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Anatomia prostática Intra-útero → a partir da 12ª semana Puberdade → 1,6g/ano até 20 Adulto → 0,4g/ano ou 4g/década No recém-nascido o tamanho da próstata é de 1g, aos 12 anos 4g, aos 25 anos, idade de maturidade masculina, 20g e aos 70 anos 50-70g. Portanto, verifica-se que a próstata aumenta com a idade do homem. Irrigação A irrigação prostática é feita tipicamente pela artéria vesical inferior. Esta se ramifica em artérias uretrais que entram na junc ̧ão vesicoprostática posterolateralmente (às 5h e 7h) e penetram perpendicularmente até ́ a uretra. Da artéria vesical inferior também se origina a artéria capsular, que penetra e irriga a porção anterior da gla ̂ndula. Ramos da artéria pudenda interna e da retal média também complementam a irrigação prostática (Figura 8). Função da próstata A função da próstata é produzir o fluído que protege e nutre os espermatozoides no sêmen, tornando-o mais líquido. Logo atrás da próstata, estão as glândulas denominadas vesículas seminais, que produzem a maior parte do líquido para o sêmen. O tamanho da próstata do homem adulto é de aproximadamente 4 cm de largura e 3 cm de altura, e pode ser comparado ao tamanho de uma noz. Divisão Lobos laterais, médio, anterior e posterior Sophia Cruz – M40 FMJ Divisão de zonas A hiperplasia prostática benigna (HPB) é um aumento não canceroso (benigno) da glândula prostática, que pode dificultar a micção. A glândula da próstata aumenta conforme o homem envelhece. Os homens podem ter dificuldade em urinar e ter a sensação de que precisam urinar mais vezes e com mais urgência. Sintomas obstrutivos em 25% dos pacientes acima de 50 anos Hiperplasia x hipertrofia • 70% da glândula - tecido glandular • 30% estroma – musculo liso e colágeno • Hiperplasia do tecido glandular e estromal • Hipertrofia do tecido muscular Hiperplasiada Glândulas peri uretrais ou zona de transição Fatores de risco Testosterona Os andrógenos não são apenas necessários para a proliferação e diferenciação de células normais na próstata, mas também inibem ativamente a morte celular. A próstata, ao contrário de outros órgãos dependentes de andrógenos, mantém sua capacidade de responder aos andrógenos ao longo da vida. No pênis, a expressão de AR diminui para taxas desprezíveis na conclusão da puberdade. Em contraste, os níveis de AR na próstata permanecem altos durante o envelhecimento. Na verdade, esses dados sugerem que os níveis de AR nuclear podem ser maiores no tecido hiperplásico do que nos tecidos de controle normais. Aumentos de estrogênio relacionados à idade, bem como outros fatores, podem aumentar a expressão de AR no envelhecimento da próstata, levando a um maior crescimento (ou a uma diminuição na morte celular), apesar dos níveis decrescentes de androgênio na circulação periférica e dos níveis "normais" de DHT na próstata. Idade Existem evidências de modelos animais que sugerem que os estrogênios desempenham um papel na patogênese da BPH; o papel dos estrogênios no desenvolvimento da BPH humana, entretanto, é menos claro. No cão, onde os estrogênios agem sinergicamente com os androgênios para produzir BPH experimental, o estrogênio parece estar envolvido na indução do AR. Medicamentos Alfa agonistas Anti colinérgicos Os estudos de ligação ao receptor demonstram claramente que α1A é o subtipo de adrenoreceptor mais abundante presente na próstata. Além disso, o receptor α1A medeia claramente a tensão ativa no músculo liso prostático humano. Ainda não está claro se outros fatores podem regular a contração do músculo liso. Endotelina e receptores de endotelina Uma análise cuidadosa demonstrou que o uso diário de antidepressivos, anti-histamínicos ou broncodilatadores está associado a um aumento de 2 a 3 pontos no IPSS em comparação com não usuários da mesma idade e uso diário de antidepressivos está associado a uma diminuição na taxa de fluxo ajustada à idade Hereditariedade 50% dos homens prostatectomizados com menos de 60 anos tem histórico familiar Fisiopatologia Obstrução uretral propriamente dita (fator mecânico - estático) Hiperatividade de musculatura lisa (fator funcional - dinâmico) Resposta do detrusor à obstrução (fator funcional - dinâmico) Sintomas Obstrutivos Retenção Esvaziamento incompleto (polaciúria) Formação de calculo e ITU de repetição Irritativos HPB é uma condição em que há aumento do número de células (hiperplasia) da próstata, e é uma condição benigna, ou seja, não é uma neoplasia, por exemplo. Por outro lado, o câncer de próstata é uma neoplasia na próstata, uma doença maligna. • SEXTO câncer mais comum no mundo • Primeira neoplasia mais comum no homem americano • 11% diagnóstico de CA de próstata e 3,6% de morrer da doença • SEGUNDO câncer em homens no brasil (< TU de pele) • SEGUNDO em mortalidade (CA de pulmão) Fatores de risco Idade Câncer histológico • 30 anos – 30% • 60 anos – 60% • > 75 anos – 75% Genética Pai ou irmão – 2.8 x Pai ou irmão E tio ou avô – 6.2 x Raça Fatores ambientais – dieta • Dieta • Obesidade • Exposição ocupacional • Inflamações HPB Não existe evidência de correlação entre HPB e CA 70 a 85% das vezes ocorre na zona periférica Outros fatores sem comprovação • Vasectomia • Vírus • Comportamento sexual • Tabagismo Apresentação do CA A apresentação é a mesma da HPB, porém os sintomas poderão aparecer mais tardiamente devido a localização periférica Dor óssea ou fraturas patológicas por metástases Diagnóstico Biopsia Transretal Estadiamento O sistema de estadiamento TNM foi adotado pela Organização Mundial da Saúde. Aproximadamente 75% dos cânceres de próstata diagnosticados hoje são classificados no estágio T1, um tumor microscópico confinado à próstata. As lesões T1a são aquelas encontradas no tecido prostático e removidas por outros motivos que não o câncer. Menos de 5% desses espécimes são malignos. Os tumores do estágio T1b são semelhantes aos do estágio T1a, mas mais de 5% da amostra contém câncer. Tumores em estágio T1c são aqueles encontrados por meio de biópsia feita em resposta a um teste de PSA elevado ou a um exame ultrassonográfico anormal. Essas lesões podem ser menos extensas, no entanto, do que um tumor T1b. Atualmente, o T1c é a aparência mais comum do câncer de próstata, com indicação de biópsia devido à elevação do PSA na ausência de lesões palpáveis ao toque retal. O estágio T2 denota uma condição na qual o tumor é palpável na próstata, mas confinado à próstata. O estágio T3 é para tumores que começaram a se expandir além dos limites da próstata. O estágio T4 é um tumor fixo, estendendo-se para estruturas adjacentes, altamente associado a níveis elevados de PSA e doença metastática. Avaliação do paciente sintomático Prostatismo (evitar) Avaliação: História clínica + exame físico + PSA Recomenda-se fazer USG, fluxometria, resíduo urinário, sedimento urinário, creatinina Pode também pedir urodinâmica, urografia excretora, uretrocistoscopia, uretrocistografia História clínica • Idade • História familiar • Local de origem • Escore de sintomas IPSS Escore de sintomas 0 a 7 = LEVE 8 a 19 = MODERADA 20 a 35 = GRAVE Exame físico geral Toque retal Tato – temperatura, consistência, fácil e rápido Diagnóstico PSA Antígeno prostático específico Proteína secretada pela próstata que atua na liquefação do sêmen Valor sérico até 4 ng/dL A próstata com câncer produz dez vezes mais PSA que a normal Causas de elevação: prostatite, infecção urinaria, US TR da próstata, biopsia TR da próstata, ressecção,massagem, toque retal NÃO altera, finasterida (diminui em 50%) PSA entre 4 e 10 25% de câncer e 75% de não câncer Densidade PSA / peso prostático em cm cúbico > 0,15 → biopsia Velocidade Importante para os pacientes que fazem acompanhamento Normal elevação ate 0,75 Duplicação → indicação de biopsia PSA x IDADE Formas de PSA PSA livre / PSA total USG de próstata Paciente sintomático Toque retal alterado Abdominal é mais fácil e vê todo o trato urinário Trans retal Exames complementares Sumario de urina – hematúria e piuria Creatinina – função renal Fluxometria Tratamento Aliviar os sintomas Evitar e tratar complicações A evidência atual sugere que a resposta da bexiga à obstrução é amplamente adaptativa. No entanto, também está claro que muitos sintomas do trato inferior em homens com HPB ou aumento da próstata estão relacionados a alterações induzidas por obstrução na função da bexiga, e não à obstrução do fluxo de saída diretamente. Aproximadamente um terço dos homens continua a ter disfunção miccional significativa e principalmente sintomas de armazenamento após o alívio cirúrgico da obstrução. As alterações da bexiga induzidas por obstrução são de dois tipos básicos. Em primeiro lugar, as alterações que levam à instabilidade do detrusor ou diminuição da adesão estão clinicamente associadas a sintomas de frequência e urgência. Em segundo lugar, as alterações associadas à redução da contratilidade do detrusor estão associadas a maior deterioração na força do jato urinário, hesitação, intermitência, aumento da urina residual e (em uma minoria de casos) falha do detrusor. A retenção urinária aguda (AUR) não deve ser vista como um resultado inevitável desse processo. Muitos pacientes que apresentam AUR têm função detrusora mais do que adequada, com evidência de um evento precipitante que leva à obstrução. Observação IPSS baixo (0-7) e qualidade de vida preservada • Pcts que não desenvolveram complicações da HPB • Ingesta de líquidos a noite • Álcool • Café, sal e pimenta • Cigarros Tratamento medicamentoso Fitoterápicos α – bloqueadores • Doxazosina • Transulosina Indicações: paciente sintomático, sem indicação cirúrgica absoluta, não aceita cirurgia, CI a cirurgia, aguardando cirurgia Efeitos colaterais: hipotensão, tontura (SNC), ejaculação retrograda, astenia, cefaleia Inibidores da 5-alfa-redutase Eficazes e seguros Boa tolerabilidade Melhor indicação = próstata > 60g Redução no tamanho = 25-40% Tempo mínimo de 6 meses EC – Perda de libido Eficazes para tratar a hematúria associada a HPB Associação Inibidores da 5´PDE • Tadalafila 05 mg / dia Após o primeiro relatório clínico em 2002 de melhora de LUTS em homens que receberam sildenafil (Viagra) para sua DE, tem havido um interesse crescente no papel dos PDEIs como tratamentos para LUTS e, em particular, para o tratamento de os muitos homens com ambas as condições, que são comumente encontrados em nossas clínicas. A base científica está se tornando rapidamente mais forte, e agora há boas evidências de nível 1 de vários ensaios clínicos que mostram claramente a melhora de STUI após o tratamento com uma variedade de PDEIs versus placebo ou versus tamsulossina No entanto, nos estudos disponíveis até agora, não houve mudanças significativas no Qma, sugerindo que os efeitos dos PDEIs por si só podem ser mais focados na função do músculo da bexiga do que no tecido prostático ou que os efeitos são mais profundos nos sintomas de armazenamento do que em própria obstrução do fluxo de saída da bexiga. A relação entre a gestão de LUTS e ED foi bem revisada. Tratamento cirúrgico (ressecção endoscópica e prostatectomia) Indicações de cirurgia O risco de retenção recorrente foi citado como sendo 56% a 64% dentro de 1 semana do primeiro episódio e 76% a 83% em homens com HPB diagnosticada Tto cirúrgico minimamente invasivo Termoterapia Ablação transuretral com agulhas – retenção US de alta frequência da próstata Coagulação intersticial da próstata Dilatação intrauretral da próstata Stent Ressecção endoscópica RTU Cirurgia aberta Terapia para CA Terapia curativa: prostatectomia radical e radioterapia Tumor localizado Terapia paliativa: hormonioterapia Prostatovesiculectomia radical Complicações: impotência e incontinência
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