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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA ATIVIDADE AVALIATIVA (A1) DIREITO DAS COISAS I (JUR8135_22) Breno Martins Guedes – 20191108995 Carlos Eduardo Duarte Silva – 20191109109 Jaqson da Silva Júnior - 20191108920 Rio de Janeiro 2022 No primeiro caso analisado é possível constatar, quanto à classificação, Direito real sobre coisa própria (“jus in re propria”) pois a autora pretende com a lide reivindicar a propriedade. Com isso verifica-se também o Direito de sequela (art. 1.228 do CC). Bem como, é possível verificar a aplicabilidade do princípio do absolutismo, pois a titular do direito real se opôs a quem se interveio a este, bem como, do princípio da perpetuidade, pois apesar de passado o tempo sem a posse do bem, o direito real da autora não se extinguiu. O segundo caso concreto, ação de reintegração de posse, classifica-se em Direito real sobre coisa alheia (“jus in re aliena”) pois foi celebrado, pela parte autora, contrato de concessão de uso do imóvel com o Município do Rio de Janeiro. Verifica-se como característica, a Aderência, pois o bem sujeita-se ao titular do direito e o Direito de sequela, pois o titular do direito o reivindica. São aplicáveis os princípios da aderência e da exclusividade, pois o contrato de permissão de uso apresentado pelo réu estava vencido e não se pode haver dois direitos reais com o mesmo conteúdo. O último, ação de manutenção de posse. Este é um caso em que o autor reivindica Direito real sobre coisa alheia (“jus in re aliena”), este alega a Servidão do imóvel (Art. 1.378, CPC), indeferida pelo juízo. Verifica-se como característica e princípio, a publicidade pois o réu apresenta todos os documentos que provam que ele é detentor do direito de uso, posse e propriedade, com poderes para fruição plena. Sendo assim, ficou comprovado o direito real ilimitado (“jus in re propria”) do réu. EMENTAS 1º CASO AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 882.877 - SP (2016/0086663-1) RELATOR: MINISTRO MARCO AURÉLIO BELLIZZE AGRAVANTE: RENATO RIBEIRO DA SILVA ADVOGADOS: MARIA IRMA CARDILLI DA FONSECA E OUTRO(S) - SP024026; LEANDRO MENDONÇA DE OLIVEIRA E OUTRO(S) - SP275498; AGRAVADO: MARIA DE JESUS MAIELLO ADVOGADO: MARCELO RIBEIRO PENTEADO SILVA E OUTRO(S) - SP092130 EMENTA AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. USUCAPIÃO NÃO COMPROVADA. ALTERAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 7 DO STJ. AGRAVO IMPROVIDO. 1. A instância ordinária, ao dirimir a controvérsia, assentou o entendimento de que estão presentes os requisitos legais para a concessão da reintegração de posse e, ainda, afastou, com base na análise no acervo fático-probatório dos autos, que os elementos da usucapião pleiteada, por igual, não se demonstraram. 2. Nesse contexto, reverter a conclusão do Tribunal local para acolher a pretensão recursal quanto ao reconhecimento da usucapião demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório dos autos, o que se mostra inviável ante a natureza excepcional da via eleita, consoante enunciado da Súmula n. 7 do Superior Tribunal de Justiça. 3. Agravo improvido. 2º CASO APELAÇÃO CÍVEL Nº 0027975-30.2012.8.19.0209 Origem: 7ª VARA CÍVEL REGIONAL DA BARRA DA TIJUCA Apelante: NEWTON DA SILVA Apelado: ORLA RIO CONCESSIONÁRIA LTDA Relator: MARIO GUIMARÃES NETO EMENTA. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. CONTRATO DE CONCESSÃO DE USO DE QUIOSQUE NA ORLA MARÍTIMA DO RIO DE JANEIRO. OCUPAÇÃO IRREGULAR E PRECÁRIA QUE JUSTIFICAM A REINTEGRAÇÃO NA POSSE DO IMÓVEL. Demanda ajuizada pela concessionaria Orla Rio em face do antigo permissionário do quiosque. Alegação de precariedade e esbulho da posse. Sentença de procedência. Antigo ocupante do imóvel que detinha permissão precária de uso do quiosque junto ao Município do Rio de Janeiro, a qual já estava expirada desde 22/12/97, não tendo o permissionário, desde então, regularizado a sua posse junto ao novo Concessionário, ocupando o quiosque sem remuneração e sem justo título. Reintegração na posse do quiosque que se impõe, nos termos do art. 1.210 do Código Civil. RECURSO DESPROVIDO. 3º CASO APELAÇÃO N° 0001541-86.2014.8.19.0062 Relator: DES. CLÁUDIO DELL´ORTO Apelantes: SÉRGIO LUIZ DA SILVA ANDRÉ e OUTROS Apelado: RENATO MONTEIRO PINHEIRO Origem: Juízo de Direito da Vara Única da Comarca de Trajano de Moraes EMENTA APELAÇÃO. AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE. Servidão de passagem não caracterizada. Acesso aos terrenos dos autores por outra via. Comprovação pelo réu da aquisição onerosa da rampa discutida nos autos, bem como de que os autores nunca a utilizaram para ter acesso aos seus respectivos terrenos, localizados no Loteamento Santa Terezinha. Turbação não caracterizada. RECURSO NÃO PROVIDO. REFERÊNCIAS TARTUCE, Flavio. Direito Civil - Vol. 4 - Direito das Coisas, 9ª edição. Forense, 12/2016. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 5: direito das coisas, 13th edição. Editora Saraiva, 12/2017.
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