Buscar

Hipotireoidismo (Tireoidite de Hashimoto, Hipotireoidismo Subclínico, Hipotireoidismo Central, Edema Mixedematoso e Hipotireoidismo Primário)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

CAROLINA ELMAUER BORGES - UNINOVE Mauá nono semestre, internato, 2022.
Hipotireoidismo
Fatores de Risco:
● Sexo feminino;
● Idosos;
● História familiar de doença tireoidiana;
● Presença de alguma outra doença autoimune;
● Antecedente de tireoidite ou anticorpos contra
tecido tireoidiano;
● Hepatite C;
● Síndrome de Down e Síndrome de Turner;
● Dieta pobre em iodo;
● Presença de bócio;
Manifestações Clínicas:
● Redução do Metabolismo: Extremidades frias,
sonolência, apatia, diminuição da concentração,
queda de cabelos, redução de apetite,
constipação/absorção lenta, anemia, redução
dos reflexos (patelar), bradicardia e IC,
bradipneia (retenção de CO2 - acidose
respiratória);
● Edema/acúmulo de glicosaminoglicanos:
Derrames cavitários (pericárdico - exsudato;
pleural - exsudato ou transudato (IC
importante);), mixedema, cabelo seco e fraco,
madarose (perda do terço distal da sobrancelha),
edema periorbitário, rosto inchado, pele seca,
pele fria, síndrome do túnel do carpo, voz rouca,
ganho de peso, etc.
● Hipertensão convergente - reduz a PA sistólica e
aumenta a PA diastólica;
● Laboratoriais: Aumento de LDL. Glicemia baixa
(<70 mg/dL). Anemia por queda da eritropoietina
e aumento do VCM SE gastrite atrófica, queda do
cortisol, aumento da creatinina com diminuição
do Clearance de Cr, queda do sódio e aumento
do ADH SEM HIPERVOLEMIA, aumento do CPK -
cuidado com as estatinas pelo risco de
rabdomiólise.
● Específicas da forma primária: O mais comum é
o bócio tireoidiano (aumento do TSH + anticorpo
antiTPO), hiperprolactinemia (aumento do hCG)
- galactorreia;
Diagnóstico:
● Hipotireoidismo primário: A tireoide para de
funcionar e, consequentemente, diminui a
produção de T3 e T4, mas não faz o feedback.
● Hipotireoidismo Subclínico: TSH alto e T4 livre
e T3 normal.
● Hipotireoidismo Clínico: TSH alto e T4 livre e T3
baixos.
● Hipotireoidismo Central: TSH baixo e T4 livre e
T3 baixos. Também é possível ter um TSH alto ou
normal com T4 livre e T3 baixos (TSH anômalo).
Rastreamento:
● Se doença autoimune (DM, LES, etc);
● Bócio;
● Radiação cervical;
● Drogas: Amiodarona, interferon, lítio;
● Endêmicas: Dieta pobre em iodo;
● Sexo feminino;
● História familiar;
● Genética: Síndrome de Down e Síndrome de
Turner;
Diagnóstico: Repetir os testes após, ao menos, 4
semanas, e, de preferência, 3 a 6 meses.
*TSH é mais sensível para distúrbios primários;
*T4L é melhor para investigação de alterações centrais;
Hipotireoidismo Primário
A principal causa é a Hipotireoidismo Autoimune de
Hashimoto, no Brasil. É causado pelo anticorpo
Anti-TireoPerOxidase (TPO) anti-microssomal (90%
dos casos), além da anti-tireoglobulina e o anti TRAb
bloqueador, que bloqueia a ação do TSH na tireoide.
Medicações tóxicas como Amiodarona, Interferon, Lítio,
deficiência de iodo (mais prevalente no mundo),
sobrecarga de iodo (Wolff ChaikOFF), resistência ao
hormônio tireoidiano (TSH alto + T4L alto + sintomas de
hipo) e congênitas (disgenesia - agenesia, hipoplasia e
ectopia - Fazer o teste do pézinho - tratar antes da
confirmação em caso de dúvidas. Reavaliar após 2 anos
de uso de medicação).
Hipotireoidismo Central
Tem ocorrência rara. Pode ser causada por tumores,
doenças inflamatórias, doenças infiltrativas,
medicamentos (corticóides - supressam do TSH - muito
raro).
Tratamento
HIPOTIREOIDISMO CLÍNICO - Levotiroxina T4
● 1-3 anos: 4 a 6 mcg/kg/dia;
● 3-10 anos: 3-5 mcg/kg/dia;
● 10-16 anos: 2-4 mcg/kg/dia;
● >17 anos: 1,6 mcg/kg/dia;
*Tomar em jejum, diariamente, eternamente.
HIPOTIREOIDISMO CLÍNICO - Situações Especiais
Riscos:
● Idosos;
● Doença coronariana;
● Hipotireoidismo de longa duração;
Dose: Metade e aumenta gradualmente até a dose ideal
de acordo com a idade.
HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO - Levotiroxina
● TSH 4-8: 25ug/dia de Levotiroxina;
● TSH 8-12: 50ug/dia de Levotiroxina;
● TSH > 12: >75 ug/dia de Levotiroxina;
*Tratar se gravidez, TSH>10, doença tireoidiana
autoimune, doença cardiovascular e dislipidemia,
sonolência, concentração prejudicada, idade (> idade:
<70 anos - TSH > 7� tratar; se TSH < 7, tratar só se tiver
sintomas; >70 anos - TSH >7, tratar se sintomas; TSH < 7
NÃO TRATAR).
Seguimento
HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO
● Jejum pelo menos 30 minutos antes da refeição;
● Fazer acompanhamento a cada 4-8 semanas até
ajuste de dose;
● Após estabilização, dosar de 4 a 6 meses - TSH,
T4 livre e T3;
● Alvo: Normalizar o TSH;
HIPOTIREOIDISMO CENTRAL
● Alvo: T4L na mediana superior;
GESTANTES
● Avaliar o anti-TPO e o TSH.
● Se Anti TPO + e TSH < ou = 2,5 - não tratar;
● Se Anti TPO + e TSH > 2,5 - tratar;
● Se Anti TPO - e TSH < ou = 4 - Não tratar;
● Se Anti TPO - e TSH > 4 - Tratar;
Metas para gestantes:
● 1º Trimestre: TSH <2,5 e T4 total > 1,5x limite
superior;
● 2º Trimestre: TSH < 3 e T4 total > 1,5x limite
superior;
● 3º Trimestre: TSH < 3 e T4 total > 1,5x limite
superior;
Tratamento
FATORES INTERFERENTES:
● Redução da absorção - Redução da acidez
gástrica e quelantes;
● Aumento do metabolismo da tiroxina (drogas e
gravidez);
● Troca da marca;
● Aumento da TBG;
● Biotina;
● Uso irregular - começa a usar dias antes do
exame - T4L normal e TSH alto;
Edema Mixedematoso
É um quadro grave, com alta mortalidade (até 50%), com
maior ocorrência em mulheres idosas em meses de
inverno e associada à má aderência. É a forma mais
grave do hipotireoidismo.
● Hipotermia (Temperatura corporal < 35ºC ou
ausência de febre em quadros infecciosos);
● Alteração do nível de consciência (não
obrigatoriamente coma);
● Fator precipitante: Hemorragia gastrointestinal,
infecção, cirurgia, AVC e IAM, ICC, trauma
agudo, exposição ao frio e drogas);
Tratamento:
● Tratar fator precipitante;
● Suporte - Ventilação mecânica, expansão
volêmica, droga vasoativa, glicose EV, antibiótico
empírico até descartar infecção, monitorar
arritmias, etc);
● Medidas específicas: Reaquecimento externo
passivo - gradual; Hidrocortisona 100mg 8/8h;
● Colher T4L, cortisol e TSH;
● Não aguardar o resultado para o tratamento;
● Ataque:
○ Levotiroxina 200-400 mcg EV;
○ Triiodotironina 25-50mcg EV;
○ Reduzir 10-20 mcg se DCV;
○ No Brasil: Levotiroxina 500mcg SNG;
● Manutenção:
○ Ideal: Levotiroxina 50-100 mcg EV/dia
ou Triiodotironina 2,5-10mcg EV 8/8h;
○ Brasil: Levotiroxina 1,7 mcg/kg/dia VO;

Continue navegando