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O Cuidado de enfermagem a pacientes com complicações traumáticas Ensino Clínico de Alta complexidade Profª Giselle Cristina Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) Traumatismo Raquimedular (TRM) Trauma de Tórax; Trauma Abdominal; Trauma de Extremidades; Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) Dano direto Dano indireto • Lesões primárias: ocorre no momento do trauma; -não pode ser evitada • Lesões secundárias: - devido a hipóxia ou a diminuição da perfusão do tecido cerebral, hipotensão; edema cerebral e formação de hematoma; - pode ser evitada; TIPOS DE LESÕES: TIPOS DE FRATURAS: • Fraturas lineares • Fraturas abertas • Fraturas deprimidas • Fraturas de base de crânio Exame Primário • A alteração do nível de consciência é a principal indicação de lesão cerebral! Não atribuir inicialmente alterações do sensório a álcool ou drogas! AVALIAÇÃO DAS PUPILAS: Anisocoria Miose Midríase PRINCIPAIS ERROS NO TCE: ➢ Não intubar pacientes inconscientes; ➢ Não reconhecer deterioração neurológica; ➢ Atribuir diminuição do sensório a álcool ou drogas; ➢ Liberar paciente durante intervalo lúcido; ➢ Não suspeitar de lesão cervical; TRAUMATISMOS MEDULARES: A coluna vertebral tem a função de sustentar o corpo e proteger a medula espinhal. A interrupção da medula causa isolamento do segmento corporal no nível e abaixo da lesão, desaparecendo a sensibilidade e a capacidade de movimento. ➢Causas: ✓Acidentes automobilísticos; ✓Ferimentos por armas de fogo; ✓Quedas; ✓Acidentes esportivos e de trabalho; MECANISMOS DE LESÃO: CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES MEDULARES: • Completas: Perda total de função; ✓ Ausência de função motora e sensitiva ✓ Pouca chance de recuperação •Incompletas: Há preservação de algumas funções; ✓ Função motora e/ou sensitiva presente ✓ Chances de recuperação Quando suspeitar de lesão medular: • Mecanismo de lesão sugestivo; • Inconsciência • Dor no pescoço ou dorso; • Traumatismo facial grave; • Traumatismo craniano; • Perda sensitiva ou motora no tronco e membros; • Choque neurogênico; • Fraturas de pernas ou bacia por desaceleração; A capacidade de deambular não deve ser um fator determinante na necessidade de cuidados. Indicações de imobilização de coluna Abertura de vias aéreas e estabilização cervical: ✓Elevação modificada da mandíbula estabilizando manualmente a cabeça; ✓Manter o alinhamento da coluna; ✓A imobilização cervical é uma prioridade!!!! Colar cervical: • Não imobiliza isoladamente; • Extensão e flexão apenas limitados; • Lateralização e rotação não são impedidas; Imobilização de coluna: Cabeça, pescoço, tórax, abdome e pelve devem ser imobilizados em bloco; ESTABILIZADOR LATERAL DE CABEÇA: • Deve ser leve para permitir a lateralização da prancha do paciente; • Não utilizar frascos de soro como estabilizadores; Só considerar paciente imobilizado após fixação na prancha longa com estabilizador lateral de cabeça e colar cervical TRAUMA DE TÓRAX TIPOS DE LESÃO: ➢Fechados: Podem ser causados por compressão dos órgãos torácicos ou por aceleração-desaceleração; ➢Penetrantes: Podem ser causados por arma branca ou arma de fogo; É a presença de ar no espaço pleural, entre a pleura parietal e a visceral. A pressão negativa neste espaço é que possibilita a aderência entre os pulmões e a parede torácica. O pneumotórax impede a expansão completa do pulmão. Pode ser simples, aberto e hipertensivo. ➢Pneumotórax Simples: Pode ser secundário à perfuração do parênquima pulmonar por uma costela fraturada ou compressão do pulmão. ➢Pneumotórax Aberto: É produzido quando um ferimento penetrante conecta o espaço pleural com a atmosfera. A vítima torna-se incapaz de encher os pulmões durante a inspiração, pois o ar tende a entrar pela ferida e não pelas vias aéreas. Pneumotórax: TÓRAX INSTÁVEL: • Ocorre quando duas costelas adjacentes estão fraturadas no mínimo em dois pontos. • Acontece quando um segmento da parede torácica se desprende dela, flutuando de forma independente. MANEJO DE OBJETOS EMPALADOS: • Assegurar via aérea adequada • Oxigênio a 100% • Estabilizar o objeto, não removê-lo • Observar o desenvolvimento de Pneumotórax hipertensivo • Tratamento cirúrgico TRAUMA ABDOMINAL TRAUMA DE EXTREMIDADES: São lesões frequentemente encontradas no dia a dia. Geralmente, são de pequena gravidade mas podem causar choques, danos a vasos sanguíneos e nervos. São causadas por acidentes automobilísticos, quedas e acidentes esportivos. Fraturas: • São uma interrupção na continuidade do osso. São classificadas em: ➢Fechadas: a pele sobre a lesão está fechada. ➢Abertas: ocorre solução de continuidade da pele sobre a lesão, que pode ser produzida pelos próprios fragmentos ósseos ou por objetos penetrantes. Trauma de extremidades: ➢Luxações: São lesões em que a extremidade de um dos ossos que compõem um articulação é deslocada de seu lugar; ➢Distensões: Lesões aos músculos ou seus tendões; São causadas por hiperextensão ou contrações violentas. ➢Amputações traumáticas: São lesões em que há separação de um membro ou de uma estrutura protuberante do corpo. Podem ser causadas por objetos cortantes, esmagamentos ou tracionamento. ENTORSE LUXAÇÃO EXAME FÍSICO: ✓ Inspeção: Deformidades, encurtamentos e edemas de extremidades ✓ Palpação: Crepitação Complicações: • Lesão de vasos sanguíneos; • Lesão de nervos; • Infecção; Equipamentos para imobilização: • Bandagens; • Imobilizadores rígidos; • Talas Infláveis; • Ked; • Travesseiros; • Talas de Tração Conduta nas amputações traumáticas: • O tratamento inicial deve ser rápido pela gravidade da lesão, que pode causar a morte pela hemorragia, e pela possibilidade de re- implante do membro amputado; • O membro amputado deve ser preservado sempre que possível; Cuidados: ✓Cuidados para a manutenção da vida; ✓Limpar o membro amputado sem imergir em liquido; ✓Envolver em gaze seca ou compressa limpa; ✓Proteger o membro com dois sacos plásticos; ✓Colocar o saco plástico em recipiente com gelo ou agua gelada; ✓ Impedir que a extremidade fique em contato direto com o gelo; Bibliografia Complementar: •Manual de Socorro Básico de Emergência – CBMERJ •Manual do ITLS •Manual do PHTLS