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Resumão - Ceisc - Processo do Trabalho

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Processo do Trabalho
Competência (material) da Justiça do Trabalho – Art. 114, CF/88
■ servidor público estatutário não é julgado não justiça do trabalho, mas na justiça comum.
■ greve é de competência da justiça do trabalho.
■ sindicatos é de competência da justiça do trabalho.
■ as decisões interlocutórias, em regra, não ensejam recurso (é irrecorrível). A medida judicial que poderá ser adotada, em razão de ofensa a direito líquido e certo em consequência dessa decisão judicial é o mandado de segurança. 
	EXEMPLO: juiz manda antecipar os honorários periciais (contra tal decisão, cabe MS).
■ o conflito de competência é de responsabilidade da justiça do trabalho. 
	EXEMPLO: duas varas do trabalho da mesma região se dizem incompetentes para julgar tal processo, instaura-se o conflito de competência e caberá ao TRT resolver tal conflito. 
a) No caso de dois juízos (cível x comum) quem irá dirimir tal conflito é o STJ.
b) No caso de dois tribunais regionais do trabalho, caberá ao TST resolver esse conflito de competência.
■ a justiça do trabalho também irá jugar danos morais e patrimoniais sofridos pelo empregado, MAAAS caso o empregado queira requerer algum benefício do INSS referente a esses danos, tal matéria não será julgada na justiça do trabalho.
■ a justiça do trabalho não julga crime, mas penalidades administrativas. 
	EXEMPLO: auditores do trabalho, durante fiscalização, encontram irregularidades em determinada empresa e diante dos fatos, aplicar-se-á multa (penalidade administrativa). 
❤ No mundo mágico da CLT não tem crimes, a justiça é mais célere e descomplicada!
■ Não é de competência da justiça do trabalho autorizar o do trabalho de criança e adolescente, mas de competência da justiça da infância e juventude. 
⚠️ Assunto que pode cair em Direito do Trabalho e/ou ECA.
	
⚠️Súmulas que merecem atenção! ⚠️
■ Súmula nº 363 do STJ: ação ajuizada por profissional liberal contra cliente será julgada na justiça estadual (comum). Ex.: advogado deve cobrar honorários do cliente na justiça comum.
■ Súmula nº 62 do STJ: crime de falsa anotação na CTPS será julgado pela justiça estadual (comum).
■ Súmula Vinculante nº 23 do STF: é de competência da justiça do trabalho processar e julgar ação possessória, quaaando decorrer do exercício do direito de greve dos trabalhadores da iniciativa privada.
a) Ameaça. Ex.: trabalhadores e/ou sindicato na frente da empresa ameaçando invadir. O empregador, que está sendo ameaçado, poderá ajuizar um interdito proibitório ou, no caso de já estar sendo esbulhado, ajuizará ação possessória.
■ Súmula nº 392 do TST: dependentes / sucessores podem ajuizar ação de indenização por dano material e moral perante a justiça do trabalho quando por culpa da empresa o trabalhador vier a falecer em decorrência da relação de trabalho, seja por acidente de trabalho ou doenças a ele equiparadas.
■ Súmula nº 368 do TST: para a contribuições previdenciárias, só a execução será de competência da justiça do trabalho.
Competência (territorial) da Justiça do Trabalho – Art. 651, CLT
■ Juntas de Conciliação e Julgamento (termo antigo) quer dizer o mesmo que Varas do Trabalho.
■ Em regra, o local onde a ação será ajuizada no local onde o empregador, seja reclamante oi reclamado, será no local da prestação do serviço e não onde foi contratado.
■ Salvo quando, o empregado for agente ou viajante comercial. Nesse caso, será onde a empresa tiver agência ou filial (a qual o empregado está subordinado) e se não tiver a agência ou filial, poderá ser onde o empregado estiver domiciliado ou ainda, na falta deste, na localidade mais próxima a de seu domicílio.
■ Caso o empregado realize suas atividades fora do lugar do contrato (ex.: circo), é assegurado ao empregado apresentar a reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação de serviços.
■ A competência estabelecida no art. 651 da CLT estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo o contrário. 
⚠️ Assunto que pode cair em Direito do Trabalho e/ou Direito Internacional.
Processo de Homologação de Acordo Extrajudicial – Arts. 855-B e seguintes, CLT
■ Terá início por petição conjunta e obrigatória a representação das partes por advogados distintos, ou seja, 2 partes, 2 advogados e 1 acordo.
■ É facultado ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria.
■ Trata-se de uma exceção ao jus postuladi (art. 791, CLT), não se admite que as partes postulem sozinhas nesse caso.
■ Do término do contrato, o empregador tem 10 dias para pagar as verbas rescisórias. Caso ele não pague, receberá uma multa independentemente de ele estar fazendo um acordo extrajudicial ou não 
⚠️ não pagou as verbas rescisórias em 10 dias, multa.
■ Primeiro junta a petição conjunta (os dois advogados) e após sua distribuição, em um prazo de 15 dias ela será apreciada, após essa apreciação o juiz poderá marcar uma audiência ou não, caso não queira marcar audiência, poderá partir direto para a sentença.
■ Nessa sentença ele poderá homologar o acordo (mas não é obrigado, pois apesar da vontade das partes, o juiz possui o seu livre convencimento) ou não. 
	HOMOLOGOU O ACORDO ✔️
	NÃO HOMOLOGOU O ACORDO ❌
	 ■ Caso o juiz homologue a acordo, não tem por que recorrer. 
■ Caso o juiz homologue o acordo parcialmente, cabe recurso.
	Caso ele não tenha homologado, cabe recurso.
■ O recurso da sentença no processo do trabalho é o Recurso Ordinário.
■ Após o término do contrato de trabalho, o prazo prescricional do empregado é de 2 anos para acionar a justiça do trabalho. Caso o processo esteja correndo e demorando, para não prejudicar o empregado devido ao prazo de 2 anos, suspende-se tal prazo (somente quanto aos direitos nela especificados e o que não for objeto da ação, o prazo continua correndo normalmente) até o dia útil seguinte que nega a homologação do acordo.
Jus Postulandi 
■ É a possibilidade de as pessoas litigarem pessoalmente sem advogado.
■ A súmula 425 do TST limita o jus postulandi as Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, ação cautelar, mandado de segurança e recursos de competência do TST (recursos de revista; embargos ao TST).
Honorários de Sucumbência – 791-A, CLT
■ É devida a sucumbência ainda que o advogado atue em causa própria.
■ Serão fixados entre no mínimo 5% e no máximo 15% sobre o valor da liquidação, do proveito econômico obtido ou não sendo possível mensurá-lo, do valor da causa.
⚠️ honorários de sucumbência no processo civil são de no mínimo 10% e de no máximo 20%
■ No caso de procedência parcial, serão fixados honorários parciais, sendo vedado a compensação. 
	Exemplo: ambas as partes, reclamante e reclamada tiveram pedidos julgados improcedentes e, portanto, deverão pagar honorários de sucumbência aos dois advogados, não se pode deixar de pagar esses honorários para compensar a sucumbência um do outro, para que ambos fiquem “quites”, pois o que está em questão é o direito do advogado em receber.
■ ADI 5766 (STF): Não pode ser descontados os honorários de sucumbência dos créditos obtidos no processo em questão ou em outro se a pessoa for beneficiária da justiça gratuita. Os honorários ficaram em condição suspensiva e caso a parte sucumbente tiver alguma mudança em sua condição financeira ela poderá ser cobrada no prazo de 2 anos. caso não ocorra mudança, o advogado fica sem receber os honorários de sucumbência.
■ Os honorários de sucumbência são devidos tanto na ação quanto na reconvenção.
Justiça Gratuita – Art. 790, §3º e § 4º da CLT
■ Tem direito ao benefício da justiça gratuita aqueles que recebem salário igual ou inferior a 40% do limite máximo (teto) dos benefícios do regime geral de previdência social (RGPS).
■ Tem que provar a insuficiência de recursos para pagar as custas, mesmo recebendo mais que 40%.
■ Súmula 463 do TST
■ OJ nº 269, I: o benefício de justiça gratuita pode ser requisitado a qualquer tempo e em qualquergrau de jurisdição, mas na fase recursa deverá ser no prazo alusivo ao recurso, porque se a parte não tiver concedido o benefício, deverá fazer o preparo (pagar as custas, fazer o depósito recursal) e se p preparo não for pago, o recurso não vai tramitar.
Prazo Processual – Art. 774, CLT
■ O prazo inicial da data em que:
	a) for recebida pessoalmente (pessoal).
	
	b) for recebida a notificação (postal).
	regra geral, presume-se recebida em 48 horas e 5 dias após a presunção desse recebimento, tem-se a audiência.
	c) publicação do edital no jornal oficial
	
	d) publicação do edital na sede da junta, juízo ou tribunal.
	
■ O prazo conta-se em dias úteis, excluindo o dia do começo e incluindo o dia do fim (art. 775, CLT).
	SEGUNDA
	TERÇA
	QUARTA
	QUINTA
	SEXTA
	SÁBADO
	DOMINGO
	1
	
2
■ recebimento da notificação)
■ exclui-se o dia de início, ou seja, não será contado
	3
dia 1
	4
dia 2
	5
dia 3
	6
NÃO CONTA, POIS NÃO É DIA ÚTIL.
	7
NÃO CONTA, POIS NÃO É DIA ÚTIL.
	8
dia 4
	
9
dia 5
■ último dia do prazo e nesse dia o ato processual ainda poderá ser praticado.
■ no caso do processo eletrônico, ele poderá ser praticado até as 23h59min
■ Se a intimação acontecer no sábado, por exemplo, esse dia não é contado, bem como o domingo e será como se a intimação tivesse ocorrido na segunda, excluindo a segunda (exceto se não tiver expediente na segunda ou for feriado).
	Súmula 385 do TST: se for feriado local, caberá a parte provar a existência de feriado local e caso não comprove, terá um prazo de 5 dias para sanar o vício. 
■ os prazos processuais podem ser suspensos ou interrompidos.
	SUSPENSÃO
	INTERRUPÇÃO
	■ congela e continua de onde parou. 
Ex.: férias da advocacia (20/ dez a 20/jan.). 775-A, CLT.
	■ zera o cronometro e recomeça do zero. 
Ex.: embargos de declaração.
■ Decreto 779/69: prazos diferenciados para a Fazenda Pública: refere-se às pessoas jurídicas de direito público interno, a saber: União, Estados, Municípios, Distrito Federal, Territórios, autarquias e fundações públicas.
	a) União
b) Estados
c) Municípios
d) DF
f) autarquias e fundações de direito publico federais, estaduais ou municipais que não explorem atividades econômicas.
	■ normalmente o prazo entre a notificação e a audiência é de 5 dias, mas para a fazenda será em quadruplo, ou seja, 20 dias. (4x)
■ prazo em dobro para recursos. (2x)
Nulidades (prejuízo) – Art. 794, CLT
■ sem prejuízo, sem nulidade.
■ só terá nulidade os atos que gerarem prejuízo para qualquer das partes.
■ a nulidade (relativa) deverá ser alegada na primeira oportunidade que a pessoa tiver que falar nos autos.
■ a nulidade absoluta pode ser declara a qualquer tempo, em qualquer grau de jurisdição e poderá ser declarada de ofício. Ex.: incompetência de foro (nulo todos os atos decisórios).
■ quem deu causa a nulidade não pode se beneficiar com ela.
■ a nulidade só afeta os atos dali para frente, não anula aqueles atos antigos que não foram contaminadas.
■ Súmula 427 do TST.
Procedimentos 
■ a forma com que o processo vai se desenvolver.
1) RITO SUMÁRIO (rito de alçada):
· Até dois salários-mínimos
· Só admite recurso de matéria constitucional (chegou na sentença, não tem recurso, só se for algo muito grave, de matéria constitucional).
2) RITO SUMARÍSSIMO (o que mais cai!): 852-A, CLT
· Para demandas de até 40 salários-mínimos.
· Impedida de ser parte a administração pública direta, autárquica e fundacional.
· Não admite citação por edital
· Com prazo máximo para apreciação de no máximo 15 dias.
· Em regra, tem-se uma audiência única (terá um momento para conciliação, para instrução, de julgamento, ou seja, tudo se resolve nessa audiência.
· Art. 852-H, §§ 2º e 3º: duas testemunhas (elemento surpresa) para cada parte, que comparecem em audiência independente de intimação (só serão intimadas aquelas testemunhas que foram comprovadamente convidadas, aceitaram comparecer e não apareceram).
· Caso a testemunha falte e precise ser intimada, abre-se um prazo de 30 dias para que se dê continuidade nesse processo.
· Admite-se prova pericial.
· A sentença dispensa a parte do relatório.
3) RITO ORDINÁRIO (COMUM)
· Para demandas com mais de 40 salários-mínimos.
· Para demandas que não podem tramitar em outro rito, mesmo que seja com menos de 40 salários-mínimos.
Reclamação Trabalhista E Defesa do Réu (reclamada)
■ Art. 840, CLT.
■ a reclamação trabalhista pode ser escrita ou verbal.
■ se escrita, a reclamação deverá conter o valor do que está sendo requerido, não precisa ser certo, basta um valor aproximado (caso não traga o valor, o pedido será extinto sem resolução do mérito).
■ a reclamação verbal será reduzida a termo: a pessoa vai até o balcão, marca-se dia e hora para ela ir reduzir a termo e caso não apareça, por consequência se dará a perempção trabalhista (731, CLT).
 ⚠️ na perempção trabalhista, a pessoa ficará 6 meses impedida de reclamar perante a justiça do trabalho.
■ reclamante que se ausenta duas vezes na audiência, o processo é arquivado e ela é impedida de ingressar com nova reclamação pelo prazo de 6 meses.
■ até o oferecimento da contestação, o reclamante pode desistir da ação. Após o oferecimento, só desiste com o consentimento da reclamada. (841, § 3º, CLT).
■ Reclamação Plúrima: ação com vários autores (art. 842, CLT).
· identidade de matéria (tem que ser o mesmo pedido).
· empregados da mesma empresa.
· pode acontecer de um ganhar e o outro não.

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