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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO - IESC II

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MALU YORRANA CAMPOS SAMPAIO 
Capítulo 35 - Sistemas de informação em Saúde. 
O QUE É E PARA QUE SERVE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO? 
 
1) O QUE É SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO 
– SINAN? 
 O SINAN tem como objetivo coletar, transmitir e disseminar dados gerados 
pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica das três esferas de governo, por 
intermédio de uma rede informatizada, para apoiar o processo de investigação 
e dar subsídios à analise das informações de vigilância epidemiológica das 
doenças de notificação compulsória, além de vir a indicar os riscos aos quais 
as pessoas estão sujeitas, contribuindo, assim, para a identificação da 
realidade epidemiológica de determinada área geográfica. 
Como o SINAN é alimentado? 
 O Sinan é alimentado pela Ficha Individual de Notificação (FIN) e pela Ficha 
Individual de Investigação (FII) de casos de doenças e agravos que constam da 
Lista Nacional de Doenças de Notificação Compulsória (INDC), conforme a 
Portaria 204, de 17 de fevereiro de 2016, sendo facultada a estados e 
municípios a inclusão de outros agravos e problemas de saúde regionais 
importantes para o estado. 
Quais são os campos de preenchimento obrigatório e como funciona o 
fluxo de informações? 
 Campo de preenchimento obrigatório refere-se quando a ausência de dado 
impossibilita a inclusão da notificação ou da investigação do agravo no Sinan. 
Campos-chave do sistema (identificam cada registro): 
• Agravo 
• Número da notificação 
• Data de notificação 
• Município de notificação 
 As unidades notificantes enviam, semanalmente, as fichas de 
notificação/investigação ou, se for informatizada, o arquivo de transferência de 
dados por meio eletrônico para as Secretarias Municipais de Saúde. Estas, por 
sua vez, transmitem, semanalmente, as respectivas informações às 
regionais/Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os arquivos de transferência 
do Sinan são encaminhados pelas SES para o Ministério da Saúde (MS), via 
Sisnet, semanalmente, conforme calendário anual pactuado entre a SVS/MS e 
as SES. 
 
2) O QUE É SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE – SIM? 
 MALU YORRANA CAMPOS SAMPAIO 
 
O Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), desenvolvido pelo 
Ministério da Saúde em 1975, é produto da unificação de mais de quarenta 
modelos de Declaração de Óbito utilizados ao longo dos anos, para coletar 
dados sobre mortalidade no país. 
Como o SIM é alimentado? 
 A DO(Declaração de Óbito) é o documento básico para gerar os dados de 
mortalidade, sendo implantada como instrumento único para alimentação do 
SIM. Desde sua implantação, várias modificações ocorreram no documento, 
tanto na formulação de variáveis como com a introdução de outras que se 
fizeram necessárias e imprescindíveis para a epidemiologia. 
Quais são os campos de preenchimento obrigatório e como funciona o 
fluxo de informações? 
Fluxo conforme a característica do óbito 
• Fluxo 1: quando o óbito for por causa natural ocorrido em estabelecimento 
de saúde, o preenchimento da DO é de responsabilidade do médico que 
prestava assistência ao paciente e, em sua ausência ou impedimento, o 
médico substituto. A terceira via (rosa) é arquivada no prontuário do falecido da 
ocorrência do evento. 
• Fluxo 2: em caso de óbito por causa natural ocorrido fora do estabelecimento 
de saúde com assistência médica, o preenchimento é realizado pelo médico 
responsável pela assistência ou pelo designado pela instituição que prestava 
assistência ou pelo pertencente ao programa ao qual o paciente estava 
cadastrado ou o da Estratégia Saúde da Família (ESF) ou Unidade de Família 
mais próxima do local onde ocorreu o evento ou do Serviço de Verificação de 
Obitos (SVO). A terceira via é encaminhada para arquivamento na SMS. 
• Fluxo 3: em caso de óbito por causa natural ocorrido fora de estabelecimento 
de saúde, sem assistência médica, em localidade com SVO, a DO é 
preenchida pelo médico do SVO. A terceira via é arquivada no SVO. 
• Fluxo 4: em caso de óbito por causa natural ocorrido fora de estabelecimento 
de saúde, sem assistência médica, em localidade sem SVO, a DO é 
preenchida pelo médico do serviço público de saúde mais próximo ao local 
onde ocorreu o evento ou pelo designado pela SMS ou por qualquer médico da 
localidade. A terceira via é encaminhada e arquivada na SMS. 
• Fluxo 5: em caso de óbito por causa natural ocorrido em localidade sem 
médico, a DO é preenchida pelo oficial de registro do cartório. A terceira via é 
recolhida no cartório pela SMS. 
• Fluxo 6: em caso de óbito por causa natural ocorrido em aldeia indígena com 
assistência médica, a DO é preenchida pelo médico atestante da aldeia 
indígena. A terceira via é arquivada no Distrito Sanitário Especial Indígena. 
 MALU YORRANA CAMPOS SAMPAIO 
• Fluxo 7: em caso de óbito por causa acidental e/ou violenta ocorrido em 
localidade com IML, a DO é preenchida pelo médico do IML. A terceira via é 
arquivada no IML. 
• Fluxo 8: em caso de óbito por causa acidental e/ou violenta ocorrido em 
localidade sem IML, a DO é preenchida pelo médico da localidade ou outro 
profissional investido pela autoridade judicial ou policial na função de perito 
legista eventual (ad hoc). A terceira via é encaminhada e arquivada na SMS. 
A transmissão dos dados do SIM é enviada mensalmente, pelo menos um lote, 
por meio eletrônico da SMS para o nível regional, do qual é enviada para o 
nível estadual, utilizando a ferramenta Sistema de Controle de Envio de Lotes 
(Sisnet), e automaticamente retransmitida para o nível federal. 
 
3) O QUE É SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE NASCIDOS VIVOS – 
SINASC? 
 O sistema de Informação sobre Nascidos Vivos tem como objetivo realizar o 
cadastramento das declarações de Nascidos Vivos (DN) para subsidiar o 
conhecimento da situação de saúde em relação aos nascimentos ocorridos no 
país. Ele ainda tem como objetivo aumentar a cobertura e a qualidade das 
informações possibilitando o melhor conhecimento da realidade sociosanitária 
e a possibilidade de atuar na resolução dos problemas de saúde da população. 
Como o SINASC é alimentado? 
 A DN (Declaração de Nascido Vivo) é um documento oficial e padronizado 
em todo o território nacional para lavratura da Certidão de Nascimento pelos 
Cartórios de Registro Civil e, portanto, para a garantia dos direitos de 
cidadania, como também é o instrumento de coleta de dados utilizado pelo 
Sinasc. 
Quais são os campos de preenchimento obrigatório e como funciona o 
fluxo de informações? 
 O fluxo da DN tem início no município de ocorrência do estabelecimento de 
saúde, domicílio, aldeia indígena ou de vias públicas. De acordo com a 
característica do local de ocorrência do nascimento (hospital, outros 
estabelecimentos de saúde, via pública, domicílio ou outro, em consenso com o 
Campo 7 do Bloco II), existem diferentes fluxos para a terceira via (rosa); no 
entanto, a primeira e segunda vias não têm seu fluxo modificado. A primeira via 
(branca) é sempre recolhida pela SMS para digitação no sistema e arquivo 
posterior, enquanto o pai ou responsável legal recolhe a segunda via (amarela) 
para o cartório de registro civil e emissão da certidão de nascimento, a qual fica 
arquivada no cartório. 
Fluxo conforme local de ocorrência do nascimento 
• Fluxo 1: em caso de parto hospitalar ou domiciliar com assistência hospitalar 
posterior, o preenchimento da DN deve ser realizado por profissional de saúde 
que prestou assistência ao parto hospitalar ou à gestante logo após o parto. A 
 MALU YORRANA CAMPOS SAMPAIO 
terceira via é arquivada no prontuário da mãe no estabelecimento de saúde 
onde ocorreu o evento. 
• Fluxo 2: em caso de parto domiciliar com assistência prestada por 
profissional de saúde ou parteira tradicional, a DN deve ser emitida por 
profissional de saúde ou parteira tradicional que prestou assistência ao parto 
domiciliar. O pai ou o responsável legal apresenta a terceira via na primeira 
consulta na Unidade de Saúde para serarquivada e monitorada. 
• Fluxo 3: em caso de parto domiciliar sem assistência prestada por 
profissional de saúde ou parteira tradicional, o preenchimento da DN é feito 
pelo oficial de registro do cartório. O pai ou o responsável legal apresenta a 
terceira via na primeira consulta na Unidade de Saúde para ser arquivada e 
monitorada. 
Nos casos de nascimentos sem assistência, ocorridos em famílias cadastradas 
na ESF ou no Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), a DN 
deverá ser emitida por um profissional de saúde devidamente habilitado, 
pertencente à equipe ou à unidade à qual a mãe da criança esteja vinculada. 
• Fluxo 4: para parto domiciliar de indígena aldeiado com assistência a DN 
deve ser emitida por profissional de saúde ou parteira tradicional que prestou 
assistência ao parto domiciliar de indígena aldeiado. O pai ou o responsável 
legal apresenta a terceira via na primeira consulta na Unidade de Saúde para 
ser arquivada e monitorada. 
4) O QUE É O SISTEMA DE INFORMAÇÕES HOSPITALARES DO SUS – 
SIH-SUS? 
 O SIH foi desenvolvido com o objetivo de armazenar dados mensais sobre 
as informações do atendimento ao paciente internado na rede do SUS pelos 
estabelecimentos de saúde públicos, privados e filantrópicos, conveniados e 
contratados que realizam internações, tendo como instrumento de coleta de 
dados a Autorização de Internação Hospitalar (AIH). O sistema não foi 
concebido com a finalidade epidemiológica, mas sim para pagamento de 
serviços prestados pelos hospitais privados contratados/conveniados. 
Como o SIH-SUS é alimentado? Autorização de Internação Hospitalar (AIH) A 
AI é utilizada pelos gestores e prestadores de serviço SUS com o objetivo de 
realizar pagamento por valores fixos dos procedimentos e outras informações 
de interesse epidemiológico. 
Quais são os campos de preenchimento obrigatório e como funciona o 
fluxo de informações? As AIH são de dois tipos: 
• AIH tipo 1 (inicial): instrumento que registra a admissão inicial do paciente. 
• AIH tipo 5 (continuidade): destinada à internação de longa permanência (por 
exemplo, tuberculose, psiquiatria) e renovada mensalmente. A data de 
 MALU YORRANA CAMPOS SAMPAIO 
internação na AIH 5 permanece a mesma da AIH 1, representando uma única 
internação. 
 Em geral, a base de dados contida no SI tem grande importância na 
determinação do perfil dos atendimentos da rede hospitalar, contribuindo como 
fonte notificadora para vigilância epidemiológica e propiciando a construção de 
indicadores para fins epidemiológicos. Entre os principais indicadores 
fornecidos pelo sistema podem ser citados: frequências absoluta e relativa da 
morbimortalidade, coeficiente de internação hospitalar (sexo, faixa etária e 
causas), coeficiente de mortalidade hospitalar (sexo, faixa etária e causas), 
letalidade hospitalar, tempo médio de permanência por causa específica e valor 
médio da internação. 
5) O QUÉ O SISTEMA DE INFORMAÇÃO AMBULATORIAL – SIA? 
 Implantado em todo o país em 1995, o SIA registra os atendimentos 
realizados em âmbito ambulatorial por meio do Boletim de Produção 
Ambulatorial (BPA). Seu processamento ocorre de forma descentralizada, ou 
seja, cada estado e cada município, devidamente habilitados pelas normas 
operacionais do SUS, podem cadastrar, programar, processar e pagar a 
produção de seus estabelecimentos de saúde sob sua gestão. 
Como o SIA é alimentado? Quais são os campos de preenchimento 
obrigatório e como funciona o fluxo de informações? 
 Sistemas de base utilizados: 
• Sistema de Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde 
(SCNES): possibilita efetuar o cadastramento de todos os 
estabelecimentos de saúde e de profissionais prestadores ou não de 
serviço ao SUS, além de identificar os estabelecimentos de saúde 
quanto aos aspectos de estrutura física, recursos humanos, 
equipamentos, profissionais e serviços ambulatoriais e hospitalares. 
• Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos do SUS 
(Sigtap): disponibiliza a tabela de procedimentos do SUS, com todos os 
seus atributos, aos estabelecimentos de saúde credenciados no SUS. 
Aplicativos de captação: 
• Boletim de Produção Ambulatorial Magnético (BPA-Mag): permite o 
registro dos procedimentos de atenção básica (AB) e média 
complexidade (MC) e é composto de dois módulos de captação: BPA 
consolidado (BPA-C) e BPA individualizado (BPA-I). 
• Autorização de Procedimentos Ambulatoriais Magnética (APAC-
Mag): permite o registro de procedimentos que exigem autorização 
prévia do gestor local para sua execução pelo estabelecimento de 
saúde. Nesse módulo é digitada a maioria dos procedimentos de alta 
complexidade (AC) e alguns de média complexidade (MC). Além disso, 
registram-se também o código da Classificação Brasileira de Ocupações 
(CBO) de quem realizou o procedimento, o quantitativo de 
 MALU YORRANA CAMPOS SAMPAIO 
procedimentos realizados, o CID principal, o código do motivo de 
saída/permanência e a data da alta, que é obrigatória para as seguintes 
situações: em caso de alta, óbito, transferência para outro 
estabelecimento de saúde e mudança de procedimento. 
Aplicativos intermediários: 
• Ficha de Programação Orçamentária Magnética (FPO-Mag): 
aplicativo que possibilita ao gestor local registrar a programação física 
orçamentária ambulatorial de cada estabelecimento de saúde que presta 
atendimento ao SUS. A programação deve estar coerente com a 
Programação Pactuada Integrada (PPI) e baseada em contrato/convênio 
com o SUS. 
• DE-PARA: aplicativo auxiliar que efetua a comunicação do CNES com o 
SIA. Através deste as informações dos estabelecimentos de saúde são 
alimentadas nos bancos de dados do SIA para execução do 
processamento. 
• VERSIA: aplicativo auxiliar que faz as críticas da produção processada 
pelo SIA e gera a remessa da produção aprovada para o Datasus 
BDSIA: pacote de tabelas com as atualizações mensais dos bancos de 
dados do SIA, principalmente dos procedimentos do Sigtap. 
TRANSMISSOR: aplicativo que possibilita o envio dos arquivos de 
banco de dados dos sistemas (CIH, SIA, SIHD), visando alimentar o 
banco de dados nacional desses sistemas de informação. 
 O SIA emite uma série de relatórios que auxiliam os gestores no 
desenvolvimento das ações de planejamento, programação, regulação, 
avaliação, controle e auditoria, possibilitando a construção de diferentes 
indicadores que registram os atendimentos e tratamentos realizados em cada 
estabelecimento de saúde no âmbito ambulatorial. nas variáveis 
procedimentos, frequência, valor aprovado, quantidade e valores apresentados, 
cálculo de valor médio por procedimento e cálculo dos indicadores 
assistenciais. 
6) O QUE SÃO OS REGISTROS DE CÂNCER? 
São centros sistematizados de coleta, armazenamento e análise da ocorrência 
e das características de todos os casos novos de câncer em uma população. 
Como o RCBP é alimentado? Base geográfica e fontes: 
• Área de abrangência: população bem definida, normalmente residente 
em determinada região geográfica (país, região, município), de onde 
surgem os casos e que fornecem os denominadores para o cálculo de 
coeficientes de incidência. Esses sistemas incluem dados de pacientes 
do SUS, convênios e particulares. 
• Fontes: as principais incluem: (1) serviços de tratamento: hospitais 
(públicos e privados), clínicas, consultórios; (2) serviços de diagnóstico: 
 MALU YORRANA CAMPOS SAMPAIO 
laboratórios de patologia, hematologia e bioquímica, serviços de 
imagem, policlínicas; certificados de óbito do SIM. 
• Coleta: 
 ativa: quando o pessoal do registro visita e coleta os dados na fonte; 
passiva: quando as fontes enviam a base de dados ao registro. 
Quais são os campos de preenchimento obrigatório e como funciona o 
fluxo de informações? Operacões do registro de câncer 
• Cruzamento de notificações: objetiva a reunião das notificações que 
se referem ao mesmo indivíduo e tumor a fim de verificar se se trata de 
tumor (caso) já registrado ou denovo tumor primário. Entendem-se por 
cruzamento de notificação todos os processos referentes a notificações 
múltiplas (vários registros do mesmo paciente com o mesmo tumor 
primário, recebidos de fontes diferentes), tumores múltiplos (vários 
tumores primários no mesmo paciente) e registros duplos (vários 
registros do mesmo paciente com o mesmo tumor primário, 
pertencentes à mesma fonte). Cada tipo exige abordagens diferentes. 
• Organização das informações 
Codificação: para garantir a comparabilidade entre os registros são 
utilizados sistemas de codificação reconhecidos nacional e 
internacionalmente: a CID-O para classificar os tumores, a CBO para 
classificar as profissões e a classificação do IBGE para localidades. 
Validação das informações: identificação de informações inválidas. 
como códigos inválidos. A incorporação de críticas no programa 
informatizado facilita os processos de organização das informações dos 
registros. 
• Armazenamento e processamento das informações: desde 1986 os 
RCBP brasileiros têm à disposição sistema informatizado, desenvolvido 
pelo INCA, que garante a padronização no processamento dos dados 
coletados de acordo com as normas técnico-operacionais preconizadas 
pelo Ministério da Saúde. Esse sistema foi desenvolvido a partir do 
instrumento de coleta de dados definido por consenso entre 
especialistas, tendo como referência as recomendações da International 
Agency for Research on Cancer (IARC/OMS) e a experiência do 
programa de Surveillance Epidemiology and End Results (SEER) do 
National Health Institute (NIH) dos EUA. Esse sistema permite a 
emissão de relatórios padronizados sobre a incidência do câncer, com 
número absoluto, taxas brutas e ajustadas, por topografia do tumor 
primário, faixa etária e sexo. 
• Seguimento: os casos registrados são seguidos para conhecer o status 
vital do paciente para o cálculo do tempo de sobrevida. O seguimento 
pode ocorrer de forma ativa ou passiva. No Brasil, os registros operam 
com o sistema de seguimento passivo, dependendo basicamente do 
SIM. 
7) O QUE É O Sistema de Informação do Programa Nacional de 
Imunização – SIPNI Como o SIPNI é alimentado? Quais são os campos de 
preenchimento obrigatório e como funciona o fluxo de informações? 
 MALU YORRANA CAMPOS SAMPAIO 
 Embora implantado no país em 1973, os registros do Programa Nacional de 
Imunizações (PNI) provinham de dados agregados, sem possibilitar a avaliação 
de algumas informações sobre as pessoas vacinadas, como local de 
residência, e as adequações do esquema vacinal. Para melhor análise dos 
dados o Datasus desenvolveu um sistema de informação do PNI, o SIPNI. 
Esse sistema possibilitou o registro da população vacinada por faixa etária em 
determinado período de tempo, numa área geográfica (rotina e campanhas), e 
de dados sobre a movimentação de imunobiológicos com fins gerenciais. 
Atualmente, o PNI encontra-se implantado em todos os municípios brasileiros, 
porém o sistema (SIPNI) está em fase de implantação desde 2010. 
 Por meio dos dados contidos no sistema é possível o acompanhamento da 
pessoa vacinada por procedência e a avaliação da cobertura vacinal, das 
doses aplicadas e da taxa de abandono nos âmbitos federal, estadual e 
municipal, oferecendo aos gestores envolvidos no programa uma avaliação 
dinâmica do risco quanto à ocorrência de surtos ou epidemias. 
 O SIPNI representa uma importante contribuição para o controle ou a 
eliminação de algumas doenças imunopreveníveis, assim como para redução 
significativa na incidência de outras doenças, representando grande impacto na 
área da epidemiologia. 
8) O QUE É O Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água 
para Consumo Humano – Sisagua ? 
Como o SISAGUA é alimentado? Quais são os campos de preenchimento 
obrigatório e como funciona o fluxo de informações? 
 O Sisagua é um sistema de vigilância em saúde ambiental do Programa 
Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano 
(Vigiagua), cujas informações são importantes para a prática da vigilância da 
qualidade da água para consumo humano, conforme a Portaria MS 2.914/2011. 
Implantado no Brasil em 2001, o sistema recebeu diversas melhorias ao longo 
dos anos. 
 Esse sistema disponibiliza informações sobre fontes de abastecimento de 
água, dados de monitoramento da qualidade da água do SAA (Sistema de 
Abastecimento de Água), SAC (Solução Alternativa Coletiva) e SAI (Solução 
Alternativa Individual) e o controle de qualidade da água dos SAA e dos SAC, 
assim como informações sobre sistemas de abastecimento de água sem 
tratamento, amostras fora do padrão, acompanhamento da qualidade da água 
para consumo e fontes de abastecimento que se encontram vulneráveis. 
 No nível nacional, o sistema é da responsabilidade da Coordenação Geral de 
Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM) do Departamento de Vigilância em 
Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (DSAST) da Secretaria de Vigilância 
em Saúde. 
 Seus principais objetivos são: reduzir a morbimortalidade por doenças e 
agravos de transmissão hídrica por meio de ações de vigilância sistemática da 
qualidade da água consumida pela população; avaliar e gerenciar o risco da 
saúde associado à qualidade da água destinada ao consumo humano como 
parte integrante das ações de prevenção de agravos e de promoção da saúde; 
monitorar sistematicamente a qualidade da água consumida pela população; 
 MALU YORRANA CAMPOS SAMPAIO 
possibilitar a avaliação conjunta de informações de vigilância ambiental com 
vigilância epidemiológica, de modo a identificar as situações de risco com o 
propósito de auxiliar a tomada de decisões sobre ações preventivas e 
corretivas, assim como avaliar os procedimentos adotados. 
9) O QUE É O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – Sisvan? 
Como o SISVAN é alimentado? Quais são os campos de preenchimento 
obrigatório e como funciona o fluxo de informações? 
 A Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) consiste na descrição contínua e 
na predição de tendências nas condições de alimentação e nutrição da 
população e seus fatores determinantes. A VAN surgiu na década de 1970 por 
recomendação da OMS, da Organização Pan- Americana da Saúde (OPAS) e 
da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) 
a partir da necessidade de obter informações para subsidiar as ações do 
governo, sendo também proposta a implantação de um Sistema de 
Informações para a Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan). 
 Sua implantação ganhou reforço com a Lei 8.080, que incluiu a VAN no 
âmbito do SUS. Nesse mesmo momento o Sisvan tornou-se pré-requisito para 
o financiamento e a implantação de programas assistenciais com foco na 
recuperação da desnutrição e no cuidado de crianças e gestantes em risco 
nutricional. 
 Desde 2008, a avaliação do estado nutricional da população atendida na 
atenção básica ocorre por meio do Sisvan Web. Trata-se do sistema 
informatizado que disponibiliza dois tipos de acesso: público e restrito. O 
acesso público ocorre através de relatórios consolidados, os quais estão 
disponíveis a qualquer pessoa no endereço eletrônico do Departamento de 
Atenção Básica. 
 Através do "Acesso Restrito" é registrado o tipo de acompanhamento 
realizado, como o atendimento de usuários da atenção básica, de beneficiários 
do Programa Bolsa Família c/ou de outras estratégias, como as Chamadas 
Nutricionais. Todos os dados sobre o acompanhamento nutricional dos 
beneficiários do Programa Bolsa Família, que é feito no módulo de gestão 
desse programa, são importados para o Sisvan Web. O Ministério da Saúde 
recomenda que o Sisvan seja utilizado para o acompanhamento do estado 
nutricional de indivíduos em todas as fases da vida, incluindo gestantes e 
nutrizes. 
 Os indicadores coletados pelo Sisvan dizem respeito à cobertura do estado 
nutricional dos indivíduos acompanhados em todos os ciclos de vida e ao 
consumo alimentarda população. 
10) O QUE É O Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica – 
SISAB/E-SUS? 
Como o SISAB/E-SUS é alimentado? Quais são os campos de 
preenchimento obrigatório e como funciona o fluxo de informações? 
 MALU YORRANA CAMPOS SAMPAIO 
 Em 2013, o SISAB passou a ser o sistema de informação da atenção básica 
vigente para fins de financiamento e de adesão aos programas e estratégias da 
Política Nacional de Atenção Básica, substituindo o Sistema de Informação da 
Atenção Básica (SIAB). 
 O SISAB integra a estratégia denominada e-SUS Atenção Básica, que 
propõe o incremento da gestão da informação, a automação dos processos, a 
melhoria das condições de infraestrutura e a melhoria dos processos de 
trabalho. O e-SUS AB é composto por dois sistemas de software que 
instrumentalizam a coleta dos dados que serão inseridos no SISAB. 
 São eles: 
 • Coleta de Dados Simplificados (CDS). 
• Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC). 
• Aplicativos (App) para dispositivos móveis, estando atualmente disponível o 
app AD (Atenção Domiciliar). 
 Nesse sentido, os sistemas e-SUS AB foram desenvolvidos para atender aos 
processos de trabalho da atenção básica para a gestão do cuidado em saúde, 
podendo ser utilizados por profissionais de todas as equipes de AB, pelas 
equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), do Consultório na 
Rua (CnR), de Atenção à Saúde Prisional e da Atenção Domiciliar (AD), além 
dos profissionais que realizam ações no âmbito de programas como o Saúde 
na Escola (PSE) e a Academia da Saúde. 
 Com o SISAB é possível obter informações da situação sanitária e de saúde 
da população do território por meio de relatórios de saúde, bem como de 
relatórios de indicadores de saúde por estado, município, região de saúde e 
equipe. No intuito de potencializar as ações da atenção básica e evitar o 
retrabalho gerado pela digitação da mesma informação em diferentes sistemas 
de informação em saúde foram intensificadas as medidas para estabelecer a 
integração entre o e-SUS Atenção Básica e os mais variados sistemas.

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