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Rebaixamento do nível de consciência na emergência Abordagem inicial do rebaixamento do nível de consciência na emergência. Abordagem diagnóstica do déficit focal neurológico e da crise convulsiva na emergência. Abordagem inicial das hiperglicemias agudas na emergência. Caso: masculino, 78 anos, há 15 dias com quadro progressivo de tosse produtiva e astenia. Incontinência urinária de início recente. Previamente parcialmente dependente e agora mais dependente. Foi encontrado desacordado, caído no chão, com movimentos tônico-clônicos que duraram cerca de 10 minutos. Após a melhora dos sintomas percebeu-se paralisia em dimidio esquerdo. História prévia de HAS, dislipidemia, AVC sem sequelas há 5 anos, DM com falha da adesão terapêutica e carcinoma prostático tratado com prostatectomia radical há 4 anos.Tabagista e etilista. Glasgow 11, desorientado, bastante desidratado, pupilas isocóricas e fotorreagentes, dispneia moderada ao ar ambiente. Estabilização inicial do paciente com rebaixamento agudo do nível de consciência Utilizando-se a tenda do cerebelo como um divisor anatômico, podem-se encontrar alterações de consciência em: Coma de causa estrutural (ou encefalopatias focais): o Infratentoriais, que acometem diretamente a FRAA (formação reticular ativadora ascendente) o Supratentoriais Coma por encefalopatias difusas e/ou multifocais Definição de epilepsia A cetoacidose diabética (CAD) e o estado hiperosmolar hiperglicêmico (EHH) são duas complicações associadas à hiperglicemia. No EHH temos uma importante hiperglicemia com desidratação e aumento da osmolaridade; já na CAD, além da alteração do metabolismo temos também alteração do metabolismo lipídico com produção de cetoácidos e consumo de bicarbonato. A CAD é definida pela tríade: Glicemia maior que 250 mg/dL. pH arterial < 7,3. Cetonemia positiva (na indisponibilidade da cetonemia, podemos inferir sua presença por cetonúria fortemente positiva). O EHH, por sua vez, é definido por: Glicemia > 600 mg/dL. Osmolaridade > 320 mosm/kg. pH arterial > 7,3. O diagnóstico de CAD e EHH é baseado em critérios laboratoriais. Assim, é necessária a coleta de glicemia, gasometria, corpos cetônicos e sódio para avaliação da presença de acidose, cetonemia e aumento da osmolaridade. Gasometria arterial inicialmente e depois venosa (repetir a cada 4 horas). Glicemia e posteriormente glicemia capilar (de preferência a cada 1/1 hora). Potássio, sódio, fósforo, cloro e outros eletrólitos (dosagem sérica de K inicialmente a cada 2 horas. Os outros, inclusive fósforo, a cada 12 horas). Hemograma completo. Urina tipo 1. Cetonemia ou cetonúria: preferencialmente dosar o beta-hidroxibutirato, pois cerca de 80% da produção de corpos cetônicos é na forma de beta- hidroxibutirato, mas as fitas reagentes de urina só avaliam o ácido aceto- acético. Em situações de sepse associada, o beta-hidroxibutirato se torna 100% dos corpos cetônicos, assim as fitas reagentes de urina podem ter resultados falso-negativos para corpos cetônicos. Eletrocardiograma. Radiografia de tórax (procura de foco infeccioso associado). Ao avaliar pacientes com suspeita de EHH, lembre-se de que é necessário avaliar a osmolaridade, que é calculada através da seguinte fórmula: Osmolaridade efetiva = 2 × (Na+ corrigido) + glicemia/18 (valores > 320 mosm/kg indicam hiperosmolaridade) Vale lembrar que a hiperglicemia pode falsear o resultado da mensuração de sódio, assim o ideal é sempre usar a fórmula do sódio corrigido para calcular a osmolaridade: Na+ corrigido = Na+ medido + 1,6 × [(glicemia medida – 100)/100] Princípios do tratamento de hiperglicemia Em relação à insulinoterapia, recomenda-se que a insulina seja iniciada concomitante à hidratação, exceto se K < 3,3 mEq/L. Neste caso deve-se repor 25 mEq de potássio antes de iniciar a insulinoterapia (aproximadamente 1 ampola de 10 mL de solução de KCl 19,1%). Geralmente utiliza-se bomba de infusão contínua endovenosa, com dose inicial de 0,1 U/kg de insulina em bolus e depois inicia-se a infusão da bomba em 0,1 U/kg/hora. Outra opção é infusão contínua inicial de 0,14 U/kg/hora sem bolus inicial. A glicemia capilar é mensurada de 1/1 hora. Espera-se uma queda da glicemia de 50-70 mg/dL/hora. Caso a glicemia caia em níveis menores que 50 mg/dL é recomendável dobrar a taxa de infusão; se ocorrer redução maior que 70 mg/dL, recomenda-se diminuir a taxa de infusão pela metade. A bomba de infusão pode ser desligada quando pelo menos dois dos três critérios estão presentes: pH > 7,3. Ânion-gap ≤12. Bicarbonato ≥15. Para desligar a bomba de infusão contínua deve-se esperar pelo menos 1 hora da ação da primeira dose de insulina regular SC, e posteriormente prosseguir com insulina SC conforme glicemia capilar a cada 4/4 horas. Idealmente, o melhor momento para fazer essa transição é logo após uma refeição. Alterações eletrocardiográficas da hipercalemia aguda sintomática: Alterações eletrocardiográficas da hipocalemia aguda grave:
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