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MASTOLOGIA ANATOMIA DA MAMA As mamas são anexos da pele e do sistema reprodutivo humano. São constituídas por: ➔ Parênquima de tecido glandular: glândulas mamárias (glândulas cutâneas modificadas), que se dividem em lobos mamários, e se destinam à secreção láctea; ➔ Estroma de tecido conjuntivo: envolvem cada lobo e a glândula como um todo; ➔ Pele: dotada de glândulas sebáceas e sudoríparas. Didaticamente, a mama é dividida em quatro quadrantes. Esta divisão permite a descrição da localização das lesões mamárias: ➔ Quadrante Superior Externo ou Lateral (QSE ou QSL); ➔ Quadrante Inferior Externo ou Lateral (QIE ou QIL); ➔ Quadrante Superior Interno ou Medial (QSI ou QSM); ➔ Quadrante Inferior Interno ou Medial (QII ou QIM). PROPEDÊUTICA MAMÁRIA Anamnese A anamnese deve incluir os aspectos gerais de qualquer história clínica, com ênfase na caracterização minuciosa dos sintomas mamários. Exame físico Inspeção: É importante o examinador comparar as mamas observando possíveis assimetrias, diferenças na cor da pele, textura, e padrão de circulação venosa. Palpação: Durante a palpação, deve-se observar possíveis alterações na temperatura da pele e a existência de nódulos. A descrição de nódulos deve incluir informações quanto ao seu tamanho, consistência, contorno, superfície, mobilidade e localização. ➔ Linfonodos: A palpação das cadeias linfonodais supraclaviculares deve ser realizada com a paciente sentada, mantendo a cabeça semifletida e com leve inclinação lateral. Para palpar a região axilar e o seu prolongamento (cauda de Spence), a paciente deverá estar sentada, o braço homolateral relaxado e o antebraço repousando sobre o antebraço homolateral do examinador. ➔ Mamas: A palpação das mamas é feita com a paciente em decúbito dorsal, com a mão correspondente à mama a ser examinada colocada sob a cabeça. O sentido horário deve ser adotado na sequência semiológica da palpação. PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS DE MAMAS ➔ Nódulo ou espessamento que pareçam diferentes do tecido das mamas; ➔ Mudança no contorno das mamas (retração, abaulamento); ➔ Desconforto ou dor em uma única mama que seja persistente; ➔ Mudanças no mamilo (retração e desvio); ➔ Descarga espontânea pelo mamilo (fluxo papilar), principalmente se for unilateral. OBS: Quando a queixa é dor → o que preocupa a paciente é se tem câncer porém este não causa dor. Ciclo menstrual DOR NA MAMA A mastalgia é um sintoma e não uma doença. É simplesmente a dor nas mamas. Mas também pode ser relatada como um aumento da sensibilidade ou, até mesmo, um ingurgitamento mamário. ➔ Cíclica (cai em prova) → sente dor de acordo com o ciclo menstrual devido a progesterona ◆ A dor ocorre por estiramento ◆ Bilateral, quadrantes externos, edemas das mamas, com presença de nódulos glandulares ◆ Tratamento: orientar que não é CA, compressas, sustentação das mamas, se não funcionar dar AINEs. ◆ Primeiro dia do ciclo → dia 1 da menstruação → hormônios baixos → pulsos de gnrh → produção de FSH → age nos ovários estimulando os folículos ◆ O folículo produz estrogênio → folículo dominante → pico de FSH e LH → termina a maturação do ovócito → ovulação ◆ Ovulou → folículo vira corpo lúteo (dura 14 dias) ◆ Estrogênio prolifera o endométrio ◆ Progesterona induz as células do endométrio a se preparar para receber o embrião e também atua nas mamas porque aumenta as células glandulares ◆ Após a menstruação, a queda dos níveis hormonais promove uma redução da atividade secretora do epitélio e diminuição do edema local. ➔ Mastite (acíclica) ◆ Corresponde à dor mamária que não possui associação com o ciclo menstrual. ◆ A dor pode ser constante ou intermitente. ◆ Sinais flogísticos da inflamação ◆ As causas mamárias mais importantes são a ectasia ductal, a adenose esclerosante, a esteatonecrose e as mastites agudas e crônicas. ➔ Dor referida (extramamária) ◆ Pode ser muscular, nefralgia (90% das vezes) ou óssea ◆ Por nervo → irradiação ● Pedir para o paciente apontar onde dói, procurar nesse ponto o espaço intercostal e fazer digitopressão → vai doer muito e você vai correndo o dedo até onde não tem mama que ainda vai doer. ● Tratamento: tranquilizar a paciente e orientar medidas comportamentais ou AINEs se for necessário. ◆ Síndrome de Tietze (costocondrite): inflamação da articulação costocondral. Caracteriza-se por dor torácica com irradiação para a mama. Clinicamente, manifesta-se por pontos dolorosos à compressão das articulações condroesternais, principalmente nos segundo, terceiro e quarto espaços intercostais; Intensidade da dor A definição da intensidade da dor facilita a escolha do tratamento para a mastalgia, que pode ser classificada em: ➔ Mastalgia Leve: não interfere na qualidade de vida (sono, relações sexuais) e nas atividades diárias (trabalho); ➔ Mastalgia Moderada: interfere na qualidade de vida, mas não nas atividades diárias; ➔ Mastalgia Grave: interfere na qualidade de vida e nas atividades diárias. FLUXO PAPILAR O derrame ou descarga papilar ocorre em várias afecções dos ductos mamários que, por sua vez, podem se manifestar como secreção, retração, infecção ou massa do complexo areolopapilar. ➔ Quando mais cor maior a benignidade OBS: Nas provas de residência, este tema é cobrado da seguinte forma: a questão descreve um tipo de descarga papilar e pergunta-se qual é a hipótese diagnóstica mais provável. Para tanto, em primeiro lugar, é preciso lembrar a diferença entre um derrame papilar fisiológico e patológico. Em segundo lugar, é necessário distinguir as características do derrame papilar de acordo com as principais afecções de base MASSA PALPÁVEL Nódulos são lesões que podem ser delimitados em três dimensões (largura, comprimento e profundidade). O seu achado é em geral assimétrico, quando em comparação com a outra mama. Nem sempre a presença de um nódulo é sinal de malignidade. Em aproximadamente 80% dos casos, os nódulos palpáveis são de origem benigna. Os adensamentos são diferentes dos nódulos porque são lesões delimitadas em apenas duas dimensões (largura e comprimento). ➔ Em gestantes → primeiro USG e depois biópsia grossa ➔ Nódulo suspeito perpendicular a pele, espiculados.
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