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HIDRÁULICA APLICADA AO SANEAMENTO AMBIENTAL Robson da Costa , 2 2 COMO TRANSPORTAR FLUÍDOS Agora que conhecemos as propriedades dos fluídos líquidos e gasosos, e as equações de conservação de energia, vamos aprender a dimensionar a condução destes fluídos através de condutos. Iremos destacar como dimensionar e vencer a diminuição desta energia, a qual chamamos de Perda de Carga. Ao final deste Bloco, teremos também a apresentação de equipamentos de medição de pressão e vazão, que serão úteis em nossas atividades de campo e como parâmetros de estudos Ambientais. 2.1 Condutos Podemos exemplificar os condutos, observando o comportamento da água de uma determinada precipitação em uma rua qualquer. Se observarmos bem, a mesma deve conduzir este escoamento superficial às guias e consequentemente, recolhidas nas bocas de lobo, pelo simples fato de sua topografia. Já ao abrirmos uma torneira com água, a mesma irá jorrar, sendo que sua condução se dará pela tubulação a qual está conectada. Com isso classificamos em dois tipos os condutos: • Naturais: como os rios e córregos; • Construídos: como tubulações e canais pluviais. Já para os conceitos de hidráulica, estes mesmos condutos, naturais ou construídos serão estudados e denominados por algumas características a seguir: a) Conduto livre: aqueles em que atua a pressão atmosférica formando sempre uma superfície livre, como um canal de um rio. E considerado também como conduto livre, aquela tubulação na qual o fluido conduzido não preenche , 3 totalmente sua seção, funcionando como uma calha. É importante, ressaltar que o movimento deste se dará de montante para jusante, sempre em relação a diferença de cotas (m) entre dois pontos. b) Conduto forçado: aqueles onde o fluído conduzido possui a pressão interna maior que a atmosférica, sendo, portanto, necessário serem contidos preenchendo totalmente os mesmos. Neste caso o seu movimento poderá ser em qualquer sentido de escoamento em relação a um determinado ponto. A Figura 2.1 apresenta cada um destes tipos de condutos: Figura 2.1 – Exemplo de Conduto Natural e Livre e Forçado Construído. Fonte: O autor. 2.1.2. Tipos de Condutos Como estudado no Bloco 1, definimos a vazão como o escoamento de um fluido em um determinado espaço de tempo, no qual está em movimento. Este deslocamento se dará, portanto em um determinado tipo de conduto. , 4 Figura 2.2 – Filmagem de Tubulações Pluviais. Fonte: O autor. Ao observarmos a Figura 2.2, são apresentadas duas redes de águas pluviais de concreto, é possível verificar em uma delas o crescimento de uma raiz de árvore. Elas são exemplos de condutos livres, construídos para a condução das águas pluviais, sendo, portanto, necessário que essa condução seja desimpedida de qualquer obstáculo. Mas se analisarmos um pouco mais, perceberemos que o próprio acabamento deste tipo de tubulação irá causar um atrito com o fluído conduzido, de acordo com sua rugosidade. 2.1.2.1. Rugosidade Se sentirmos a textura interna de uma tubulação de PVC e outra de Concreto, perceberemos que pelo tipo de material e forma construtiva, teremos uma diferença entre estes acabamentos. Assim podemos descrever a rugosidade (e) como as imperfeições de acabamento das superfícies internas de um conduto construído. Utilizamos o mesmo raciocínio para os condutos naturais, apenas observando o leito de um rio, com suas irregularidades, pedras ou detritos variados. Nos estudos dos condutos forçados, utilizamos as seguintes relações nos dimensionamentos das tubulações: Quanto mais liso o tubo, menor será o atrito do fluido com suas paredes; a) A rugosidade depende do tipo de material da tubulação e do tipo de processo de fabricação dela; , 5 b) A rugosidade equivalente (e) e tabelada conforme o tipo de material e pode ser encontrada facilmente durante o projeto de acordo com o material necessário a ser dimensionado; Por exemplo: • Aço Comercial = 0,00006 m; • Concreto Rugoso = 0,0005 m; • Ferro Fundido Revestido = 0,0001 m; • Polímeros (Plásticos) = 0,00006 m. c) Denominamos como rugosidade relativa (eR) o quociente da rugosidade equivalente (e) pelo diâmetro (D) da tubulação estudada, conforme abaixo: 𝑒𝑅 = 𝑒 𝐷 (Eq. 25) 2.2 Perdas de Carga Distribuídas (hf) Determinamos que a Perda de Carga é um termo utilizado para descrever a diminuição da energia desprendido por um fluido para vencer as resistências do escoamento, devido outros fatores em função do efeito viscoso do fluido, da velocidade de escoamento, da geometria da tubulação (comprimento e diâmetro), da rugosidade da parede da tubulação e da sua massa específica. Essa energia se perde sob a forma de calor. Vamos entender, portanto como isso ocorre observando a Figura 2.3. , 6 Figura 2.3 – Perdas de Carga durante um escoamento Fonte: O autor. Podemos, então, a partir da Figura 16 estabelecer as seguintes condições: • Utilizando a Equação 24 de Bernoulli, do Bloco 1, podemos dizer que a carga H1=H2; • Se considerarmos as perdas de energia pelo atrito do movimento de escoamento do fluído, devido a sua rugosidade (e), denominando a mesma como Perda de Carga Total (HTf) e somando-se a parcela de H2, podemos reescrever a equação 24 da seguinte maneira: 𝐻1 = 𝐻2 + 𝐻𝑇𝑓, 𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜: ( 𝑧1 + 𝑣12 2𝑔 + 𝑃1 ) = (𝑧2 + 𝑣22 2𝑔 + 𝑃2 ) + 𝐻𝑇𝑓 (Eq. 26); • Sempre haverá perdas de energia durante o escoamento, mesmo em trechos retos de tubulação; • As velocidades no trecho são iguais pois não há alteração do diâmetro da tubulação; , 7 • Em trechos retos, esta perda de energia pode ser medida diretamente pela diferença de pressão entre os dois pontos, desde que não haja variação do diâmetro da tubulação, denominada de Perdas de Carga Distribuída (hf) conforme apresentado pelos manômetros da Figura 2.3. Existem muitas fórmulas para o cálculo da Perda de Carga Distribuída, sendo as mais utilizadas, a seguintes fórmulas: • Fórmula de Hazen–Willians; • Fórmula Universal ou de Darcy-Weisbach. Quanto maior for à extensão em comprimento da tubulação (L), portanto, melhor será para que a mesma entre em regime de escoamento dinâmico. Isso só não ocorrerá se houver entre o comprimento estudado a presença de uma máquina, que estudaremos a partir o Bloco 3, ou variação do seu diâmetro, que irão alterar a velocidade média de escoamento. Desta forma podemos utilizar as seguintes equações: 2.2.1. Fórmula de Hazen-Willians Para aplicação da fórmula de Hazen-Willians algumas restrições devem ser feitas: a) O fluido escoando na tubulação deve ser a água sob temperatura ambiente; b) As tubulações devem ter diâmetro (D) maior ou igual a 50 mm; c) O escoamento deve ser turbulento. Cabe lembrar, que a maioria dos problemas de natureza prática são turbulentos (Re>2000), quando o fluido é a água. Sua fórmula é descrita: ℎ𝑓 = 10,643 . ( 𝑄1,85 . 𝐿 𝐶1,85 . 𝐷4,87 ) (Eq. 27) , 8 Onde: hf = perda de carga distribuída (m); L = comprimento da tubulação (m); D = diâmetro da tubulação (m); Q = vazão de escoamento (m³/s); C = coeficiente de Hazen-Willians, que depende da natureza (material e estado de conservação) das paredes dos tubos e está intimamente relacionado com a rugosidade relativa (ε/D). O coeficiente de sua fórmula é denominado pela letra C, e é tabelado de acordo com o tipo de material e características como idade de implantação, juntas ou revestimento, conforme a Tabela 2.1. Tabela 2.1 – Coeficientes “C” de Hazzen-Willians Tipo da Tubulação Coeficiente C Aço, soldado e novo 130 Ferro Fundido, após 15-20 anos 100 Polímeros (Plásticos) 140 Fonte: Adaptada de BRUNETTI (2008).2.2.2. Fórmula Universal ou de Darcy-Weisbach A fórmula universal ou de Darcy-Weisbach pode ser utilizada para qualquer tipo de fluido e é válida para qualquer regime de escoamento, sendo laminar ou turbulento: ℎ𝑓 = 𝑓 . 𝐿 𝐷 . 𝑣² 2 .𝑔 (Eq. 28) Onde: hf = perda de carga distribuída(m); f = fator de atrito; , 9 L = comprimento da tubulação (m); D = diâmetro da tubulação (m); v = velocidade de escoamento (m/s); g = aceleração da gravidade (m/s²). Portanto, para a obtenção do valor de perda de carga distribuída (hf) é necessário dados de entrada, o comprimento da tubulação (L), o diâmetro (D) e a energia cinética da carga (v²/2.g), através de sua velocidade média (v). 2.3 Fator de atrito (f) O fator de atrito (f) é uma função equivalente a fórmula universal, em relação a dois parâmetros já estudados por nós: a) A rugosidade relativa, conforme equação 25. 𝑒𝑅 = 𝑒 𝐷 (Eq. 25) b) O número de Reynolds, estudado no Bloco 01, na equação 04 Re = v .D (Eq. 04). Portanto, o fator de atrito é um parâmetro adimensional que depende do número de Reynolds e da rugosidade relativa, pode ser calculado graficamente através do diagrama de Moody, que fornece o fator de atrito (ordenada y da esquerda) a partir do número de Reynolds na abscissa (eixo x) e da rugosidade relativa (ordenada y da direita). Ainda é utilizado, mas como trata-se de uma leitura de ábaco, as respostas podem variar entre os projetistas. Porém com a melhora da computação em 1976, Swamee–Jain postulou uma equação utilizada para o seguinte intervalo dos parâmetros da função do número de Reynolds e da rugosidade relativa: , 10 • 10−6 ≤ e D ≤ 10−2 • 5.103 ≤ Re ≤ 108 Se os valores calculados estiverem entre estes parâmetros podemos utilizar a equação 29. f = 0,25 [log.( e 3,7 .D + 5,74 Re0,9 )]² (Eq. 29) Em 1993, Swamee pesquisou e desenvolveu uma equação geral para o cálculo de todos os intervalos possíveis para a determinação do fator de atrito, conforme a equação 30. f = { ( 64 Re ) 8 + 9,5 . [ln . ( e 3,7 .D + 5,74 Re0,9 ) − ( 2500 Re ) 6 ] −16} 0,125 (Eq. 30) Se o número de Reynolds calculado for (𝑅𝑒 ≤ 2000) o cálculo do fator de atrito e o quociente da equação 31. f = 64 Re (Eq. 31) 2.4 Perdas de Carga Localizadas (hs) Podem ser também chamadas de Perdas em singulares ou secundárias e ocorrem sempre que há mudança no módulo e, ou na direção da velocidade. Uma mudança no diâmetro (ou na seção do escoamento) implica uma mudança na grandeza da velocidade. , 11 As singularidades são todos os acessórios inseridos em uma rede de tubulações que vão desde suas conexões, como os equipamentos de controle como válvulas, conforme a Figura 2.4. Não estão inclusos as Máquinas como Bombas ou Turbinas nesta descrição. Figura 2.4 – Exemplos de Singularidades Fonte: O autor. Diferentemente do desenvolvimento do cálculo da perda de carga distribuída (hf) sua equação será o produto do um coeficiente de descarga para perdas localizadas (k) pela carga cinética, conforme a equação 32. ℎ𝑠 = 𝑘 . 𝑣² 2 .𝑔 (Eq. 32) O fator (k) é calculado experimentalmente para cada tipo de singularidade encontrada no mercado e é apresentado em tabelas pelos fabricantes. Se a velocidade for menor que 1 m/s e o número de peças for pequeno, as perdas localizadas podem ser desprezadas. , 12 2.5 Equação Geral para o Cálculo das Perdas de Carga Total (HTf) Agora que determinamos os diferentes tipos de perdas de cargas que ocorrem em um sistema de tubulação podemos finalmente, determinar a equação geral para a perda de carga total (HTf). 2.5.1. Fórmula de Hazen–Willians Lembre-se que a utilização desta fórmula é direcionada quando os cálculos envolvem o fluido água. 𝐻𝑇𝑓 = ∑ ℎ𝑓 + ∑ ℎ𝑠 = ∑(10,643 . ( 𝑄1,85 . 𝐿 𝐶1,85 . 𝐷4,87 )) + ∑ (𝑘 . 𝑣2 2 .𝑔 ) (Eq. 33) 2.5.2. Fórmula Universal ou de Darcy-Weisbach Pode ser utilizada para qualquer sistema de tubulações conduzindo fluidos, podendo haver diversos trechos retos, e diversas singularidades instaladas ao longo de seu comprimento total. 𝐻𝑇𝑓 = ∑ ℎ𝑓 + ∑ ℎ𝑠 = ∑(𝑓 . 𝐿 𝐷 . 𝑣2 2 .𝑔 ) + ∑ (𝑘 . 𝑣2 2 .𝑔 ) (Eq. 34) 2.6. Tipos de Medidores Neste bloco estudaremos as medições realizadas com manômetros e medidores de vazão, cada qual obedecendo a seus critérios construtivos e de aplicação. Cabe ressaltar que a leitura destes instrumentos deve ser realizada utilizando os critérios estabelecidos na NBR 10012-1, sendo necessário: • Comprovação metrológica: Conjunto de operações necessárias para assegurar- se de que um dado equipamento de medição está em condições de conformidade com os requisitos para o uso pretendido; , 13 • Equipamento de medição: Todos os instrumentos de medição, padrões de medição, materiais de referência, dispositivos auxiliares e instruções necessária para a execução da medição; • Exatidão da medição: Proximidade entre o resultado de uma medição e o valor real (convencional) do mensurando; • Incerteza da medição: Resultado de uma avaliação que tem por fim caracterizar a faixa dentro da qual se espera que o valor real do mensurando se encontre, geralmente com uma dada probabilidade. 2.6.1. Medição de Pressão A instrumentação é a ciência que se ocupa em desenvolver e aplicar técnicas de medição, indicação, registro e controle de processos de transformação, visando à otimização de sua eficiência. Essas técnicas são normalmente suportadas teoricamente em princípios físicos e ou físico-químicos e utiliza-se das mais avançadas tecnologias de fabricação para viabilizar os diversos tipos de medição de variáveis industriais. Dentre essas variáveis encontra-se a pressão cuja medição possibilita não só seu monitoramento e controle como também de outras variáveis tais como nível, vazão e densidade. Os manômetros são os dispositivos utilizados para indicação local de pressão e em geral divididos em duas partes principais: o manômetro de líquidos, que utiliza um líquido como meio para medir a pressão, e o manômetro tipo elástico que utiliza a deformação de um elemento elástico como meio para se medir pressão, conforme a Figura 2.5. , 14 Figura 2.5 – Exemplo de um Manômetro do tipo elástico Fonte: O autor. 2.6.2. Medição de Vazão A medição de vazão de fluidos sempre esteve presente na era da modernidade. O hidrômetro de uma residência, o marcador de uma bomba de combustível são exemplos comuns no dia-a-dia das pessoas. Em muitos processos industriais, ela é uma necessidade imperiosa, sem a qual dificilmente poderiam ser controlados ou operados de forma segura e eficiente. Na História, grandes nomes marcaram suas contribuições. Provavelmente a primeira foi dada por Leonardo da Vinci (1452-1519) que, em 1502, observou que a quantidade de água por unidade de tempo que escoava em um rio era a mesma em qualquer parte, independente da largura, profundidade, inclinação e outros. Mas o desenvolvimento de dispositivos práticos só foi possível com o surgimento da era industrial e o trabalho de pesquisadores como Bernoulli, Pitot e outros. , 15 Existe uma variedade de tipos de medidores de vazão, simples e sofisticados, para as mais diversas aplicações. O tipo a usar sempre irá depender do fluido, do seu estado físico (líquido ou gás), das características de precisão e confiabilidade desejadas e de outros fatores. A escolha correta de um determinado instrumento para medição de vazão depende de vários fatores. Dentre estes, pode-se destacar: • Exatidão desejada para a medição; • Tipo de fluido: se líquido ou gás, limpo ou sujo, número de fases, condutividade elétrica, transparência etc.; • Condições termodinâmicas: níveis de pressão e temperatura nosquais o medidor deve atuar (entre outras propriedades); • Espaço físico disponível; • Custo. 2.6.2.1. Tipos de Medidores Estes medidores de vazão são, na realidade, sensores movidos, ou que registram a passagem de fluido. O número de rotações do motor está associado à vazão do fluido. A seguir são apresentados alguns tipos de medidores de vazão de deslocamento positivo: • Tubo de Pitot: A velocidade é determinada através do diferencial de pressão entre dois pontos do Pitot, um deles no sentido oposto ao fluxo (impacto) e outro no sentido do fluxo; • Turbina ou Fluxímetro: A velocidade é determinada como uma proporção do número de rotações de uma hélice inserida no fluxo. E o exemplo do hidrômetro de nossas casas; , 16 • Medidor Eletromagnético: A lei de indução eletromagnética de Faraday rege a obtenção da velocidade do fluxo. Quando um campo magnético é aplicado perpendicularmente à direção do fluxo, é gerada uma força eletromotriz proporcional à velocidade média do fluxo; • Medidor Ultrassônico: A velocidade é calculada através da emissão de pulsos ultrassônicos no fluxo d’água e os correspondentes tempos de trânsito. Com estes valores, comparados com o tempo no líquido estacionário, determina-se a velocidade média do fluxo. A Figura 2.7 apresenta um medidor de vazão do tipo turbina, mais conhecido como hidrômetro. Figura 2.7 – Exemplo de um Medidor de Turbina, Hidrômetro Fonte: O autor. Conclusão Assim, encerramos os estudos das equações básicas da Hidrocinética e podemos avançar nossos conhecimentos para a implantação de Máquinas Hidráulicas que iram ajudar a vencer as Perdas de Carga Total em nossos Sistemas e Redes de Abastecimento. , 17 Conhecemos a aprendemos também sobre os tipos de medidores que usaremos em nossos projetos. Vamos em frente e bons estudos! REFERÊNCIAS AZEVEDO NETTO, J. M. Manual de Hidráulica. São Paulo: Edgar Blucher, 1973, 1977, 1982. BISTAFA, S. R. Mecânica dos Fluidos: noções e aplicações. São Paulo: Edgar Blucher, 2010. BRUNETTI, F. Mecânica dos Fluidos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
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