimos e demais solicitações vindas dos clientes; 
 
 
Conceito 
A Contabilidade Bancária é um ramo da contabilidade aplicada que 
estuda, regista e controla as operações pertinentes a instituições de 
crédito e sociedades financeiras, determinando o resultado destas 
operações e a situação patrimonial. 
 
Assim como a empresa mercantil tem por objectivo a compra e venda de 
mercadorias e utilidades, a empresa industrial a transformacao da materia 
prima em produtos de mais variadas especies. A empresa bancaria tem 
por objectivo o comercio do dinheiro, quer com fornecedor de capitais, 
quer com como depositaria de capitais de terceiros, quer ainda com 
intermediario de crédito. 
 
O comercio sempre existiu através de permuta nas civilizações antigas na 
qual consistia na troca de mercadoria por mercadoria, pois não existia um 
instrumento de troca legal,dava-se tudo o que se fazia-o dinheiro veio 
mauis tarde. 
 
Desta forma, o homem criou mercadoria para padronizar o processo de 
troca, tendo iniciado pelo GADO, que em latim significa PECUS, dai a 
palavra pecunia que significa dinheiro. Com o tempo, surgiram diversas 
moedas padrao, variando de regiao paara regiao. 
 
O homem no seu genio intuitivo mais uma vez criou uma moeda metalica, 
tendo estabelecido como mercadoria padrao utilizando metais raros e de 
grande valorcomo, ouro, prata e bronze. 
 
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Mais tarde surgiu o dinheiro de papel, conhecido tambem por moeda 
papel, tornando mais facil o transporte de pequenos e grande valores. A 
moeda sempre representou um instrumento poderoso de realização dos 
anseios do ser humano devido às suas já conhecidas principais funções. 
 
 
 
1.1.1 A Moeda 
Não sendo objectivo principal do programa temático o estudo da moeda é, 
no entanto importante mesmo de uma forma resumida refrescar os 
conhecimentos sobre a matéria para melhor perceber o funcionamento 
do sistema financeiro. 
 
 
Muito embora não haja precisão absoluta, a unificação do sistema de 
cunhagem da moeda é atribuída aos líbios, no século VII, entre 687 à 650 
A.C. Contudo, no terceiro milénio A.C. já o ouro era tido como unidade de 
conta no Egipto e a prata na Mesopotâmia. 
 
A partir do século IX A.C. os chineses usavam o bronze como meio de 
pagamento com diversas formas de inscrições gravadas. Isto significa que, 
a moeda apareceu numa fase mais evoluída da organização social. 
 
No ocidente, os povos que mais se notabilizaram na expansão da moeda 
foram os gregos, os persas e romanos durante a Idade média e época 
renascentista através do mediterrâneo, tornando-se num objecto de 
investigação por parte de teólogos, de filósofos como Platão e outros 
pensadores. 
 
 
 
1.1.2 Funções da Moeda 
 
Não há uma definição da moeda e sempre que se pretenda defini-la 
acabase falando das suas funções por ser mais prático. Esta dificuldade de 
definição resulta do facto de no passado a moeda ter passado por várias 
representações desde a concha, gado, sal que coexistiram com a troca 
directa até meados do século VIII, idade do ferro e bronze que veio 
revolucionar a divisão de trabalho e por isso o papel da moeda evolui 
também. Assim temos as seguintes funções: Meio de pagamento, Unidade 
de conta, Reserva de valor e Instrumento de Troca. 
 
Instrumento de Troca 
 
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Toda peça monetária representa um direito sobre riquezas existentes, 
permitindo ao seu portador adquirir certa quantidade dessas riquezas, à 
sua escolha, até onde alcance o valor facial indicado. 
A introdução da moeda nas transacções comerciais dissociou a anterior 
troca directa (uma só operação) em duas fases distintas: 
 
a) Troca de bens ou serviços produzidos pelo indivíduo, por moeda 
(operação de venda); 
b)Troca de moeda por bens ou serviços produzidos pelo indivíduo, por 
moeda (operação de compra). 
 
A moeda permite sair-se de uma troca directa para uma economia 
monetária e facilitar a divisão de trabalho. Sem esta função imaginemos 
quãodifícil não seria a tarefa de um professor que quisesse almoçar. Teria 
de encontrar alguém que tivesse comida e disposto a trocá-la por uma aula 
que fosse sobre matéria do seu interesse e sabendo que a vontade de 
aprender nem sempre é proporcional à de comer; o mais provável seria o 
professor morrer de fome. 
 
Mesmo havendo alguém disponível a trocar a comida o problema 
colocarse-ia na fixação da medida: quantas horas para quanta comida? 
Com esta função o professor já não precisa de procurar aluno de ocasião, 
pode comprar comida ao preço e quantidade que achar justos e a qualquer 
momento. 
 
A moeda como unidade de conta 
 
A moeda como meio de troca, torna possível a indicação de todos os preços 
numa só unidade, pela comparação dos valores relativos das mercadorias 
permitindo contabilizar ou exprimir numericamente os ativos e os 
passivos, os haveres e as dívidas. 
 
É graças a esta função que podemos ter, por exemplo, a contabilidade 
pública e as finanças, pois seria difícil avaliar o grau de endividamento ou 
avaliar o PIB e medir a riqueza das pessoas e empresas sem esta função. É 
por isso que quando numa economia se usa várias moedas torna-se 
complicado avaliar, por exemplo, o nível de inflação. É por isso que as leis 
que criam moedas nacionais impõem o curso legal obrigatório e poder 
liberatório pleno para permitir que nas transaccões internas seja usada a 
moeda local de modo a facilitar o seu registo e comparabilidade. 
 
Reserva de valor 
 
A moeda permite armazenar e conservar os valores para utilização 
oportuna. 
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Os motivos que levam qualquer indivíduo a reter a moeda são: transacção, 
segurança, poupança. 
Resolveu-se o problema de custos de gestão da riqueza na medida em que 
a mesma pode ser reduzida a um número em vez de nomeá-la, por 
exemplo, tantas casas, cadeiras, títulos financeiros, etc. E facilita a sua 
conversão em activos mais líquidos a qualquer momento. 
 
Meio de Pagamento 
 
Nas operações anteriormente descritas da troca indirecta, a moeda 
aparece para satisfazer a necessidade de meio de pagamento. A moeda 
tem poder legal de liberar débitos. Sua aceitação é baseada 
fundamentalmente nos factores confiança e hábito. 
 
 
1.1.3. A Moeda como fonte do sistema Bancário 
 
E impossível analisar a actividade económica e o papel que nela 
desempenham os bancos, sem conhecer um pouco da moeda e dos 
mecanismos pelos quais é criada. Os bancos são indispensáveis a sua 
distribuição por todos os agentes económicos. 
 
Quando um cliente vem depositar dinheiro (em notas) no seu banco, ele 
troca moeda fiduciária por importância igual de moeda escritural. Todavia, 
a moeda fiduciária não desaparece na medida em que o Banco vai colocalo 
à disposição de um beneficiário de empréstimo. Assim, completando a 
funções da moeda já estudadas anteriormente, podemos classificar em: 
 
 Moeda metálica; 
 Moeda fiduciária; 
 Moeda bancária ou Escritural; 
 
Moeda fiduciária – é constituído pelo conjunto das notas do banco; Esta 
expressão foi utilizada na época em que as notas eram convertíveis em 
ouro e na qual, consequentemente, elas se baseavam na confiança do 
portador para com o emissor. 
 
Moeda Bancária ou Escritural – consiste nos saldos dos depósitos 
bancários à ordem; ela é escritural, como já referido, porque resulta de um 
simples mecanismo de escrita nos bancos. 
 
O Valor da moeda metálica depende de dois elementos: 
Elemento Material – que consiste pelo metal precioso (ouro ou prata) 
utilizado no fabrico da moeda. É ainda o mesmo metal que serve de 
cobertura para as notas de bancos postas em circulação. 
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Elemento Psicológico – em que o valor da moeda, nas nações ditas 
civilizadas, repousa mais a vontade de todos em lhes atribuírem esse valor 
do que na matéria de que é fabricada. 
 
Analisando a moeda como Suporte do Sistema bancário encontramos dois 
grupos de moeda diferentes: 
Moeda Primária – que é constituído pelo conjunto de moedas metálicas e 
moeda fiduciária (notas). 
 
Moeda Escritural / Bancária ou Secundaria – que é constituído pelo 
movimento das contas de depósito nos bancos, através dos quais é possível 
efectuar pagamentos, como já foi referido. 
 
Ao conjunto da moeda primária e da moeda escritural dá-se o nome de 
Massa monetária. Assim, a massa monetária representa o total dos meios 
de pagamento de uma economia. 
 
 
Exercícios de Auto Avaliação 
 
1- Defina Contabilidade Bancária? 
É o ramo da contabilidade aplicada que estuda, regista e controla as 
operações pertinentes a instituições de crédito e sociedades financeiras, 
determinando o resultado destas operações e a situação patrimonial. 
 
2- O que e comercio Bancário? 
É uma actividade comercial que consiste, essencialmente, em receber 
fundos em depósito (à ordem ou a prazo), emprestar capitais aos que 
deles necessitam (através de adiantamentos ou pelo desconto de títulos 
comerciais), subscrever compromissos para facilitar as transacções dos 
seus clientes. 
 
3- Quais são as funções da moeda? As funções da moeda são: 
• Meio de Pagamento; 
• Reserva de Valor; 
• Instrumento de Troca; e 
• Denominação comum de Valores; 
 
4- Diga qual é a função da moeda que permite liquidar débitos? 
A função da moeda que permite liquidar débitos é o meio de Pagamento; 
 
5- Diga qual é a principal diferença entre a moeda primária e moeda 
secundária? 
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A 
principal diferença entre moeda primária e secundária é que a moeda 
primária é constituída pelo conjunto de moedas metálicas e moeda 
fiduciária (notas). Enquanto que, a moeda Secundaria é constituída pelo 
movimento das contas de depósito nos bancos, através dos quais é possível 
efectuar pagamentos, como já foi referido (cheques). 
 
 
 
 
Unidade Temática 1.2 Bancos 
 
 
 1.2.1 Introdução 
Bancos -São empresas que possuem capitais próprios e de terceiros 
(depósitos) e que empregam esses recursos em diversas espécies de 
operações peculiares ao comercio de dinheiro, com o objectivo de lucro; 
 
O papel dos Bancos é o comércio de dinheiro por um dado preço e aplicalos 
por preço maior (juros e descontos), donde a diferença representa lucro 
bruto, com que se pagam as despesas, resultando o lucro líquido, 
distribuindo em forma de dividendo ou acumulando como reserva. 
 
O desenvolvimento do sistema bancário através dos tempos deveu-se, 
sobretudo a busca do lucro, os quais para além de trabalharem os metais 
preciosos, também recebiam como valores a guarda. 
 
Importa anotar que este tipo de serviço era prestado aos viajantes e 
mercadores dessa época em troca de pequena taxa de serviço. 
 
 
 
1.2.2 O Comercio Bancário 
O comércio Bancário – é uma actividade comercial que consiste, 
essencialmente, em receber fundos em depósito (à ordem ou a prazo), 
emprestar capitais aos que deles necessitam (através de adiantamentos ou 
pelo desconto de títulos comerciais), subscrever compromissos para 
facilitar as transacções dos seus clientes (aceites bancários, fianças, etc.) e 
acessoriamente, em: 
 
1 - Efectuar, por conta de outrem, pagamentos e todas as transacções de 
capitais (operações de recebimentos, de compensação, transferências, 
pagamentos, e.t.c.); 
 
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232 - Comprar e Vender: 
• - Moedas de ouro e prata ou notas 
(operações de cambio); 
• - Cartas de câmbio e títulos à ordem; 
• - Títulos públicos; 
• - Acções de empresas industriais; 
 
3 – Executar, de uma maneira geral, todas as operações financeiras por 
conta da sua clientela depositante (subscrições, guarda e conservação de 
títulos e outros valores, ordens de bolsa, regularizações de títulos, 
recebimentos de cupões, gestão de carteiras, informações financeiras, 
e.t.c.); 
 
4- Fornecer aos seus clientes todas as informações e esclarecimentos 
susceptíveis de os ajudar na sua actividade (informações comerciais, 
documentação comercial, prospecção e estudo de marcados e de fontes 
de aprovisionamento, introdução junto de bancos estrangeiros, e.t.c). 
 
 
1.2.3 Principais Objectivos do Banco 
Na procura de maior lucro o banco pretende alcançar os seguintes fins: 
a) Pagamento dos depósitos 
b) Aumento das Reservas; 
c) Remuneração dos accionistas que esperam um rendimento do seu 
investimento 
 
 
1.2.4 Classificação dos Bancos 
 
Os Bancos podem classificar-se de acordo com os diversos critérios: 
• Segundo o papel desempenhado pelo Estado na sua constituição; 
• Segundo a origem dos seus capitais; 
• Segundo a natureza das operações que executam; 
 
1- Segundo o papel desempenhado pelo Estado na sua constituição: 
Os Bancos públicos criados pela intervenção do Estado; 
Os Bancos Privados constituídos pela iniciativa privada; 
 
2- Segundo a origem dos seus capitais podem distinguir-se: 
I- Os Bancos emissores ou Bancos centrais – aqueles que obtêm fundos 
pela emissão de notas que são postas em circulação em virtude das 
seguintes operações: 
 
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-
Compra de ouro ao Balcão; 
-Créditos concedidos ao comércio e à indústria através de desconto directo 
de letras comerciais; 
-Empréstimos ao Estado; 
-Empréstimos sobre títulos a comerciantes. A emissão de notas realiza-se 
de diversas formas, consoante a intervenção do Estado ou não neste 
domínio. 
 
A emissão de notas pode também ser objecto de um monopólio de um 
banco particular ou de um privilégio concedido a um número limitado de 
estabelecimentos. 
 
II- Os bancos comerciais, cujos recursos são fundamentalmente 
representados por fundos que lhes são confiados pela clientela. 
 
III- Os bancos de negócios, que trabalham principalmente com recursos 
próprios e com os de sindicatos associados. 
 
IV- Os bancos mistos, que acumulam as características dos bancos 
comerciais e dos bancos de negócios. 
 
3 . A natureza das operações executadas 
 
Quanto a natureza das operações que executam, temos: 
 
1- Os bancos comerciais que executam as operações bancárias 
correntes: 
 -Recepção e transferência de capitais 
 -Aplicações de fundos 
 -Empréstimos sobre títulos, etc 
 -Compra e venda de moedas e metais preciosos 
 -Operações de bolsa 
 -Guarda e conservação de títulos 
 
2- Os bancos exteriores (comercio externo) que se dedicam sobretudo 
ao financiamento do comercio externo. 
 
3- Os bancos hipotecários, que são especializados em empréstimos e 
garantias imobiliárias. 
 
 
4- Os bancos agrícolas e industriais, que se encarregam de conceder a 
agricultura e a industria o apoio financeiro de que necessitam 
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(créditos de campanha, compras de material, aprovisionamento de 
‘’estocks’’, etc ). 
 
5- Os bancos populares que beneficiam de empréstimos do estado 
para apoiar o pequeno e médio comercio e industria. 
 
 
 
1.2.5 O Negocio Bancário na arena Internacional 
 
As relações internacionais têm tido um desenvolvimento muito 
significativo a nível mundial que os países já não podem resolver os seus 
problemas económicos isoladamente. A interdependência financeira e 
comercial lava a que os problemas económicos sejam discutidos a nível 
global. 
 
Este desenvolvimento internacional implica um aumento igualmente 
significativo dos fluxos entre países, nomeadamente das relações 
comerciais e financeiras. 
É essencial no âmbito dessas relações que os bancos actuam na área 
internacional. Os bancos desempenham o mesmo papel que realizam no 
mercado interno, no mercado internacional. Assim, estes servem de 
principal intermediário entre os agentes económicos residentes e não 
residentes, nas operações que sirvam de suporte as importações e 
exportações resultantes do fluxo de mercadorias, ou seja, captam recursos 
para possibilitar o pagamento de importações, fazem créditos em moeda 
estrangeira, financiam importações e exportações e efectuam cobranças. 
 
Para que estas operações sejam possíveis, e necessários que os bancos 
mantém correspondências nas principais praças financeiras do mundo. E 
através desses colaboradores que os bancos realizam as transacções de 
moedas necessárias aos pagamentos internacionais. Essas transacções são 
efectuadas por débitos e créditos de contas expressas nas diversas 
moedas que os bancos têm junto das filiais, sucursais ou 
correspondentes. 
 Exercícios 
de Auto Avaliação 
 
1- Quais os critérios de classificação dos Bancos? 
Os Bancos podem ser classificados da seguinte maneira: 
• Segundo o papel desempenhado pelo Estado na sua constituição; 
• Segundo a origem dos seus capitais; 
• Segundo a natureza das operações que executam; 
 
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2- Qual e a principal função de um Banco? 
A principal função dos bancos e o comércio de dinheiro. 
 
3- O Banco é uma empresa como qualquer outra. Debruce sobre esta 
afirmação? 
Os bancos diferem-se de outras empresas por possuírem características 
próprias e uma legislação específica. As empresas bancárias sobrevivem de 
recursos de terceiros, isto é, depósitos bancários dos seus clientes que são 
aplicados à concessão de crédito e empréstimos para a geração de 
rendimentos. 
 
4- Refira-se sobre o papel da Banca na arena Económica? 
O Comercio bancário a nível internacional, serve de principal intermediário 
entre os agentes económicos residentes e não residentes, nas operações 
que sirvam de suporte as importações e exportações resultantes do fluxo 
de mercadorias. Os bancos possibilitam o pagamento de importações, 
obtenção de créditos, financiamento das importações e exportações e 
efectuam cobranças. 
 
 
5- Classifique os Bancos segundo segundo o papel desempenhado - pelo 
Estado na sua constituição e a natureza das operações que executam; 
 
Segundo o papel desempenhado pelo estado, os bancos podem ser 
públicos e privados. 
 
Segundo a natureza das operações que executam, elas podem ser: 
Comerciais, hipotecários, agrícolas e industriais, populares e de 
investimentos. 
 
 
 
TEMA II- O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
 
Unidade Temática: 2.1 O Sistema Financeiro 
 
Às vezes usamos esta designação quando pretendemos referirmo-nos às 
instituições, o que não é totalmente errado. Na verdade, sistema sugere a 
ideia de conjunto em que as instituições são partes integrantes do sistema 
financeiro objecto deste programa. 
 
 
 
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2.1.1 Noção do Sistema Financeiro 
 
O Ministério das Finanças e O Banco de Moçambique são as instituições 
com poderes para gerir as políticas fiscais e monetárias, respectivamente,no quadro dos objectivos macro-económicos definidos pelo Governo. 
Superintendem o funcionamento das instituições financeiras e no caso do 
Ministério das Finanças garante também a necessária coordenação com o 
Banco de Moçambique na apresentação, aos órgãos competentes, de 
projectos de legislação para o sistema bancário. 
 
Assim, o sistema financeiro deve ser entendido como um conjunto que 
integra a POLÍTICA mais as INSTITUIÇÕES com os seguintes objectivos: 
 
POLÍTICA: O sistema financeiro funciona no quadro de uma política 
económica e financeira vigente. Não seria recomendável num regime de 
economia centralmente planificada em que o papel do sector privado é 
irrelevante, predominar as instituições financeiras geridas com base na 
economia de mercado e vice versa. A acontecer seria muito difícil a 
compatibilizacão dos objectivos estratégicos com a afectacão dos meios. 
 
Por exemplo, na década de setenta houve em Moçambique necessidade 
de se restruturar o sistema financeiro para adequá-lo à política então 
vigente. Muitas instituições foram integradas no Banco de Moçambique e 
no então Banco Popular de Desenvolvimento. O Banco Standard Totta, que 
na altura representava uma pequena quota do mercado bancário, 
continuou a operar como única instituição de crédito privada. Podemos 
encontrar na política económica moçambicana os objectivos estratégicos 
constantes do Plano Quinquenal do Governo, o Plano Económico e Social 
e Plano de Accão de Redução da Pobreza Absoluta. 
 
Ainda na política temos os MERCADOS que podem ser monetários onde se 
transaccionam instrumentos de curto e longo prazos. São exemplos o 
Mercado Monetário Interbancário (MMI) e o Mercado Cambial 
Interbancário (MCI) para os instrumentos de curto prazo e a Bolsa de 
Valores para os instrumentos de longo prazo. Um aspecto importante é a 
existência da legislação adequada que permita a fluidez necessária na 
realização das operações no mercado. 
 
INSTITUIÇÕES: As instituições podem ser classificadas segundo a forma de 
propriedade em Públicas e Privadas ou de acordo com o tipo de operações 
que realizam em monetárias e não monetárias. São monetárias aquelas 
que aceitam depósitos e concedem crédito, isto é, criam moeda. As não 
monetárias são todas aquelas que não aceitam depósito e usam fundos 
próprios ou alheios sob forma de títulos financeiros. 
 
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São exemplos das instituições monetárias os bancos comerciais, incluindo 
os microbancos e todos aquelas que por lei forem autorizadas a captar 
poupança para aplicá-la no crédito. Estão enquadradas na classificação de 
instituições não monetárias as seguradoras, as sociedades financeiras 
definidas na lei das instituições de crédito e as microfinanças. Para mais 
informações consultar a apresentação esquemática do sistema financeiro. 
 
 
 
2.1.2. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional 
 O Sistema financeiro pode ser compreendido como um conjunto de instituições financeiras e 
instrumentos financeiros que visam em última analise, transferir recursos 
dos agentes económicos (pessoas, empresas, governo) superavitário para 
os deficitários. 
Porem, as instituições financeiras podem ser classificadas numa 
perspectiva legal da seguinte forma: 
 
i. Instituiҫões De Crédito - Institutos de 
crédito do estado; 
- Casas bancárias; 
- Bancos comerciais; 
-Instituições especiais de crédito: 
- Bancos de investimento; 
- Caixas económicas; 
- Cooperativas de crédito; 
 
ii. Instituições Auxiliares De Crédito 
- Correctores de fundos e 
- Casas de câmbio; 
 
iii. Instituições de Intermediação Financeira 
Autoridades monetárias 
As Autoridades Monetárias de Moçambique são: 
 Ministério da Economia e Finanças;  Banco 
de Moçambique (Banco Central). 
 
Ministério da Economia e Finanças 
 
O Ministério das Finanças, simultaneamente, Órgão do Governo da 
Republica autoridade monetária nacional. 
 
Na qualidade de Órgão do Governo da Republica, o Ministério da 
Economia e Finanças põe em prática as políticas económico-financeiras 
definidas pelo governo, sendo ajudado pelo Banco de Moçambique. 
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Enquanto autoridade monetária, este Órgão do Governo tem por função, 
por exemplo, negociar acordos e financiamentos externos, tendo como 
consultor o Banco Central e ainda orientar a politica monetária a cambial. 
 
Em resumo, as principais funções do ministério das finanças são: 
 Órgão do governo da Republica 
 Autoridade monetária 
 
Banco de Moçambique 
As principais funções do Banco de Moçambique (Banco Central) são: 
 
Autoridade Monetária 
 
Como autoridade monetária, define e executa a politica monetária e 
cambial. Fá-lo através da orientação e controle das instituições do sistema 
financeiro, regulando assim, o mercado. 
 
A referida orientação e supervisão, consiste em; 
 Estabelecer directivas de actuação das instituições; 
 Fixar o regime das taxas de juro e outras formas de remuneração das 
operações; 
 Estabelecer condicionalismos as operações activas das instituições de 
crédito; 
 
Bancos dos Bancos 
 
E chamado o banco dos bancos, porque: 
 Os bancos depositam ai as suas reservas obrigatórias; 
 Quando um banco tem dificuldades de tesouraria, pode recorrer ao 
Banco Central: Diz-se que é prestamista de última instância, 
relativamente aos bancos. 
 
 
 
 
Consultor do Governo 
 
Como consultor do Governo cabe ao Banco: 
• Prestar informações e pareceres sobre questões de natureza 
financeira e cambial; 
• Aconselhar nas negociações sobre acordos e financiamentos externos; 
• Participar em reuniões “ad hoc” em matéria da política monetária, 
financeira e cambial; 
 
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Emissão de moeda 
• O Banco de Moçambique tem o exclusivo e a obrigação de emissão 
de notas e de moeda divisionária em Moçambique; 
• Banqueiro do Estado; 
• No desempenho desta função, o Banco poderá conceder ao Estado, 
anualmente, crédito sem juros sob forma de conta corrente, em 
Moeda Nacional, até ao montante máximo de 10% das receitas 
ordinárias do Orçamento Geral do Estado arrecadadas no 
penúltimo exercício económico. 
 
Autoridade Cambial 
• O Banco de Moçambique mantém reservas em ouro, prata, platina, 
direitos de saques especiais e divisas o que assegura a solvência da 
moeda; 
• Deste modo, sem autorização expressa do Banco de Moçambique 
e salvo disposição em contrário, não podem ser efectuados 
quaisquer pagamentos externos; 
 
Compete ao Banco, nomeadamente: 
• Definir os princípios reguladores das operações sobre ouro e divisas 
estrangeiras; 
• Fixar os limites das disponibilidades em ouro e divisas a deter pelas 
entidades autorizadas a exercer o comércio de câmbio; 
• Autorizar a abertura de contas em Moeda Nacional por entidades 
não residentes; 
 
 
 
2.1.3. Legislação económica moçambicana 
 
No contexto da legislação económica do país, importa estudar a lei nº 1/99 
de 01 de Novembro, conhecida por lei das instituições de crédito. É esta 
que serve de base da classificação das instituições financeiras inseridas na 
estrutura do sistema financeiro moçambicano. 
 
De conformidade com a lei em apreço, a constituição de instituições de 
crédito (dependências correspondentes, sucursal); instituições auxiliares 
de crédito; instituições de intermediação financeira e instituições especiais 
de crédito na Republica de Moçambique, dependede autorização do 
conselho de ministros, precedida de parecer do banco de Moçambique. A 
constituição de instituições de crédito sob a forma de empresas públicas é 
determinada pelo conselho de ministros. 
 
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31 
 
Do mesmo modo, e de sublinhar que a constituição de bancos comerciais 
e de estabelecimentos especiais de crédito só pode ser concedida depois 
de observados alguns requisitos seguintes: 
 
• A adoptar a forma de sociedade anónima de responsabilidade 
limitada. 
• A sociedade requerente deve possuir um capital social não inferior 
ao mínimo legalmente previsto, subscrito e realizado. 
• O Conselho Administração ou Direcção da instituição deve ser 
constituído por um mínimo de três membros. 
• Os membros referidos anteriormente devem ser pessoas idóneas 
e de reconhecida competência em matéria monetária e financeira, 
económica ou jurídica e de gestão. 
 
No tange ao funcionamento de filiais, agencias e delegações, a sua 
abertura, como o encerramento destas unidades organizacionais carece de 
autorização especial previa do Banco de Moçambique. 
 
O pedido referente as mesmas será acompanhado dos seguintes 
elementos: 
• Tipo de operação a realizar; 
• Numero de trabalhadores nacionais 
a estrangeiros a empregar; 
 
Relativamente a apreciação do pedido, ter-se-á em conta o seguinte: 
• A capacidade do requerente; 
• O interesse para a economia local; 
E tida como condição da autorização que a soma do capital e fundos de 
reserva da instituição seja adequada a garantia das operações a efectuar 
pela dependência. 
 
Tudo isso leva-nos a concluir que não basta ter uma soma avultada de 
dinheiro para que nos sintamos a altura de abrir um banco ou uma 
sociedade! 
 
Para alem destes requisitos legais e ainda de referir que a instituição deve 
ter por objecto actividades permitidas por lei. Ao fazer apreciação da 
necessidade e oportunidade da instituição, devera ter-se em consideração 
os seguintes critérios: 
 
• A adequação dos objectivos a politica económica do país; 
• Idoneidade dos accionistas fundadores; 
• Suficiência de meios técnicos e recursos financeiros em relação ao 
tipo de operações que pretende realizar; 
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• Possibilidade de melhorar a diversidade ou a qualidade dos serviços 
prestados ao publico e garantir a segurança que lhe forem 
confiados; 
• Compatibilidade entre as perspectivas de desenvolvimento da 
instituição e a manutenção de uma concorrência nos mercados em 
que se propõe exercer a sua actividade. 
 Exercícios 
de Auto Avaliação 
 
1- O que e Sistema Financeiro? 
Sistemas financeiros são um conjunto de instituições – organizações, 
normas, convenções, hábitos de pensamento e de comportamento – 
que definem os instrumentos financeiros, as condições e o 
ambiente/contexto econômico em que os indivíduos/organizações 
estabelecerão as transacções financeiras; 
 
2- Quem são as autoridades monetárias em Moçambique? As 
autoridades monetárias de Moçambique são: O Banco de 
Moçambique e o Ministério da Economia e Finanças. 
 
3- Quais as funções do Ministério da Economia e Finanças e como 
desempenha cada uma delas; 
O Ministério da Economia e Finanças põe em prática as políticas 
económico-financeiras definidas pelo governo, sendo ajudado pelo 
Banco de Moçambique. 
 
4- Indique as funções do Banco de Moçambique e caracterize a função 
de Banco dos bancos e Autoridade monetária; 
As funções do Banco de Moçambique são: Autoridade Monetária, Banco 
dos Bancos, Consultor do Governo, autoridade cambial, emissor da moeda. 
 
O Banco de Moçambique é chamado o banco dos bancos, porque: 
• Os bancos depositam aí as suas reservas obrigatórias; 
• Quando um banco tem dificuldades de tesouraria, pode recorrer ao 
Banco Central: Diz-se que é prestamista de última instância, 
relativamente aos bancos. 
 
Como autoridade Cambial: 
• O Banco de Moçambique mantém reservas em ouro, prata, platina, 
direitos de saques especiais e divisas o que assegura a solvência da 
moeda; 
• Deste modo, sem autorização expressa do Banco de Moçambique 
e salvo disposição em contrário, não podem ser efectuados 
quaisquer pagamentos externos; 
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5- De acordo com a lei 1/99 de 01 de Novembro, a constituição dos 
bancos comerciais de estabelecimento comerciais de Crédito 
apenas pode ser concedida mediante cumprimento de 
determinados requisitos, quais? 
Os requisitos são: 
• A adoptar a forma de sociedade anónima de responsabilidade 
limitada. 
• A sociedade requerente deve possuir um capital social não inferior 
ao mínimo legalmente previsto, subscrito e realizado. 
• O Conselho Administração ou Direcção da instituição deve ser 
constituído por um mínimo de três membros. 
• Os membros referidos anteriormente devem ser pessoas idóneas e 
de reconhecida competência em matéria monetária e financeira, 
económica ou jurídica e de gestão. 
 
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TEMA III- O PATRIMÓNIO E GESTÃO DOS ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS 
 
 
 
3.1 O Património nas Empresas Bancárias 
 
Fontes de Financiamento ou de Recursos nos Estabelecimentos Bancários 
 
Toda e qualquer empresa, seja individual ou colectiva, possui um conjunto 
variado de elementos indispensáveis ao desenvolvimento da sua 
actividade e a satisfação de um certo número de necessidades 
relacionadas com aquele desenvolvimento. 
 
 Assim, a composição do património de um banco reflecte basicamente a 
sua actividade que se traduz na captação de recursos, na aplicação dos 
mesmos e na intermediação. O Banco, como qualquer empresa possui 
recursos próprios que são, nomeadamente: 
 
• Capital social investido na empresa pelos 
accionistas; 
• Reservas (lucros retidos de anos anteriores); 
* Legais; 
* Estatutárias; 
* Livres; 
 
• Resultados transitados de exercícios 
anteriores; 
 
• Resultados do exercício (lucros no 
exercício); 
 
Os fundos próprios de um banco, por mais avultados que sejam, não serão 
suficientes para atingir os seus objectivos. 
 
Este necessita de Capitais ou recursos alheios cuja fonte principal são os 
seus clientes. Os referidos recursos são os seguintes: 
 
• Dividas para as Instituições de Crédito: * 
Depósitos das Instituições de crédito; 
* Empréstimos das Instituições de crédito; 
 
• Dívidas para com clientes: 
* Depósitos dos clientes; 
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* Empréstimos dos clientes; 
 
• Débitos representados por título: 
Certificado de depósitos da própria 
IC; 
 
 Outros Passivos: Fornecedores (credores); 
 
• Contas de Regularização: Juros a pagar de 
depósitos na IC; 
 
• Provisões: Para riscos gerais de crédito; 
 
 
 
3.2 A Gestão nos Estabelecimentos Bancários 
 
A principal característica da actividade bancária é comércio do dinheiro, por 
isso os bancos preocupam-se sobremaneira da gestão dos recursos que 
lhes foram confiados pela clientela colocando-os a disposição dos que 
deles precisam. 
Na verdade, eles devem fazer render o capital investido no negócio e ainda 
os fundos dos seus clientes a quem paga um juro. Esta procura de maior 
lucro assenta na produtividade e na liquidez. 
 
A produtividade ou rentabilidadeé a relação entre um capital e o seu 
rendimento bruto ou líquido. Esta relação varia directamente com a 
duração e o risco de empréstimo. 
A liquidez é a qualidade que possui os elementos do activo de um banco de 
poderem ser realizados, isto é, convertidos em dinheiro num dado período. 
 
 
3.2.1 Componentes de Liquidez 
 
As empresas bancárias precisam estar a todo momento aptos a satisfazer 
os pedidos dos depositantes. Nenhum banco está em condições de 
reembolsar, de uma só vez em determinado dia, a totalidade dos seus 
depósitos, porem esta eventualidade só pode surgir em circunstâncias 
muito especiais. (deve tomar em consideração a lei dos grandes números) 
Apesar de tudo, os bancos prudentes têm-se esforçado por conservar: * 
Uma parcela dos seus fundos liquido para responder aos reembolsos 
quotidianos (caixa); 
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* 
Uma outra parcela rapidamente realizável, isto é, susceptível de ser 
convertida em dinheiro no prazo máximo de 48 horas, constituindo o que 
se chama os componentes da liquidez de primeiro grau. 
 
Caixa e os Componentes de Liquidez do primeiro grau 
Incluem-se, geralmente, neste tipo de aplicações, as seguintes rubricas: 
 
• O dinheiro de cofre; 
• Os saldos credores no Banco Central e nos outros bancos; 
• Os cupões vencidos; 
• Os saldos credores nos correspondentes (em países de moeda 
convertível); 
• As letras em carteira imediatamente redescontáveis no Banco Central; 
• Os cupões vendáveis a três meses (cupões descontáveis). 
 
Estas aplicações devem permitir aos Bancos fazer face ao reembolso dos 
depósitos a ordem ou pré-aviso que possam eventualmente ser 
reclamados. 
 
Componentes de Liquidez do Segundo Grau 
 
São representados por créditos ou por haveres cuja realização e um pouco 
mais lenta, Podendo atingir semanas ou meses. Eis a sua enumeração por 
ordem cronológica das suas possibilidades de mobilidade: 
 
• Os receptores sobre títulos; 
• Os empréstimos sobre títulos; 
• Os empréstimos sobre mercadorias; 
• As promissórias; 
• As letras não redesdobráveis; 
• As contas correntes; 
 
Que, segundo o seu grau de exigibilidade, constituem as aplicações 
normais, quer dos fundos depósitos a ordem ou com pré-aviso, quer do 
fundos depositados a prazo mais longo. 
 
Componentes de Liquidez do terceiro grau 
 
Trata-se de imobilizações. De acordo com a fórmula imaginada por Rey 
Alvarez, trata-se da ultima muralha que não pode ser demolida sem que 
seja destruída a própria instituição bancária. Estes compreendem: 
 
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I- A carteiras de títulos, que só constitui propriamente uma imobilização 
quando contem valores de difícil realização; 
 
II- As participações financeiras, industriais ou comerciais, que são quotas 
em empresas, participações em sindicatos financeiros, operações de 
bolsa em curso de realização, etc. 
 
III- Os imóveis, instalações; estes dois últimos são amortizados, em regra, 
desde que o seu primeiro ano de existência no banco e ainda a medida 
que forem sendo adquiridos. 
 
E nestas aplicações que os bancos investem uma grande parte dos seus 
capitais próprios (e capitais adquiridos a longo prazo). 
 
 
 
 
3.2.2 Produtos Bancárias Tradicionais 
 
A gestão dos estabelecimentos bancários depende de duas operações 
fundamentais. As chamadas Operações Passivas e Operações Activas. As 
Operações Passivas são aquelas através das quais os bancos conseguem 
recursos em moeda, para as suas transacções com terceiros (Produtos 
bancários de captação de fundos, geralmente designados por depósitos), 
ao passo que as activas os bancos empregam esses recursos monetários 
para a obtenção de resultados (Produtos bancários de concessão de fundos 
ou créditos bancários). 
 
Assim, as operações que dão margem de renda são as activas, porque e 
no emprego desses recursos que estes obtém as suas maiores fontes de 
renda. 
 
Existem ainda as operações acessórias, nas quais os bancos 
desempenham apenas as funções de mandatários ou depositários de 
valores de terceiros. Estas trazem para o banco a vantagem de aumentar 
o número de clientes, desde que os serviços prestados sejam do agrado 
dos mesmos. 
 
Actualmente, podemos encontrar uma gama variada de depósitos e 
créditos mas no essencial são todos idênticos ou substitutos. Os bancos 
procuram introduzir pequenas variáveis de diferenciação, tais como: taxas 
juros diferentes, diferenças nas condições de movimentação; saldos 
mínimos de abertura diferentes, garantias etc.. 
 
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Essas varáveis são normalmente introduzidos para satisfazer as 
necessidades de um determinado segmento de mercado. 
 
Operações activas: 
• Abertura de crédito, simples e em conta-corrente; • Desconto de títulos; 
• Concessão de crédito rural; 
• Concessão de empréstimo para capital de giro; 
• Depósitos interfinanceiros; 
• Operações de repasses e refinanciamentos 
• Concessões de financiamentos de projectos do Programa de Fomento à 
Competitividade Industrial. 
 
Operações Passivas 
• Depósitos a vista (de pessoas físicas ou jurídicas); 
• Depósitos a prazo fixo (de pessoas físicas ou jurídicas); 
• Obrigações contraídas no país e no exterior relativas a repasses e 
refinanciamentos; 
• Emissões de certificados de Depósitos Interfinanceiros (CDIs); • Ordens 
de pagamento; 
• Redesconto e empréstimo ao banco Central; 
 
Operações Acessórias 
• Recebimento de conta de luz, água, telefone, e.t.c. 
• Custódia de valores; 
• Aluguer de cofres; 
• Transferência de numerário de uma praça para outra; 
 
Exercícios de Auto Avaliação 
 
1- Como é composto o património dos Bancos? 
 
2- Fale sobre os componentes de Liquidez dos Bancos; 
Os componentes de liquidez dos bancos consistem na capacidade dos 
bancos em gerar recursos financeiros para fazer face as suas obrigações 
imediatas. Estes são divididos em três categorias˸ componentes de liquidez 
do primeiro grau, segundo e terceiro grau. 
 
3- Em que consiste as operações Activas, Passivas e Acessórias dos 
Bancos? 
 
As operações activas são aquelas, pelas quais os bancos empregam 
recursos monetários para a obtenção de resultados (Produtos bancários de 
concessão de fundos ou créditos bancários). 
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As Operações Passivas são aquelas através das quais os bancos conseguem 
recursos em moeda, para as suas transacções com terceiros (Produtos 
bancários de captação de fundos, geralmente designados por depósitos). 
Enquanto as operações acessórias, são aquelas nas quais os bancos 
desempenham apenas as funções de mandatários ou depositários de 
valores de terceiros. 
 
As operações activas, constituem as que geram mais recursos porque é no 
emprego desses recursos que elas obtêm as suas maiores fontes de renda. 
Enquanto que as operações acessórias trazem para o banco a vantagem de 
aumentar o número de clientes, desde que os serviços prestados sejam do 
agrado dos mesmos. 
 
4- Quais são os produtos Bancários que mais geram rendimentos? Os 
produtos bancários que geram mais recursos são: 
 
• Abertura de crédito, simples e em conta-corrente; 
• Desconto de títulos; 
• Concessão de crédito rural; 
• Concessão de empréstimo para capital de giro; 
• Depósitos interfinanceiros; 
• Operações de repasses e refinanciamentos 
• Concessõesde financiamentos de projectos do Programa de Fomento à 
Competitividade Industrial. 
Exercícios 
 
1- Como e composta a massa monetária em circulação e quem controla a 
sua evolução? 
 
2- Os bancos realizam essencialmente dois tipos de operações. Em que 
consistem e qual delas é mais importante? 
 TEMA 
IV- O DEPOSITO BANCÁRIO 
 
 
5.1 O Depósito 
Os depósitos bancários consistem em operações pela qual um indivíduo, 
por um período determinado ou não, com ou sem benefício de juros, 
fundos que poderá utilizar livremente. Ou seja, 
Um depósito bancário é o acto de entrega de fundos de um depositante a 
um depositário. 
 
Intervenientes 
Os intervenientes do depósito Bancário são: 
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O 
depositante – o cliente; 
 
O depositário – o banco; 
 
A constituição de um depósito implica sempre um contrato entre os dois 
intervenientes, o qual tem inicio no momento de abertura da conta 
materializando-se através de ficha de assinaturas. 
 
O contrato é uma relação jurídica, uma relação regulamentada pela lei. 
Assim, as duas partes ficam, legalmente, com determinadas obrigações: 
• O Banco, por exemplo, torna-se responsável pelos bens que lhes 
foram entregues; 
 
• O cliente, por efectuar movimentos apenas nas condições 
acordadas; 
 
 
5.1.1Natureza dos Depósitos 
 
 
Do ponto de vista Económico 
 
 • Entre os depósitos confiados o banco pode distinguir: 
 
Capitais destinados a ser consumido num futuro próximo, isto é, que 
foram depositados por particulares, visando pagamentos posteriores e, 
sobretudo, por comerciantes e indústria que pretendem utilizar para 
liquidação das suas dívidas os instrumentos bancários, e para tal, 
depositam num Banco o fundo de maneio; 
 
Capitais em busca de colocação provisória, isto é, somas depositados nos 
bancos provisoriamente, até serem investidos por outra forma. 
 
 
Capitais em busca de colocação definitiva – representado fundos 
economizados por pessoas desejosas de assegurar materialmente o seu 
futuro e que procuram, simultaneamente, rendimento e segurança 
 
2- Do ponto de vista jurídico 
 
Dum modo geral, os depositantes podem classificar-se duas categorias: 
 
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• Os depósitos regulares – aqueles que se caracterizam pelo facto de o 
depositário ser obrigado a guardar as coisas recebidas e a restitui-las, tal 
qual como lhes foram entregues, ao depositante na data 
convencionada. Ex: Deposito de jóias, de títulos nominativos, e.t.c.; 
 
• Depósitos irregulares – em relação aos quais os o depositário é obrigado 
a restituir o valor em dinheiro igual ao recebido. Os depósitos de fundos, 
de acordo com certos autores, devem ser incluídos nesta categoria. 
 
 
 
5.1.2 Classificação dos Depósitos 
 
Os depósitos podem se classificar: 
• Quanto a exigibilidade ou 
finalidade; 
• Quanto ao depositante; 
 
Quanto a exigibilidade ou finalidade. 
 Depósito a ordem; 
 Depósito a pré-aviso; 
 Depósitos a prazo; 
 Depósitos obrigatórios; 
 Depósitos de caução; 
 
Depósito a ordem – são depósitos reembolsáveis, a todo momento, pelo 
depositário a pedido do depositante; 
 
Depósito com pré-aviso – Trata-se de uma modalidade de depósito em que 
o depositante se compromete, a não proceder a levantamentos sem avisar 
previamente a instituição de crédito. O depósito com pré-aviso funciona 
relativamente aos créditos, duma forma análoga `a dos depósitos `a 
ordem, isto é, depósito inicial poder-se-ão acrescentar outras entregas, 
que poderão vencer o mesmo juro. 
 
Depósito a prazo – é uma modalidade do depósito, através da qual o 
depositante, em princípio, apenas poderá dispor do montante entregue, 
no prazo acordado com o banco aquando da celebração do contrato; 
 
Quanto ao depositante 
 
Residentes 
• Instituições monetárias (bancos); 
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• Instituições financeiras não monetárias (seguros); 
• Estado (governo central, governos provinciais); 
• Empresas estatais; 
• Cooperativas; 
• Particulares (inclui a população); 
 
 Não Residentes 
• Bancos no estrangeiro; 
• Outras instituições financeiras estrangeiras; 
• Embaixadas; 
• Outros organismos financeiros internacionais; • Emigrantes; 
• Empresas estrangeiras (com sede no estrangeiro); 
• Outros não residentes; 
 Exercícios 
de Auto Avaliação 
 
1- O que são Depósitos? 
É uma operações pela qual um indivíduo confia ao Banco, por um período 
determinado ou não, com ou sem benefício de juros, fundos que poderá 
utilizar livremente. 
 
2- Quem são os intervenientes dos depósitos? 
Os intervenientes do depósito Bancário são: o depositante – o cliente; e o 
depositário – o banco; 
 
3- Classifique os depósitos quanto a exigibilidade e finalidade Quanto 
a exigibilidade ou finalidade os depósitos podem ser: Depósito a ordem, a 
pré-aviso e depósitos a prazo; 
 
 
 
5.1.3 Contabilização dos Depósitos 
 
i) Pela Recepção dos Depósitos para conta de uma pessoa singular ou 
colectiva; A débito: Caixa 
A crédito Depósito à ordem – MOEDA NACIONAL – Outros 
Residentes no país / EE/EP/POP. 
 
ii) Depósito em numerário para crédito da conta de uma pessoa 
singular ou colectiva noutra dependência do próprio banco 
 
 • Na dependência originária. 
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 A 
 débito: Caixa 
A crédito: Sede dependências – Conta efectiva - MOEDA 
NACIONAL. 
 
 • Na dependência destinatária 
A débito: Sede e Dependências 
A crédito: Depósito à ordem – MOEDA NACIONAL – Outros Residentes 
no país / EE/EP/POP. 
 
iii) Depósito de cheque Moeda Nacional- sobre a própria dependência 
para crédito da conta de uma pessoa singular ou colectiva na 
mesma dependência; 
 
 Pelo deposito de cheque sobre o próprio Banco 
A débito: Valores a cobrar – Moeda Nacional - Cheques sobre o 
próprio Banco; 
 
A crédito: Depósito à ordem – Moeda Nacional – Outros 
Residentes no país / EE/EP/POP. 
 
 Pela Cobrança 
A débito: Depósito à ordem – Moeda Nacional – Outros Residentes no 
país / EE/EP/POP. 
 
A crédito: Valores a cobrar sobre o próprio banco; 
 
 
iv) Depósito de cheque em Moeda Nacional para outra dependência 
do mesmo banco 
 
 Na dependência originária 
 A débito: Valores a cobrar sobre o próprio banco; 
A crédito: Sede dependências – Conta efectiva – MOEDA 
NACIONAL 
 
 Pela cobrança de cheque na própria dependência 
A débito: Depósito à ordem – MOEDA NACIONAL – Outros 
Residentes no país / EE/EP/POP. 
A Crédito: Valores a cobrar sobre o próprio banco. 
 
Na dependência destinatária do Banco A 
 
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Pela recepção de depósito de outra dependência ou pelo registo do 
depósito recebido de outra agencia. 
 
A débito: Sede dependências – Conta efectiva - MOEDA 
NACIONAL 
A crédito: Depósito à ordem – MOEDA NACIONAL – Outros 
Residentes no país / EE/EP/POP. 
 
v) Depósito de cheque em MOEDA NACIONAL sobre outra 
dependência do própria , para crédito de uma conta na própria 
dependência, 
 
 Na dependência originaria - Beira 
Pelo depósito do cheque sobre o próprio Banco 
A débito: Valores a cobra – cheque sobre

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