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Teoria da Literatura II: Função Poética e Tipologia dos Gêneros Literários

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TEORIA DA LITERATURA II
2019
Prof. Abraão Júnior Cabral e Santos
GABARITO DAS 
AUTOATIVIDADES
2
TEORIA DA LITERATURA II
UNIDADE 1
TÓPICO 1 
1 A teoria da literatura ajuda o leitor a identificar as características de 
um texto literário em relação aos textos de natureza discursiva ou 
comunicacional. Uma dessas características é a função poética, for-
mulada por Roman Jakobson, que através dela destacou os tipos de 
mensagem que tendem a permanecer na memória do leitor, mesmo 
após ele ter compreendido o sentido a que ela se prestava. A partir 
dessa reflexão, é CORRETO afirmar:
a) ( ) Que a mensagem literária é um tipo de mensagens linguística que não 
se diferencia das mensagens abrangentes dos gêneros discursivos.
b) (x) Que a função poética, por destacar uma forma de mensagem lin-
guística pelo tratamento dado à linguagem, é um dos modos da lite-
rariedade, ou seja, modo que ajuda a identificar um texto literário. 
c) ( ) Que a função poética tem valor semelhante à função emotiva, do polo 
do emissor-escritor, e da função conativa, do receptor-leitor.
d) ( ) Que toda mensagem que permanece na memória do leitor necessaria-
mente é uma mensagem literária.
2 Teorizar literatura significa, de um modo mais didático, aperfeiçoar 
os instrumentos de leitura dos textos, os modos de chegar e com-
preender as obras literárias, cujo efeito pedagógico imediato seria 
facilitar ao educando o acesso ao reconhecimento das obras de valor 
dialógico, as que vão além do sentido literal, ainda que não se exclua 
a importância de fruição das obras literárias de valor mercadológico. 
A partir dessa reflexão, classifique V para as sentenças verdadeiras 
e F para as sentenças falsas:
I- ( ) De certo modo, a teoria visa municiar o leitor com os pressupostos 
teóricos que sustentam, em última instância, qualquer formulação compe-
tente sobre uma obra literária.
II- ( ) O senso comum, com seu apelo em favor da facilidade e do convívio 
social, admite o leitor competente, dialógico, que observa não apenas o seu 
ponto de vista.
III- ( ) Via de regra, o senso comum induz o leitor a buscar obras menos com-
plexas, que confirmem o que eles, leitores desinteressados, antes de ler a 
obra escolhida, já sabiam.
3
TEORIA DA LITERATURA II
IV- ( ) A teoria ajuda o leitor a ter uma atitude diferenciada, habilitando-o 
a capturar camadas de sentido, muitas vezes insuspeitadas, nascidas da 
obra literária no instante de leitura.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V – F. 
b) ( ) F – F – V – F.
c) ( ) V – V – F – V.
d) (x) V – F – V – V.
3 Para o estudo das obras literárias se estabeleceu a classificação das 
mesmas em três tipos distintos, conforme a tipologia dos gêneros 
literários: lírico, narrativo e dramático. Essa forma de leitura, válida 
até os dias de hoje através da versão aristotélica editada na Poética, 
ajuda o leitor a confrontar qualquer texto literário que pouse em 
suas mãos, tendo assim, um modo de compreendê-lo em particular, 
segundo características universais. Considerando essas informa-
ções, associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Lírico.
II- Épico-Narrativo.
III- Dramático.
 
( ) Para Aristóteles, na forma de comunicação entre o escritor e o público, 
esse gênero é constituído pelo epos, ou “a palavra narrada” por um rapsodo 
perante um auditório.
( ) Para Aristóteles, na forma de comunicação entre o escritor e o público, 
esse gênero é a “palavra cantada” pelo próprio poeta, expressão de sua 
subjetividade.
( ) Para Aristóteles, na forma de comunicação entre o escritor e o público, 
esse gênero é a palavra representada” por atores para espectadores.
( ) Para Aristóteles, na forma de comunicação entre o escritor e o público, 
esse gênero é pertinente a palavra rica em sonoridades, exprimindo o es-
tado emocional do próprio poeta.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I – II – I – III. 
b) (x) II – I – III – I.
c) ( ) I – II – III – I.
d) ( ) III – II – I – II. 
4
TEORIA DA LITERATURA II
4 (ENADE, 2008) “Não, não é fácil escrever. É duro como quebrar ro-
chas. Mas voam faíscas e lascas como aços espalhados. Ah que medo 
de começar e ainda nem sequer sei o nome da moça. Sem falar que 
a história me desespera por ser simples demais. O que me proponho 
contar parece fácil e à mão de todos. Mas a sua elaboração é muito 
difícil. Pois tenho que tornar nítido o que está quase apagado e que 
mal vejo. Com mãos de dedos duros enlameados apalpar o invisível 
na própria lama (Clarice Lispector. A hora da estrela. Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira, 1984, p. 25).
No trecho do romance A hora da Estrela, de Clarice Lispector, apresen-
ta-se uma concepção do fazer literário, segundo à qual a literatura é: 
a) ( ) Uma forma de resolver os problemas sociais abordados pelo escritor ao 
escrever suas histórias. 
b) (x) Uma forma de, pelo trabalho do escritor, tornar sensível o que 
não está claramente disponível na realidade. 
c) ( ) Um dom do escritor, que, de forma espontânea e fácil, alcança o indizí-
vel e o mistério graças a sua genialidade. 
d) ( ) O resultado do trabalho árduo do escritor, que transforma histórias 
complexas em textos simples e interessantes. 
e) ( ) Um modo mágico de expressão, por meio do qual se de abandona a 
realidade histórica em favor da pura beleza estética graças à sensibilidade 
do escritor. 
FONTE: <http://www.pucrs.br/edipucrs/enade/letras2008.pdf>. Acesso em: 17 out. 2019. 
TÓPICO 2
1 A atualidade da teoria do texto é em muito tributária dos estudos 
barthesianos sobre as narrativas literárias. O texto, para ele, é não 
apenas a consequência e continuação da obra literária, mas em cer-
ta medida transcende o seu caráter físico, material, libertando sua 
substância aprisionadora em proveito do caráter livre da intertex-
tualidade e da preferência nascida do olhar a cada leitura. A partir 
dessa reflexão sobre o texto em Roland Barthes, é CORRETO afirmar:
a) ( ) Que o texto, assim como a obra, deve ser entendido como um objeto 
computável.
b) ( ) Que o texto, assim como a obra, é classificável e, portanto, respeita 
limites e hierarquias.
5
TEORIA DA LITERATURA II
c) (x) Que o texto, ao contrário da obra, não se fecha em um sentido, 
permanecendo mais no campo dos significantes do que do significa-
do.
d) ( ) Que o texto, ao contrário da obra, não sendo plural, requer uma única 
interpretação.
2 As formas de análise interna em literatura priorizam a descrição das 
características das obras, segundo distintos enfoques que estejam 
nelas mais ou menos presentes do que em outras, configurando uma 
tipologia diversa de análise desde Aristóteles até os dias atuais, 
dentre as quais destacam-se as modalidades formalista, linguística, 
semiológica, estruturalista, fenomenológica, temática e estilística. 
Considerando essas informações, associe os itens, utilizando o códi-
go a seguir:
I- Análise formalista
II- Análise linguística
III- Análise semiológica
IV- Análise estruturalista
V- Análise fenomenológica
VI- Análise temática
VII- Análise estilística 
 
( ) Corrente de análise que salienta os elementos constituintes da palavra, da 
sintaxe e dos enunciados, a partir dos postulados de Saussure, assim como 
as funções comunicacionais de Jakobson, especialmente a função poética.
( ) Corrente de análise que observa a literariedade de um texto enquanto 
arranjo singular da linguagem.
( ) Corrente de análise que busca captar as regras estruturais do funciona-
mento literário.
( ) Corrente de análise que observa o texto como um sistema de signos, para 
além do signo exclusivamente linguístico.
( ) Corrente de análise que prioriza a descrição da obra tal como ela aparece 
à percepção, eliminando qualquer conceito anterior ao instante de leitura.
( ) Corrente de análise que reporta-se às várias formas de dizer uma mensa-
gem sobre conteúdos semelhantes.
( ) Corrente de análise que busca encontrar os fundamentosculturais das 
obras e os motivos que condicionam o seu aparecimento.
6
TEORIA DA LITERATURA II
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I – II – III – IV – V – VI – VII. 
b) ( ) II – I – III – VII – V – VI – IV. 
c) (x) II – I – IV – III – V – VII – VI. 
d) ( ) I – III – IV – II – V – VI – VII. 
 
3 O valor de uma obra literária pode ser mensurado, de “dentro para 
fora”, em comparação a outras obras e, esse sentido axiológico, pode 
levar a análise ao conceito de texto clássico (que vale ser relido) em 
confronto com o texto descartável, cuja finalidade parece repousar 
na fruição despretensiosa e no valor mercadológico. A partir dessa 
reflexão, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as 
sentenças falsas:
( ) A temática do valor remete ao conceito de cânone, ou seja, à eleição das 
obras necessárias para uma compreensão simplista da realidade.
( ) Pensar a literatura a partir do conceito axiológico de valor leva a definir a 
literariedade segundo critérios predominantemente estéticos.
( ) Por sua complexidade e valores dialógicos, compreende-se tradicionalmen-
te os clássicos como obras universais que constituem o bem da humanida-
de.
( ) Se o texto clássico é, por sua própria natureza, não redutível, então pode-
mos concordar com Gadamer, para quem o clássico seria “o que em qualquer 
presente diz alguma coisa, como se o dissesse unicamente a si mesmo“.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V – F. 
b) ( ) F – F – V – F.
c) ( ) V – V – F – V.
d) (x) F – V – V – V.
4 (ENADE, 2014) Talvez o maior lugar-comum da crítica literária no 
Brasil, hoje, seja de que o texto é múltiplo. Simples assim: a mul-
tiplicidade como algo quase dado, uma característica praticamente 
priori das obras, que a interpretação só precisaria atestar ou con-
firmar. Justamente por ser um lugar-comum, a crença em uma mul-
tiplicidade essencial ou ontológica da literatura não precisa ser fer-
renhamente defendida; pelo contrário, ela funciona melhor quando 
permanece como uma espécie de pressuposto de fundo, frequente-
mente não declarado, do processo interpretativo. A crença na mul-
tiplicidade está presente em todas essas frases, que parecem não 
precisar de explicação: “esta obra presta-se a infinitas leituras”; 
7
TEORIA DA LITERATURA II
“são inúmeros os sentidos”; “há uma pluralidade de vozes”; ou até 
mesmo no nefasto “cada um tem a sua interpretação”. Trata-se, aqui, 
na realidade, de um barateamento brutal da ideia de diferença, que, 
se, por um lado, está em consonância com tendências culturais e so-
ciais mais amplas, por outro, gera consequências bem determinadas 
para a prática da crítica no âmbito das Letras e das Ciências Humanas 
[...]. A poética da multiplicidade encontra sua forma mais apurada na 
aplicação de teorias. Como tudo é plural, como todo antagonismo foi 
suprimido (fora [...] o antagonismo contra o antagonismo, ou anti-
binarismo binário), qualquer texto pode ser lido segundo qualquer 
teoria. Como tudo é dialógico, não importa se você usa Badiou, Bar-
thes, Bataille, Baudrillard, Bhabha, Bourdieu ou Butler (para ficar só 
no “B”), para o drama renascentista, a épica do século 17, ou o verso 
livre do 20. No fundo, o verbo “usar” já diz tudo, porque esse tipo 
de relação entre literatura e teoria é essencialmente utilitário. De-
terminados autores, como Bakhtin e Benjamin, são tão explorados, 
são inseridos em debates absolutamente díspares, que vale a pena 
perguntar se ainda faz algum sentido mencionar seus nomes. E é um 
fenômeno curioso que, se, por um lado, a crítica da multiplicidade 
vem questionando o cânone literário, desafiando seu fechamento 
e reivindicando a inserção de novas vozes, por outro, a teoria vem 
testemunhando a formação de um cânone próprio, um rol de autores 
que se tornaram referência obrigatória (inclusive para as novas vo-
zes), cujos conceitos podem, sim, ser problematizados, mas não sua 
posição a priori como grandes nomes. 
FONTE: <https://revistacult.uol.com.br/home/tag/online/>. Acesso em: 17 ago. 2014.
 
Sobre a poética da multiplicidade, avalie as afirmações a seguir:
I- A multiplicidade é uma característica só recentemente incorporada pelo 
texto literário.
II- Há um confronto e, no mesmo momento, um restabelecimento do cânone 
literário.
III- Uma determinada teoria é capaz de abarcar todas as possibilidades de um 
texto literário.
É CORRETO o que se afirma em:
a) ( ) I, apenas.
b) (x) II, apenas.
c) ( ) I e III, apenas.
d) ( ) II e III, apenas.
e) ( ) I, II e III.
8
TEORIA DA LITERATURA II
TÓPICO 2
1 Em literatura, as abordagens exteriores das obras tomam os dados 
históricos e contextuais como elementos que contribuem para uma 
boa análise literária na medida em que vinculam os textos literários 
às realizações dos homens de cada época, portanto creem que cada 
autor é produto de seu tempo. A partir dessa reflexão, é CORRETO 
afirmar:
a) ( ) Que os dados exteriores ao texto, como a biografia do autor, em nada 
contribuem para determinar o valor de um texto literário.
b) ( ) Que as escolas literárias, medidas no eixo diacrônico, não reproduzem o 
conteúdo ideológico dos autores e dos estilos.
c) (x) Que a personalidade e as condições socioculturais dos autores 
fornecem dados contextuais e ideológicos que podem contribuir 
para uma melhor compreensão dos textos literários.
d) ( ) Que o texto literário, por suas características específicas, não necessita 
de dados externos para sua melhor compreensão.
2 Sobre a integração dos métodos de análise crítica das obras literá-
rias, Daiches (apud D’ONOFRIO, 2006, p. 48) sentenciou que “todos 
os críticos literários eficientes enxergam algumas facetas da arte 
literária e desenvolvem nossa consciência a seu respeito. Mas a vi-
são total, ou até mesmo algo que se aproxime dessa visão, só advém 
àqueles que aprenderam a combinar as modalidades de compreen-
são proporcionadas por inúmeros critérios críticos”. A partir dessa 
reflexão, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as 
sentenças falsas:
( ) É desejável que o crítico literário detenha a maior variedade possível de 
métodos de abordagem.
( ) A análise de uma obra requer que se encontre o único método de análise 
que dê conta da obra em sua variedade interpretativa.
( ) Os métodos críticos, apesar de terem suas abordagens específicas, não 
são incompatíveis entre si.
( ) A análise crítica se enriquece com a eleição de critérios interiores e exte-
riores às obras a serem estudadas.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) (x) V – F – V – V.
b) ( ) F – F – V – F.
9
TEORIA DA LITERATURA II
c) ( ) V – V – F – V.
d) ( ) F – V – V – V.
3 As formas modernas de análise externa em literatura priorizam a 
descrição das características das obras segundo os seus contextos 
de produção e de leitura, observando comparativamente a evolução 
delas em relação ao mundo e ao tempo histórico. Dentre esses tipos 
de análise, destacam-se a sociológica, a psicológica e a arquetípica. 
Considerando essas informações, associe os itens, utilizando o códi-
go a seguir:
I- Análise sociológica.
II- Análise psicológica.
III- Análise arquetípica.
( ) Corrente de análise que acredita haver homologia entre as estruturas 
literárias e sociais.
( ) Corrente de análise que analisa a personalidade autoral a partir de dados 
inconscientes.
( ) Corrente de análise que observa as analogias das obras com um contexto 
mítico maior, como as quatro estações, as fases da vida etc.
( ) Corrente de análise para a qual os personagens literários não espelham 
pessoas reais, mas tipos que representam grupos ou classes sociais.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) (x) I – II – III – I. 
b) ( ) II – I – III – II. 
c) ( ) II – I – I – III.
d) ( ) I – III – I – II.
 
4 (ENADE, 2008): 
Autopsicografia
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir queé dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm.
10
TEORIA DA LITERATURA II
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
(PESSOA, F. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975. p. 255).
De acordo com o poema, é específico do processo de criação literária o 
fato de o poeta:
 
I-  Escrever não o que pensa, mas aquilo que deveras sente. 
II-  Ser capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores. 
III-  Transformar um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético. 
Está certo o que se afirma apenas em: 
a) ( ) I. 
b) ( ) II. 
c) (x) III. 
d) ( ) I e II. 
e) ( ) I e III. 
FONTE: http://www.pucrs.br/edipucrs/enade/letras2008.pdf. Acesso em: 23 out. 2019.
TÓPICO 3 
1 A teoria da literatura passou à modernidade através dos aportes te-
óricos do Formalismo Russo, escola de pensamento que destacou a 
linguagem não como tradutora de um conteúdo fora dela, mas, ao 
contrário, como um tratamento dado a essa mesma linguagem de 
modo a revelar conteúdos muitas vezes insuspeitados. Nesse sen-
tido, para o Formalismo a forma se sobrepõe ao conteúdo. A partir 
dessa reflexão, é CORRETO afirmar:
a) ( ) Que a mensagem literária é um tipo de mensagem linguística falsa em 
relação ao mundo que ela revela.
b) ( ) Que a literatura baseia-se no conflito insuperável entre a forma e o 
conteúdo por ela representado. 
c) (x) Que a literatura, enquanto evento moderno, caracteriza-se pelo 
tratamento diferencial da linguagem cotidiana, enfatizando o trata-
mento da forma de modo a poder revelar novos conteúdos.
11
TEORIA DA LITERATURA II
d) ( ) Que o literário, independente do procedimento consagrado à lingua-
gem, será sempre e prioritariamente uma forma de representação do mun-
do.
2 A teorização da literatura assume parâmetros distintos se a situa-
mos desde uma perspectiva clássica ou desde uma perspectiva mo-
derna. Essa forma de focalização do fazer literário e de sua conse-
quente análise assume funções e codificações distintas conforme se 
assente a leitura em uma dessas perspectivas. Considerando essas 
informações, associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Ponto de vista clássico.
II- Ponto de vista moderno.
 
( ) Roman Jakobson foi um dos expoentes de tal perspectiva, mostrando que 
a linguagem literária é uma reorganização da mensagem linguística de for-
ma a alcançar uma dimensão estética.
( ) Aristóteles foi um dos expoentes de tal perspectiva, a partir da qual cate-
gorizou as obras literárias conforme a tripartição genérica em lírico, épico 
e dramático.
( ) Vlamidimir Propp foi um dos mais notáveis expoentes desse ponto de 
vista interno de análise ao observar as obras e suas funções independen-
temente do contexto autoral ou de recepção.
( ) Em tal perspectiva, há uma realidade anterior à obra, e esta última repre-
senta algo dessa realidade.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I – II – I – I.
b) (x) II – I – II – I. 
c) ( ) I – II – II – I. 
d) ( ) I – II – I – II. 
3 Para a teoria literária formalista, a literariedade é o principal proce-
dimento de caracterização do texto literário, pois está baseado na 
desfamiliarização da linguagem usual e cotidiana em prol de novos 
arranjos linguísticos que podem revelar novas perspectivas de rela-
ção com o real. A partir dessa reflexão, classifique V para as senten-
ças verdadeiras e F para as sentenças falsas:
( ) De certo modo, a literariedade não implica na formulação de uma nova 
linguagem, mas na reorganização da linguagem corrente no sentido de 
recuperar o seu valor estético.
12
TEORIA DA LITERATURA II
( ) A partir do senso comum é quase impossível um rearranjo linguístico for-
malista, já que a modernidade proposta por essa escola propõe um proce-
dimento de estranhamento da linguagem cotidiana.
( ) Via de regra, o senso comum age através da linguagem automatizada, 
como se cada palavra representasse um dado real da natureza. Esse sen-
tido literal e denotativo é o mesmo contra o qual o formalismo russo se 
voltou.
( ) A teoria formalista, de um modo geral, sobrepôs a forma ao conteúdo, des-
tacando que a realidade tratada pelas mensagens literárias seriam dadas 
na própria capacidade da forma de exprimir esse conteúdo, e não o seu 
contrário.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V – F. 
b) ( ) F – F – V – F.
c) (x) V – V – V – V.
d) ( ) V – F – V – V.
 
4 (ENADE, 2008) A literariedade, conceito que remete à especificidade 
da linguagem literária, vem sendo discutida por teóricos e críticos, 
tal como se verifica nos textos a seguir. 
FONTE: <http://www.pucrs.br/edipucrs/enade/letras2008.pdf>. Acesso em: 23 out. 2019.
Texto 1: A literariedade, como toda definição de literatura, comprome-
te-se, na realidade, com uma preferência extraliterária. Uma avaliação 
(um valor, uma norma) está inevitavelmente incluída em toda defini-
ção de literatura e, consequentemente, em todo estudo literário. Os 
formalistas russos preferiam, evidentemente, os textos aos quais me-
lhor se adequava sua noção de literariedade, pois essa noção resultava 
de um raciocínio indutivo: eles estavam ligados à vanguarda da poesia 
futurista. Uma definição de literatura é sempre uma preferência (um 
preconceito) erigida em universal. 
FONTE: COMPAGNON, A. O demônio da teoria: Literatura e senso comum. Trad. Cleonice P. Barros 
e Consuelo F. Santiago. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003. p. 44.
Texto 2: Literariedade: termo do formalismo russo (1915–1930), que 
significa observar em uma obra literária o que ela tem de especifica-
mente literário: estruturas narrativas, rítmicas, estilísticas, sonoras 
etc. Foi a tentativa de especificar o ser da literatura, propondo um pro-
cedimento próprio diante do material literário. Os formalistas trabalha-
13
TEORIA DA LITERATURA II
ram, portanto, um novo conceito de história literária, e foram, digamos 
assim, a base para o comportamento estruturalista surgido na França. 
FONTE: adaptado de CHALUB, S. A metalinguagem. 4. ed. São Paulo: Ática, 1988. p. 84. 
A partir da interpretação dos textos acima, assinale a opção CORRETA:
a) ( ) Chalub, em seu texto, discute o conceito de literariedade, seu alcance e 
seus possíveis limites. 
b) ( ) Infere-se dos dois fragmentos que literariedade é um conceito que está 
acima de escolhas subjetivas, culturais ou sociais.
c) ( ) Os dois autores afirmam que o conceito de literariedade é histórico, 
marcado pelo momento em que foi formulado.
d) ( ) Para os dois autores, a literariedade revela o ser da literatura, algo que 
a diferencia da linguagem cotidiana.
e) (x) Compagnon questiona a concepção dos formalistas russos de que 
há especificidade universal na linguagem literária.
5 (ENADE, 2011)
FONTE: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2011/LETRAS.pdf>. 
Acesso em: 23 out. 2019.
Vou-me embora vou-me embora
Vou-me embora pra Belém 
Vou colher cravos e rosas
Volto a semana que vem.
Vou-me embora paz na terra
Paz na terra repartida
Uns têm terra muita terra
Outros nem pra uma dormida.
Não tenho onde cair morto
 Fiz gorar a inteligência
 Vou reentrar no meu povo
 Reprincipiar minha ciência.
Vou-me embora, vou-me embora
 Volto a semana que vem
 Quando eu voltar minha terra
 Será dela ou de ninguém.
FONTE: ANDRADE, M. Lira Paulistana & O carro da miséria. São Paulo: Martins, 1945. 
14
TEORIA DA LITERATURA II
Considerando esse poema de Mário de Andrade, qual dos procedimen-
tos a seguir define a sua construção no que concerne a aspectos de 
literariedade?
a) ( ) Abordagem desprovida de procedimentos inovadores, tanto da pers-
pectiva estrutural do poema quanto da temática. O reaproveitamento puro 
e simples do verso “Vou-me embora”, lembrando o famoso verso “Vou-me 
embora pra Pasárgada”, de Manuel Bandeira, demonstraessa ausência de 
inovação. 
b) ( ) Embora o texto seja de autoria de consagrado escritor da literatura bra-
sileira, a linguagem utilizada, de caráter notadamente popular, aproxima-se 
do cotidiano, comprometendo a sua literariedade.
c) (x) Apropriação de uma estrutura poética fixa, para tratar de temas 
populares por meio de uma elaboração estilizada da linguagem, na 
qual interagem, no mesmo espaço textual, traços caracterizadores 
da linguagem popular e da erudita. 
d) ( ) O tom de proximidade com as cantigas da tradição popular leva à perda 
da literariedade do poema, o que descaracteriza os elementos que configu-
ram o texto como produto artístico.
e) ( ) A estrutura poética revela um fazer que privilegia padrões da versifi-
cação, purismo de linguagem acadêmica e uso do repertório de grandes 
temas da tradição literária.
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 A teoria da literatura encontraria no Estruturalismo literário uma ra-
dicalização do projeto moderno iniciado no Formalismo Russo, pois, 
para aquela corrente teórica, o olhar analítico deveria se debruçar 
sobre as formas, os modelos e funções que se determinavam mutu-
amente em um conjunto de obras a despeito da realidade exterior a 
elas. A partir dessa reflexão, é INCORRETO afirmar:
a) ( ) Que a identidade de funções presentes nas obras literárias atestavam 
o papel secundário das análises clássicas fundadas na ideia de representa-
ção, ou mimese, dos dados da realidade. 
15
TEORIA DA LITERATURA II
b) ( ) Que o estruturalismo captou as estruturas em várias áreas da atividade 
humana, não apenas a literatura, mas também na antropologia, na psicaná-
lise etc. 
c) (x) Que a mimese ou imitação clássica apresentava-se como mais um 
evento da modernidade, já que passou a ser também uma perspecti-
va estruturalista.
d) ( ) Que a ideia de uma literatura realista, vista sob a ótica estruturalista, 
destoava da verdade na medida em que o realismo copia uma convenção 
de realidade e não a realidade propriamente dita.
2 As teorias literárias do século XX, ao substituírem a ideia clássica de 
um mundo existente a ser representado pela linguagem, trouxeram 
um olhar dúbio sobre o valor da mensagem literária, já que, do ponto 
de vista moderno, aportado pelo formalismo e pelo estruturalismo 
literários, a mensagem adquiria um sentido ou uma significação con-
forme se posicionasse a perspectiva no polo autoral ou no polo de 
leitura. Considerando essas informações, associe os itens, utilizando 
o código a seguir:
I- Significado.
II- Significação.
 
( ) Atributo de interpretação mais voltado para o polo do emissor da mensa-
gem em sua esfera autoral.
( ) Atributo de interpretação mais voltado para o polo do receptor da mensa-
gem em sua esfera de leitura.
( ) Se expressa através da intencionalidade do autor, da instância autoral.
( ) Se expressa através do grau de aceitabilidade ou de não aceitabilidade da 
intenção autoral.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I – II – I – I.
a) ( ) II – I – II – I. 
b) ( ) I – II – II – I.
c) (x) I – II – I – II.
3 A fenomenologia contribuiu para o olhara moderno que está na raiz 
tanto do formalismo, quanto do estruturalismo literário, na medi-
da em que em sua origem propunha olhar para o fenômeno “entre 
parênteses”, ou seja, sem colocar no que seria o objeto toda uma 
esfera cultural e ideológica vinda do que seria o sujeito. Para a fe-
nomenologia, portanto, não há sujeito nem objeto, mas sim uma in-
16
TEORIA DA LITERATURA II
tencionalidade captada enquanto fluxo de consciência. A partir des-
sa reflexão, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as 
sentenças falsas:
( ) A fenomenologia aplicada à literatura abstrai o contexto histórico e social 
para manter seu enfoque sobre o fenômeno de leitura, que faz dela uma 
corrente teórica moderna.
( ) Ao abstrair a realidade exterior ao fenômeno a ser estudado, a fenomeno-
logia facilita o processo de captar as estruturas do fenômeno que se aliam, 
portanto, ao método estruturalista de leitura.
( ) A fenomenologia é um fenômeno tão clássico quanto moderno, pois crê na 
existência do mundo, na existência de objetos a serem observados, dentre 
os quais o livro, o texto literário.
( ) A fenomenologia da percepção, formulada por Merleau-Ponty, esmerou-se 
em descrever o fenômeno desde o ponto de vista da experiência, dentre os 
quais destacou a experiência com a pintura e a literatura.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V – F. 
b) ( ) F – F – V – F.
c) (x) V – V – F – V.
d) ( ) V – F – V – V.
TÓPICO 2
1 A teoria da moderna literatura centrou o seu discurso – fenomeno-
logia, formalismo, estruturalismo – na natureza interior das obras 
literárias a despeito dos meios sociocultural e mercadológico de pro-
dução. Entretanto, com o advento tecnológico propiciado pelas duas 
guerras mundiais não seria mais possível excluir o contexto exterior 
das obras literárias em suas teorizações, ressuscitando o debate, em 
outros termos, sobre literatura e sociedade. A partir dessa reflexão, 
é INCORRETO afirmar:
a) ( ) Que o aperfeiçoamento dos meios de comunicação tornaram de certa 
forma obsoletas as concepções de arte contemplativa, nas quais a tela e o 
livro originais, por exemplo, mantinham uma certa “aura” sagrada. 
b) ( ) Que o debate sobre arte e tecnologia seria imprescindível em um mun-
do marcado pelos avanços bélicos e tecnológicos.
c) ( ) Que a realidade, estilhaçada pela destruição das cidades e das pessoas, 
impregnava inevitavelmente a arte, a literatura, especialmente com as no-
17
TEORIA DA LITERATURA II
ções de arte do absurdo e do nonsense.
d) (x) Que arte e sociedade, apesar das interferências tecnológicas 
provocadas na percepção humana pós-guerra continuavam a ser um 
desvio do verdadeiro caráter teórico sobre a literatura, que na mo-
dernidade seria imanente.
2 A Escola de Frankfurt inaugurou, no começo do século XX, a quinta 
etapa do pensamento filosófico alemão ao desenvolver uma linha te-
órica conhecida como pensamento crítico, que observou a sociedade 
a partir de teorias marxistas e das diretrizes da psicanálise freudia-
na. A teoria literária daí decorrente, refletiria sobre a transformação 
da obra de arte segundo a transformação social operada pelas novas 
tecnologias. A partir dessa reflexão, classifique V para as sentenças 
verdadeiras e F para as sentenças falsas:
( ) O pensamento crítico pensaria sua fundamentação teórica a despeito da 
realidade entreguerras vivida na Escola de Frankfurt.
( ) A escola de Frankfurt notabilizou o pensamento crítico ao discorrer sobre 
os impactos das novas tecnologias na produção das obras de arte.
( ) Expoentes do pensamento crítico, como Walter Benjamin e Theodor Ador-
no, sustentaram posicionamentos contrários, um favorável outro desfavo-
rável, em relação à perda da aura e à reprodução técnica das obras de arte.
( ) A reprodutibilidade técnica, embora tenha alcance na realidade atual, não 
impactou o mundo ocidental do século XX, onde floresceu o pensamento 
de Frankfurt.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V – F. 
b) (x) F – V – V – F.
c) ( ) V – V – F – V.
d) ( ) V – F – V – V.
3 A confrontação dos pensamentos de Walter Benjamin e Theodor 
Adorno tem origem na reflexão do primeiro sobre a destituição da 
aura das obras de arte através da reprodutibilidade técnica. Benja-
min observava positivamente tal fenômeno na medida em que torna 
a arte acessível à grande massa social antes excluída de tal possi-
bilidade. Adorno, ao contrário, via na reprodutibilidade e na substi-
tuição do estilo em arte pela propaganda um fenômeno cujo centro 
gira em torno da superficialidade e do consumo. Considerando essas 
informações, associe os itens, utilizando o código a seguir:
18
TEORIA DA LITERATURA II
I- Theodor Adorno.
II- Walter Benjamin.
 
( ) Para esse teórico, não há diferença entre arte e mercadoria.( ) Ao formular o conceito de indústria cultural, esse teórico apontará a re-
gressão do ouvido musical dada pelas músicas de entretenimento divulga-
das pelas rádios.
( ) Formula a ideia de que a obra de arte, enquanto detentora de uma aura, 
tem os dias contados, mas que sua substituição não é de todo negativa, já 
que torna a arte acessível às massas.
( ) Para ele, a esfera burguesa da contemplação ligada a aura das obras de 
arte é substituída pelo poder comunicacional da máquina, da reprodutibi-
lidade.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I – II – I – I.
b) (x) II – I – II – II.
c) ( ) I – II – II – I.
d) ( ) II – II – I – II. 
4 (ENADE, 2006) A indústria cultural consiste na reprodução em sé-
rie de elementos culturais, da arte e do entretenimento. Segundo 
Adorno e Horkheimer, “o cinema, o rádio e as revistas constituem 
um sistema. Cada setor é congruente em si mesmo, e todos o são 
em conjunto”. Para Adorno, “a novidade que esta [indústria cultu-
ral] oferece continuamente é apenas a representação, em formas 
sempre diferentes, de algo igual”. De acordo com o pensamento de 
Adorno e de Horkheimer expresso acima acerca da indústria cultural, 
assinale a opção CORRETA:
FONTE:<http://download.inep.gov.br/download/enade/2006/Provas/PROVA_DE_COMUNICA-
CAO_SOCIAL.pdf>. Acesso em: 24 out. 2019.
a) (x) O mercado de massa impõe padronização e organização na pro-
dução cultural. 
b) ( ) Os produtos culturais possuem alta qualidade e fogem aos estereóti-
pos.
c) ( ) A indústria cultural não exerce domínio sobre o público.
d) ( ) A indústria cultural não apresenta novidade entre a reprodução e a obra 
original.
e) ( ) O mercado de massa incorpora o novo e o diferencial de uma obra.
19
TEORIA DA LITERATURA II
TÓPICO 3
1 A teoria da literatura rumou do estruturalismo para o pós-estrutura-
lismo através da incorporação de leituras externas ao texto, leituras 
que apontavam não um lugar de origem, no autor ou no leitor, mas 
na conjunção de ambos no instante de leitura. O leitor, não mais pas-
sivo, fez rumar a obra, fixa em sua origem, para o texto, livre em sua 
chegada. Nesse sentido, o pós-estruturalismo abriu as perspectivas 
da literatura. A partir dessa reflexão, é CORRETO afirmar:
a) ( ) Que o autor manteve seu lugar de destaque nas instâncias interpreta-
tivas das obras literárias.
b) ( ) Que a literatura mantém, no próprio nome pós-estruturalismo, o escopo 
teórico da escola estruturalista. 
c) (x) Que a literatura salta ao contemporâneo ao diluir a figura do au-
tor, da obra, das origens em prol da ressureição do espaço textual.
d) ( ) Que o literário, independente da perspectiva em que se dê – clássica, 
moderna o contemporânea – sustenta formas similares de leitura e de in-
terpretação.
2 A teoria da literatura pós-estruturalista teve seu caminho aberto pe-
las proposições de Roland Barthes que oporia, à primazia do autor e 
da noção de origem, a liberdade de leitura, que, consequentemente, 
deslocou a análise do universo localizado das obras para os univer-
sos sempre em composição do texto. Considerando essas informa-
ções, associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Noção de Obra
II- Noção de Texto
 
( ) Noção contemporânea, que confere lugar de destaque ao leitor.
( ) É ligada explicitamente a uma filiação, aos sentidos de quem o compôs, é, 
portanto, um objeto de consumo.
( ) É plural, portanto não depende de uma interpretação, mas expande-se 
para além de uma origem a que se ligasse os sentidos interpretados.
( ) Noção tradicional, que se fecha em um significado ligado à origem, ao 
autor.
20
TEORIA DA LITERATURA II
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I – II – I – I.
b) (x) II – I – II – I.
c) ( ) I – II – II – I. 
d) ( ) I – II – I – II.
3 A tese da morte do autor demonstrou que a centralidade dos signifi-
cados colocadas na intenção do autor, ou seja, naquele que compôs 
a obra, era uma centralidade menos natural do que marcada ideologi-
camente, ou, como diria Barthes (1998, p. 66), “a explicação da obra 
é sempre buscada do lado de quem a produziu, como se, através da 
alegoria mais ou menos transparente da ficção, fosse sempre afinal 
a voz de uma só e mesma pessoa, o autor, a entregar a sua ‘con-
fidência’”. A partir dessa reflexão, classifique V para as sentenças 
verdadeiras e F para as sentenças falsas:
( ) A tese da morte do autor, em termos literário, é um questionamento radi-
cal de toda a ideia de origem.
( ) A tese da morte do autor abria espaço para a ideia de “texto”, espaço teó-
rico que buscava a origem no leitor, e não no autor da obra.
( ) A tese da morte do autor entendia o texto como um espaço aberto de 
significação.
( ) A tese da morte do autor referendava a noção medieval de autor e a 
vertente antropocêntrica que se seguiu, pondo o homem no centro da con-
cepção de mundo.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) (x) V – F – V – F. 
b) ( ) F – F – V – F.
c) ( ) V – V – V – V.
d) ( ) V – F – V – V.
 
4 (ENADE, 2005) É célebre a escultura de Laocoonte, em que estão re-
presentados pai e filhos envolvidos por serpentes. Nela está tema-
tizada a dor de um pai que vê os filhos serem devorados. O crítico 
alemão Lessing sentiu-se intrigado pela seguinte questão: como en-
tender que a personagem principal do grupo representado mal abra 
a boca, apesar de sofrer de modo tão intenso? Para explicar a compo-
sição moderada da dor, assinala: é que as leis da escultura impõem a 
figuração da dor de modo totalmente diverso do da poesia. A escul-
tura e a pintura não podem representar senão um único momento de 
21
TEORIA DA LITERATURA II
uma ação; é preciso então escolher o momento mais fecundo; ora, só 
é fecundo aquilo que deixa campo livre à imaginação; não é preciso, 
pois, escolher o momento do paroxismo [o momento mais intenso], 
mas o que o precede ou segue.
O que se pode deduzir corretamente do texto acerca da representação 
artística?
a) ( ) Na arte, o modo como se retratam certas emoções depende do conhe-
cimento da sua natureza pelo artista, pois o seu ideal é reproduzir o mundo 
natural. 
b) (x) Numa obra de arte, a expressão não é determinada pela nature-
za do objeto representado, mas está relacionada aos princípios que 
regem a modalidade artística adotada.
c) ( ) Em algumas formas de expressão artística, a representação correspon-
de necessariamente à diminuição da intensidade das emoções experimen-
tadas.
d) ( ) Na composição artística, a escolha de traços de um objeto que podem 
ser mais produtivos para a criação depende mais da perícia do artista em 
lidar com eles do que da linguagem da arte em que ele se expressa.
e) ( ) Em qualquer expressão artística, é mais importante a capacidade que o 
artista tem de apontar, no ser humano representado, a grandeza e a sere-
nidade da alma, do que retratar o vigor de um sofrimento.
FONTE: <http://papaprova.com/questoes/e-celebre-a-escultura-de-laocoonte-em-que-estao-re-
presentados-pai-e-filhos-envolvidos-por-serpentes-nela->. Acesso em: 4 nov. 2019. 
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 A teoria da literatura, retomada segundo o viés pós-estrutural de 
Jacques Derrida, colocou a desconstrução literária como eixo meto-
dológico de leitura, desse modo, abrindo espaço para análise das 
contradições lógicas e discursivas que se apresentavam nos textos, 
sem, entretanto, relegá-las a um segundo plano. Nesse sentido, o 
pós-estruturalismo derrideano abriu novas perspectivas de análise 
literária. A partir dessa reflexão, NÃO é correto afirmar:
22
TEORIA DA LITERATURA II
a) ( ) A tese da desconstrução busca dar lugar a tudo que é heterogêneo, por 
conseguinte acolhendo as contradições textuais.
b) ( ) A tese da desconstrução, ao questionar, palavra por palavra, a funda-
mentação dos textos, revela-se como tática de desmontagem da metafísi-
ca ocidental. 
c) ( ) A tese da desconstrução é uma estratégia pós-moderna que foi alémda 
relação intrínseca entre os textos propagada pelo estruturalismo.
d) (x) A tese da desconstrução guardava uma contradição em si mesma, 
posto que, ao propor ler o heterogêneo, voltava-se contra a igualda-
de textual e dos sexos.
2 Em a função-autor, Michel Foucault expande a tese barthesiana da 
morte do autor ao apontar o estatuto ideológico de controle inseri-
da na ideia de autor-indivíduo, indivíduo que determinaria, a partir 
de seu ponto de vista intencional, os limites da leitura e do leitor. 
Contra essa tese, Foucault sustentou a ideia de autor-sujeito, deslo-
cando a sustentação do autor como pessoa para o autor como gesto. 
Considerando essas informações, associe os itens, utilizando o códi-
go a seguir:
I- Indivíduo-autor
II- Autor-sujeito
 
( ) Termo que designa uma entidade humana: física, afetiva e cognitiva.
( ) Termo que designa a forma cultural em que o indivíduo se torna ente social 
por meio do discurso.
( ) Designa uma entidade pensante, não uma pessoa em particular.
( ) É o homem de carne e osso, não a marca cultural e social inscrita nesse 
mesmo homem.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I – II – I – I.
b) ( ) II – I – II – I.
c) (x) I – II – II – I.
d) ( ) I – II – I – II.
3 Após a cena estruturalista, que centrou seus postulados em leituras 
a partir das obras, o pós-estrutralismo retomou a preocupação com 
o sujeito histórico, que se colocava em uma posição passiva devi-
do aos discursos de controle ideologizantes dos quais o estrutura-
lismo continuava. Nesse sentido, os estudos culturais espelharam 
23
TEORIA DA LITERATURA II
uma abertura aos diversos tipos de leitor até então colocados fora 
de cena pelo cânone dominante. A partir dessa reflexão, classifique 
V para as sentenças verdadeiras e F para as sentenças falsas:
( ) Os estudos culturais abriram espaço para temas ligados a estilos dos jo-
vens, questões corporais, conflitos raciais, entre outros.
( ) Os estudos culturais decorrem da descentralização do discurso canônico, 
cujos atores centrais foram Derrida e Foucault.
( ) Os estudos culturais são também espaços de resistência, que englobam 
questões ligadas a identidade, consumo, gênero sexual, subjetividade etc.
( ) Os estudos culturais é uma perspectiva teórica que se coloca como repre-
sentante da arte culta em relação às artes vulgares.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V – F. 
b) ( ) F – F – V – F.
c) (x) V – V – V – F.
d) ( ) V – F – V – V.
TÓPICO 2
1 Não é de hoje que a literatura estabelece relação com outras lingua-
gens: palavra e som, palavra e imagem visual, palavra e tecnologias 
contemporâneas, dentre outras. É o que se deu, por exemplo, com o 
poema sinfônico Un coup de dés, de Stephane Mallarmé, ao final do 
século XIX; ou com a poesia de João Cabral de Melo Neto e sua poé-
tica em acordo com as lições pictóricas dos pintores Joan Miró e Piet 
Mondrian; ou, mais recentemente, do salto da palavra em meio ao 
meio tecnológico virtual. A partir dessa reflexão, é CORRETO afirmar:
a) ( ) Que arte e tecnologia não se relacionam, posto que são categorias dis-
tintas.
b) (x) Que arte e tecnologia relacionam-se na medida em que o meio 
digital facilita o uso de imagens, textos, sons, tal como o faziam al-
guns artistas ao criar laços entre linguagens distintas, como a da 
pintura e da poesia.
c) ( ) Que não há relação verdadeiramente intersemiótica entre as artes.
d) ( ) Que literatura e pintura não devem se relacionar, pois se tratam de es-
téticas distintas.
24
TEORIA DA LITERATURA II
2 A explosão tecnológica, ocorrida no final do século XX, criou um novo 
ambiente de interação do leitor com as narrativas literárias. Conecta-
do a múltiplas interfaces tecnológicas, o leitor pode ser chamado de 
usuário-leitor, na medida em que interage de modo construtivo em 
sua própria leitura, leitura digital que, no ambiente midiático, cha-
ma-se de navegação. Por isso, diz-se “navegar pela internet”. Esse 
ambiente chama-se hipermídia, que se distingue do fenômeno lite-
rário hipertexto. Considerando essas informações, associe os itens, 
utilizando o código a seguir:
I- Hipermídia
II- Hipertexto
 
( ) Termo que designa um conjunto de meios de acesso digital e simultâneo 
a textos, imagens e sons.
( ) Termo que designa o modo interativo não-linear em que o usuário estabe-
lece uma versão pessoal, mediante controle de elementos da mídia, criando 
sua própria navegação na web.
( ) Termo que designa um gênero literário digital, que transformou o espaço 
midiático em ciberliteratura, ou seja, em literatura gerada por computador.
( ) Gênero digital em que a escrita literária associa conexões mais livres do 
que nos textos impressos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) (x) I – I – II – II.
b) ( ) II – I – II – I. 
c) ( ) I – II – II – I. 
d) ( ) I – II – I – II.
3 Um dos maiores desafios da educação na atualidade, em se tratando 
do estudo de literatura, é como possibilitar o melhor acesso aos tex-
tos clássicos – recorte sincrônico –, que implica em repensar o papel 
do professor, não apenas como leitor especial e crítico das tradições 
literárias, mas também como mediador das melhores práticas escola-
res que facilitem o estudo, como parece ser a leitura em meio digital. 
A partir dessa reflexão, classifique V para as sentenças verdadeiras 
e F para as sentenças falsas:
( ) Os docentes têm que dar exemplo aos educandos, apropriando-se com 
qualidade, dos espaços digitais de leitura.
( ) As escolas devem incluir em seus currículos também a tecnologia, de 
modo a ampliar o universo de leitura dos alunos.
25
TEORIA DA LITERATURA II
( ) Estudar os clássicos em meio digital é uma abordagem adequada à re-
alidade contemporânea, na medida que estabelece laços entre o recorte 
sincrônico e tecnologia.
( ) Se sincrônico ou diacrônico, não importa o recorte escolhido, a esco-
la deve manter-se a mesma e priorizar o estudo tradicional dos grandes 
textos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V – F. 
b) ( ) F – F – V – F.
c) (x) V – V – V – F.
d) ( ) V – F – V – V.
4 (ENADE, 2005) É célebre a escultura de Laocoonte, em que estão re-
presentados pai e filhos envolvidos por serpentes. Nela está tema-
tizada a dor de um pai que vê os filhos serem devorados. O crítico 
alemão Lessing sentiu-se intrigado pela seguinte questão: como en-
tender que a personagem principal do grupo representado mal abra 
a boca, apesar de sofrer de modo tão intenso? Para explicar a compo-
sição moderada da dor, assinala: é que as leis da escultura impõem a 
figuração da dor de modo totalmente diverso do da poesia. A escul-
tura e a pintura não podem representar senão um único momento de 
uma ação; é preciso então escolher o momento mais fecundo; ora, só 
é fecundo aquilo que deixa campo livre à imaginação; não é preciso, 
pois, escolher o momento do paroxismo [o momento mais intenso], 
mas o que o precede ou segue.
Quanto à arte literária, é CORRETA a seguinte inferência:
a) ( ) A literatura distingue-se da escultura porque, nela, em todos os gêne-
ros literários (lírico, épico e dramático), predomina a expressão de tempos 
simultâneos.
b) ( ) Uma obra de arte bem realizada (um romance ou um conto, por exem-
plo) renuncia ao clímax da situação narrada, em busca do ideal de preservar 
o imaginário do leitor.
c) ( ) O processo de criação artística, em qualquer gênero literário que se 
considere, representa as paixões segundo modelos historicamente presti-
giados.
d) ( ) A brevidade do poema lírico o aproxima da pintura e da escultura, pois 
o eu poético só tem tempo para o desenrolar de uma única ação.
e) (x) Os discursos literários, graças à natureza da linguagem verbal, 
podem retomar uma mesma ação em distintos momentos, diferente-
mente do que ocorre na escultura ou na pintura.
26
TEORIA DA LITERATURA II
5 (ENADE, 2008) Antes de compreender o quesignificam as inovações 
tecnológicas, temos de refletir sobre o que são velhas e novas tec-
nologias. O atributo do velho ou do novo não está no produto, no 
artefato em si mesmo, ou na cronologia das invenções, mas depende 
da significação do humano, do uso que fazemos dele.
FONTE: CORREA, J. Novas tecnologias da informação e da comunicação; novas estratégias de 
ensino/aprendizagem. In: COSCARELLI, C. V. (Org.). Novas tecnologias, novos textos, novas formas 
de pensar. Belo Horizonte: Autêntica, 2003, p. 44 (com adaptações). 
Relacionando as ideias do fragmento de texto anterior à formação e à 
ação do professor em sala de aula, conclui-se que:
a) ( ) A chegada das inovações tecnológicas à escola torna obsoletos os sa-
beres acumulados pelo professor.
b) (x) As inovações tecnológicas no campo do ensino-aprendizagem 
não garantem inovações pedagógicas.
c) ( ) A inclusão digital é assegurada quando as escolas são equipadas com 
computadores e acesso à Internet.
d) ( ) Os novos modos de ler e escrever no computador devem ser transpos-
tos para a modalidade escrita da língua no espaço escolar.
e) ( ) O acervo impresso das bibliotecas escolares deve ser substituído por 
acervos digitais, de maior circulação e funcionalidade

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