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A1 DIREITO DAS COISAS 1

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Universidade Veiga de Almeida
Curso: Direito
Clícia Christina Sousa Custodio
 Matrícula: 20191103260
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito das Coisas I 
 Trabalho da Avaliação 1 do semestre 2022.1
 
 
 
Rio de Janeiro
Abril de 2022
JURISPRUDÊNCIAS ESCOLHIDAS
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE.  1) No juízo possessório busca-se a tutela da posse sem que se cogite de qualquer relação jurídica subjacente, vale dizer, com base na posse, enquanto fato jurídico preexistente, hostilizada por uma ofensa concreta, sem qualquer discussão no tocante ao fenômeno jurídico da propriedade, perscrutando-se apenas o mundo fático. 2)  Prova produzida que não corrobora as alegações autorais, não apenas no que se refere à ocorrência do alegado esbulho, mas, principalmente, no que tange à identificação do imóvel sobre o qual controvertem as partes. 3)  Ausência de convergência nos depoimentos no que se refere às características do lote objeto do litígio, bem como quanto à sua localização e, ainda, quanto à existência ou não de edificações no local. 4) Inexistência, ainda, de provas de que a recorrente, efetivamente, tenha exercido a posse sobre o imóvel no qual pretende se ver reintegrada. 5) Recurso ao qual se nega provimento. (0006962-62.2014.8.19.0028 - APELAÇÃO. Des(a). HELENO RIBEIRO PEREIRA NUNES - Julgamento: 12/04/2022 - QUINTA CÂMARA CÍVEL)
Agravo de Instrumento. Ação de imissão de posse. Agravada que adquiriu imóvel por leilão extrajudicial. Decisão que determinou a imissão liminar na posse em favor da agravada arrematante do imóvel, que anteriormente havia sido adquirido pelos agravantes, estes em débito com a instituição financeira. Imóvel objeto da lide que foi dado em garantia pelos agravantes em contrato de mútuo com alienação fiduciária, submetendo-se à expropriação por leilão. Agravada que adquiriu o bem no leilão extrajudicial. Direito à imissão na posse que advém do poder de sequela inerente à condição de proprietário. Aplicação do art. 1228 CC. Arrematante terceiro de boa-fé que não pode ser prejudicado por relações jurídicas anteriores à arrematação regular e legal. Jurisprudência pacificada. Relação dos agravantes com o banco credor que, em face da agravada, terceira estranha ao contrato financeiro e de boa-fé, é res inter alios acta. Precedentes. Manutenção da decisão. Agravo desprovido.
(0072269-03.2021.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO. Des(a). CRISTINA TEREZA GAULIA - Julgamento: 29/03/2022 - QUINTA CÂMARA CÍVEL)
APELAÇÃO CÍVEL. Embargos à execução fiscal. Crédito de IPTU relativo aos exercícios de 2010 a 2013. Prova que comprova que o imóvel foi objeto de esbulho por parte de pessoas não identificadas que ali permaneceram sem oposição do embargado que deixou de exercer posse, uso e fruição do bem, com destituição de fato de seu direito de propriedade. Imóvel que não se encontrava mais sob o domínio de fato da empresa embargante. Inexigibilidade da cobrança dos tributos. Precedentes jurisprudenciais. Manutenção da sentença. DESPROVIMENTO DO RECURSO. (0035263-85.2019.8.19.0014 - APELAÇÃO. Des(a). MARGARET DE OLIVAES VALLE DOS SANTOS - Julgamento: 04/03/2022 - DÉCIMA OITAVA CÂMARA CÍVEL)
 As três jurisprudências escolhidas abordam conflitos que ocorrem relativos a Posse, nos casos, de imóveis. Para Edmundo Lins, a posse é um direito, garantido pelo Código Civil Brasileiro, no artigo 1.196, caput. Nos 3 casos, observamos situações de posses totalmente diferentes, no primeiro caso, a posse é justa e de boa-fé, pois o recorrente entrou com ação de reintegração de posse sem ao menos saber pontuar características do imóvel, deixando clara e reafirmando a posse de direito do atual possuidor, sendo desprovido o recurso. No segundo caso, temos uma posse direta, recebida por força de contrato, que também é justa e de boa-fé, tendo em vista que a agravada adquiriu o imóvel por leilão, onde os agravantes perderam a posse, ao inadimplirem o pagamento ao banco de um contrato que mantinha o imóvel como garantia, aplica-se o art. 1.223, caput, do Código Civil. No terceiro caso, são mencionadas características da posse, uso e fruição do bem, restando claro que a empresa embargante não as exerceu, demonstrando não possuir os requisitos de um real possuidor à luz do Direito Civil brasileiro, enquanto o embargado, que há anos exerce a posse, injusta, porém de boa-fé, do bem, manteve seu direito de possuir, principalmente ao deixar registros do uso e cuidado da posse ao pagar Impostos sobre o bem. Importante frisar que nos três casos aqui abordados, as ações basearam-se no princípio da sequela, que, juntamente com a oponibilidade erga omnes, representa o direito de perseguir a coisa em poder de quem quer que ela esteja e então reivindicá-la, tornando possível as ações de reintegração de posse. 
 Os direitos reais são muito complexos e há diversas controvérsias, discutidas até os dias atuais entre os estudiosos da área. Apesar de sua constante aparição em casos de posse, podemos observar os direitos reais nas mais diversas situações. No entanto, é sempre bom lembrar que o direito à posse vem como um alento ao brasileiro majoritariamente possuidor e relembra o direito fundamental à moradia que está amparado na nossa Constituição Federal de 1988.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PEREIRA, Caio Mário da S. Instituições de Direito Civil - Vol. IV - Direitos Reais, 27ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2019. 9788530985424. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530985424/. Acesso em: 14 abr. 2022.
TEPEDINO, Gustavo. Fundamentos do Direito Civil - Direitos Reais - Vol. 5. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. 9788530992545. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530992545/. Acesso em: 14 abr. 2022. 
VENOSA, Sílvio de S. Código Civil Interpretado, 4ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2019. 9788597018905. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597018905/. Acesso em: 14 abr. 2022.

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