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Ação Penal14-04-2021 É o procedimento judicial iniciado pelo titular da ação quando há indícios de autoria e materialidade a fim de que o juiz declare procedente a pretensão punitiva estatal e condene o autor da infração penal. Ou seja, é o direito de pedir ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto. É dividida em duas categorias: ação penal de iniciativa pública e ação penal de iniciativa privada. Crimes que ofendem o interesse ou a sociedade em si requerem ação penal pública — a maior parte dos crimes, principalmente os mais graves, ex: homicídio, extorsão, sequestro, roubo, feminicídio, etc. Crimes que ofendem a o interesse da esfera privada requerem que a própria vítima do fato entre com uma ação penal privada — geralmente crimes mais simples, como calúnia, injúria, difamação, etc. Ação Penal Pública Art. 100, caput, Código Penal: “a ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido”. A lei fixa que a ação penal, em regra, será de iniciativa pública. Em outros termos, no silêncio da lei, a ação deverá ser promovida pelo Estado, admitindo-se a de iniciativa privada apenas em situações expressamente mencionadas. Art. 24, caput, Código de Processo Penal: “Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.” A peça inaugural é a denúncia, promovida pelo Promotor do MP. Sempre que a lei não especifica de quem é a responsabilidade pela ação penal, é considerada como ação penal púbica incondicionada. Ação Penal Incondicionada A proposição da denúncia não depende de nenhuma condição especial, além das provas de materialidade e indício de autoria. Princípios 1. Obrigatoriedade (ou da legalidade processual): quando o promotor sabe quem cometeu um crime, é obrigado a iniciar o processo (ex: mesmo que a vítima de um roubo não queira processar o individuo que a roubou, e ele foi identificado, o promotor é obrigado a entrar com a ação penal); 2. Indisponibilidade: uma vez que o promotor oferece a ação penal, ele não pode indispor/desistir da ação — assegura o primeiro princípio; 3. Oficialidade: o titular exclusivo da ação pública é um órgão oficial, que integra os quadros do Estado: o Ministério Público; 4. Oficiosidade : não necessita de solicitação/provocação de terceiros, exceto em casos que necessitam representação; 5. Indivisibilidade: a ação deve abranger todos aqueles que cometeram a infração. Existem casos em que os réus são processados separadamente, seja por causa de ausência de provas contra um deles na investigação, ou separações no julgamento, etc.; 6. Intranscendência: o autor da infração é o único que pode ser processado e condenado, a pena não passa para nenhuma outra pessoa. Ação Penal Condicionada à Representação Art. 5o , Código de Processo Penal: “Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: § 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.” Para que a ação penal seja proposta, é preciso que haja representação da vítima, ou seja, manifestação de sua vontade, ou requisição do Ministério da Justiça. Ex: crime de ameaça. Frase que identifica este tipo de ação: “somente se procede mediante representação”. Representação é uma manifestação de vontade da vítima ou se seu representante legal no sentido solicitar providências da esfera estatal para apurar certa infração e autorizar o MP a ingressar com ação contra os autores do delito. Natureza jurídica da representação: condição objetiva de procedibilidade Pode ser exercido pessoalmente ou por procurador com poderes especiais (a procuração precisa ser específica e detalhada), mediante declaração escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial (art. 39 CPP). Quando o ofendido morre ou é declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passa para o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão — CADI (art. 24, §1º CPP). Exemplos: · Crime de lesão corporal leve; · crime de lesão corporal culposa; · lesão corporal culposa no trânsito; · perigo de contágio venéreo; · ameaça; · tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou utilizar-se de transporte sem ter recursos para o pagamento; · estelionato (mudança de incondicionado pra condicionado); · furto de coisa comum; · exceto para os casos de violência contra a mulher. Retratação da representação A representação é irretratável, depois de oferecida a denúncia (art. 25 CPP). Antes da denúncia, é possível renunciar à representação (conhecida como “retirar a queixa”). No caso de ameaça na lei Maria da Penha, a renúncia à representação é admitida perante o juiz, em audiência especialmente designada para tal, antes do recebimento da denúncia e o ouvido do MP (art. 16, lei 11.350/2006) Crimes que se procedem mediante requisição do Ministro da Justiça · contra a honra do PR ou chefe de governo estrangeiro; · crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil. Prazo Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31. · É decadencial, depois de encerrado o prazo, não se pode realizar a ação. · Conta-se 6 meses a partir do conhecimento da autoria. · Quando a vítima for menor de 18 anos, o prazo decadencial só começa após completados os 18 anos. · Decurso do prazo: extinção da punibilidade. Ação Penal É o procedimento judicial iniciado pelo titular da ação quando há indícios de autoria e materialidade a fim de que o juiz declare procedente a pretensão punitiva estatal e condene o autor da infração penal. Ou seja, é o direito de pedir ao Estado - Juiz a apl icação do direito penal objetivo a um caso concreto . É divi di da em duas categorias: ação penal de iniciativa pública e ação penal de iniciativa privada. Crimes que ofende m o interesse ou a sociedade em si requerem ação penal pública — a maior parte dos cr imes, principalmente os mais graves, ex: homicídio, extorsão, sequestro, roubo, feminicídio, etc. Crimes que ofendem a o interesse da esfera privada requerem que a própria vítima do fato entre com uma ação penal privada — geralmente crimes mais simples, co mo calúnia, in j úria, difamação, etc . Ação Penal Pública Art. 100, caput, Código Penal: “a ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido”. A lei fixa que a ação penal, em regra, será de iniciativa pública. Em outros termos, no silêncio da lei, a ação deverá ser promovida pelo Estado, admitindo - se a de iniciativa privada apenas em situações expressamente mencionadas. Art. 24, caput , Código de Processo Penal: “Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá - lo. ” A peça inaugural é a denúncia, promovida pelo Promotor do MP. Sempre que a lei não especifica de quem é a responsabilidade pela ação penal, é considerada como ação penal púbica incondicionada. Ação Penal Incondicionada A proposição da denúncia não depende de nenhuma condição especial , além d as provas de materialidade e ind ício de autoria.Princípios 1. O brigatoriedade (ou da legalidade processual ): quando o promotor sabe quem cometeu um crime, é obrigado a iniciar o processo (ex: mesmo que a vítima de um roubo não queira processar o individuo que a roubou , e ele foi identificado, o promotor é obrigado a entrar com a ação penal) ; 14 - 04 - 20 21 Ação Penal É o procedimento judicial iniciado pelo titular da ação quando há indícios de autoria e materialidade a fim de que o juiz declare procedente a pretensão punitiva estatal e condene o autor da infração penal. Ou seja, é o direito de pedir ao Estado- Juiz a aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto. É dividida em duas categorias: ação penal de iniciativa pública e ação penal de iniciativa privada. Crimes que ofendem o interesse ou a sociedade em si requerem ação penal pública — a maior parte dos crimes, principalmente os mais graves, ex: homicídio, extorsão, sequestro, roubo, feminicídio, etc. Crimes que ofendem a o interesse da esfera privada requerem que a própria vítima do fato entre com uma ação penal privada — geralmente crimes mais simples, como calúnia, injúria, difamação, etc. Ação Penal Pública Art. 100, caput, Código Penal: “a ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido”. A lei fixa que a ação penal, em regra, será de iniciativa pública. Em outros termos, no silêncio da lei, a ação deverá ser promovida pelo Estado, admitindo-se a de iniciativa privada apenas em situações expressamente mencionadas. Art. 24, caput, Código de Processo Penal: “Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.” A peça inaugural é a denúncia, promovida pelo Promotor do MP. Sempre que a lei não especifica de quem é a responsabilidade pela ação penal, é considerada como ação penal púbica incondicionada. Ação Penal Incondicionada A proposição da denúncia não depende de nenhuma condição especial, além das provas de materialidade e indício de autoria. Princípios 1. Obrigatoriedade (ou da legalidade processual): quando o promotor sabe quem cometeu um crime, é obrigado a iniciar o processo (ex: mesmo que a vítima de um roubo não queira processar o individuo que a roubou, e ele foi identificado, o promotor é obrigado a entrar com a ação penal); 14-04-2021
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