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AFECÇÕES DO OVÁRIO

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Anne Karolyne Morato – P4 
 
 
 
 
 
 
Introdução: 
Patologias do ovário: 
→ Normalmente estão relacionadas a: 
 Cistos; 
 Endometriose ovariana; 
 Tumores. 
 
Cistos: 
→ Produções liquidas, não neoplásicas e funcionais. 
 
Cisto foliculares; 
→ São lesões frequentes e normais. 
→ Originadas através de: Folículos Graafianos não rompidos ou 
folículos rompidos e imediatamente fechados. 
→ Cistos múltiplos de até 2 cm, revestidos por uma membrana 
cinza brilhante e preenchidos por liquido seroso. 
→ Apresentam revestimento de Células da Granulosa e algumas 
Células Tecais com citoplasma proeminente. 
→ Diagnostico: Ultrassom ou, dependendo do tamanho, palpação. 
 
Cisto lúteos: 
→ Cistos lúteos da granulosa. 
→ Permanece até a fertilização, se não ocorrer, somem. 
→ Presente no período gravídico, se transformando em corpo 
lúteo gravídico, que produz hormônios necessários a gravidez. 
→ Revestidos por uma camada de tecido lúteo brilhante amarelo 
que contem células da granulosa luteinizadas. 
→ As vezes pode se romper e causar uma reação peritoneal. 
 
Afecções
Anne Karolyne Morato – P4 
 
→ Luteoma da gravidez: 
 Quando o corpo lúteo cresce mais que o normal. 
 Chamado de pseudotumor ovariano, mas é funcional, regride após o parto. 
 Normalmente é assintomático. 
 Diagnostico: normalmente US. 
 
Doença ovariana policístico (DOPC) ou Síndrome de Stein-Leventhal: 
→ Conhecida também como SOP. 
→ Acomete de 3 a 6% das mulheres em idade reprodutiva. 
→ Fisiopatologia: desequilíbrio enzimático na biossíntese dos andrógenos e  da resistência à 
insulina. 
→ Aumento da espessura da cápsula ovariana, que impede a ovulação, retendo os folículos. 
→ Correlação clínica: 
 Oligomenorreia (>35 dias); 
 Anovulação persistente. 
 Obesidade; hirsutismo; virilismo. 
→ Relação com a hiperatividade hipotálamo-hipofisária primaria: 
  LH; 
  FSH; 
 Anormalidade na maturação folicular; 
 Anovulação; 
 Hiperandrogenismo. 
 
Cisto dermóide: 
→ É um teratoma cístico. 
→ Contem tecido maduro desenvolvido com folículo piloso 
e glândulas sudoríparas completas. 
→ As vezes contem: pelos e sebo, sangue, gordura, osso, 
unha, cartilagem e tecido da tireoide. 
→ Por conter tecido maduro = quase sempre é benigno. 
→ Os raros que são malignos geralmente se desenvolvem 
em carcinoma de células escamosas em adultos; em 
bebes e criança geralmente se desenvolve em tumor do 
seio endodérmico. 
 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
Cisto endometriótico ovariano (endometrioma): 
→ Caracterizado pela presença de cistos 
ovarianos que contem glândula ou estroma 
endometrial. 
→ Diagnostico: laparoscopia. 
→ Tratamento: cirurgia ou controle hormonal 
(medicamento). 
→ Endometriose: 
 Glândulas ou estroma endometrial em 
locais anormais, fora do útero. 
 Regurgitação; origem direto pelo epitélio 
celomático; disseminação linfática. 
 
Tumores: 
→ Cerca de 80% são benignos entre jovens de 20 a 45 anos. 
→ Os malignos são mais comuns em mulheres com 45 a 65 anos. 
→ A maioria não produz hormônios ou provocam alterações metabólicas. 
→ Diagnostico: geralmente após sua disseminação. 
→ Quadro clinico: dor, distensão abdominal, sangramento vaginal, compressão do trato 
gastrointestinal ou do sistema urinário. 
 
Tumores epiteliais: 
→ Representa a maioria das neoplasias ovarianas. 
→ Originado do epitélio de revestimento superficial (Mulleriano). 
→ Apresentam 5 tipos histológicos diferentes, os principais: 
 Serosos = libera liquido (se origina de células do próprio ovário); 
• Características de epitélio tubário. 
• Revestido por células colunares ciliadas. 
• Tipos: 
 Cistoadenomas = benignos; 
 Tumor Borderlin e Seroso = Limítrofes; 
 Cistoadenocarcinomas = malignos. 
 Mucina = libera mucina (se origina de células do próprio ovário); 
• Menos comum que os serosos. 
• Apresentam 5% de bilateralidade 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
 Endometrioides = lembra estruturas endometriais (se origina de células de locais 
próximos). 
• São tumores raros. 
• Apresenta diferenciação para epitélio endometrial. 
• Podem ser concomitantes a Carcinomas Endometriais. 
• Geralmente são provenientes de focos de Endometriose. 
• As formas benignas de limítrofes são raras. 
• Carcinoma Endometrioide: mais raros que os tumores serosos e mucinosos. 
 
Tumores germinativos: 
→ Células germinativas – endoderme, ectoderme e mesoderme (folhetos embrionários). 
→ Geralmente apresentam comportamento maligno. 
→ 15 a 20% das neoplasias ovarianas, principalmente na infância e adolescência. 
→ Pode apresentar 4 tipos de diferenciação distintas: 
 Teratoma; 
• Maduros (benignos): 
 Qualquer estrutura pode ser encontrada dentro desse tumor. 
 Geralmente encontrados em mulheres jovens e em período reprodutivo. 
• Imaturos (malignos): 
 São raros e mais comum em pessoas com a faixa etária média de 18 anos. 
 Constituídos por tecidos embrionários ou fetais imaturos (tecido notocordal). 
 Crescimento rápido. 
 Tratamento: cirurgia. 
• Monodérmico: 
 Somente 1 tipo de tecido embrionário. 
 O tecido ovariano é substituído pelo tecido neoplásico. 
 Disgerminoma; 
• Representa 2% dos tumores ovarianos, porem, 50% são malignos. 
• Mais raro. 
• 80% é unilateral e se desenvolvem entre 20 e 30 anos de vida. 
• Tumores sólidos, aspectos esbranquiçados e consistência macia. 
• Formados por células germinativas que se transformam em oócitos. 
 Porém perdem o controle da multiplicando e crescem de forma exagerada. 
 Tumor de seio endodérmico; 
• São raros, com origem de células germinativas derivadas do saco vitelino. 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
• Diagnosticados geralmente em crianças e mulheres jovens com dor e massa pélvica. 
• Crescimento rápido e agressivo, sensíveis a quimioterapia. 
 Coriocarcinoma; 
• Neoplasias malignas de origem placentária ou de diferenciação extraembrionária de 
células germinativas (Sincíciotrofoblasto – células de fixação). 
• Relacionado com a fusão do corio viloso com o endométrio. 
• Agressivos, fatais e geralmente concomitantes com outros tumores de células 
germinativas. 
• Massas pequenas, vinhosas (corio viloso) e aspecto hemorrágico. 
• Altamente metastizastes, principalmente para o fígado, ossos e pulmões. 
• Microscopicamente – células atípicas semelhantes ao Sincíciotrofoblasto e 
Citotrofoblasto e sem vilosidades gerais. 
• Imunohistoquímica – gonadotrofina coriônica humana (β-HCG). 
 
Tumores do estroma e do cordão sexual: 
→ Neoplasias do estroma ovariano – tecido conjuntivo sobre o qual as estruturas ovarianas se 
apoiam – derivadas dos cordoes sexuais das gônadas embrionárias. 
→ Pode haver desenvolvimento de gônadas masculina (células de Leydig – produz 
testosterona) ou femininas (células da Teca e da Granulosa). 
→ São encontradas em 3 tipos diferentes: 
 Tumores de células granulosa; 
 Fibromas, tecomas e fobrotecomas; 
 Tumores de células de Sertoli/Laydig. 
 
Tumores metastáticos do ovário: 
→ Os mais comuns apresentam origem Mulleriana (útero, tubas uterinas, ovário contralateral ou 
peritônio pélvico). 
→ Os extra-ovarianos são originados de carcinomas de mama e trato gastrointestinal. 
→ Exemplos: 
 Pseudomixomas peritoneais; 
 Tumor de Krukenberg (d eestomago e apêndice).

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