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Bloqueios de condução e SCA

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BLOQUEIOS DE CONDUÇÃO e SCA
BLOQUEIOS DE RAMO OU INTERVENTRICULARES
BLOQUEIO DE RAMO DIREITO
Critérios diagnósticos (olhar V1 e V6)
• QRS ≥ 0,12 s ou 3 quadradinhos (critério obrigatório!!!); 
• QRS positivo em V1 (desvio do eixo para à frente); 
• Morfologia rSR’ ou rsR’ em V1 com R’ espessado (parte final do QRS alagada); 
• Ondas S empastadasem paredes laterais (D1, aVL, V5 e V6); 
• Eixo elétrico do QRS variável, tendendo para a direita no plano frontal; 
• Ondas qR em aVR com R empastada; 
• Onda T assimétrica em oposição ao retardo final de QRS (invertida). 
O que pode causar BRD? 
• Idiopático; 
• Degenerativo: calcificação e fibrose do sistema de condução; 
• Chagas; 
• Valvopatia aórtica (principalmente após troca valvar); 
• Miocardiopatias; 
• Defeitos congênitos do septo interventricular; 
• Pós-operatório tardio de tetralogia de Fallot; 
• Complicação de IAM com supra de ST por lesão de DA proximal e extensa área isquêmica → pior prognóstico.
BLOQUEIO DE RAMO ESQUERDO
Critérios diagnósticos (olhar V1 e V6)
• QRS ≥ 0,12s (critério obrigatório!!!) 
• Ausência de “q” em D1, aVL, V5 e V6 (perda do primeiro vetor de despolarização septal; pode haver q discretoem aVL); 
• Ondas R alargadas e com entalhes e/ou empastamentos em D1, aVL, V5 e V6 ; 
• Onda “r” com crescimento lento de V1 a V3, podendo ocorrer QS; 
• Ondas S alargadas com espessamentos e/ou entalhes em V1 e V2; 
• Eixo elétrico do QRS entre – 30° e + 60°
• Depressão de ST e T assimétrica em relação ao retardo médio-terminal (onda T invertida)
O que pode causar BRE? 
•Idiopático
• Degenerativo (doença de Lev-Lenègre)
Cardiopatias: hipertensiva, isquêmica, dilatada, valvopatias
• Distúrbio hidroeletrolítico: principalmente hipercalemia
• Complicação IAM anterior extenso
• Funcionais (aberrância de condução)
OBS.: O que acontece no BRE divisional?
A única coisa que vai ter é o desvio de eixo. No bloqueio anterossuperior, o eixo desvia para a esquerda, e no póstero -inferior o eixo é desviado para a direita. Diagnóstico de exclusão.
BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES
BAV 1° GRAU
Caracteriza-se pelo prolongamento do intervalo PR, ou seja, intervalo PR > 0,20 s no adulto, mas as ondas P são conduzidas, com relação 1:1 (uma onda P para cada QRS.
BAV 2° GRAU MOBITZ 1
Presença de progressivo aumento do intervalo PR até que uma onda P e bloqueada. O intervalo PR após a onda P não conduzida e mais curto do que o PR do intervalo que antecede a pausa.
BAV 2° GRAU MOBITIZ 2
Caracterizado pela presença de um intervalo PR constante, com a mesma duração, antes e depois da onda P bloqueada. Na maioria dos casos tem localização infranodal e apresenta complexo QRS largo.
BAV 3º GRAU ou TOTAL
Ausência de P conduzidas, assim não há relação entre as ondas P e o QRS (dissociação AV), com a frequência atrial maior do que a frequência ventricular.
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Na ausência de bloqueio do ramo esquerdo ou hipertrofia ventricular esquerda é diagnóstico de IAMCST, a presença de:
· Supradesnível do segmento ST no ponto J pelo menos em duas derivações contíguas, ≥2 mm em homens≥ 40anos ou ≥2,5 mm em homens< 40 anos ou ≥1,5 mm em mulheres em V2-V3 e/ou ≥1 mm em outras derivações precordiais contíguas, ou derivações periféricas.
Se não tiver supra, mas tiver infra, ele pode serverdadeiro ou significar uma imagem em espelho de uma derivação não enxergada.
Fases do eletrocardiograma durante um infarto agudo do miocárdio
Fase aguda do IAMCST
· Ondas T hiperagudas: ondas T pontiagudas, amplas, positivas e asimétricas. Primeira alteração do eletrocardiograma durante um IAMCST, raramente se registra.
· Elevação do segmento ST: a mais importante alteração do infarto agudo do miocárdio, aparece alguns minutos depois e observa-se nas derivações mais próximas à lesão miocárdica.
Fase evolutiva do IAMCST
· Onda Q patológica*: aparece entre as 6 e 9 horas da oclusão, nas mesmas derivações que a elevação do ST. É um sinal eletrocardiográfico de necrose miocárdica transmural.
· As ondas T se tornam negativas e se normaliza o segmento ST: Após de aparecer a onda Q, a onda T se aplana e posteriormente se torna negativa. O segmento ST começa a descer e retorna à normalidade após vários dias, embora alguns pacientes podem ter um supradesnível residual.
· Perda de onda R: Se produz após 12 horas do infarto agudo. Ocorre nas mesmas derivações que as alterações anteriores.
*Onda Q patológica
· Nas derivações periféricas se a onda Q é superior a 2 mm de profundidade ou mais do 25% da onda R, e maior de 0.04 s de duração.
· Se está presente nas derivações V1-V3.
· Se nas derivações V4-V6 a onda Q é superior a 2 mm de profundidade ou mais do 15% da onda R, e maior de 0,04 s de duração.

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