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@laismazzini INÉRCIA PSICOLÓGICA E AS PAREDES INVISÍVEIS ANALISE O QUADRO A SEGUIR COM A CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO OS AUTORES ROSENFELD E SERVO (1984): CRIATIVIDADE: • Refere-se a gerar novas ideias • É um atributo que pode pertencer a um único indivíduo INOVAÇÃO: • Refere-se à adaptação ou a colocar em prática uma ideia. • Requer a colaboração de muitas pessoas. Como bem observa a autora Wechsler (2002), muitos passos ocorrem entre ter uma ideia e colocá-la em prática, e pode existir falta de comunicação entre esses dois momentos. É necessário, portanto, que se combine o indivíduo inovador com o indivíduo adaptador, que gosta de melhorar o que já foi proposto e pode aproveitar o potencial da nova ideia para desenvolvê-la (ROSENFELD; SERVO, 1984). Para os autores Kelley e Kelley (2014), a criatividade se manifesta na forma de inovação. Fenômenos tecnológicos como Google, o Facebook e o Twitter têm despertado e se beneficiado da criatividade dos empregados para mudar a vida de bilhões de pessoas. A MAIORIA DAS EMPRESAS JÁ PERCEBEU QUE A CHAVE PARA O CRESCIMENTO, E ATÉ PARA A SOBREVIVÊNCIA, é a inovação. De acordo com o autor Zogbi (2014), muitas das dificuldades que encontramos para sermos mais criativos e gerarmos mais inovações partem de nós mesmos. A busca por uma solução em campos de conhecimento distintos pode ser difícil e complexa, devido à chamada “inércia psicológica” das pessoas que acabam limitando suas ações dentro da área que dominam e não pensam fora de sua especialidade. De acordo com Duailibi e Simonsen (1990), a primeira conclusão, e talvez a mais importante, é que a criação e o julgamento nunca devem ser exercidos ao mesmo tempo. Podemos mencionar a Teoria da Resolução de Problemas Inventivos TRIZ), que surgiu a partir do trabalho de Altshuller (anos 50) e foi adotada internacionalmente nos anos 70 (PIRES, 2014). “TRIZ É uma metodologia sistemática, orientada ao ser humano, baseada em conhecimento, para a solução inventiva de problemas e aprendizado organizacional” (SAVRANSKY, apud PIRES, 2014, p. 3). Em um artigo de 1998 para o jornal Triz, James Kowalick definiu como INÉRCIA PSICOLÓGICA uma indisposição à mudança – uma certa “estagnação” devido a uma programação humana. Também representa a impossibilidade – enquanto uma pessoa é guiada por seus hábitos – de se comportar sempre de uma maneira melhor. O CONCEITO DE AUTOPOIESE (MATURANA; VARELA, 1980) define que o mundo ao nosso redor existe porque o nosso interior interage com ele, gerando o fluxo constante de ações e reações que desenham nosso percurso de vida. • Isso só reforça a nossa singularidade. • Então, quando identificamos alguns tipos de bloqueios, nos referimos a algumas condições que se repetem regularmente nas pessoas, criam um padrão @laismazzini comportamental que tem a ver com a nossa necessidade de adequação social (pessoal e profissional). POIESIS é um termo grego que significa produção. AUTOPOIESE quer dizer autoprodução. BLOQUEIOS MENTAIS SÃO obstáculos que nos impedem de perceber corretamente o problema ou conceber uma solução. Pela ação destes bloqueios nós nos sentimos incapazes de pensar algo diferente, mesmo quando nossas respostas usuais não funcionam mais. OS BLOQUEIOS SÃO paredes invisíveis que nos impedem de sair dos estreitos limites do cubículo que construímos ao longo dos anos (SIQUEIRA, 2015, p. 23). Reconhecer que temos nossos próprios bloqueios e saber lidar com eles é a melhor forma de não nos desiludirmos e percebemos que podemos caminhar pela via da inovação. TORRE (2008) AFIRMA QUE OS OBSTÁCULOS AO DESENVOLVIMENTO DA CRIATIVIDADE PODEM VIR POR DIVERSAS FRENTES: A) De nós mesmos, seja em nível mental ou emocional; B) Do próprio meio sociocultural; C) Do ambiente escolar. AS PRINCIPAIS LINHAS DE INVESTIGAÇÃO (WECHSLER, 2002), SÃO ELAS: • BLOQUEIOS CULTURAIS: são bloqueios ao pensamento e ao comportamento criativo. Advêm, em primeiro lugar, da própria sociedade. A sociedade pune ou exclui o indivíduo que é diferente. A ligação entre criatividade e loucura surge do modo e da dificuldade de lidar com as diferenças individuais. • BLOQUEIOS PERCEPTUAIS: são barreias ligadas à incapacidade de resolver problemas criativamente. O indivíduo se fecha às novas percepções. Tem dificuldade de olhar o mesmo fato, problema ou situação sob um diferente ponto de vista, não tendo flexibilidade necessária ao processo criativo. • BLOQUEIOS EMOCIONAIS: são os bloqueios internos à criatividade e constituem um grande impedimento para o comportamento ou realização criativa. Esses bloqueios vão se constituindo através da história de vida da pessoa e de sua interação com a família e com a sociedade. De acordo com a autora, todos esses bloqueios, isoladamente ou combinados, levam o indivíduo a ter medo de se arriscar, e a coragem de se arriscar é um dos principais componentes do comportamento inovador e criativo. O AUTOR PREDEBON (2002) APRESENTA OS BLOQUEIOS MAIS COMUNS À CRIATIVIDADE: 1. ACOMODAÇÃO: caracterizada por certo imobilismo, cultivado a partir da valorização da rotina confortável e do “não desafio”, do previsível. 2. MIOPIA ESTRATÉGICA: falta de boa percepção do contexto e sua dinâmica. A miopia geralmente nasce de um nível exagerado de egocentrismo. 3. IMEDIATISMO: constituído pelo posicionamento simplista de “ir direto ao ponto”. 4. INSEGURANÇA: comum falta de confiança, peculiar às pessoas com necessidade exagerada de aprovação. @laismazzini 5. PESSIMISMO: inimigo de todo e qualquer tipo de investimento, pelo palpite invariável de que “não dará certo”. 6. TIMIDEZ: característica de personalidade que inibe a apresentação de atitudes e comportamentos mais assertivos, necessários na discussão das iniciativas peculiares à criatividade. 7. PRUDÊNCIA: qualidade pessoal que a partir de certo grau passa a se caracterizar simplesmente como medo, com óbvio prejuízo de todas as iniciativas necessárias no campo da criatividade e das inovações. 8. DESÂNIMO: falta generalizada de motivação e estímulo. 9. DISPERSÃO: comum falta de administração do tempo, que dificulta ou impede a implementação de qualquer projeto que não esteja ligado às necessidades imediatas, o que provoca permanentemente adiamento das iniciativas inovadoras. Referência: Processo da criatividade - Ana Claudia Inácio da Silva Pirolo
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