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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA xx VARA DO TRABALHO DE ITAPECIRICA DA SERRA DO ESTADO DE SÃO PAULO SILVIO FURLAN, brasileiro, xx anos, estado civil..., manobrista, inscrito no CPF nº ..., residente e domiciliado na Rua ..., nº ..., Bairro ..., na cidade Taboão da Serra, no Estado de São Paulo, CEP: ..., endereço eletrônico: ..., através de sua advogada que esta subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, com fundamento no artigo 840, §1º da CLT, em face de BARATÍSSIMO SACOLÃO LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/ME sob nº ..., com sede na Rua ..., nº ..., Bairro ..., Município de Cotia, Estado de São Paulo, CEP: ...; KPREÇOBON HIPERMERCADOS EIRELI, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/ME sob nº ..., com sede na Rua ..., nº ..., Bairro ..., Município de São Lourenço da Serra, Estado de São Paulo, CEP: ...; e HARDWORK PARTICIPAÇÕES S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/ME sob nº ..., com sede na Rua ..., nº ..., Bairro ..., Município de Osasco, Estado de São Paulo, CEP: ..., pelos fatos e fundamentos de direito a seguir expostos. I – PRELIMINARMENTE DA NULIDADE DA CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA DE ARBITRAGEM Em que pese o tema, cumpre destacar que, a cláusula compromissória estabelecida no contrato de trabalho, não deve ser válida, tendo em vista que desobedece ao requisito imposto pelo artigo 507-A da CLT, onde a remuneração do empregado deve superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Nota-se que o empregado foi registrado com o salário de R$ 1.300,00, portanto, não cumprindo o requisito da remuneração, devendo ser declarada nula a cláusula. DO LITISCONSÓRCIO PASSIVO – CONFIGURAÇÃO DE GRUPO ECONÔMICO DE DIREITO O Reclamante tinha seu contrato de trabalho firmado com a primeira reclamada, onde foi alocado para trabalhar na sede da segunda reclamada, onde ambas, são controladas pela terceira reclamada. Nos termos do § 2º, do artigo 2º, da CLT, grupo econômico é um conglomerado de empresas que, embora tenham personalidade ju rídica própria, estão sob o controle administrativo ou acionário de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de outra atividade econômica, sendo solidariamente responsáveis para os efeitos da relação de emprego Insta frisar que a responsabilidade que deriva para os entes que compõem o Grupo é solidária, resultante da lei supramencionada. Como as Reclamadas pertencem ao mesmo grupo econômico, devem ser condenadas solidariamente em todas as obrigações trabalhistas, fundiárias e previdenciárias, que lhes couber, como restará provado no curso do presente litígio, preenchendo os requisitos do artigo 2º, § 2º, da Consolidação das Leis do Trabalho, visto que as reclamadas estão dispostas horizontalmente no mesmo plano, exercendo, reciprocamente entre si, controle e vigilância e participando do mesmo empreendimento global. Diante todo o exposto, as Reclamadas estão legitimadas a responder solidariamente por eventuais direitos da Reclamante oriundos da relação de emprego, motivo pelo qual requer se digne Vossa Excelência em reconhecer responsabilidade solidária das Reclamadas e, assim, compeli -las ao pagamento do pleito. DA JUSTIÇA GRATUITA Cumpre a parte reclamante requerer que V. Exa. Se digne de CONCEDER-LHE OS BENEFÍCIOS DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA, nos exatos termos da Lei nº. 13.467/2017, que alterou o artigo 790 da CLT, inserindo o parágrafo 3º, por estar o reclamante recebendo o valor inferior estipulado em lei, conforme demonstrativos anexos. Desta forma, o reclamante se enquadra nos requisitos da lei supra citada, já que não recebe valor igual ou superior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Por tudo, isto, a parte reclamante faz jus ao deferimento do benefício da gratuidade de justiça. II – DOS FATOS O Reclamante foi contratado pela reclamada Baratíssimo Sacolão Ltda na data de 02 de setembro de 2019, com registro na carteira de trabalho para exercer a função de empregado em serviços gerais, como trabalhador intermitente. No contrato firmado, havia ainda a cláusula compromissória de arbitragem. Acontece que, o mesmo foi enviado para trabalhar na KPREÇOBON Hipermercados EIRELI, no qual exercia a função de operador de caixa. Sua jornada de trabalho era exercida de terça-feira a domingo, no horário das 07h00 às 15h30, com intervalo de 30 minutos para refeição e percebia o valor de R$ 1.300,00 como salário, que sempre haviam descontos como quebra de caixa e contribuição confederativa. Informa o reclamante, que seu empregador o obrigava a participar das danças e cânticos, impostas pela empresa como suspostamente “motivacionais” e que por ter se recusado a continuar, inclusive por terem divulgado nas redes sociais de uma gravação em que ele fora filmado entoando os gritos de guerra da empresa e rebolando na frente dos colegas, como obrigava seu supervisor, foi motivo dele ter sido desligado em 27 de novembro de 2020. No decorrer do contrato, o empregado foi afastado por 29 dias decorrentes de dores na mão, onde afirma que não fora realizado exame médico na admissão e tão pouco na demissão, e ainda, o reclamante ao ser desligado, teve anotação desabonadora em sua CTPS. Como veremos adiante, essa situação está em desacordo com os preceitos legais basilares do ordenamento jurídico brasileiro. III – DO MÉRITO DA DESCARACTERIZAÇÃO DO TRABALHO INTERMITENTE Como é sabido em nosso ordenamento jurídico, o trabalho intermitente é caracterizado pelos principais requisitos: a não continuidade e a alternância nos períodos de prestação de serviço e de inatividade, conforme disposto no artigo 443, §3º da CLT. Nota-se que o reclamante laborava em escala 6x1 no horário das 07h às 15h30, totalizando o total de 48 horas semanais trabalhadas, não ocorrendo a devida alternância, como estipula nosso ordenamento jurídico, caracterizando, portanto, como contrato de trabalho normal. Além do mais, o contrato de experiência não pode exceder os 90 dias, uma vez que não encerrado na data, o contrato se dá por tempo indeterminado, conforme artigo 445, parágrafo único da CLT. Portanto, o contrato de trabalho intermitente dever ser reconhecido nulo, conforme estipula o Princípio da Primazia da Realidade e o Princípio da Continuidade. DA CONFIGURAÇÃO POR DANOS MORAIS a) Assédio Moral: O reclamante estava sendo obrigado a participar das danças e cânticos impostos pela empresa como motivacionais, além de terem divulgado nas redes sociais, uma gravação em que ele fora filmado entoando os gritos de guerra da empresa e rebolando na frente dos colegas. Veja excelência, a situação é constrangedora, vexatória e humilhante. O empregado ter que dançar na frente dos colegas, na frente do gerente. Fere o Princípio da dignidade da pessoa humana, dos valores sociais do trabalho e do direito da personalidade Assim, nos termos do artigo 186 e 927 do Código Civil e artigos 1º, III, 5º, V e X, e 7º, XXVIII, da Constituição Federal, a reclamada deve ser condenada ao pagamento de danos morais no valor de R$... (...). b) Anotação desabonadora na CTPS: nota-se que, devido a recusa do reclamante em continuar com as danças obrigatórias, a reclamada o desligou por motivos de insubordinação, o que de fato não ocorreu. Este tipo de anotação é de cunho calunioso e discriminatório, podendo causar constrangimentos e até o prejudicar em futuras oportunidades de emprego. Conforme preceitua o artigo 29, §4º da CLT, é vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado.Portanto, a reclamada deve ser condenada ao pagamento de danos morais no valor de R$... (...). DA JORNADA DE TRABALHO E HORAS EXTRAS A jornada de trabalho do reclamante ante a reclamada se dava de terça-feira a domingo, cumprindo o trabalhador o horário das 07h00min às 15h30min, dispondo de 30 minutos de intervalo para refeição e descanso. Consoante se denota da jornada acima descrita, o reclamante sempre laborou em regime de horas extraordinárias sem, contudo, ser corretamente remunerada. Desta forma, deverá a reclamada ser condenada ao pagamento das diferenças de horas extras, pelo período de 02/09/2019 a 27/11/2020, excedentes à 44ª semanal, com adicional legal no importe de 50% (dias úteis) e 100% (folgas, domingos e feriados), e seus pertinentes reflexos nas verbas trabalhistas, tais como, férias + 1/3, aviso prévio, 13°salário, DSR, FGTS, adicional noturno e outros. DA VIOLAÇÃO DO DSR Desde a admissão até a data de sua demissão, o reclamante laborou aos domingos, sem folgas e sem intercalar. Neste sentido, é possível observar que mesmo o Obreiro tendo desempenhando seu trabalho integralmente, a reclamada deixou de efetuar os pagamentos dos DSR’S, suprimindo com as respectivas integrações em férias + 1/3, 13º salário, aviso prévio, FGTS, acrescido da multa de 40%. Conforme súmula nº 146 do TST, é assegurado ao trabalhador a indenização pelo descumprimento do descanso semana: Súmula n. 146 do TST Trabalho em domingos e feriados, não compensados. O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal. Desta forma, o reclamante tem direito ao recebimento dos DSR´s que lhes foram suprimidos, pelo período de 02/09/2019 a 27/11/2020, com adicional de 100% e seu cômputo no salário para todos os efeitos, tais como férias + 1/3, aviso prévio, 13°salário, FGTS e 40% do FGTS e outros. DO INTERVALO PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO O Reclamante, desde a sua admissão, e até sua demissão, não cumpria a totalidade de seu intervalo para as refeições. Cumpria no máximo 30 (trinta) minutos, sendo frustrado pela Reclamada os princípios legais do artigo 71 da CLT, que prevê intervalo mínimo de 1 (uma) hora. Desta forma, faz jus o Reclamante, às horas extraordinárias correspondentes a seu intervalo para refeição de 1 (uma) hora, desde a sua admissão até sua demissão. Mesmo que necessitasse de apenas 30 ou 50 minutos de intervalo, de segunda a sábado, tem-se que o interregno legal ou é de uma hora, ou é tido como inexistente, haja vista que o supracitado artigo determina que seja de uma hora o intervalo mínimo, não havendo autorização administrativa para o gozo do período inferior ao legal, tal como ocorreu. Nesse sentido é a Súmula n° 437 do TST, OJ 307 da SDI do TST. SUM-437 INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais n°s 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - Após a edição da Lei n° 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração. II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7°, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva. III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4°, da CLT, com redação introduzida pela Lei n° 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais. IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruídos como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4° da CLT. Já a OJ 307 da SDI-1 do TST cuidou de tornar a supressão do horário de repouso um pouco mais "onerosa" ao empregador justamente para inibir tal procedimento. Assim sendo, se o Empregado fez 1 minuto de intervalo ou 50, não há qualquer relevância, a indenização destas horas extras deve ser em sua integralidade com adicional de no mínimo 50%. Portanto, é devido ao Reclamante 1 (uma) hora extra diária; sendo 6 horas semanais, ou 24 horas mensais. Desde a admissão, até sua demissão, transcorreram 15 meses e 25 dias, sendo assim, o total devido de 385 horas extras, que multiplicado pelo valor da hora, resulta em R$ ... (... reais), acrescido de 50% temos o importe total de R$ ... (... reais). Para comprovar o alegado, requer seja a ré compelida a juntar todos os cartões de ponto do período sob pena de confesso. DA DOENÇA PROFISSIONAL ADQUIRIDA Primeiramente, acerca do tema, cumpre destacar que houve negligência da reclamada perante às normas de saúde estabelecidas pela Lei 8.213, ao não realizar os exames médicos necessários do empregado, tanto na admissão quanto na demissão, violando o artigo 168, I e II da CLT. O reclamante laborava função de caixa desde a admissão até a data da demissão, exercendo movimentos repetitivos e constantes. Posto isso, verifica-se que o mesmo ficou afastado 29 dias de seu trabalho, retornando com alta médica em 30/03/2020 no qual a perícia do INSS confirmou sua incapacidade temporária, conforme constata-se no laudo anexo. Veja Excelência, o reclamante adquiriu a doença profissional no labor de suas atividades, acarretando prejuízos à sua saúde. Portanto, está evidente que a empresa reclamada deu causa à doença profissional do reclamante, conforme dispõe o artigo 20, I da Lei 8.213. Portanto, deverá ser o reclamante indenizado pela incapacidade temporário para exercício de seu trabalho, a parti r da data do evento, no valor dos ganhos reais, quer a título de salário direto, quer indireto, incluindo-se as horas extras e as integrações nos 13º salários, DSR's, FGTS, férias + 1/3, devendo a indenização ser corrigida no tempo, nos termos da Súmula 464 do STF, sendo que as prestações vencidas até o efetivo pagamento, deverão ser acrescidas de correção monetária e juros legais. DA ESTABILIDADE TEMPORÁRIA Não obstante, diante o exposto acima, tendo em vista que o reclamante adquiriu doença profissional no exercício de suas atividades, é garantido ao reclamante pelo prazo de 12 (doze) meses de estabilidade após a cessação do auxílio doença, ocorrida em 30/03/2020, conforme previsto no artigo 118 da Lei 8.213. A dispensa do Reclamante deu-se em 27/11/2020, isto significa, portanto, que o ato ocorreu dentro do período de 12 meses (estabilidade) estabelecido pelo artigo supracitado, neste sentido ainda, a súmula 378 do TST diz: Súmula 378/TST - 20/04/2005 - Seguridade social. Acidente de trabalho. Garantia de emprego. Estabilidade provisória. Pressupostos. Auxílio-acidente. Lei 8.213/1991, art. 118 (constitucionalidade). Lei 8.213/1991, art. 86. «I - É constitucional o art. 118 da Lei 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio- doença ao empregado acidentado. (ex-OJ 105/TST- SDI-I - Inserida em 01/10/97). II - Sãopressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. Logo, apesar da não percepção do auxílio doença acidentário, é direito do reclamante a estabilidade provisória, visto que, conforme já demonstrado, a lesão sofrida decorreu diretamente das atividades exercidas. Entretanto, o Reclamante não gozou de auxílio doença acidentário, tampouco de estabilidade provisória de doze meses. Fora demitido em 27/11/2020. Dessa forma, é devido a indenização a título de estabilidade provisória no valor de R$ ... (... reais), correspondentes aos salários que receberia caso estivesse na empresa nesses doze meses de estabilidade, uma vez que a reintegração do empregado não viável, conforme demonstrado o assédio que sofria por seus empregadores. DOS DESCONTOS IRREGULARES a) Quebra de caixa: conforme demonstrado nos holerites anexados, a reclamada realizava descontos abusivos de quebra de caixa, desconto este que não é permitido, conforme dispões o artigo 462 da CLT. Desta forma, deverá a reclamada ser condenada ao pagamento de ressarcimento dos valores descontados em folha com correção monetária. b) Contribuição Confederativa: conforme previsão da súmula vinculante 40 do STF, o desconto em folha somente só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo, o que não é o caso do reclamante. Desta forma, requer a devolução dos valores descontados com correção monetária no valor de R$ ... (... reais). DA RETIFICAÇÃO DA CTPS E DIFERENÇA SALARIAL Durante todo o contrato de trabalho, o reclamante desenvolveu a função de Operador de Caixa. Contudo, a empresa, ora reclamada, registrou em sua carteira a função de Serviços Gera is, configurando o desvio de função para outro cargo, com salário muito inferior. Uma vez que, conforme demonstrado no piso da categoria, o salário de um empregado lotado como Serviços Gerais é de R$ 1.300,00, enquanto que o salário de um Operador de Caixa é de R$ 2.000,00. Por este motivo, requer a requerida a retificação da CTPS para constar a verdadeira função exercida, conforme o Art. 29 da CLT e o Precedente Normativo 105 do TST, além da diferença salarial entre as funções, conforme previsto na norma coletiva da categoria e o devido cômputo tais como férias + 1/3, aviso prévio, 13°salário, FGTS e 40% do FGTS e Horas Extras. IV - DOS PEDIDOS Diante de todo o acima exposto, requer seja a Reclamada notificada no endereço retro declinado para apresentar defesa que julgar conveniente, sob pena de revelia e confesso, e ao final seja julgada totalmente procedente a presente reclamação condenando a Reclamada ao que segue: 1) que os valores ilíquidos sejam apurados em regular liquidação de sentença; 2) a notificação da Reclamada no endereço retro declinado para apresentar a defesa que lhe aprouver, bem como a juntada dos atos constitutivos, sob pena de revelia; 3) Quer seja declarado nula a Cláusula de Arbitragem, conforme artigo 507-A da CLT; 4) Reconhecimento do litisconsórcio passivo nos termos do § 2º, do artigo 2º, da CLT; 5) Deferimento da Justiça Gratuita, conforme artigo 790 da CLT; 6) Da descaracterização do trabalho intermitente, uma vez que não cumprido os requisitos do artigo 443, §3º e 445 da CLT; 7) A condenação ao pagamento de danos morais no valor de R$ ... (...reais) nos termos dos artigos 186 e 928 do Código Civil e artigo 29, § da CLT; 8) Ao pagamento de Horas Extras, no valor de R$ ... (... reais); 9) Ao pagamento de indenização por violar o DSR, no valor de R$ ... (... reais), nos termos da súmula nº 146 do TST; 10) Ao pagamento de hora extra intrajornada no valor R$ ... (... reais), nos termos do artigo 71, §4º da CLT; 11) Ao pagamento de indenização pela doença profissional adquirida no valor de R$ ... (... reais), nos termos do artigo 20, I da Lei 8.213; 12) Ao pagamento de indenização devido a estabilidade temporária não cumprida no valor de R$ ... (... reais) , nos termos do artigo 118 da Lei 8.213; 13) Ao ressarcimento dos descontos indevidos na folha de pagamento no valor de R$ ... (... reais), nos termos do artigo 462 da CLT e súmula vinculante 40 do STF; 14) Que todas as verbas sejam pagas com da devida correção e atualização monetária, até o efetivo pagamento; e 15) Que as verbas incontroversas sejam pagas na forma da legislação vigente. Nestes termos, vem requerer seja a reclamada notificada a comparecer à audiência de instrução e julgamento, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato, prosseguindo-se nos ulteriores atos e termos do processo até final sentença que, data vênia, deverá ser julgada PROCEDENTE A PRESENTE RECLAMATÓRIA , para o fim de ser a reclamada condenada ao pagamento do principal, além dos juros de mora, da correção monetária e custas judiciais. Protesta e requer provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos, requerendo, especialmente, o depoimento pessoal da Reclamada, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas, juntada ulterior de novos documentos, perícias e todas as demais que se fizerem necessárias. Dá-se o valor da causa de R$ ... (...). Termos em que, Pede deferimento. Local e data. Advogada – OAB/SP nº xxxxx