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Exame físico das mamas – Bibiana Lima Anatomia das mamas Feminina Masculina É um aumento benigno do tecido mamário masculino, com a proliferação palpável do tecido glandular normal, causado por desequilíbrio hormonal. Também trata-se do aumento da região mamária no homem, entretanto, causada pelo acúmulo de gordura subareolar. Anamnese História clínica Alterações mamárias crônicas; Alterações mamárias que alterem o fluxo menstrual; Secreção mamilar e dor local; História pessoal de doenças em mamas; Antecedentes familiares de câncer de mama; História reprodutiva – menarca, paridade, lactação, uso de contraceptivos ou hormônios; Uso de medicações ou álcool. Achados importante A mastalgia representa 50% das queixas em mastologia e é mais comum na menacme (período fértil), tendendo a diminuir com a menopausa e mostrando estreita interação com o ciclo menstrual. Isolada não possui muita interação com o câncer, entretanto, é causa de muita ansiedade. Tipos de mastalgia: Classificação da dor: Inicialmente, deve-se diferenciar em benigno e maligno. Benignos Representam cerca de 75% dos diagnósticos e são causa de 60% das queixas das mulheres em consultas. Esses nódulos ocorrem devido as mudanças que acontecem na mama entre a menarca e a menopausa. Malignos Podem ser adenomas, tumor filodes e carcinomas. Dentre eles, o câncer de mama é um tumor maligno que acontece devido alterações genéticas nas células da glândula mamária. Essas células tornam- se defeituosas e se proliferam de maneira desordenada, levando assim, à formação de nódulo na mama, em tecidos vizinhos (nódulos nas axilas) ou em outras partes do corpo (metástase à distância). Aspectos de avaliação: É a secreção, fluxo ou descarga mamilar, podendo ocorrer por causa mamária ou extramamária. Aspectos de avaliação: Classificação do derrame: Galactorreia Secreção leitosa bilateral, multiductal, fora do ciclo gravídico puerperal. Geralmente é causada pelo aumento da prolactina, produzido por tumores hipofisários o uso de medicamentos e drogas ilícitas. Derrame fisiológico Secreção multiductal, bilateral, provocada ou espontânea, de cor amarelada, esverdeada ou escura. Geralmente é causada por manipulação mamilar ou ectasia ductal. Benignos Secreção unilateral, uniductal, espontânea, persistente e de coloração cristalina (água de rocha), serosa ou hemática. Geralmente é causado por papiloma ductal ou carcinoma mamário. Inspeção Inspeção estática Observar a paciente sentada e com os membros superiores pendentes, verificando a simetria, abaulamentos, afundamentos e integridade da pele. Inspeção Dinâmica Observar a paciente sentada e com os braços elevados acima da cabeça, o que permite a visão da parte inferior das mamas. Posteriormente, com a paciente apertando os quadris para contrair os peitorais, pesquisando os mesmos quesitos da inspeção estática. Cor do tecido mamário, quaisquer erupções cutâneas incomuns ou descamações, assimetrias, evidência de pele em casca laranja, proeminências venosas, massas visíveis, retrações ou pequenas depressões. Palpação Exame dos linfonodos Com a paciente voltada para o examinador, este sustenta o braço da paciente do lado da axila que está sendo examinada, usando para isso o próprio braço. Para examinar, usa-se as mãos em concha, alcançando o mais alto possível em direção ao ápice da axila, em seguida, comprime-se os dedos para baixo sobre a superfície das costelas, comprimindo os linfonodos contra a parede torácica. Devem ser examinados primeiro os linfonodos supra e infraclaviculares, que são encontrados acima e diretamente abaixo da clavícula, observando o número de linfonodos palpados, o tamanho, a consistência e a mobilidade. Exame dos mamas Com a paciente em decúbito dorsal e MMSS levantados, realiza-se a palpação de forma “dedilhada” nas mamas e em sentido horário. Depois de examinada a mama inteira, deve-se fazer expressão suave da mesma, desde a base até o complexo aréolo-papilar. Caso ocorra a saída de fluxo, observar se é uni ou bilateral e fazer coleta com gaze para a devida verificação. Registro de achados É importante a descrição do exame de cada uma das mamas, direita e esquerda. 1. Localização por quadrantes; 2. Tamanho em centímetros; 3. Forma do nódulo; 4. Consistência; 5. Mobilidade; 6. Dor à palpação focal; 7. Alterações cutâneas associadas. Autoexame O autoexame não é usado como forma diagnóstica, e sim, para autoconhecimento da mulher acerca de seu próprio corpo. Entretanto, é interessante orientar a paciente quanto a realização dessa prática que pode ser feita de 5 a 7 após o período menstrual.