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A Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (COPLACANA)

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA 
EM GESTÃO DE COOPERATIVAS 
 
 
 
 
 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VI 
A Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo 
(COPLACANA) 
 
 
 
Miriam Viviane Garcia de Souza – RA 040744-2 
 
 
 
 
 
 
ARARAQUARA 
2022 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA 
EM GESTÃO DE COOPERATIVAS 
 
 
 
 
 
 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VI 
A Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo 
(COPLACANA) 
 
 
 
Trabalho Interdisciplinar do Projeto Integrado 
Multidisciplinar, apresentado como exigência 
parcial para conclusão do 4º Bimestre do Curso 
Superior de Tecnologia em Gestão de 
Cooperativas, da Universidade Paulista – UNIP 
EAD, sob a Coordenação do Prof. Alexandre 
Fernandes 
 
 
 
ARARAQUARA 
2022 
 
 
 
RESUMO 
O objetivo principal desse projeto PIM VI – Projeto Integrado Multidisciplinar é analisar a 
empresa (cooperativa) escolhida - Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo 
(COPLACANA), e expor as disciplinas Estática Aplicada, onde tentaremos demonstrar 
iniciativas utilizadas pela cooperativa e operações como cotações e planejamentos através da 
utilização da Estática Aplicada, que exemplifiquem o conteúdo estudado no bimestre e também 
apresente um pouco sobre a disciplina. Já em Ética, Cidadania e Sustentabilidade iremos 
abordar um pouco sobre a disciplina e tentar explorar e demonstrar os processos utilizados pela 
Cooperativa, como seus projetos de Sustentabilidade. Em Mercado e Negócios Cooperativos 
iremos apresentar um pouco dos projetos e atividades desenvolvidas pela Cooperativa, expondo 
o mercado cooperativo e suas atuações. A metodologia da pesquisa será através de pesquisa 
bibliográfica, com auxílio de informações obtidas pela cooperativa. Esse Projeto tem como 
objetivo evidenciar como o estudo das disciplinas aqui abordadas, podem melhorar o 
desenvolvimento da empresa. A Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo 
COPLACANA é uma cooperativa que tem o objetivo de oferecer insumos e assistência ao 
produtor rural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras Chaves: Sustentabilidade - Estática - Mercados e Negócios Cooperativos – Ética. 
 
 
 
RESUME 
 
The main objective of this project PIM VI - Integrated Multidisciplinary Project is to analyze 
the chosen company (cooperative) - Cooperative of Sugarcane Planters of the State of São 
Paulo (COPLACANA), and expose the disciplines Applied Statics, where we will try to 
demonstrate initiatives used by the cooperative and operations such as quotations and planning 
through the use of Applied Statics, which exemplify the content studied in the bimester and also 
present a little about the discipline. In Ethics, Citizenship and Sustainability, we will discuss a 
little about the discipline and try to explore and demonstrate the processes used by the 
Cooperative, such as its Sustainability projects. In Market and Cooperative Business, we will 
present some of the projects and activities developed by the Cooperative, exposing the 
cooperative market and its performances. The research methodology will be through 
bibliographic research, with the help of information obtained by the cooperative. This Project 
aims to show how the study of the subjects discussed here can improve the development of the 
company. The Cooperative of Sugarcane Planters of the State of São Paulo COPLACANA is a 
cooperative that aims to offer inputs and assistance to rural producers. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Keywords: Sustainability - Statics - Markets and Cooperative Businesses - Ethics. 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...............................................................................06 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................07 
2.1 Estatística Aplicada...........................................................................07 
2.2 Mercado e Negócios Cooperativos....................................................18 
2.3 Ética, Cidadania e Sustentabilidade...................................................30 
 
3 ESTUDO DE CASO ........................................................................47 
3.1 Descrição da Organização ...............................................................47 
3.2 Estatística Aplicada..........................................................................60 
3.3 Mercado e Negócios Cooperativos...................................................61 
3.4 Ética, Cidadania e Sustentabilidade.................................................62 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................65 
 REFERÊNCIAS .................................................................................66 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Apresentamos como modelo de pesquisa a empresa Cooperativa dos Plantadores de Cana do 
Estado de São Paulo (COPLACANA), com base em pesquisas, analise das práticas 
organizacionais da empresa, a luz das disciplinas estudadas que são: Estatística Aplicada – 
Ética, Cidadania e Sustentabilidade – Mercados e Negócios Cooperativos. 
A Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (COPLACANA) foi a 
primeira cooperativa de plantadores de cana a ser fundada no estado, em 1948, com o objetivo 
de oferecer insumos e assistência ao produtor rural. 
A matriz está localizada no CENTRO CANAGRO “José Coral”, em Piracicaba – SP, e conta 
com 29 filiais mais três lojas Massey Ferguson nos estados de São Paulo, Goiás, Minas 
Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná, além de Fábrica de Rações; Central de Recebimento de 
Embalagens Vazias de Agrotóxicos; CoopService e duas unidades produtivas, o 
Confinamento de Gado e Unidade de Grãos. 
A COPLACANA é estruturada para oferecer o melhor atendimento e os melhores produtos 
aos cooperados. São mais de 12 mil itens para a agricultura e completo serviço de assessoria 
no campo. 
Sua diretoria é dinâmica e trabalha com uma visão voltada para a tecnologia e para o futuro, 
promovendo a união, o cooperativismo e fortalecendo a classe dos produtores rurais. 
O objetivo desse projeto é apresentar a Coplacana –Cooperativa dos Plantadores de Cana do 
Estado de São Paulo, mostrar um pouco sobre a história e atuação no mercado do agronegócio. 
A pesquisa está fundamentada na pesquisa bibliográfica e analises documentais. 
Apresentaremos as práticas realizadas pela cooperativa com base nos estudos das disciplinas 
Estatística Aplicada – Cidadania e Sustentabilidade – Mercados e Negócios Cooperativos. 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 Estatística Aplicada 
A quantidade de informações a que somos submetidos diariamente era algo impensável há 
poucas décadas. As influências nesse processo incluem a transformação digital, a formação de 
blocos econômicos regionais, inovações tecnológicas, que juntas aceleraram e muito o fluxo de 
dados e informações que circulam pelos meios de comunicação. Diante disso, nunca foi tão 
oportuno usar mecanismos como a estatística aplicada para ajudar a organizar tudo isso. 
Esse cenário, portanto, requer a presença dessa ferramenta tão indispensável para todos que 
precisam analisar informações antes de tomar decisões diariamente, tanto na vida pessoal 
quanto no trabalho. 
 
● Origem da Estatística 
 
“Estatística é um conjunto de 
métodos e processos quantitativos 
que serve para estudar e medir os 
fenômenos coletivos. ” Dugé de 
Bernonville. 
 
A palavra estatística tem origem da palavra em latim “status”, que traduzida tem o sentido de 
estudo do Estado, significava uma coleção de informações de interesse para o estado e sobre a 
população e economia. Desta forma as informações coletadas têm o objetivo de obter o resumo 
de informações indispensáveis para que os governantes conheçam a nação e aconstrução de 
programas de governo. Estatística é uma ciência dedicada ao desenvolvimento, utilizando 
métodos de coleta, organização, resumo, com apresentações e análises de dados. (TRIOLA, 
2003). 
 
 
https://escolaedti.com.br/gestao-de-informacoes
8 
 
As primeiras aplicações da estatística estavam voltadas para as necessidades de Estado, na 
formulação de políticas públicas, fornecendo dados demográficos e económicos 
à administração pública. A abrangência da estatística aumentou no começo do século XIX para 
incluir a acumulação e análise de dados de maneira geral. Hoje, a estatística é largamente 
aplicada nas ciências naturais, e sociais, inclusive na administração pública e privada. 
Seus fundamentos matemáticos foram postos no século XVII com o desenvolvimento da teoria 
das probabilidades por Pascal e Fermat, que surgiu com o estudo dos jogos de azar. O método 
dos mínimos quadrados foi descrito pela primeira vez por Carl Friedrich Gauss cerca de 1794. 
O uso de computadores modernos tem permitido a computação de dados estatísticos em larga 
escala e também tornaram possível novos métodos antes impraticáveis a nossa sociedade. 
O que é Estatística Aplicada? 
Segundo Becker (2015), o estudo da origem da palavra estatística é a mesma da de estado, tendo 
significado de ciência que se trata de dados relacionados às condições de um estado ou 
comunidade. 
Em linhas gerais, é um ramo do conhecimento voltado à coleta, processamento e análise de 
dados, cujo objetivo é minimizar incertezas, apresentando resultados com a mínima margem de 
erro possível. Um bom exemplo para ilustrar essa conceituação são as campanhas eleitorais, 
que utilizam pesquisas de intenção de votos. 
A estatística aplicada recebe esse nome pela sua diversidade, como sistema de cálculos, em 
termos de campo de atuação, incluindo a área de Humanas. Suas inúmeras possibilidades de 
emprego envolvem estudos sobre a população, efeitos e contraindicações de medicamentos, 
análises de acidentes de trânsito, campanhas de marketing e uma infinidade de aplicações. 
Aplicada em inúmeras áreas do conhecimento, a ESTATÍSTICA usa a Matemática para coleta, 
interpretação e análise de dados numéricos de pesquisas sobre a natureza, a sociedade, a 
economia e o mercado. Diante de gigantescas quantidades de informações, os profissionais de 
ESTATÍSTICA usam ferramentas e softwares para dar sentido aos números e usá-los para fins 
como pesquisas científicas, política, educação, tecnologia e até mesmo esportes. 
Em diversas áreas, a ESTATÍSTICA também é acompanhada por estudos de lógica e 
probabilidade. Além disso, formados na área devem ter conhecimentos de língua portuguesa, 
metodologia de pesquisa, conhecimentos de demografia e econometria para usarem os números 
em prol de sentidos e resultados positivos. O trabalho dos profissionais é, portanto, essencial 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estat%C3%ADstica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_p%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Demografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_p%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_natural
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncias_sociais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_p%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_probabilidades
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_probabilidades
https://pt.wikipedia.org/wiki/Blaise_Pascal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_de_Fermat
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_dos_m%C3%ADnimos_quadrados
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_dos_m%C3%ADnimos_quadrados
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Friedrich_Gauss
https://escolaedti.com.br/analise-de-estatistica-como-aplicar-em-empresas
9 
 
em pesquisas eleitorais, de controle de qualidade de serviços e produtos, censo populacional, 
industriais, entre outras. 
A ESTATÍSTICA surgiu quando governos se interessaram em obter informações quantitativas 
e qualitativas sobre suas riquezas, tributos, populações e moradias. No Egito antigo, por 
exemplo, faraós já ordenavam registros estatísticos de suas colheitas. Há mais de dois mil anos, 
a China já se preocupava com o crescimento populacional por meio de censos. Já no século 
XIV, o início do Renascimento na Europa também proporcionou novos rumos à 
ESTATÍSTICA, necessária especialmente para aprimorar a administração de governos. 
O primeiro pesquisador a cunhar o termo ESTATÍSTICA foi o historiador alemão Gottfried 
Achenwall, que realizou amplos estudos sobre a disciplina. Alguns anos antes, Blaise Pascal e 
Pierre de Fermet, dois grandes matemáticos do século XVII, também estudaram a 
ESTATÍSTICA com desenvolvimento de cálculos de probabilidade, relacionados 
especialmente com os populares jogos de azar da aristocracia francesa. Carl Friedrich Gauss, 
matemático e físico alemão, também revolucionou esta área ao criar métodos e teorias usados 
até hoje por estatísticos. 
Especializações: 
Bioestatística – Estuda métodos para organizar e interpretar dados de pesquisas científicas nas 
áreas de ciências biológicas e da saúde. 
Estatística Computacional e para Internet – Elabora softwares de coleta e análises de dados 
digitais e programas de estudos estatísticos. Cria e gerencia programas de busca e montar 
bancos de dados digitais. 
Estatística Industrial – Analisa amostras de dados coletadas em diversas fases da produção 
industrial com o objetivo de detectar eventuais erros, e escolher métodos para melhorar a 
qualidade de produtos. 
Estatística Inferencial – Estuda diferentes técnicas matemáticas para determinar a ocorrência 
de eventos, de possibilitando a previsão de fenômenos futuros. 
Pesquisa de estatística – Coleta e analisa as características de consumo ou escolha de um grupo 
de indivíduos em uma determinada região, levando em conta classe social, idade, entre outros 
aspectos. 
10 
 
Probabilidade – Estuda a ocorrência de resultados e eventos aleatórios inseridos em conjuntos 
(também chamados de espaço amostral). 
 
Áreas de atuação profissional 
Pesquisa em Universidades 
Docência em Universidades 
Bancos e instituições financeiras 
Consultoria estatística 
Indústrias: controle de orçamentos, produção e contabilidade 
Institutos e empresas de pesquisa de mercado 
Empresas de tecnologia e informática 
A Estatística hoje 
Durante o século XX, a criação de instrumentos precisos para a agronomia, saúde 
pública (epidemiologia, bioestatística, etc.), controle de qualidade industrial e propósitos 
económicos e sociais (taxa de desemprego, econometria, etc.) necessitavam de avanços 
substanciais nas práticas estatísticas. 
Hoje, a utilização da estatística se expandiu para muito além das suas origens. Indivíduos e 
organizações usam a estatística para compreender dados e tomar decisões bem-informadas nas 
ciências naturais e sociais, na medicina, nos negócios e em outras áreas. 
A estatística é geralmente tida não como um ramo da matemática, mas como uma área distinta, 
ainda que intimamente relacionada. Muitas universidades mantém departamentos separados de 
matemática e estatística. 
Verifica-se que o dia a dia é rodeado por uma quantidade de informações e isso evidencia o 
quanto a estatística é útil e importante para tomar decisões. Não há como evitar o uso das 
palavras, assim como escapar dos dados, palavras e dados não se interpretam a si mesmos, mas 
devem ser lidos com entendimento. Pois assim como uma palavra pode dispor um argumento 
convincente ou frase sem sentido, os dados também podem ser convincentes, enganosos ou não 
significar nada. (BECKER, 2015). 
Após ter todos os dados, procura-se agrupá-los e depois reduzi-los, em forma de amostra 
deixando de lado a incerteza presente, a estatística tem como objetivo estimar uma quantidade 
ou testar uma hipótese, por meio de técnicas estatísticas convenientes. Desta formadestacam 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agronomia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde_p%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde_p%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Epidemiologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bioestat%C3%ADstica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Controle_de_qualidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desemprego
https://pt.wikipedia.org/wiki/Econometria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Departamento_acad%C3%AAmico&action=edit&redlink=1
11 
 
toda a característica da estatística, de modo que irá permitir tirar conclusões próxima de uma 
população. Sendo construída a base de uma pequena amostra, além de evidenciar uma avaliação 
do erro cometido. A amostra é a junção de métodos indispensável, para assim coletar 
corretamente amostras representativas e capazes para que os efeitos alcançados consigam ser 
difundidos para a população de interesse. (REIS, 2008). 
 
Para compreender os métodos é necessário conhecer alguns conceitos utilizados na área para a 
interpretação dos resultados. Segundo Webster (2006) dentro das análises encontram-se os 
seguintes conceitos: 
 População: conjunto de todos os itens ou elementos; 
 Parâmetro: característica de todos os itens ou elementos; 
 Amostra: uma parte da população que será analisada; 
 Variável: característica da população que será analisada; 
 Dado: valor coletado no estudo; 
 Estimador: característica numérica estabelecida na amostra; 
 Observação: descrição; 
Para Santos et al. (2016) através dos conceitos pode-se notar que ambos se inter-relacionam, 
mas é necessário entender as diferenças entre eles. Como por exemplo, ao analisar em uma 
cidade quantas pessoas trabalham em uma determinada empresa, como população têm-se as 
pessoas, como parâmetro são homens e mulheres, a amostra seria uma parcela do total da 
população para analisar, como variável os funcionários e dados seria quantas pessoas foram 
analisadas. 
 
A Estatística ocupa-se fundamentalmente das propriedades das populações cujas características 
são passíveis de representação numérica como resultado de medições e contagens. Essas 
características da população são comumente chamadas de VARIÁVEIS. 
As características ou variáveis podem ser divididas em dois tipos: qualitativas e quantitativas. 
12 
 
Variáveis qualitativas - quando o resultado da observação é apresentado na forma de qualidade 
ou atributo. Dividem-se em: 
Variáveis nominais: quando podem ser separadas por categorias chamadas de não 
mensuráveis. Exemplo: a cor dos olhos, tipo de acomodação, marcas de carro, sexo etc. 
Variáveis ordinais: quando os números podem agir como categorias ou ordenações. Como 
sugere o nome, elas envolvem variáveis que representam algum elemento de ordem. Uma 
classificação em anos pode ser um exemplo clássico. A classificação deste tipo de variáveis 
geralmente causa confusão. Exemplo: Grau de satisfação da população brasileira com relação 
ao trabalho de seu presidente (valores de 0 a 5, com 0 indicando totalmente insatisfeito e 5 
totalmente satisfeito). 
Variáveis quantitativas - quando o resultado da observação é um número, decorrente de um 
processo de mensuração ou contagem. Dividem-se em: 
Variáveis contínuas: são aquelas que podem assumir qualquer valor num certo intervalo 
(contínuo) da reta real. Não é possível enumerar todos os possíveis valores. Essas variáveis, 
geralmente, provêm de medições. Exemplo: A altura dos alunos é uma variável contínua, pois 
teoricamente, um aluno poderá possuir altura igual a 1,80m, 1,81m, 1,811m, 1,812m . . . 
(medições: peso, estatura, etc.) 
Variáveis discretas: são aquelas que podem assumir apenas valores inteiros em pontos da reta 
real. É possível enumerar todos os possíveis valores da variável. Exemplo: Número de alunos 
de uma escola, número de mensagens em uma secretária eletrônica etc. 
As variáveis podem ser resumidas da seguinte maneira: 
Quantitativas: 
Continua – peso, altura, idade 
Discreta – número de filhos, número de carros 
Qualitativas: 
Normal – sexo, cor dos olhos 
Ordinal – classe social, grau de instrução 
 
13 
 
A Estatística no Agronegócio 
As estatísticas agrícolas proporcionam melhor apreciação e avaliação da situação da agricultura 
na economia pelos agentes envolvidos. Reúnem informações que subsidiam a formulação de 
políticas públicas, bem como auxiliam no planejamento e na tomada de decisões pelas 
instituições governamentais; fornecem dados básicos para a pesquisa científica e para a 
extensão rural, em especial no campo socioeconômico e informações a entidades privadas e aos 
agricultores para auxiliá-los no planejamento de suas atividades. 
A estatística apresenta diversas funções na agricultura assim como a venda de insumos, 
cálculos como o espaçamento, profundidade, manutenção de máquinas, administração de 
propriedades rurais, consultoria e venda de plantas. 
As informações são algo de extrema importância para as empresas, e saber coletar e analisar a 
maior variedade de dados estatisticamente se torna um diferencial para obter uma gestão de 
sucesso. Na qual a utilização da ferramenta estatística é capaz de produzir um método de gestão, 
pois funciona como uma base sólida em relação na tomada de decisões e nas conclusões 
apresentadas. Dentro de uma empresa é possível utilizar o método de distribuição de frequência 
para que desta maneira analise cada recurso de acordo com a quantidade e classe. (SANTOS et 
al., 2016). 
Segundo Ignácio (2010, p.185): 
 Na administração, os métodos estatísticos podem ser 
empregados para o planejamento e controle da produção, 
visando à implantação de técnicas administrativas eficientes 
que garantam menores custos e maiores lucros, na 
estimação de receitas, previsão de estoques e demandas e, 
principalmente, conhecimento do mercado e do seu cliente. 
 
Vantagens da estatística aplicada no seu negócio 
A área de produção lida com métodos utilizados para verificação de dados relacionados aos 
produtos ou aos processos ou aos funcionários. É nesta área que há a necessidade de 
monitoramento, como por exemplo, no controle de qualidade dos produtos. Existem gráficos 
que demonstram a cada processo o avanço e as falhas de cada produto, permitindo parar a 
produção e fazer a manutenção, ou mesmo descobrir novas maneiras de realizar cada tarefa 
(VOTTO & FERNANDES, 2014; GREJO et al, 2015). 
14 
 
Como podemos observar, para qualquer profissional do ramo empresarial, hoje o raciocínio 
estatístico é tão importante quanto as habilidades de gestão. Tendo em vista a evolução da forma 
de comunicação e do fluxo de dados disponíveis, é preciso saber interpretar e filtrar as 
informações e essas novas necessidades podem contar com as vantagens proporcionadas pela 
aplicação da estatística para: 
-Identificar as situações críticas por meio de análise do clima organizacional; 
-Usar os dados armazenados sobre a empresa para analisar o que está acontecendo nos negócios 
e assim melhorar a qualidade das decisões a serem tomadas; 
-Entender o comportamento das vendas de serviços e produtos; 
-Identificar as causas dos defeitos ou os fatores que resultam na qualidade inferior; 
-Entender o comportamento dos clientes em relação aos produtos/serviços da empresa. 
 
 
“A experiência não permite 
nunca atingir a certeza absoluta. 
Não devemos procurar obter 
mais que uma probabilidade. ” 
Bertrand Russel 
 
 
 
Breve histórico da Estatística no Brasil 
 
De acordo com Júnior (2015), a história da estatística no Brasil remonta ao período colonial, 
quando ocorreram pesquisas com o objetivo de realizar levantamentos estatísticos 
populacionais, como forma de conhecer a população adulta livre para ser utilizada em defesa 
do território, com fins militares e, ainda, para identificar aqueles que pagariam impostos 
destinados às despesas de Portugal, no início do século XIX. Apósa segunda metade do século 
XIX esses levantamentos passaram a ter finalidade de quantificar a população apta para eleição. 
15 
 
Gonçalves (1995) afirma que nos anos iniciais do Brasil Colônia se pode encontrar o começo 
de levantamentos estatísticos. Os primeiros dados registrados datam do ano de 1585, feitos pelo 
Padre José de Anchieta ao registrar os habitantes de algumas capitanias e em algumas outras o 
número de habitações. Essas contagens se realizavam por autoridades eclesiásticas, nas 
localidades onde atuavam, obedecendo ordens de Portugal, elaborando listas de frequentadores 
das paróquias ou de católicos que comungavam, sendo que estas listas não incluíam as crianças. 
Segundo Gonçalves (1995), nos séculos XVII e XVIII, os registros que aconteciam 
anteriormente continuaram ocorrendo. 
Contudo, no início do século XIX, com o surgimento do positivismo pelo filósofo francês 
Auguste Comte (1798-1857), apareceram ações mais específicas na construção do saber 
estatístico e de um sistema de registro estatístico no Brasil, uma vez que o positivismo defendia 
a ideia da cientificidade dos registros e dados numéricos, considerando o quantitativo um 
subsídio definidor da certeza do conhecimento científico. Porém, essa mudança de concepção 
não foi imediata e nem de fácil aceitação, sendo construída lentamente e com ações armadas do 
povo como forma de repúdio aos registros. 
De acordo D’Ambrósio (2008), no ano de 1839 a Academia Real Militar da corte Portuguesa 
se transformou em Escola Militar da Corte e, posteriormente, no ano de 1858, passou a ser 
chamada de Escola Central; em 1875 de Escola Politécnica e em 1896, Escola Politécnica do 
Rio de Janeiro, instituições estas onde se ensinavam as pesquisadas matemáticas. Mas foi com 
a Escola Central que surgiu a cadeira de Economia Política, Estatística e Direito Administrativo, 
tendo como primeiro catedrático José Maria da Silva Paranhos, o Visconde do Rio Branco. A 
cadeira de Economia Política, Estatística e Direito Administrativo da Escola Central está na 
origem do ensino da Estatística no Brasil, mesmo que a Estatística ali ensinada se preocupasse 
mais com a descrição dos característicos quantitativos referentes ao Estado. 
Segundo Poubel (2010), ainda no ano de 1854 criou-se a Sociedade Estatística do Brasil com o 
propósito de coletar, sistematizar e publicar os fatos que constituiriam a estatística geral do 
Império; estabelecer filiais na Província, bem como promover nelas o ensino da economia 
política e da estatística; e publicar trimestralmente uma revista. 
Contudo, alguns anos após a criação da Sociedade Estatística, não houve resultados 
consideráveis, possivelmente pela falta de estrutura para o efetivo funcionamento além da 
escassez de uma comunidade científica que soubesse fazer a estatística. 
16 
 
Todavia, com a instauração da República no ano de 1889, muito se manteve das características 
imperiais, sendo que somente a partir de 1930, com a então Nova República, advinda da 
revolução liderada por Getúlio Vargas, que instaurou o Estado Novo, é que se criou a Faculdade 
de Filosofia, Ciências e Letras - FFCL da Universidade de São Paulo – USP, em 1934, e a 
criação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, em 1937. Entretanto, a 
Estatística praticada e ensinada no período compreendido no século XX, cabe ressaltar dois 
fatores: o primeiro é que a Estatística brasileira apresentava apenas uma vertente dominante, 
dos cômputos; o segundo é que a Estatística não penetrou nas instituições brasileiras de ensino 
como uma disciplina autônoma propriamente dita, mas sim como uma disciplina de ofício 
(GONÇALVES, 1995). 
Não obstante, diante de um cenário pouco favorável ao desenvolvimento da Estatística e de seu 
ensino, começou-se a passar por mudanças sendo inicialmente, 24 ministrado o primeiro curso 
de Estatística como disciplina autônoma no Brasil, sendo ministrado pelo IE – Instituto de 
Educação, no Rio de Janeiro. 
No ano de 1934 a IE é incorporado à FFCL, ganhando a cadeira de Estatística Educacional 
(LOPES, 1988 apud GONÇALVES, 1995). Junior (2015) informa que referente ao ensino de 
Estatística no Brasil, apenas no ano de 1953 houve início desta como disciplina sendo a primeira 
a Escola Nacional de Ciência e Estatística (ENCE), criada pelo IBGE e outras, a Escola de 
Estatística da Bahia, fundada e mantida pela Fundação Visconde de Cairú. 
No ano de 1970, a Universidade Estadual de Campinas, o Instituto de Matemática Pura e 
Aplicada (IMPA) do Rio de Janeiro e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 
iniciaram a formação de grupos de pesquisadores em probabilidades, sendo, assim, importantes 
impulsionadores para a criação de novos cursos e iniciativas no ensino da estatística no País. 
Santos (2018) esclarece que a Escola Brasileira de Estatística, criada em 1953, oferecia dois 
cursos de nível superior, conferindo o título de bacharel em Ciências Estatísticas e outro, de 
nível intermediário, formando técnicos servidores do sistema estatístico nacional. 
Tais fatos representam um marco histórico no ensino de Estatística no Brasil, sendo considerada 
a primeira instituição do Brasil e da América Latina a preparar estatísticos de nível 
universitário. Sendo assim, a Estatística, antes proposto apenas ao papel de mera disciplina de 
ofício na formação de usuários em outros cursos, agora teria seu próprio curso universitário. 
Júnior (2015) explica que no ano de 1970 a Universidade Estadual de Campinas, juntamente 
com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) do Rio de Janeiro e a Universidade 
17 
 
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) iniciaram a formação de grupos de pesquisadores em 
probabilidades, que puderam, então, impulsionar a criação de novos cursos e iniciativas no 
ensino da estatística. 
Entretanto, na década de 1960, quando o Brasil passava por um delicado momento político, 
pelo governo militar instituído pelo golpe de 1964, ocorria a criação de cursos de formação em 
estatísticos, à nível de bacharel, como o da Escola Superior de Estatística da Bahia, no ano de 
1966; o da Universidade Federal da Bahia, em 1969 e o da Universidade Estadual de Campinas, 
de 1969. 
Já em 1971 surgiu, ainda, em São Paulo, um curso de Bacharelado em Estatística em uma escola 
privada, a Faculdade de Administração e Estatística Paes de Barros. A Universidade do Estado 
do Rio de Janeiro – UERJ, criada em 1950, inicialmente denominada Universidade do 25 
Distrito Federal – UDF, teve seu curso de bacharelado em Estatística criado em 1974. 
Vários outros cursos de bacharelado em Estatística foram criados, quase sempre a partir de 
desmembramentos dos Departamentos de Matemática, e o ensino de Estatística se popularizou 
nas Universidades brasileiras. Contudo, apesar do crescimento da Estatística à nível superior, o 
ensino desta disciplina no nível básico encontrou algumas resistências no Brasil até meados da 
década de 1990 (SANTOS, 2018). 
Todavia, com o passar dos anos, o ensino da Estatística foi aos poucos sendo difundido nas 
instituições de ensino do Brasil. De acordo com o MEC (2019, apud CONRE, 2020), existem 
um total de 52 Universidades em todo o país com cursos de graduação e pós-graduação em 
Estatística, sendo 16 de bacharelado; 10 de bacharelado e mestrado; 9 de bacharelado, mestrado 
e doutorado; 6 de mestrado e doutorado; 11 de mestrado. 
Atualmente, o ensino da disciplina está em quase todos os cursos das Universidades Brasileiras, 
principalmente devido a sua obrigatoriedade na maioria das grades curriculares de ensino 
superior, independente da área de formação (JÚNIOR, 2015). 
No ano de 1997 se estabeleceram os PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais, momento no 
qual o ensino da estatística no contexto escolar vem ao encontro de uma sociedade que, em 
muitos casos, se comunica através de gráficos, tabelas e estatísticas descritivas, utilizam-se deestatísticas do trânsito, estatísticas da saúde, estatísticas do jogo de futebol, etc. 
18 
 
Dessa forma, para que o cidadão possa assimilar e entender todas essas informações, é de suma 
importância que a Estatística, bem como alguns conceitos, sejam trabalhados desde a escola 
(BAYER et al, 2009). 
Considerando o exposto, com o estudo do contexto histórico da Estatística no Brasil pode-se 
entender que esta busca o seu valor no campo da contemporaneidade, bem como o seu 
desdobramento na educação brasileira, de forma interdisciplinar, interligando conhecimentos 
para a investigação/análise de problemas como forma de aprimoramento das condições da vida 
humana. 
Como vimos o mundo dos negócios é dinâmico e complexo, já que muitas áreas do 
conhecimento são necessárias para manter tudo organizado e coeso. E como foi possível notar, 
algumas ciências antigas, como a estatística aplicada, continuam exercendo um importante 
papel nas relações e nos negócios mais avançados e tecnológicos. 
 
2.2 Mercado e Negócios Cooperativos 
Antes de iniciar a dissertação sobre mercado s negócios cooperativos, vamos relembrar um 
pouco sobre os cooperativos. 
- Cooperativismo 
O cooperativismo é uma filosofia de vida que busca transformar o mundo em um lugar mais 
justo, feliz, equilibrado e com melhores oportunidades para todos. Um caminho que mostra 
que é possível unir desenvolvimento econômico e social, produtividade e sustentabilidade, o 
individual e o coletivo. 
Tudo começa quando pessoas se juntam em torno de um mesmo objetivo, em uma 
organização onde todos são donos do próprio negócio. E continua com um ciclo que traz 
ganhos para as pessoas, para o país e para o planeta. 
 
A ideia de cooperativismo é mais antiga do que você imagina! Na Babilônia, já existia a prática 
de arrendar terra para uso de grupos de pessoas. Os alimentos ali plantados, eram divididos por 
todos. 
Mas a primeira cooperativa, no modo que conhecemos hoje, foi criada durante a Revolução 
Industrial, em 1844, na cidade de Rochdale-Manchester, no interior da Inglaterra. 
https://geracaocooperacao.com.br/10-mitos-e-verdades-sobre-o-cooperativismo/
19 
 
Durante essa transição que estava ocorrendo na Europa, muitas pessoas que trabalhavam 
artesanalmente passaram a ser substituídas por máquinas. 
Nessa situação, os operários eram explorados e trabalhavam em condições degradantes. Até 
que alguns começaram a se revoltar contra aquele sistema. Assim, um grupo de 28 tecelões (27 
homens e uma mulher) se reuniram e formaram a primeira cooperativa do mundo. 
O grupo se uniu para montar seu próprio armazém. Eles compravam alimentos em grande 
quantidade, conseguindo preços melhores pelos produtos, e dividiam igualmente entre todos os 
cooperados. Após doze anos, a cooperativa ainda existia, e chegou a somar 3.450 integrantes! 
Primeira cooperativa no Brasil 
No Brasil, o movimento cooperativista se iniciou oficialmente com o ramo agropecuário, 
Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto, em Minas Gerais, em 1889. 
Já no Rio Grande do Sul, foi criada a primeira cooperativa, em 1902. 
 
O Padre suíço Theodor Amstad fundou a cooperativa Sicredi Pioneira, na cidade de Nova 
Petrópolis. Na época, a cooperativa foi criada porque o município não contava com nenhum 
banco. Essa é a primeira cooperativa de crédito do Brasil e existe até hoje. 
Para que o cooperativismo fosse difundido e se tornasse reconhecido, em 1969, criou-se a 
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), entidade que representa este modelo de 
trabalho no país. 
 
No ano de 1998 surgiu o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), 
com o objetivo de estimular o ensino e formação profissional dos trabalhadores associados em 
cooperativas. 
Em 2005 foi criada a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), para representar 
sindicalmente os cooperados. 
 
No cooperativismo, a criação de valor tem duas 
facetas importantes: 
Primeiro, os cooperados, são prioritários, uma vez 
que adquirem cotas-parte para constituir ou se 
associar a uma cooperativa. Ao mesmo tempo, são 
clientes na medida em que se beneficiam dos 
produtos e serviços da cooperativa. Exemplos de 
valores monetários repassados aos cooperados são 
https://sicredipioneira.com.br/
https://www.ocb.org.br/
http://www.sescooprs.coop.br/
https://www.ocb.org.br/cncoop
20 
 
as sobras, ganhos de escala e a assistência técnica. 
Exemplos de valores intrínsecos repassados aos 
cooperados são a confiabilidade, a possibilidade de 
socialização, a sensação de pertencer ao grupo, bem 
com os valores cooperativistas propriamente ditos. 
Segundo, o cooperativismo oferece produtos e 
serviços para o mercado. Assim como outras 
empresas, as cooperativas devem criar valores para 
seus clientes (consumidores) para assegurar a sua 
sobrevivência. Esses valores também se relacionam 
a valores econômicos (preço de desconto, preço 
Premium, por exemplo), bem como as qualidades 
intrínsecas dos produtos (confiabilidade, tradição, 
imagem cooperativista, entre outros). Da filosofia 
cooperativista depreende-se que a busca das 
cooperativas em oferecer mais valores para o 
mercado, por sua vez, sejam eles monetários ou 
intrínsecos, tem o propósito de gerar mais valor para 
os cooperados. (Sescoop, 2010, p. 74) 
 
 
 
Conceito Cooperativismo 
 
O cooperativismo pode ser definido como a colaboração entre pessoas com interesses em 
comum. Quando elas se juntam, conseguem vantagens que dificilmente conquistariam 
sozinhas. 
 
Cooperativismo é um movimento econômico e social, entre pessoas, em que a cooperação se 
baseia na participação dos associados, nas atividades econômicas (agropecuárias, industriais, 
comércios ou prestação de serviços) com vistas a atingir o bem comum. 
 
Princípios do Cooperativismo 
 
1 – Adesão voluntária e livre 
https://blog.cresol.com.br/importancia-do-cooperativismo-para-geracao-de-empregos/
21 
 
 
As cooperativas são abertas para todas as pessoas que queiram participar, estejam alinhadas ao 
seu objetivo econômico, e dispostas a assumir suas responsabilidades como membro. Não 
existe qualquer discriminação por sexo, raça, classe, crença ou ideologia. 
2 – Gestão democrática 
 
As cooperativas são organizações democráticas controladas por todos os seus membros, que 
participam ativamente na formulação de suas políticas e na tomada de decisões. E os 
representantes oficiais são eleitos por todo o grupo. 
 
3 – Participação econômica dos membros 
 
Em uma cooperativa, os membros contribuem equitativamente para o capital da organização. 
Parte do montante é, normalmente, propriedade comum da cooperativa e os membros recebem 
remuneração limitada ao capital integralizado, quando há. Os excedentes da cooperativa podem 
ser destinados às seguintes finalidades: benefícios aos membros, apoio a outras atividades 
aprovadas pelos cooperados ou para o desenvolvimento da própria cooperativa. Tudo sempre 
decidido democraticamente. 
 
4 – Autonomia e independência 
 
As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas por seus membros, 
e nada deve mudar isso. Se uma cooperativa firmar acordos com outras organizações, públicas 
ou privadas, deve fazer em condições de assegurar o controle democrático pelos membros e a 
sua autonomia. 
 
5 – Educação, formação E informação 
 
Ser cooperativista é se comprometer com o futuro dos cooperados, do movimento e das 
comunidades. As cooperativas promovem a educação e a formação para que seus membros e 
trabalhadores possam contribuir para o desenvolvimento dos negócios e, consequentemente, 
dos lugares onde estão presentes. Além disso, oferece informações para o público em geral, 
especialmente jovens, sobre a natureza e vantagens do cooperativismo. 
22 
 
 
6 – Intercooperação 
 
Cooperativismo é trabalhar em conjunto. É assim, atuando juntas, que as cooperativas dão maisforça ao movimento e servem de forma mais eficaz aos cooperados. Sejam unidas em estruturas 
locais, regionais, nacionais ou até mesmo internacionais, o objetivo é sempre se juntar em torno 
de um bem comum. 
 
7 – Interesse pela comunidade 
 
Contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades é algo natural ao 
cooperativismo. As cooperativas fazem isso por meio de políticas aprovadas pelos membros. 
 
Segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), as cooperativas são sociedades de 
pessoas (de no mínimo vinte pessoas) que se unem pelo princípio da cooperação e da ajuda 
mútua. Entidade administrada de forma democrática, participativa e horizontal, em que os 
associados têm acesso aos resultados e têm o mesmo peso nas decisões coletivas importantes. 
Tem objetivos econômicos e sociais comuns, que são realizados por meio de capitalização, 
baseada em autofinanciamento, em geral. As cooperativas têm conceitos e premissas 
doutrinárias e aspectos legais que as distingue das demais sociedades 
 
 
Agora que já relembramos rapidamente sobre o cooperativismo, vamos conhecer um pouco 
mais sobre Mercados e Negócios Cooperativos. 
 
Quando falamos em Mercados Negócios Cooperativos, já pensamos em investimentos e 
escolhas. Em nossas vidas não é diferente, no nosso dia-a-dia temos que fazer escolhas e 
comparações, isso tudo devido a nossa limitação de renda. 
 
Quando nós elaboramos nosso orçamento pessoal ou familiar, devemos relacionar e somar 
todas nossas fontes de renda, bem como despesas fixas, calculando-se o saldo de nossas 
disponibilidades mensais. Se houver essas disponibilidades, poderemos fazer escolhas e 
considerar opções para uso. Pode-se adquirir bens de consumo ou resolver poupar e investir 
23 
 
esses numerários, pensando em garantir resultados futuros como a aposentadoria ou aquisição 
futura de um bem de maior valor. 
 
As empresas também fazem escolhas dentro de seu mercado. Podem investir os seus recursos 
humanos, materiais e tecnológicos na produção de determinado bem, cuja procura entende-se 
como grande e/ou crescente. Sendo assim, a empresa tende a satisfazer, de forma lucrativa, a 
maior parcela possível de consumidores. Porém, na grande maioria das vezes, uma escolha 
obrigará o abandono de outras possibilidades de produção e comercialização de diversos 
produtos e serviços. 
 
Segundo Passos e Nogami (2005), os bens produzidos em um sistema econômico podem ser 
classificados, primeiramente, como bens econômicos e bens livres. 
Os bens livres estão disponíveis no ambiente e são consumidos por todos, sem necessidade de 
transações econômicas para o acesso natural. Cita-se a água da chuva, o ar que respiramos para 
sobreviver, o Sol que nos aquece e ilumina. Esses bens podem ser utilizados para a produção 
de outros bens, como energia solar, irrigação agrícola ou energia eólica, porém a sua utilização 
na origem não requer pagamento. 
 
Os bens econômicos são os mais importantes e carentes de estudos num sistema econômico, 
pois, para a sua utilização, precisam ser identificados, pelos produtores, como uma necessidade 
do mercado, produzidos e disponibilizados, sendo oferecidos mediante uma remuneração pelos 
seus custos de produção e manutenção. A primeira camada dos bens econômicos se divide em 
bens intangíveis, aqueles que não têm materialidade, como os serviços e conhecimentos, e bens 
tangíveis, que são materiais e concretos. Incluem-se nessa categoria os bens de consumo e 
intermediários. 
 
Quando se trata de produtos comuns, disponíveis no comércio, se está abordando os bens de 
consumo que são produzidos de forma industrial ou artesanal e, normalmente, em massa, para 
atender às demandas do mercado de consumidores. Podem ser subdivididos em bens duráveis 
e não duráveis. Os duráveis não têm um consumo imediato, permanecendo em uso por um 
tempo maior pelo consumidor e sua família, de acordo com a continuidade de sua 
funcionalidade e durabilidade. Exemplos de bens duráveis: refrigeradores, televisores, 
notebooks e veículos. 
 
24 
 
Já os não duráveis têm utilidade de consumo imediato e a curtos prazos. São bens que são 
absorvidos e desmaterializados pelo seu consumo. Sua utilização causa a sua destruição e 
desaparecimento, com o passar do tempo, devido a sua ingestão ou ao desgaste pelo uso, 
exigindo a sua substituição para novo consumo. Exemplos de bens não duráveis são: alimentos, 
bebidas, roupas e serviços em geral. 
 
As sociedades foram evoluindo ao mesmo tempo que os níveis de troca de bens e serviços foram 
crescendo. No início, essas sociedades tinham mais autonomia, cercadas por um alto nível de 
escassez, devido à falta de produtos e serviços necessários que não eram buscados em outras 
sociedades para estabelecimento da troca. Esse isolamento era, algumas vezes, cultural, e 
impeditivo social ou geograficamente. 
O desenvolvimento das sociedades exigiu uma aproximação de outros grupos sociais, que 
tinham sobras e carências complementares, possibilitando um sistema de trocas intenso e 
simbiótico entre as diversas sociedades. 
 
Com essa nova perspectiva, acentuou-se o desenvolvimento de especializações produtivas, 
levando-se em conta as condições naturais, técnicas e de recursos humanos existentes em cada 
sociedade. A geração de excedentes permitia e realização de permutas desses bens por outros, 
cuja produtividade era muito menos que em outras sociedades. Essas trocas com vantagens 
competitivas possibilitavam o aumento do acesso a mais bens e serviços pelos residentes de 
uma sociedade, aumentando o nível de satisfação de necessidades e bem-estar entre os membros 
da população. 
 
Como exemplo, pode-se citar a era econômica brasileira, cuja especialização era a produção da 
monocultura do café. O café ocupava grande parte das terras brasileiras, sendo produzido em 
grande escala, com uma alta produtividade, devido à extensão de terras, mão de obra de baixo 
custo e terras altamente produtivas. Essas vantagens propiciavam um produto com qualidade, 
quantidade e preço melhores que a maioria dos países produtores. A comercialização do café 
brasileiro gerava uma grande receita com divisas estrangeiras, permitindo que os residentes 
importassem diversos produtos industrializados, como roupas, equipamentos e outros bens de 
consumo. 
 
Segundo Sandroni (1996), a ciência econômica se preocupa com o estudo da atividade 
produtiva no ambiente econômico. A palavra tem origem no grego oikosnomos, oiko de casa e 
25 
 
nomos de lei, a partir do qual pode se deduzir que se trata da propriedade particular de pessoas, 
famílias ou países. A gestão da propriedade particular busca administrar de forma eficiente e 
eficaz os recursos humanos, materiais e tecnológicos, visando produzir bens e serviços para 
satisfazer as necessidades de uma população. 
 
As cooperativas agropecuárias desempenham importante papel econômico e social, 
principalmente pelo fato de representarem, em muitas regiões, uma das poucas possibilidades 
de agregação de valor à produção rural, bem como da inserção de pequenos e médios produtores 
em mercados concentrados. De acordo com Pattison (2000), cerca de um terço da produção 
mundial de alimentos é governada pelas cooperativas. 
 
De acordo com Sexton (1986), os benefícios das sociedades cooperativas estão associados à 
integração vertical que promove redução dos custos, por meio de melhor poder de barganha na 
aquisição dos insumos, às economias de escala, à melhoria da posição de barganha no mercado, 
em especial quando se trata de produtos perecíveis, aos ganhos de eficiência advindos da 
capacidade coordenadora das cooperativas e à redução dos riscos em ações conjuntas, comuns 
a esse tipo de empreendimento. 
 
Do ponto de vista do bem-estar social, Sexton (1990), ao utilizar o modelo estrutura-conduta-
desempenho, demonstrou também que as cooperativas agrícolas podem atenuaros efeitos 
adversos de uma estrutura de mercado concentrada. Mais tarde, este autor e colaboradores, ao 
adotarem como referencial a Teoria dos Mercados Contestáveis, mostraram que, à medida que 
uma cooperativa entra num mercado específico, ela é capaz de modificar o comportamento das 
firmas já existentes, fazendo com que estas passem a operar sob condições mais próximas à 
competição perfeita. 
 
Para Oliveira (2015), um modelo de gestão se apresenta como um processo estruturado, com 
potencial de ser aplicado na realidade e servir de base para o planejamento e desenvolvimento 
de uma organização. Para a estruturação de uma cooperativa, ele apresenta o seu modelo de 
gestão de cooperativas, composto por sete componentes, conforme consta no próximo 
diagrama, visando a um direcionamento, desenvolvimento e monitoramento de resultados das 
cooperativas, resultados esses que abrangem os já comentados objetivos básicos das operações, 
ou seja, os objetivos de desempenho em: 
• qualidade; 
26 
 
• confiabilidade; 
• flexibilidade; 
• custo; 
• rapidez 
 
O Cooperativismo no mercado Brasileiro 
 
 
Um dos modelos de negócio que vem aumentando a sua participação na economia brasileira, 
mesmo em ano de crise, é o Cooperativismo. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae e o 
Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade, o Brasil teve um aumento de 23% para 34,5% 
na taxa de investimento na área em apenas dez anos. 
Esses números mostram como empreender em Cooperativas está em alta. 
 
O cooperativismo nasceu com a proposta de um novo modelo econômico para a nossa 
sociedade, em que o objetivo principal não é o lucro desenfreado, mas sim proporcionar uma 
maior inclusão financeira, com valores democráticos, de igualdade, solidariedade, 
responsabilidade e ajuda mútua. Nessas empresas, o fator humano e qualidade do produto são 
otimizados. 
 
Assim, uma cooperativa é uma associação coletiva, em que voluntários se unem para suprir 
necessidades em comum, sejam elas econômicas, sociais ou culturais, tudo em uma gestão 
democrática. Elas podem ser fechadas para pessoas da mesma profissão, por exemplo, ou 
abertas, podendo receber qualquer pessoa como cooperado. 
 
No Brasil, o crescimento dessas empresas é tanto que até mesmo leis foram estabelecidas para 
a sua regulamentação. Sendo elas a Lei nº 12.690, de 19 de julho de 2012, assim como a Lei nº 
5.764, de 16 de dezembro de 1971 e também o Código Civil brasileiro. 
 
O ramo agropecuário contempla as atividades de agricultura e pecuária. Na agricultura, 
desenvolve-se a tecnologia para o plantio, cultivo e desenvolvimento de produção dos alimentos 
para humanos e animais, bem como matérias-primas para as indústrias. Já na pecuária, são 
exploradas as atividades de produção de gado bovino, criação de ovinos, caprinos, bufalinos, 
suínos e aves como frangos, avestruzes, entre outras. As atividades de agricultura e pecuária 
27 
 
são integradas e podem ser realizadas no mesmo espaço produtivo. A agricultura produz 
alimentos para os animais, como feno, capim e matérias-primas para rações em geral, como o 
milho, a soja e outras forragens, muito boas para alimentação do gado, galináceos e outras 
criações animais. 
 
A agricultura inclui as atividades extrativistas para fins comerciais ou industriais, como a 
madeira, frutos e frutas. A agropecuária se encontra no setor primário da economia, em que se 
produz matérias e insumos para as demais atividades do setor secundário, que beneficiará e 
industrializará esses insumos, gerando produtos prontos para o consumo, porém com uma 
durabilidade e acesso melhor para os consumidores finais. Exemplos desses produtos podem 
ser o leite, manteiga, óleos vegetais, couro, pães, carnes e embutidos em geral. 
 
O setor agropecuário brasileiro ocupa uma posição de elevado destaque e relevância para a 
estratégia e economia brasileira. 
 
Um setor que não tem deixado a desejar em resultados nos últimos anos é o agronegócio. 
Representando 21% do produto interno bruto (PIB) brasileiro. Quase 40% dos empregos são 
gerados no setor agropecuário. No total, 13% da população ativa está empregada no 
agronegócio. Os profissionais vão de trabalhadores braçais a engenheiros agrônomos, passando 
por zootecnistas, geólogos, veterinários, administradores e muitos outros. 
 
O setor agropecuário brasileiro tem uma participação importante no mercado internacional. 
 
O que são as cooperativas agrícolas e qual a finalidade delas? 
 
 
Toda cooperativa consiste em uma sociedade, cujos participantes dividem igualmente os lucros 
e as responsabilidades, além de terem objetivos em comum. No caso da cooperativa 
agropecuária, diversos produtores rurais se juntam para, em grupo, serem capazes de atender 
mais facilmente ao mercado consumidor, negociar melhores condições para a compra de 
insumos e dar vazão mais facilmente à sua produção. 
 
Embora tenha o objetivo econômico, uma cooperativa tem a finalidade muito diferente da de 
uma empresa. Enquanto um negócio tradicional visa fortemente o lucro, a cooperativa 
28 
 
agropecuária tem como função aumentar a exposição do produtor rural e também de ajudar o 
grupo a se sair melhor no mercado. 
As cooperativas agropecuárias desempenham importante papel econômico e social, 
principalmente pelo fato de representarem, em muitas regiões, uma das poucas possibilidades 
de agregação de valor à produção rural, bem como da inserção de pequenos e médios produtores 
em mercados concentrados. De acordo com Pattison (2000), cerca de um terço da produção 
mundial de alimentos é governada pelas cooperativas. 
 
Como funcionam essas cooperativas? 
 
O funcionamento dessas cooperativas é bem simples: um número de produtores rurais com uma 
mesma atividade se organizam e unem suas produções para vendê-la ao mercado em grandes 
quantidades, bem como comprar insumos diretamente da indústria. Produtores de leite, por 
exemplo, se unem para vender toda a produção de leite de maneira agrupada, produtores de soja 
fazem o mesmo, e assim por diante. 
 
 
As decisões de uma cooperativa não são tomadas por uma única pessoa, mas, sim, de maneira 
democrática em assembleias. Além disso, o funcionamento dessas cooperativas é estabelecido 
pela lei n° 5.764/1971. 
 
Vantagens das cooperativas agrícolas 
 
 
A principal vantagem da existência das cooperativas agrícolas é o apoio à atuação dos 
trabalhadores rurais. Especialmente para os pequenos produtores, é bastante desafiador escoar 
a produção de maneira eficiente e competitiva. Com os pequenos produtores unindo-se em 
cooperativas, isso deixa de ser um problema, já que o escoamento em volume aumenta a 
atratividade dos produtos em relação à indústria e ao mercado internacional. 
É nesse fato, inclusive, que reside a importância das cooperativas agrícolas: o apoio ao pequeno 
produtor, de modo a permitir que eles também influenciem a economia de maneira direta e 
relevante. 
29 
 
A existência das cooperativas também é uma forma de suprir a demanda por alimentos e 
diminuir o impacto ambiental. Ao invés de um grande produtor ser responsável por um intenso 
volume de produção, vários pequenos produtores compõem a produção total. 
 
 
Desvantagens das cooperativas agrícolas 
 
 
A cobrança de taxas administrativas por serviços como armazenagem da produção e venda de 
insumos pode ser considerada uma desvantagem, mas, em verdade, essa é a forma pela qual a 
cooperativa se sustenta (e é uma prática comum parte dessas taxas serem revertidas em Cotas 
Capitais para os cooperados, aumentando assim sua participação nas divisões anuais de lucros). 
Levando isso em conta, as desvantagens de ser um cooperado podem ser consideradas nulas 
ou, no mínimo, insignificantes perto dos benefícios proporcionados. 
 
Cooperativas são o maior modelo de negócio do mundo 
 
Quando reunimos todo o movimento econômico das cooperativas do planetaelas formam a 
maior empresa do mundo. Somente as 300 maiores realizam mais de US$ 2 trilhões por ano. 
Reúnem mais de 1 bilhão de pessoas e oferecem um retrato significativo da importância da sua 
presença. 
 
Onde tem cooperativismo a qualidade e dignidade de vida é superior. Além de sempre 
observarmos que as sociedades e regiões mais ricas do mundo são exatamente aquelas onde o 
cooperativismo é desenvolvido. 
 
No setor do agronegócio, as cooperativas brasileiras representam 54% de toda a produção e 
reúnem mais de 1 milhão de produtores. E o fato se repete. Quando somamos o movimento 
econômico de todas elas, não existe empresa ou organização maior do que as cooperativas 
reunidas. 
 
Na agricultura familiar cooperativismo é sua fundamental consciência, e a juventude a sua nova 
liderança. E numa grande metrópole como São Paulo, o pequeno e médio empreendedor 
necessitam da mesma forma de boas organizações cooperativas, no comércio, serviços, 
30 
 
indústria, consumo, crédito, energia, reciclagem, saúde, educação, transporte, trabalho e 
agricultura urbana, da mesma forma. 
 
Cooperar é o mais vital valor da ética que realiza a prosperidade. Onde tem uma boa cooperativa 
todos progridem. Não apenas os cooperados, mas todos os demais empreendedores e a 
sociedade daquela cidade. 
 
O modelo cooperativo é o caminho essencial para a prosperidade do mundo, doravante. E a 
juventude, a sua nova e vital liderança. 
 
 
2.3 Ética, Cidadania e Sustentabilidade 
 
Cidadania 
 
Marshall (1967) afirma que a cidadania se efetiva em três esferas: civil, política e social. 
O elemento civil é formado pelos direitos essenciais para garantir a liberdade individual; 
referem-se à “liberdade de ir e vir, a liberdade de imprensa, pensamento e fé, o direito à 
propriedade e de concluir contratos válidos e o direito à justiça” (p. 63). 
 
 
Na obra Do contrato social, Rousseau (1997) afirma que a vontade soberana do povo não é 
passível de representação. Para Matos (2009), o conceito de cidadania é construído histórica e 
socialmente, marcado por orquestrações políticas e peculiaridades das épocas e dos saberes. 
 
A cidadania é o âmbito dinâmico de construção das lutas 
sociais por direitos, onde são os seres humanos os atores 
e atrizes que agem politicamente para efetivar suas 
demandas na forma da consolidação do direito (MATOS, 
2009, p. 2). 
 
 
Em seu sentido tradicional, a cidadania expressa um conjunto de direitos e de deveres que 
permite aos cidadãos e cidadãs o direito de participar da vida política e da vida pública, podendo 
31 
 
votar e serem votados, participando ativamente na elaboração das leis e do exercício de funções 
públicas, por exemplo. Hoje, no entanto, o significado da cidadania assume contornos mais 
amplos, que extrapolam o sentido de apenas atender às necessidades políticas e sociais, e 
assume como objetivo a busca por condições que garantam uma vida digna às pessoas. 
 
Entender a cidadania a partir da redução do ser humano às suas relações sociais e políticas não 
é coerente com a multidimensionalidade que nos caracteriza e com a complexidade das relações 
que cada um e todas as pessoas estabelecem com o mundo à sua volta. Deve-se buscar 
compreender a cidadania também sob outras perspectivas, por exemplo, considerando a 
importância que o desenvolvimento de condições físicas, psíquicas, cognitivas, ideológicas, 
científicas e culturais exerce na conquista de uma vida digna e saudável para todas as pessoas. 
 
A cidadania sofre, hoje, uma significativa metamorfose; na medida em que ela se desloca do 
território nacional para um vínculo mundial, deve-se observar como isso ocorre nas relações de 
proximidade por meio do diálogo entre culturas sobre mínimos comuns dos valores que lhe são 
caros, dando sentido à vida e aos seus demais aspectos. Esse reconhecimento deve ser feito, 
inicialmente, no plano moral, depois, no político, e por fim, no jurídico 
 
Ética 
 
Comecemos, pois, pela ética. No dia a dia, em sentido amplo, emprega-se ética como sinônimo 
de moral. Daí, nesse sentido, Marilena Chaui (1995, p. 340) ensinar que “ética e moral referem-
se ao conjunto de costumes tradicionais de uma sociedade e que, como tais, são considerados 
valores e obrigações para a conduta de seus membros”. É que a palavra portuguesa costume se 
diz, em grego, ethos, de onde vem ética, e, em latim, se diz mores, de onde vem moral. 
Ocorre, todavia, que, como continua ensinando Chaui, a palavra grega ethos é escrita de duas 
formas, porque há duas letras gregas que representam a nossa vogal e: uma vogal breve, 
chamada epsilon, e uma vogal longa, chamada eta. Ethos com a inicial eta, vogal longa, 
significa costume; com a inicial epsilon, vogal breve, significa caráter, índole 
natural, temperamento, ou seja, o conjunto de disposições físicas e psíquicas do indivíduo. 
 
Na filosofia, o campo que se ocupa da reflexão sobre a moralidade humana recebe a 
denominação de ética. Esses dois termos, ética e moral, têm significados próximos e, em geral, 
32 
 
referem-se ao conjunto de princípios ou padrões de conduta que regulam as relações dos seres 
humanos com o mundo em que vivem. 
 
Uma educação ancorada em tais princípios, de acordo com Puig (1998, p.15), deve converter-
se em um âmbito de reflexão individual e coletiva que permita elaborar racionalmente e 
autonomamente princípios gerais de valor, princípios que ajudem a defrontar-se criticamente 
com realidades como a violência, a tortura ou a guerra. De forma específica, para esse autor, a 
educação ética e moral deve ajudar na análise crítica da realidade cotidiana e das normas 
sociomorais vigentes, de modo que contribua para idealizar formas mais justas e adequadas de 
convivência. 
 
Compreende-se como ética um conjunto de valores que orientam a conduta humana e ajudam 
a construir uma suposição sobre a virtude moral e intelectual, assim sendo necessário seu 
aprendizado pela sociedade para que os seres humanos realizem ações éticas por força do 
hábito. Tais conjuntos de valores como justiça, prudência, sentimento de equidade, honra, 
amizade e amor percebidos e praticados, têm como finalidade de fazer com que os seres 
humanos alcancem um bem comum como a felicidade ou a excelência plena, tanto como num 
só indivíduo como num grupo. 
 
A ética sempre esteve ligada ao dia-a-dia dos seres humanos, na forma como nos relacionamos 
com a família, amigos, colegas e etc. 
 
Ela relaciona-se também às nossas emoções e aos nossos pensamentos no cotidiano. 
Ou seja, a ética é uma postura individual e social que envolve sentimentos, ações e horizontes 
teóricos. As nossas reações são ações práticas que integram o horizonte prático da ética 
conforme explica Aristóteles. 
 
“A perícia, a prudência e o comedimento nas ações constituem o caráter de um indivíduo” 
 
“A busca da suprema felicidade distingue os homens dos outros animais e das divindades, que 
não precisam conquistar nada, já que são divinas. ” 
 
33 
 
Para o filósofo, a amizade verdadeira pressupõe troca de experiências que envolvem tanto os 
sentimentos prazerosos quanto os dolorosos. É possível concluir que, para Aristóteles, a busca 
da felicidade pressupõe a construção de um caráter consolidado. 
 
 
Ética na sociedade 
 
A toda hora, os meios de comunicação anunciam que é preciso "mais ética" nas relações 
humanas, na política, na ciência, nas empresas, e em todos os âmbitos da vida. Mas o que 
significa "ética? " Ética deve ser entendida como reflexão, estudo, moral dos seres humanos 
cuja legitimação se baseia na sua racionalidade, já que é impossível uma vida social sem normas 
preestabelecidas para um convívio em harmonia. 
 
Através da discussão democrática de princípios da convivência humana, poderá ser estabelecida 
boas ou más condutas sociais e individuais, normas válidas para todos que vivem em sociedade 
a fim de alcançara harmonia e felicidade humana. 
 
A ética é parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a 
respeito dos fundamentos da vida moral. Essa reflexão pode seguir as mais variadas direções, 
dependendo da concepção de homem que se toma como ponto de partida. 
 
É necessário formamos uma comunidade ética, pois o homem, como qualquer outro ser, busca 
sua própria perfeição, como requisito da sua própria natureza. É verdade que os valores da ação 
humana estão inscritos na própria essência do homem (SEVERINO, 1997). 
 
 
A ética é importante para a boa estruturação de uma a sociedade, a sua falta pode provocar 
autodestruição de uma sociedade. Hoje, a comunicação em massa, principalmente à televisão, 
é responsável por um processo de degradação social com a transformação de vários valores 
ligados à vida, e ao modo como as pessoas se relacionarem. 
 
A televisão tornou-se mais influente na transmissão de conceitos éticos e formação das pessoas, 
principalmente das crianças, do que a escola ou mesmo a família. Interessante perceber como 
34 
 
tudo na televisão é banal, banaliza-se a vida, a violência, o sexo, casamento, provocando assim, 
uma inversão de valores, que é prejudicial ao indivíduo e à sociedade. 
 
Faz-se necessário, não uma censura, mas um maior controle, para que seja vinculada uma 
programação de qualidade na televisão, pois ela tem servido como um grande potencial de 
formador de opinião. 
 
Não é difícil perceber que os grandes apresentadores de programas em horários nobres, têm 
muito mais força política, social de influência, do que, os próprios políticos naturais eleitos, 
para não dizer os pais. 
 
A ética e a cidadania são importantes para a boa estruturação de uma a sociedade, a sua falta 
pode provocar autodestruição de uma sociedade, por isso, a necessidade de estudar o 
desenvolvimento da ética e da cidadania na sociedade brasileira, como uma das causas de 
formação de uma sociedade com baixo nível de princípios morais e normas preestabelecidas, 
para um convívio social em harmonia, e consequentemente uma sociedade infeliz e através 
disso, apontar a necessidade de formarmos uma comunidade ética cidadã, como princípio que 
está inscrita na própria essência do homem para uma boa estruturação da sociedade. 
 
Ética Empresarial Corporativa 
 
Existem inúmeros conceitos de responsabilidade social corporativa. Melo Neto & Froes (2001, 
p. 27) entendem a responsabilidade social corporativa como uma ação estratégica da empresa, 
visando o retorno econômico social, institucional e tributário-fiscal. Os autores incluem a 
preocupação com a cidadania no conceito: 
 
a responsabilidade social corporativa busca estimular o desenvolvimento do cidadão e fomentar 
a cidadania individual e coletiva. [...] As ações de responsabilidade social corporativa são 
extensivas a todos os que participam da vida em sociedade – indivíduos, governo, empresas, 
grupos sociais, movimentos sociais, igreja, partidos políticos e outras instituições. 
 
Para Ashley (2005) a responsabilidade social corporativa é a responsabilidade da empresa com 
a sociedade, o que engloba as diversas relações estabelecidas entre ambas as partes. 
 
35 
 
Já para o Instituto Ethos (2010): 
 
Responsabilidade social corporativa empresarial é a forma de gestão que se define pela relação 
ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo 
estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da 
sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a 
diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. 
 
Kreitlon (2004, p. 10) afirma que uma empresa socialmente responsável deve demonstrar três 
características básicas: 
 
reconhecer o impacto que causam suas atividades sobre a sociedade na qual está inserida; gerenciar os 
impactos econômicos, sociais e ambientais de suas operações, tanto a nível local como global; realizar 
esses propósitos através do diálogo permanente com suas partes interessadas, às vezes através de parcerias 
com outros grupos e organizações. 
 
 
Chegamos à conclusão que ética e cidadania qualificam relacionamentos, tanto das pessoas 
entre si quanto das pessoas com o Estado, traduzindo sempre, em síntese, direitos e deveres. 
 
A ética, quer como observância dos costumes e sinônimo de moral, quer como caráter 
individual, implica relacionamento responsável do indivíduo, primeiramente consigo mesmo, 
e depois, externamente no plano coletivo, com o semelhante, com as outras pessoas. 
 
Cidadania, quer como fundamento da República Federativa do Brasil, quer como expressão de 
gozo dos direitos políticos, implica sempre relacionamento responsável, direitos e obrigações. 
Não há cidadania sem ética: para que haja cidadania, é indispensável que haja ética. 
 
A verdadeira cidadania só é exercida com ética. Logo, não se exerce cidadania sem começar de 
si mesmo. O indivíduo, antes de responsabilizar este ou aquele por isto por aquilo, precisa 
questionar seu próprio agir, verificar como e em que proporção ele mesmo tem contribuído para 
o funcionamento das instituições e o bem comum. 
 
36 
 
Tudo começa na pessoa de cada um, no recôndito de sua mente e do seu coração, daí se 
irradiando para o exterior, no plano coletivo. No plano dos relacionamentos ninguém é uma 
ilha, mas cada indivíduo é único, com as suas idiossincrasias, direitos e responsabilidades. 
 
Conceito de sustentabilidade 
 
O conceito de sustentabilidade segue várias correntes de pensamento e varia de acordo com a 
área e com seus objetivos, o que lhe confere um significado amplo. Segundo Mikhailova (2004), 
o desenvolvimento sustentável melhora a qualidade da vida da humanidade, respeitando a 
capacidade de produção dos ecossistemas, não colocando em risco os elementos do meio 
ambiente. 
 
De uma forma mais ampla, sustentabilidade é a capacidade que uma casa, bairro, cidade, país 
ou o planeta tem de suprir as necessidades e demandas atuais sem comprometer as gerações 
futuras. É possível subdividir esse conceito mais amplo em quatro tipos de sustentabilidade: a 
ambiental/ecológica, a empresarial, a social e a econômica. 
 
Sustentabilidade diz respeito à maneira como devemos nos relacionar com a natureza. O 
conceito abrange desde uma comunidade até todo o planeta. Ao contrário do que algumas 
pessoas menos esclarecidas sugerem, ela não vai contra o desenvolvimento econômico, mas 
repensa a forma como nós desenvolvemos. A essa ideia de prosperidade sem destruir o meio 
ambiente damos o nome de Desenvolvimento Sustentável. 
 
Segundo Boff (2002), o conceito de sustentabilidade nasce da percepção da escassez. Ao 
desmatar e desflorestar terras para suprir necessidades da produção industrial nacional, os 
países europeus se depararam com a escassez de recursos naturais, percebendo que é impossível 
seguir com a produção industrial sem traçar uma estratégia para repô-los ou minimizar os danos. 
Para responder essa questão, surge o conceito de desenvolvimento sustentável. 
 
 
O desenvolvimento sustentável vem ganhando cada vez mais os holofotes, especialmente 
depois das grandes conferências mundiais sobre o tema, como a Estocolmo, Rio 92, Rio+10 e 
Rio+20, por exemplo. Nelas, governantes do mundo inteiro discutiram sobre formas de se 
desenvolverem sem que os recursos naturais fossem prejudicados. De lá para cá, com as 
https://oglobo.globo.com/economia/rio20/o-que-foi-rio-92-4981033
37 
 
mudanças climáticas se mostrando cada vez mais uma realidade, esse tema vem se tornando 
cada vez mais importante. 
 
Tipos de Sustentabilidade 
 
Por ser um conceito bastante amplo e interferir em várias áreas da sociedade, foi preciso 
subdividir a sustentabilidade em quatro tipos diferentes. Nós podemos aplicar cada um deles no 
nosso dia a dia, de forma a contribuir com um meio ambiente maissaudável. Afinal, 
preservação ambiental não se trata apenas de salvar a floresta amazônica. Ela é também sobre 
de cuidar do que nós mesmos consumimos dentro de casa e do habitat natural de seu próprio 
bairro. Vamos conferir os quatro tipos diferentes de sustentabilidade. 
 
Sustentabilidade ambiental e ecológica 
 
A sustentabilidade ambiental se trata do uso consciente dos recursos naturais, de modo que eles 
não se esgotem para as próximas gerações. A redução, por exemplo, do desmatamento, das 
queimadas e da poluição são primordiais para uma comunidade mais sustentável sob esse 
aspecto. 
Dentro de nossas casas, é possível realizar várias ações que contribuam com a sustentabilidade 
ambiental e ecológica. Entre elas estão a separação de lixo, reciclagem, redução do consumo e 
reutilização de materiais são algumas das formas possíveis de se cooperar com a 
sustentabilidade de sua comunidade. 
 
Sustentabilidade empresarial 
 
Como o próprio nome já diz, esse tipo de sustentabilidade se refere às ações realizadas por 
empresas. Uma empresa que tenha responsabilidade e valores ambientais e sociais bem 
estabelecidos tende a ganhar destaque e a ser vista com bons olhos pelos consumidores, 
principalmente quando divulgam essas ações por meio do chamado marketing verde. Ou seja, 
ser uma empresa que invista na sustentabilidade traz benefícios não só ao meio ambiente como 
também ganhos para a própria marca. 
Essas empresas podem se adequar ao conceito de sustentabilidade empresarial aderindo, 
patrocinando ou apoiando programas de preservação, realizando educação ambiental dentro da 
empresa e entre seus colaboradores. O objetivo é sempre reduzir, reciclar e reutilizar materiais. 
https://greensaopaulo.com.br/empresa-eco-friendly-o-que-e/
https://greensaopaulo.com.br/empresa-eco-friendly-o-que-e/
38 
 
Isso é possível investindo-se em prédios ecologicamente corretos e inteligentes, entre outras 
inúmeras ações que podem incluir também a promoção do esporte, da saúde e do bem-estar dos 
funcionários, de suas famílias e da comunidade na qual está inserida. 
Mesmo não sendo um empresário, você pode contribuir com isso consumindo produtos e 
serviços de empresas que têm como cultura a preocupação com o meio ambiente e a qualidade 
de vida e bem-estar das pessoas. 
 
Sustentabilidade social 
 
A sustentabilidade social está ligada a um conjunto de ações que visam melhorar a qualidade 
de vida das pessoas. Isso inclui a diminuição da desigualdade social e a garantia de acesso a 
serviços básicos como saúde e educação, por exemplo. Uma cidade ou país mais igualitário 
tende a apresentar uma redução da violência e crescimento econômico mais sólido. 
Nessa questão, além de contribuirmos com quem precisa doando dinheiro ou mesmo nosso 
tempo, podemos também ser ativos politicamente cobrando quem nos representa de forma que 
os serviços públicos melhorem sua qualidade. Afinal, um lugar com oportunidades para todos 
faz bem para toda a sociedade. 
 
Sustentabilidade econômica 
 
O maior desafio da sustentabilidade econômica é a combinação de desenvolvimento 
econômico, gerando lucros e empregos, com um conjunto de práticas que visam a redução ou 
eliminação de produtos ou práticas que agridam ao meio ambiente. 
Em outras palavras, ela é fundamentada num modelo de gestão sustentável. Esse tipo de 
sustentabilidade corresponde à capacidade da sociedade de produzir, distribuir e utilizar as 
riquezas produzidas. Tem como foco uma distribuição de renda mais justa e se utiliza de meios 
que preservem os recursos naturais para as próximas gerações. 
 
Para construir um mundo verdadeiramente sustentável, é necessário articular três pilares 
(MIKHAILOVA, 2004): 
 
1. Crescimento e equidade econômica. 
2. Conservar os recursos naturais e do meio ambiente. 
3. Desenvolvimento social. 
39 
 
 
Assim, temos diferentes tipos de desenvolvimento em potencial, começando pelo: 
 
 
Econômico, cujo propósito é a criação de empreendimentos viáveis, atraentes para os 
investidores; ambiental, cujo objetivo é analisar a interação de processos com o meio 
ambiente sem lhe causar danos permanentes; e social, que se preocupa com o 
estabelecimento de ações justas para trabalhadores, parceiros e sociedade (OLIVEIRA 
et al., 2012, p. 73) 
 
 
 
Sustentabilidade agrícola 
 
A agricultura é um dos setores econômicos que mais faz uso de bens fornecidos pela natureza. 
Dessa forma, aplicar o conceito de sustentabilidade nesse meio significa extrair aquilo que é 
necessário para a produção de alimentos, mas, ainda assim, garantir que as gerações futuras 
também tenham a possibilidade de suprir suas necessidades de produção e ter qualidade de vida. 
Tudo isso, é claro, passa obrigatoriamente pelo respeito ao meio ambiente. 
 
 
Tripé da Sustentabilidade 
 
O tripé da sustentabilidade diz respeito a um conjunto de três aspectos que são considerados 
fundamentais para a administração de uma empresa. São eles: social, ambiental e financeiro. 
De acordo com o conceito, esses três aspectos devem sempre interagir de forma harmônica na 
direção de um negócio, garantindo a integridade do planeta e da sociedade durante seu 
crescimento econômico. 
 
Também conhecido como triple bottom line, o tripé da sustentabilidade foi criado em 1994 pelo 
empresário britânico John Elkington, que, por suas ações no campo do desenvolvimento 
empresarial, ficou mundialmente conhecido como “pai da sustentabilidade”. 
 
Sustentabilidade com certeza poderia ser definida como uma das palavras do século. Não é à 
toa: estabelecer um desenvolvimento sustentável de nossa sociedade é fundamental para 
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garantir que as próximas gerações encontrarão um planeta com recursos suficientes para uma 
sobrevivência saudável. 
 
Apesar de sua importância e de ser muito repetida por aí, não é todo mundo que entende o real 
significado da sustentabilidade. Isso porque trata-se de um conceito realmente complexo e que 
pode ser aplicado em diversos setores da sociedade. 
 
Benefícios 
 
Uma vez que a sustentabilidade visa o uso consciente dos recursos e bens naturais que nosso 
planeta dispõe, fica claro que colocar esse conceito em prática tem como consequência 
fundamental mais qualidade de vida para a geração atual e também para as gerações futuras. 
 
Entre os principais resultados proporcionados pelos diversos tipos de sustentabilidade que 
citamos acima estão a manutenção dos recursos naturais, como oceanos e florestas, por muito 
mais tempo; a diminuição da poluição; além da garantia de uma vida mais longeva e saudável 
a toda a população. 
 
Algumas atitudes que podem ser tomadas e que refletem exemplos de desenvolvimento 
sustentável, seja no âmbito individual ou por parte de empresas e governos: 
 
Reciclagem de materiais; 
Diminuição do ritmo de consumo; 
Investimento em fontes renováveis de energia; 
Exploração consciente dos recursos naturais; 
Conservação das florestas; 
Economizar e reutilizar água; 
Uso de meios de transporte menos poluentes; 
Criação de programas de renda para a população; 
Proteção da biodiversidade; 
Ampliação e melhoria do saneamento básico; 
Educação ambiental para a população. 
 
41 
 
Uma vez que entendemos o significado de sustentabilidade, podemos compreender que o 
desenvolvimento sustentável está relacionado à aplicação desse conceito às ações tomadas 
diariamente por pessoas ou empresas. Ou seja: atuar de forma a satisfazer as necessidades 
atuais, mas sem esquecer de garantir que as gerações futuras também terão à sua disposição os 
mesmos recursos para seu desenvolvimento. 
 
Benefícios de ações de sustentabilidade nas empresas: 
 
Uma gestão com sustentabilidade tem ganhado mais espaço na agenda estratégica das 
instituições. Essa visão é essencial tanto para o crescimento e manutenção da empresa em um 
mercado cada vez mais consciente e exigente com a conservação dos recursos

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