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Das Penas

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Penas em espécie:
Art. 33, §1, CP: fechado, semiaberto ou aberto.
O regime inicial de cumprimento de pena tem como regra o seguinte:
· Reclusão: qualquer regime inicial;
· Detenção: Semiaberto ou aberto.
A fixação do regime inicial irá variar de acordo: reincidência, quantidade de pena e circunstancias judiciais.
A própria lei diz que a pena será executada de forma progressiva.
O STJ entende que é possível o regime semiaberto aos condenados que sejam reincidentes, desde que as circunstancia judiciais sejam favoráveis.
STJ, 269:
Além disso, o Juiz não pode fixar regime mais gravoso do que aquele abstratamente previsto tendo em conta a pena aplicada.
STF, 718:
STF, 719:
Regras:
Fechado:
Exame criminológico inicial (STJ entende que é facultativo – STJ, 439);
Trabalho durante o dia e descanso isolado durante a noite;
Trabalho em comum dentro do estabelecimento:
· Sendo admissível o trabalho externo em obras publicas (deve ter cumprido pelo menos 1/6 da pena);
O trabalho é obrigatório e a recusa gera falta grave.
O trabalho é remunerado e ele tem direito aos benefícios da previdência social.
· Isso é bastante importante, pois o preso foi condenado a uma pena “privativa de liberdade”, ou seja, o único direito do qual ele está privado é a liberdade. Assim, o preso não se tornou um escravo do Estado, devendo receber pelo seu trabalho, como qualquer pessoa.
Semiaberto:
Exame criminológico inicial (STJ entende que é facultativo – STJ, 439);
Trabalho em colônia agrícola, industrial ou similar, com descanso isolado à noite;
Trabalho externo, bem como frequência a cursos supletivos, de instrução de segundo grau ou superior.
São bem parecidas as regras, mas não idênticas. Aqui, o condenado pode trabalhar fora do estabelecimento, em qualquer trabalho, e não apenas em obras públicas. 
Ainda, deve ser recolhido em estabelecimento próprio (colônia agrícola, industrial ou similar), e não em presidio comum, onde ficam os presos em regime fechado.
ATENÇÃO:
Aberto:
Senso de responsabilidade e autodisciplina do preso;
Trabalho fora do estabelecimento, sem vigilância;
Frequência à curso ou outra atividade autorizada;
Recolhimento noturno e nos dias de folga;
Transferência para regime mais gravoso no caso:
· Pratica de crime doloso;
· Frustração dos fins da execução; ou, 
· Ausência do pagamento de multa, quando ele consegue pagar.
Ele será recolhido em casa de albergado;
· não deve possuir características de prisão;
· caso não haja vagas, o STF e STJ entendem que deve ser recolhido à prisão domiciliar.
Disposições gerais acerca dos regimes de cumprimento da pena:
A pena privativa de liberdade atinge somente um direito do preso: a liberdade (óbvio, não?).
Com isso, o preso mantem todos os direitos inerentes à pessoa humana, como o respeito a sua integridade física e moral.
O STF decidiu regulamentar o uso de algemas, editando a Sumula Vinculante n° 11:
Direito ao recebimento de salário, bem como direito à integrar a previdência social.
E se antes do inicio do cumprimento da pena sobrevier ao condenado doença mental? Deve ser recolhido a Hospital de custódia e tratamento psiquiátrico.
· Cuidado! Se a doença mental sobrevier após o inicio da execução, aplica-se o art. 183, LEP: o Juiz substitui por medida de segurança.
Detração (art. 42): abatimento do tempo de cumprimento de pena imposta, pois o preso permaneceu preso provisoriamente, administrativamente ou internado nos estabelecimentos psiquiátricos do art. 41.
Presidiarias mulheres: estabelecimento próprio.
· LEP: regramento especifico: presidiarias gestantes em fase de amamentação: existência de creches.
Penas restritivas de direito:
As penas restritivas de direitos são também chamadas de “penas alternativas”, pois se apresentam como uma alternativa à aplicação da pena privativa de liberdade, muitas vezes desnecessária no caso concreto.
Duas são as características: autonomia e substitutividade.
Por autonomia entende-se a impossibilidade de serem aplicadas cumulativamente com a pena privativa de liberdade. 
Por substitutividade entende-se o caráter substitutivo das penas restritivas de direito, ou seja, elas não são previstas como pena originária para nenhum crime no Código Penal, sendo aplicadas de maneira a substituir uma pena privativa de liberdade originariamente imposta, quando presentes os requisitos legais.
Requisitos objetivos: (crime em si e a penalidade imposta)
Crimes culposos;
· Pode ser qualquer pena.
Crimes dolosos não violência ou grave ameaça;
· Não pode ser superior a 04 anos.
Requisitos subjetivos: (pessoa do criminoso)
Reincidente em crime culposo pode haver substituição;
Reincidente em crime doloso excepcionalmente, pode haver substituição, desde que a medida seja socialmente recomendável e não se trate de reincidência especifica.
Regras da substituição:
Penal igual ou inferior a um ano: multa ou uma pena restritiva;
Pena superior a um ano: multa e uma pena restritiva ou duas penas restritivas.
· Se for aplicada duas penas restritivas: ele pode cumprir simultaneamente (se compatíveis) ou sucessivamente (se incompatíveis).
Caso o condenado descumpra a obrigação imposta pelo Juiz, ocorrerá a reconversão obrigatória (reconversão à pena original).
A lei não é injusta, pois o tempo que ele cumpriu será abatido da pena privativa de liberdade que ele cumprirá por conta da reconversão.
Há também a reconversão facultativa: o Juiz da execução avaliará se ele pode cumprir a pena restritiva juntamente com a pena privativa (que ele acabou de receber). Caso seja possível, o Juiz pode manter a pena restritiva imposta e o condenado cumprirá ambas, simultanemante; caso não seja possível, haverá a reconversão para pena privativa anteriormente aplicada.
Penas restritivas de direitos em espécie:
Prestação pecuniária:
Consistem no pagamento em dinheiro à vítima, dependentes, ou ainda, entidade publica ou privada com finalidade social;
No montante entre 01 a 360 salários mínimos.
Pode acontecer de, por acordo, esta ser de outra natureza que não seja patrimonial (ex: joias, moveis, imóveis, mão-de-obra).
Perda de bens e valores:
A perda de bens e valores, tal qual a pena de prestação pecuniária, é uma modalidade de pena restritiva de direitos que atinge o patrimônio financeiro do condenado.
Poderá ter, como teto, dois parâmetros: 
· Montante do prejuízo causado 
· Montante do proveito obtido pelo agente ou por terceiro com a prática do delito
Prestação de serviços à comunidade:
Penas privativas superiores a 06 meses;
Entidades públicas:
· Pode ser entidade privada, desde que possua destinação social.
· A doutrina entende que essa pena restritiva não pode ser cumprida em Igrejas, por não se tratar de serviço a comunidade, e pelo fato de que seria uma ofensa ao principio do Estado Laico.
São tarefas gratuitas:
· Diferente do trabalho realizado pelo preso, aqui o condenado não recebe nada pelo trabalho, exatamente porque esta é a própria pena.
As tarefas devem ser atribuídas de acordo com as aptidões do condenado:
· Aptidões do condenado;
· Uma hora de tarefa por dia;
· Não prejudicar a jornada normal de trabalho.
A pena não pode ser vexatória, humilhante ou possuir qualquer outra característica contraria a sua finalidade.
O sistema de cumprimento adotado pelo CP é o da hora-tarefa, com isso, cada hora de tarefa realizada será computado como um dia da condenação.
Se a pena for superior a 01 ano, poderá ser cumprida em tempo menor, mas nunca inferior à metade.
Interdição temporária de direitos:
Limitação de fim de semana:
Permanecer, aos sábados e aos domingos, por 05 horas diárias, em casa de albergado ou outro adequado;
Poderão ser ministradas ao condenado cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas.
Pena de multa:
Multa é pena!!
Consiste no pagamento de determinada quantia em dinheiro;
Destinada ao Fundo Penitenciário Nacional.
Critério utilizado é o do dia-multa.
Montante entre 1/30 e 5x o salário mínimo.
Sistema bifásico:
· Primeiro fixa a quantidade de dias-multa;
· Depois fixa o valor de cada dia multa.
A doutrina entende que:
· A quantidade é baseadano fato criminoso e na personalidade do agente (art. 59);
· O valor é fixado com base na situação econômica do infrator.
Ela pode ser aumentada até o triplo, caso, mesmo sendo aplicada no máximo, o Juiz considere que ela ainda é insuficiente.
Ela deve ser paga em até 10 dias. Podendo o Juiz, considerando as circunstâncias e a requerimento do condenado, permitir o parcelamento do seu pagamento (art. 50).
O CP permite que a pena de multa seja descontada diretamente na remuneração do condenado, salvo se houver sido aplicada cumulativamente com a pena privativa de liberdade, e não pode incidir sobre recursos que sejam indispensáveis ao sustento do infrator e de sua família.
O não cumprimento gera dívida de valor.
Ela deve ser executada perante o Juízo da Execução.
Se o infrator morrer, estará extinta a punibilidade, já que não se pode estender os efeitos da pena (lembrando: multa é pena!!) aos sucessores do infrator, por força do art. 5°, XLV, da CF, que ressalvou apenas a obrigação de reparar dano e o perdimento de bens.
Sobrevindo doença mental, ficará suspensa a pena de multa.

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