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TEXTO DE APOIO: GRM POAD_03c – Gestão de Estoques Turma: 2ºH ETEC GINO REZAGHI Prof. Wagner Moreira da Silva – wagner.silva164@etec.sp.gov.br 1 / 2 Aluno:______________________________________ A importância da correta gestão do estoque Em qualquer área de uma empresa, a má gestão acarretará problemas, com o estoque não é diferente. Um dos principais erros está na escolha errada na forma de gerenciar os itens dos estoques, que podem se transformar em prejuízo decorrente do desperdício de produtos ou mesmo pelo excesso de capital investido. As vantagens de uma gestão eficiente dos estoques • Evitar perdas com expiração de prazo de validade; • Ganho na acuracidade dos resultados; • Correta identificação da importância do item; • Identificação dos produtos que estão sem giro; • Eficiência no uso do capital de giro; • Informações mais confiáveis para pedidos. Curva ABC – O que é e como funciona A Curva ABC, também conhecida por Teorema de Pareto (em homenagem ao seu criador, o italiano Vilfredo Pareto que percebeu que 80% da riqueza estava nas mãos de apenas 20% da população), por isso também regra 80/20. A aplicação deste conceito na gestão empresarial teve início quando. Este conceito passou a ser muito utilizado nos processos administrativos quando Joseph Moses Juran, ao realizar análises quanto à qualidade, verificou que 80% dos problemas tinham origem em 20% dos fatores. Na logística o uso mais comum em logística da Curva ABC é no controle do estoque, como apresentado na sequência. Aplicando a curva ABC na Logística Partindo-se da premissa que nem todos itens do estoque tem a mesma importância, (uns são mais importantes que outros e precisam ser tratados como tal), chega-se a conclusão que é necessário estabelecer critérios para separar os itens no estoque, podendo ser: giro do produto, proporção sobre o faturamento, margem de lucro, custo do estoque, ou outro parâmetro escolhido. É neste contexto que a Curva ABC “cai como uma luva”. A seguir apresentação da aplicação da Curva ABC na classificação dos itens do estoque: • Classe A: são aqueles itens de maior importância (valor, participação no faturamento, margem de lucro, custo, etc.) e representam perto de 80% do parâmetro escolhido (pode-se adotar uma faixa que varie entre 65 a 80%). Estes itens corresponderão a perto de 20% dos itens do estoque. • Classe B: são aqueles de importância intermediária (aproximadamente 15 a 25% do parâmetro escolhido e ao mesmo tempo em torno de 30% do total dos itens do estoque. • Classe C: são os outros 50% dos itens do estoque, que representarão entre 5 e 10% do parâmetro escolhido (valor unitário, proporção sobre o faturamento, margem de lucro, custo do estoque, ou outro parâmetro escolhido). É importante destacar que os percentuais podem variar de empresa para empresa, por isso, é preciso conhecer a empresa e o negócio na hora de realizar a análise e estabelecer o percentual aplicada a cada classe. O ganho do uso da curva ABC é a redução dos custos dos estoques sem comprometer o nível de atendimento ao cliente. Para isso, a Curva ABC deve ser capaz de expressar a classificação dos itens em estoque de acordo com sua importância relativa a prestação do serviço. Como separar em classes A, B ou C? Com o auxílio de uma planilha eletrônica é possível construir a curva ABC de forma rápida. O primeiro passo é definir os critérios a serem utilizados (os mais usados são o giro do item e seu impacto no resultado). A seguir, montar uma tabela com a participação de cada item na receita total da empresa (se for esse o critério). Na sequência ordenar os itens em ordem decrescente de participação. O passo seguinte é somar a participação (item a item) e fazer uma linha de corte quando a soma alcançar 80% da receita (Classe A). Os itens entre os 80% e 95% da receita serão da Classe B. e os últimos 5% serão da Classe C. Geralmente, o resultado é semelhante ao mostrado no gráfico abaixo. Alguns itens, no entanto, devem ser incluídos na lista dos “Classe A” por serem estratégicos, estarem atrelados a contratos de fornecimento ou por questões de marketing. São poucos itens nesta situação, mas que merecem um tratamento diferenciado. Com estas informações você já sabe como controlar os estoques de maneira mais eficiente, direcionando os esforços e recursos para os itens mais importantes do seu negócio. Custo do Estoque (PEPS, UEPS e Custo Médio) As empresas, independentemente de seu tamanho ou ramo mailto:wagner.silva164@etec.sp.gov.br TEXTO DE APOIO: GRM POAD_03c – Gestão de Estoques Turma: 2ºH ETEC GINO REZAGHI Prof. Wagner Moreira da Silva – wagner.silva164@etec.sp.gov.br 2 / 2 Precisa calcular seus custos. Nesses cálculos entram também os custos dos estoques. Para tal é importante usar uma boa metodologia para garantir uma boa gestão. A seguir serão apresentadas as três metodologias mais comuns: PEPS, UEPS e custo médio, que permitem estabelecer, de maneiras diferentes, o custo das mercadorias vendidas, ou seja, o preço que a mercadoria foi comprada quando entrou no estoque. No momento de vendê-las, as mercadorias geram uma receita com as vendas, sendo que o lucro desta transação é mensurado ao subtrair os custos de quando foram adquiridas. PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) Também conhecido como FIFO (First in, First out) Este método atribui o custo da mercadoria vendida ao preço de compra mais antigo em estoque. Em razão disso, os primeiros produtos a chegarem ao depósito definirão o valor total do estoque. O método PEPS prioriza a ordem cronológica de entrada dos produtos privilegiando o uso do lote mais antigo de mercadorias até que as quantidades sejam esgotadas. Em seguida, é utilizado o segundo grupo mais velho e assim por diante. Para usar este tipo de gestão é necessário que as mercadorias do estoque sejam armazenadas de forma seriada. O método PEPS é muito utilizado em negócios onde as mercadorias vendidas possuem datas de validade, pois permite que os lotes de produtos mais “velhos” saiam primeiro. Através do PEPS os custos das mercadorias vendidas são deduzidos das vendas na demonstração dos resultados de exercícios, é o método exigido pela Receita Federal. Exemplo: UEPS (Último que Entra, Primeiro que Sai) Também conhecido como LIFO (Last in, First out) A UEPS segue uma metodologia inversa ao PEPS: Último Entrar, Primeiro a Sair. Neste método, o valor do último lote de mercadorias adquiridas é usado para calcular o preço de venda do produto. O cálculo do custo do estoque parte então dos últimos itens que chegaram ao depósito. Ou seja, o valor total do estoque é extraído a partir do custo do último preço. Como normalmente esse valor é mais alto, há, no final do processo, um crédito positivo de material, já que o UEPS causa uma supervalorização do preço do produto. O problema do método está na redução do valor tributável. Exemplo: Custo médio Custo Médio Ponderado Fixo (CMPF) O cálculo é feito da seguinte forma: pega-se o custo total dos materiais disponíveis no estoque e, em seguida, divide- se esse valor pela quantidade equivalente dos mesmos materiais. Exemplo: Custo Médio Ponderado Móvel (CMPM) É uma forma de mensurar o valor do estoque da empresa sem que seja levada em conta uma ordem cronológica de recebimento e saída das mercadorias. Esse método é bastante trabalhoso, mas consegue refletir com exatidão os dados sobre os custos por período e dos estoques remanescentes. Basicamente a diferença é que o cálculo sempre é refeito pela soma das aquisições e divisão pelo total do estoque. Exemplo ATIVIDADE Faça aCurva ABC Custos: Preencha os campos em branco Camisa 7,30% Calça 7,50% Vestido 8,25% Sapato 2,00% Meia 2,50% Acessório 38,75% Boné 5,50% Saia 8,00% Macacão 20,20% Item Participação nos Lucros Qtde Custo Unit. Custo Total Qtde Custo Médio Valor Total Qtde Valor 3 Camisa 15 30,00R$ 450,00R$ -- 7 Calça 5 50,00R$ 250,00R$ -- 11 Vestido 10 80,00R$ 800,00R$ -- 15 Calça -- -- -- 3 15 Calça 10 60,00R$ 600,00R$ -- -- -- 23 Vestido 10 75,00R$ 750,00R$ -- -- -- 23 Vestido -- -- -- 8 27 Camisa 12 27 Camisa 15 35,00R$ 525,00R$ -- -- -- dia Item Compras Consumo Estoque mailto:wagner.silva164@etec.sp.gov.br
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