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Resumo de Criminologia para concursos _ Passei Direto

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Impresso por L Henrique Ferreira, E-mail lhgfparambu@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 07/11/2022 11:53:01
RESUMO
CRIMINOLOGIA
Impresso por L Henrique Ferreira, E-mail lhgfparambu@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
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CRIMINOLOGIA 
Professor: Murilo Ribeiro + Henrique Hoffman + Emagis + Ciclos + Rafael Strano 
Última atualização: 22/03/2021 
 
 
Impresso por L Henrique Ferreira, E-mail lhgfparambu@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 07/11/2022 11:53:01
Criminologia: Noções introdutórias __________________________________________________ 4 
1. Introdução___________________________________________________________________________ 4 
1.1. Conceito ________________________________________________________________________________ 6 
1.2. Métodos ________________________________________________________________________________ 7 
1.3. Objetos de estudo: ______________________________________________________________________ 8 
1.3.1. DELITO _____________________________________________________________________________ 8 
1.3.1.1. Criminalização _____________________________________________________________________ 9 
1.3.1.2. Prevenção _________________________________________________________________________ 9 
1.3.2. DELINQUENTE _____________________________________________________________________ 10 
1.3.3. VÍTIMA ____________________________________________________________________________ 11 
1.3.4. CONTROLE SOCIAL ________________________________________________________________ 15 
1.4. FUNÇÕES DA CRIMINOLOGIA ___________________________________________________________ 20 
2. PREVENÇÃO _________________________________________________________________________ 21 
2.1. Modelos Teóricos de Prevenção do Delito Modelo clássico ___________________________________ 22 
2.2. Motivo neoclássico ________________________________________________________________________ 22 
2.3. Classificações ____________________________________________________________________________ 22 
2.3.1. Dimensão clássica (prevenção primária, prevenção secundária e prevenção terciária) ______ 22 
2.3.2. Dimensão política (modelo tradicional ou conservador, modelo liberal e modelo radical)______ 24 
2.3.3. Dimensão pluridimensional (prevenção por meio do sistema de justiça penal, prevenção 
situacional do delito, prevenção comunitária e prevenção evolutiva ou de desenvolvimento) _____ 25 
2.4. Fatores Sociais da Criminalidade ___________________________________________________________ 25 
3. MODELOS REAÇÃO CRIME.DE AO ____________________________________________________26 
ESCOLAS CRIMINOLOGIADA ______________________________________________________26 
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA _____________________________________________________________ 26 
1.1. ESCOLA CLÁSSICA: ____________________________________________________________________ 28 
1.2. ESCOLA POSITIVA Positivistaou : __________________________________________________________ 31 
1.3. Escola de Lyon (Escola Antropossocial ou Criminal-Sociológica) __________________________ 36 
1.4. Terza Scuola Italiana (“Terceira Escola Italiana”) __________________________________________ 36 
1.5. Escola Técnico-Jurídica ________________________________________________________________ 37 
1.6. Escola Sociológica Alemã ou Política Criminal____________________________________________ 37 
1.7. Escola Correcionalista __________________________________________________________________ 38 
1.8. Escola da Nova Defesa Social ___________________________________________________________ 39 
1.9. Movimento Psicossociológico ___________________________________________________________ 39 
1.10. Movimento Lei e Ordem_______________________________________________________________ 40 
GIRO SOCIOLÓGICO CRIMINOLOGIA Teorias Macrossociológicas (A Sociedade DA ou
Criminógena) ______________________________________________________________________40 
1. Introdução__________________________________________________________________________ 40 
2. Teorias Consenso, funcionalistas integraçãodo ou de _________________________________ 42 
2.1. Escola de Chicago: (1920-1940) __________________________________________________________ 42 
2.2. Teorias da Aprendizagem Social (Social Learning) ________________________________________ 47 
2.3. Teoria da Associação Diferencial: (1883-1950) ____________________________________________ 48 
2.4. Teoria da Anomia: ______________________________________________________________________ 50 
2.5. Teoria da Subcultura Delinquente: (1918 2014- )____________________________________________ 52 
3. TEORIAS CONFLITO:DO ______________________________________________________________ 55 
3.1. Teoria do Labelling Approach, Social, Rotulação Social, Etiquetamento Reação ou Interacionismo 
Simbólico. ____________________________________________________________________________________ 55 
3.1.1. Seletividade Penal _____________________________________________________________________ 56 
3.2. minologia Crítica, Marxista Cri ou Nova Criminologia: ________________________________________ 57 
4. TEORIAS DE CONTROLE ____________________________________________________________ 58 
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4.1. Teoria do enraizamento social ___________________________________________________________ 58 
4.2. Teoria da conformidade diferencial ______________________________________________________ 58 
4.3. Teoria da contenção ____________________________________________________________________ 59 
4.4. Teoria do controle interior_______________________________________________________________ 59 
4.5. Teoria da antecipação diferencial ________________________________________________________ 59 
Movimentos Atuais de Política Criminal _____________________________________________61 
1. Abolicionismo Penal ________________________________________________________________ 61 
2. Minimalismo Penal __________________________________________________________________ 63 
3. Neorrealismo Penal _________________________________________________________________ 63 
4. Garantismo Penal ___________________________________________________________________ 64 
5. Tendências Securitária, Justicialista e Belicista _______________________________________ 65 
6. Direito Penal do Inimigo _____________________________________________________________ 66 
7. Teoria do cenário da bomba relógio (the ticking time bomb scenario) ___________________ 67 
8. Direito Penal Paralelo e Direito Penal Subterrâneo _____________________________________ 67 
9. Bullying, Assédio Moral e Stalking ___________________________________________________ 67 
CRIMINOLOGIA AMBIENTAL _______________________________________________________68 
 
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Criminologia: Noções introdutórias 
 
1. Introdução 
Terminologia 
Latim crimen (crime) + grego logo (tratado). 
Estudo do crime, se estendeu ao criminoso, vítima, controle social e culturais (atualmente). 
 Idealizador: Paul Topinard (1830 – 1911) 
 Difusor no cenário internacional: Raffaele Garofalo (1851 – 1934) 
 Marco científico 
 Corrente majoritária: O homem Delinquente de Cesare Lombroso ( Escola 1876). 
positivista – científica. 
 Corrente minoritária: Dos delitose das penas de Cesare Beccaria (1764). A obra de 
Beccaria, apesar de escrita anteriormente, não é considerada marco porque o autor está 
inserido na escola clássica, pré-científica. 
 
A Criminologia, a Política Criminal e o Direito Penal são considerados três pilares os de
sustentação das chamadas Ciências Criminais. Enquanto o Direito Penal preocupa criar se em um
sistema abstrato de normas, prevendo comportamentos proibidos sob a amea uma penaça de , a 
Criminologia tem por objetivo realizar um verdadeiro diagnóstico do fenômeno criminal, buscando 
prevenir o crime intervenção infrator modelos reação, definir formas as de no e propor de ao 
comportamento criminoso. Já a Política Criminal funciona como uma verdadeira ponte eficaz entre 
Direito Penal e a Criminologia, sugerindo medidas concretas interação entre o saber experimental na
(próprio Criminologia) e sua eventual transformação da em preceitos normativos (atuação Direito do
Penal). A política criminal é a disciplina que oferece aos poderes públicos as para o opções científicas 
controle da criminalidade. A política criminal pode ser repressiva (Direito Penal) ou preventiva (ex.: 
iluminação pública; revitalização urbana; campanhas de conscientização). Quem faz política 
criminal? Todos os Poderes em todas as esferas federativas. 
Para a doutrina majoritária, entanto, a no Política Criminal não tem autonomia ciênciade , já 
que não possui metodologia própria (Direito Penal e Criminologia, sua vez, são por ciências). 
Atenção: não qualquer subordinação entre o saber criminológico e o dogmático penal. há
Zafaronni diz que há uma dificuldade em diferenciar a criminologia de política criminal 
porque a criminologia não consegue ser externalizada sem o seu viés político. 
(TJ-CE-CESPE) A respeito da política criminal, da criminologia, da aplicação da lei penal e das funções 
da pena, julgue os itens subsequentes. 
I Criminologia é a que ciência estuda o crime como fenômeno social e o criminoso como agente 
do ato ilícito, não se restringindo à análise da norma penal e seus efeitos, mas observando 
principalmente as causas levam à delinquência, com o fim de possibilitar o que
aperfeiçoamento dogmático sistema penal. do
II A política criminal sistematização de estratégias constitui a , táticas e meios de controle social da 
criminalidade, com o propósito de sugerir e orientar reformas na legislação positivada. 
Estão certos apenas os itens I e II 
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Importância da criminologia 
apura a visão crítica e científica daquele que se 
propõe a analisar o problema da delinquência 
 
fornece respostas mais pormenorizadas aos 
problemas criminais que assolam todas as 
sociedades 
 
A criminologia analisa quais são os fatores que culminaram no cenário atual. É a ciência que 
possui as ferramentas e saberes para examinar o fenômeno criminológico que ocorre na sociedade . 
Não incumbe à criminologia punir o transgressor (tarefa do Direito Penal), muito menos definir 
qual é o procedimento de persecução penal durante a investigação ou o processo (missão do Direito 
Processual Penal). 
O Direito Penal ciência dogmática criminologia ciência zetéticaé uma e a é uma . 
Tércio Sampaio Ferraz, em uma de suas obras, para ilustrar tal distinção, conta uma história. 
Sócrates, sentado à porta de sua casa, vê um sujeito passar correndo com um soldado atrás dele 
gritando: “pegue esse homem, ele é um ladrão”. Sócrates, então, pergunta ao soldado: “o que você 
entende por ladrão?”. A anedota histórica mostra dois enfoques distintos: o do soldado, que parte da 
premissa de que a definição do que seja um ladrão já está posta e, portanto, está preocupado com a 
ação, e a de Sócrates, para quem a premissa é duvidosa e merece questionamento. A postura do 
filósofo não está atrelada à norma, está no mundo do ser, no mundo concreto. O soldado corre atrás do 
sujeito para poder cumprir a norma, o mundo do dever-ser. 
 
Dogmática: Significa ensinar, doutrinar. Parte de um objeto de pesquisa com limites bem 
definidos e renuncia à pesquisa independente, vinculando-se a questões finitas, como por exemplo, os 
limites impostos pela lei. É a ciência do dever-ser, do mundo abstrato, ideal. Não é interdisciplinar 
(não admite a interferência de outras ciências). Está ligada à tarefa de interpretação de normas e 
princípios, especialmente preocupando-se com a aplicação destes. 
 
Zetética: Significa indagar, investigar. Despreza qualquer premissa anterior. Cria teorias 
(passíveis de refutação), e (incontestáveis). Tem uma função de especulação infinita; o não dogmas 
objeto é questionado em todas as direções. É a , do mundo , e que visa ciência do ser real explicar a 
realidade. 
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1.1. Conceito 
 
Conceito: Dentre as diversas definições trazidas pela doutrina, destaco as lições de Antonio 
García-Pablos Molinade que alcança, já na visão conceitual, aspectos método, objeto e do das
funções saber criminológico: do “ciência autônoma empírica (baseada realidade) e na
interdisciplinar (que congrega ensinamentos sociologia, psicologia, filosofia, medicina e de
direito) ( ), ocupa estudo métodos que se do do crime, pessoa da do infrator vítima, da e do 
controle social (objetos estudode ) comportamento delitivodo , e que trata subministrar uma de
informação válida, contrastada, sobre a gênese, dinâmica e variáveis principais crime - contemplado do
este como problema individual e como problema social -, assim como sobre programas prevenção de
eficaz mesmo e do técnicas intervenção positiva homem delinquentede no e nos diversos 
modelos sistemas resposta delitoou de ao (funções)” (Tratado de Criminologia, 1999). 
( -DP MA-CESPE) Afirmar que a criminologia é interdisciplinar e tem o empirismo método como 
significa dizer que esse ramo da ciência utiliza um método analítico para desenvolver uma análise 
indutiva. 
 
Ciência lógica e não normativa, busca determinar o homem delinquente utilizando métodos 
biológicos e sociológicos. Nota-se, a partir de então, uma diferenciação com o Direito, visto que o 
Direito é eminentemente normativo, já a Criminologia visa determinar o homem delinquente por meio 
dos métodos biológico e sociológico. 
Características da criminologia moderna (trazidas por García-Pablos de Molina e Luiz 
Flávio Gomes): 
 
 O crime deve ser analisado como um problema com sua face humana e dolorosa. 
 
 Aumenta o espectro de ação da criminologia, para alcançar também a vítima e as 
instâncias de controle social. 
 
 Acentua a necessidade de prevenção, em contraposição à ideia de repressão dos 
modelos tradicionais. 
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 Substitui o conceito de “tratamento” (conotação clínica e individual) por “intervenção” 
(noção mais dinâmica, complexa, pluridimensional e próxima da realidade social). 
 
 Empresta destaque aos modelos de reação social ao delito como um dos objetos da 
criminologia. 
 
 Não afasta a análise etiológica do delito (desvio primário). 
 
Delegado de Polícia - PCSP - Ano: 2015 - Banca: PCSP - Disciplina: Criminologia - A criminologia é 
classificada como multidisciplinar ou interdisciplinar? Por quê? 
 
Delegado de Polícia - PCSP - Ano: 2015 - Banca: PCSP - Disciplina: Criminologia - Qual o conceito 
de multidisciplinaridade e de interdisciplinaridade? 
 
1.2. Métodos 
 
MÉTODOS. Tema recorrenteem concursos públicos. Quais são os métodos utilizados pela 
Criminologia? contrário Ao do Direito Penal, parte uma regra geral (norma) para analisar que de um
comportamento individual (conduta humana), seja, forma ou de dedutiva lógica, e abstrata, a 
Criminologia adota o método INDUTIVO, partindo análise realidade para dela extrair da da as
consequências, maneira de EMPÍRICA e INTERDISCIPLINAR (contribuição diversas de
disciplinas, como a Biologia, a Sociologia e a Psicologia). Assim, métodos Criminologia para os da
a doutrina são INDUTIVO, EMPÍRICO e INTERDISCIPLINAR. único cuidado aqui: Um para o 
Professor Nestor Sampaio Penteado Filho, sua obra Manual Esquemático Criminologia, o em de
saber criminológico utiliza os métodos OLÓGICO e SOCIOLÓGICO, diante caráter empírico e BI do
experimental tal ciênciade . 
MÉTODOS 
Empírico Indutivo Interdisciplinar 
Análise e observação da realidade. O jurista 
de direito penal avança em seus estudos 
lendo obras de direito penal (mestrado, 
doutorado), o direito penal é uma ciência do 
dever-ser, é normativo, jurídico, dogmático. O 
criminólogo é o curioso, ele vai “in loco” – 
analisar e observar a realidade ciência do , 
ser. Método empírico não é a mesma 
coisa método experimental, nem sempre 
será possível a experimentação. 
É aquele que sai de uma 
situação particular para depois 
estabelecer uma situação geral, 
ao final vai estabelecer 
conclusões. O direito penal faz 
a linha inversa, adota o método 
dedutivo. 
Várias ciências vão 
contribuir para a 
criminologia. Ex: psicologia, 
geografia, sociologia 
criminais. 
 
Métodos e técnicas de investigação: 
 Quantitativas: numérico. Estatística, questionário. 
 Qualitativas: levam em consideração outras variáveis. Entrevista e observação participante. 
 Transversais: tomam uma única mediação da variável. 
 Longitudinais: levam em consideração várias medições em diferentes momentos. Toda 
uma vivência do indivíduo. Biografias criminais. 
 
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1.3. Objetos estudo: de
 
Até meados , com do Séc. XX os ideais da Escola Positiva, a Criminologia possuía apenas dois 
objetos estudo: o DELITO e o DELINQUENTEde . Com a evolução própria ciência, da no entanto, 
dois outros pontos interesse foram acrescentados: de VÍTIMA e CONTROLE SOCIAL. Desta forma, 
temos quatro atuais objetos vertentesou : DELITO DELINQUENTE VÍTIMA, , e CONTROLE SOCIAL. 
 
1.3.1. DELITO 
 
O conceito delito para a Criminologia não é o mesmo utilizado pelo Direito Penal, tão de
conhecido por nós quando estudo Teoria Crime. Para o saber criminológico, do da do delito é toda 
conduta com incidência massiva na sociedade, capaz causar dor, aflide ção e angústia 
(incidência aflitiva persistência espaço-temporal ), com e tenha que se um inequívoco consenso a 
respeito suas causas e suas possíveis puniçõesde . 
Vamos explicar melhor? 
a) INCIDÊNCIA MASSIVA: a conduta tida como delituosa NÃO pode ser fato ocorrido um de
maneira isolada, ainda que socialmente reprovável, o fato não pode ser episódico, isolado. Ex.: a 
introdução de um palito de sorvete no orifício de respiração de um cetáceo; foi criada legislação para 
tanto, porém tratava-se de conduta episódica; vale destacar que, na exposição de motivos da lei, foi 
alegado que o objetivo da Legislação era evitar a caça a baleia na costa brasileira; 
b) INCIDÊNCIA AFLITIVA: para que haja legitimidade de punição, o ato tido como criminoso 
deve causar prejuízo, dor ou angústia à vítima à sociedade. ou Ex.: criminalização da expressão 
“couro sintético” ou “couro ecológico”; isso pode ser resolvido em outra esfera, não na penal; 
c) PERSISTÊNCIA ESPAÇO-TEMPORAL durável tempo: o fato deve ser no e no espaço em 
determinado local, não sendo possível criminalizar uma moda, algo passageiro. Ex.: brucutu, uma a 
peça que esguicha água nos Fuscas; era moda a subtração da peça para usar como anel; seria 
incabível a criminalização dessa conduta; outro ex.: a criminalização dos “rolezinhos” em centros 
comerciais; 
d) INEQUÍVOCO CONSENSO: não basta que a conduta tenha incidência massiva, aflitiva e 
persistência espaço-temporal, sendo necessário inequívoco consenso tal ato deva ser um de que
considerado como crime. Ex: o uso do álcool. incidência massiva população? Com Há na
cervej..certeza, rs! incidência aflitiva? Sim, alguns estudos apontam que o álcool é tão prejudicial Há
quanto algumas drogas ilícitas. persistência espaço-temporal? Claro. Alguém, neste exato minuto, Há
está consumindo algum lugar mundo. Apesar tudo isso, não inequívoco consenso em do de há um
acerca sua criminalização e necessidade punição. de da de
 
#OLHAOGANCHO: Justiça Restaurativa – É uma nova perspectiva, oposta à ideia de Justiça 
Retributiva (retribuir o mal com outro mal), fundada basicamente na restauração do mal provocado pela 
infração penal. Busca o restabelecimento do status quo ante dos protagonistas do conflito criminal, 
com a composição de interesses entre as partes envolvidas e reparação do dano sofrido pela vítima, 
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por meio de acordo, consenso, transação, conciliação, mediação ou negociação, propiciando a 
restauração do controle social abalado pela prática do delito, a assistência ao ofendido e a recuperação 
do delinquente. 
Crime sob a perspectiva da criminologia 
Incidência massiva na 
população 
Incidência aflitiva Persistência 
espaço-temporal 
Consenso sobre sua 
etiologia e técnicas de 
intervenção 
Do crime 
Ente jurídico: 
Escola 
Clássica; 
 
Ente natural/manifestação 
patológica/desvio de 
personalidade: Escola do 
positivismo criminológico; 
 
Crime natural: 
Garófalo; 
 
Patologia 
social: Escola 
correcionalista; 
 
Rotulação política: 
labelling approach 
e criminologia 
crítica. 
 
 
 “Para a criminologia o delito se apresenta como um problema social e comunitário, que exige 
do investigador uma determinada atitude para se aproximar dele (...) Portanto, a criminologia entende 
que delito é toda conduta desviada que viola normas jurídicas ou normas sociais.” (BISPO, 2009). 
“Busca analisar a conduta antissocial causas que gerou o delito, as , a busca de um 
tratamento eficaz ao delinquente, visando a sua não reincidência. Para a criminologia o “crime é um 
fenômeno social, comunitário e que se mostra como um ‘problema’ maior, a exigir do pesquisador 
empatia para se aproximar dele e entende-lo em suas múltiplas facetas. Destarte, a relatividade do 
conceito de delito é patente na criminologia, que o observa como um problema social”. (PENTEADO, 
2020) 
“Para a criminologia, “crime é um fenômeno social, comunitário e que se demonstra como um 
problema maior, exigindo assim dos estudiosos uma visão ampla que permita aproximar-se dele e 
compreendê-lo em seus diversos enfoques.” (SUMARIVA) 
 
 1.3.1.1. Criminalização 
 
(i) Primária: é o ato de legislar em matéria penal; somente é feita pelo Poder Legislativo; 
Características: diz respeito a condutas abstratas e pessoas indefinidas. 
(ii) Secundária: é a . Quem exerce a criminalização secundária: polícia aplicação da lei penal
federal, civil, militar; sistema de justiça; Exército; administração penitenciária etc. É o controle social 
formal; Características: ao contrário da criminalização primária, a secundária diz respeito a condutas 
concretas e pessoas específicas; 
 
Obs: Cifra oculta (cifra negra): É a diferença entre os crimes que acontecem e aqueles que 
chegam ao conhecimento do sistema de justiça. Outras cifras: Cifra verde: crimes contra o meio 
ambiente; cifra amarela: crimes cometidospor agentes estatais; cifra rosa: crimes de homofobia; cifra 
dourada: crimes de colarinho branco. 
 
1.3.1.2. Prevenção

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