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OAB 34 AULA 2 - ÉTICA - Atividades da Advocacia, Mandato Judicial e Inscrição na OAB docx

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AULA 2 – ÉTICA
TEMA: Atividades da Advocacia. Mandato Judicial.
Inscrição na OAB.
PROFESSOR MONITOR: Líbero Alves Rodrigues
Filho (@liberofilho).
1. ATOS DA ADVOCACIA
Como abordado na aula anterior, a advocacia se reveste de uma importância
pública muito grande, de modo a desempenhar função social própria. Dada sua
relevância, existem algumas atividades que só podem ser realizadas por advogados
e advogadas.
Vale salientar que o exercício da atividade de advocacia no território
brasileiro e a nomeação do advogado são questões privativas dos inscritos na
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Antes de entrarmos na análise de alguns desses atos, é mister saber que
também exercem atividade de advocacia: I- os integrantes da Advocacia-Geral da
União; II- da Procuradoria da Fazenda Nacional; III- da Defensoria Pública; e IV-
das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional.
Vale salientar que atualmente o Supremo Tribunal Federal entendeu que os
Defensores Públicos NÃO necessitam de inscrição na OAB.
1.1 Postulação ao Poder Judiciário e aos Juizados Especiais
Conforme o disposto no art.1º, I do Estatuto da Advocacia e da OAB,
compete apenas aos advogados, a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário
e aos juizados especiais. Em outras palavras, para poder postular frente ao poder
judiciário os interessados devem estar acompanhados de advogado.
Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br
Vale salientar que existem exceções a essa regra, como no caso de:
impetração de habeas corpus (qualquer pessoa pode impetrar); acionamento da
instância inicial da justiça do trabalho; e nos juizados especiais se a causa for de até
40 salários mínimos na Justiça Estadual e 60 na Justiça Federal.
1.2 Consultoria, Assessoria e Direção Jurídica
Por não serem de cunho necessariamente judicial, muitos erroneamente
acreditam que essas atividades podem ser praticadas por qualquer pessoa que
possua conhecimento sobre o direito. No entanto, o Art.1º, II do EAOAB, dispõe que
são atos privativos da advocacia as atividades de assessoria, consultoria e direção
jurídica.
A Assessoria pode ser considerada como a prestação extrajudicial de auxílio
técnico para pessoas (públicas ou privadas) que estejam necessitando de
informações e direcionamentos para realização de determinados atos. O advogado
atua de forma preventiva de modo a evitar determinado problema jurídico para o
cliente através de direcionamentos e conselhos jurídicos. Vale salientar que muitas
vezes ela está associada não apenas ao direcionar como também ao agir, visto que o
advogado propõe e executa conforme a concordância do cliente.
Embora parecida com a assessoria, a Consultoria tem como finalidade a
prestação extrajudicial da análise jurídica por parte do advogado que resulta na
sugestão das melhores decisões dentre as disponíveis para o cliente. Diferencia-se
um pouco da assessoria porque aqui é mais restrito ao sugestionar, não tendo
atuação prática nesses atos.
Muitas instituições públicas, privadas e paraestatais (por exigência legal ou
decisão delas) possuem Departamentos Jurídicos para elaboração de atos, solução
de problemas e emissão de pareceres. É dessa necessidade que nasce a Direção
Jurídica, a quem o Estatuto atribui o status de atividade da advocacia, restringindo
assim essa função apenas para os devidamente inscritos na OAB. Vale salientar que
também se aplica às instituições financeiras.
1.3 Visar atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas
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Como bem indicado pelo título, é de competência apenas dos advogados
prestar o serviço de análise e visto aos contratos e atos que fundam\constitutem as
pessoas jurídicas. Ou seja, o nascimento das pessoas jurídicas geralmente está
atrelado ao papel do advogado.
Tal visto é condição sine qua non para validade desses atos, de modo que se
ausente o visto não serão registrados por serem atos nulos, conforme o estatuto.
Vale relembrar que não basta apenas assinar, é preciso que o profissional
avalie cuidadosamente os dispositivos descritos no ato\contrato, para que assim
evite ilegalidades e problemas antes do nascimento da pessoa jurídica.
Essa regra não se aplica às microempresas e às empresas de pequeno
porte, a quem a lei destina um tratamento especial dada a simplicidade maior dos
atos e contratos dessas pessoas jurídicas - e também por ser um dos meios de
fomento a criação facilitada delas.
1.4 Vedação de divulgação da advocacia com outros ramos
Embora o advogado possa sim atuar em diversas áreas que não a advocacia,
tem-se como necessário que não o faça de modo a divulgar conjuntamente com a
advocacia. O motivo? para evitar a desvalorização da profissão bem como para
deixar exclusivo o serviço prestado pelos advogados.
2. MANDATO JUDICIAL
A atuação dos advogados possui em sua essência uma importância social
muito grande, de modo que é em razão desta que existem diversos direitos e
deveres que devem ser observados pela classe. Assim sendo, dado que a assistência
advocatícia é relevante e também se expande por vários ramos do direito e se
apresenta em diversos casos da realidade prática, tem-se a necessidade de que o
vínculo com o cliente seja formalizado.
É visando regular essa relação que surge o mandato judicial, cujo cerne é a
transferência de poderes do cliente (alguém que necessita da assistência de um
advogado) para o profissional inscrito na OAB (o advogado), visando legitimar o
vínculo profissional.
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Na prática, o mandato acaba sendo uma procuração em que estão firmados
quais serão os poderes (faculdades) bem como sua abrangência na atuação do
advogado, além de disposições gerais acerca de pagamentos e demais
responsabilidades.
No bojo do Mandato é preciso conter o nome individualizado do(s)
advogado(s) a que se destina o instrumento, não se podendo mencionar o nome
de sociedade de advogados como receptora dos poderes, dado que é pessoa
jurídica.
Não obstante, é vedado o uso da transferência coletiva (ex: para todos os
advogados da sociedade x), sendo mister que todos os profissionais sejam
mensurados de forma individual. Ademais, o mandato é útil tanto para o âmbito
judicial como também para assistência do cliente de forma extrajudicial (ex: seara
administrativa, arbitragem etc).
Vale salientar que na prova podem vir alguns nomes diferentes, como
outorgante (quem contrata o advogado\ transfere os poderes) e outorgado (o
advogado contratado\ para quem se transferem os poderes).
No que tange os poderes, tem-se a existência de duas espécies, os gerais e os
especiais. Os poderes gerais em tese estão presentes em todos os mandatos, visto
que representam a base da atuação profissional do advogado (acionamento da
justiça, andamento processual etc).
Já os especiais são os que recebem tratamento legal diferenciado, de modo
que para que possam ser exercidos precisam estar descritos no mandato de forma
expressa, ou seja, não se presumem. Entre os especiais podemos listar o de exercer
o direito de representação criminal contra alguém (Art.44, CPP); o de representar o
cliente em reunião que ele deveria estar; e os listados no Art. 105 do CPC, tais
quais:
(...) receber citação, confessar, reconhecer a procedência do
pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual
se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e
assinar declaração de hipossuficiência econômica, que
devem constar de cláusula específica.
2.1 Substabelecimento
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Seja para conseguir um apoio maior de colegas especializados em
determinada área ou visando sanar alguma necessidade (pessoal ou no vínculo
com o cliente), o advogado poderá substabelecer o mandato.De forma bem simples, o substabelecimento é o meio pelo qual o advogado
contratado transfere os poderes para outro profissional que passa a ser
responsável por aquela causa. Ele poderá ser parcial (com reserva de poderes) em
que o advogado repassa os poderes mas continua sendo responsável pelo mandato
ou total (sem reserva de poderes) situação em que o profissional se desvincula da
relação ao transferir todos os poderes.
Por ser direito dos que exercem a advocacia, tem-se que não pode ser
obstado em qualquer situação. Para configurar o substabelecimento com reserva
de poderes não é necessário nenhum tipo de autorização por parte do cliente,
sendo assim ato pessoal e faculdade do advogado. Já no que tange o
substabelecimento sem reserva de poderes, é preciso que haja a ciência prévia do
cliente, dado que nessa situação o responsável inicial se retira do vínculo.
Existindo substabelecimento com reserva de poderes, deve o patrono inicial
da causa ajustar de forma antecipada a participação do substabelecido na
repartição dos honorários, de maneira que existindo divergência caberá ao
Tribunal de Ética e Disciplina atuar como mediador ou indicar mediador que
contribua no sentido de que a distribuição se faça proporcionalmente à atuação de
cada um no processo.
2.2 Formas de Extinção
O mandato judicial tem geralmente a sua duração indefinida, até porque a
morosidade das instituições públicas é sempre um obstáculo à solução das lides
com celeridade. No entanto, pode existir disposição no corpo do mandato que
defina um prazo para que o vínculo se encerre, podendo ser temporal (ex: 1 ano)
ou condicional (ex: até a finalização do processo na primeira instância).
Em outras palavras, pode ser tanto após a conclusão da questão que
fundamentou a contratação do advogado (a sentença transitou em julgado; houve
acordo judicial) ou com termo para encerramento.
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Além dessas duas situações “naturais”, existem duas causas que podem
ocasionar a quebra da relação de forma prematura, a Renúncia e a Revogação.
A Renúncia é ato pessoal do advogado, que pode renunciar quando
entender necessário, não sendo preciso a indicação do motivo que ensejou a
renúncia. Embora seja uma faculdade subjetiva do advogado, o Código de Ética e
Disciplina recomenda que o profissional substabeleça ou renuncie em algumas
hipóteses, como na situação em que o cliente não confia no seu patrono ou adota
postura negligente (no pagamento ou na prestação das informações devidas para o
prosseguimento do feito).
A forma de comunicação da renúncia deve ser preferencialmente
mediante carta com aviso de recepção. Também serão válidas outras formas de
notificação, desde que haja a ciência do cliente através de assinatura do documento
que informa a renúncia.
O Estatuto da OAB prevê que o advogado que renunciar ficará responsável
por representar o outorgante pelos 10 dias seguintes à comunicação da renúncia,
visando evitar danos ao cliente. Essa regra não se aplica aos casos em que o
advogado é substituído antes do prazo de 10 dias.
A Revogação, por sua vez, é realizada por parte do outorgante que não
queira mais prosseguir com a assistência do profissional contratado, extinguindo
assim o mandato.
É mister ressaltar que nenhuma das formas de extinção do mandato
desobrigam o cliente de quitar o pagamento dos honorários devidos, bem como é
possível que o advogado venha a receber eventuais honorários sucumbenciais de
forma proporcional ao serviço prestado.
DICAS RÁPIDAS
Em regra o advogado não pode aceitar procuração de quem já possua um
patrono, sendo excetuados os casos em que há motivo plenamente justificável ou
para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis.
O mandato pode dispor sobre a forma de contratação de profissionais para
serviços auxiliares, bem como sobre o pagamento de custas e emolumentos.
Quanto ao pagamento de custas e emolumentos , na ausência de disposição em
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contrário, presume-se que sejam atendidos pelo cliente.
O dever do advogado representar o mandante durante 10 dias após renunciar ao
mandato cessa se ele for substituído antes.
O advogado que for empregado trabalha em regra 4 horas por dia ou 20 horas
por semana. Excetua-se nos casos em que há acordo ou convenção coletiva de
trabalho ou em caso de dedicação exclusiva (passa a ser de 8h).
O advogado deve imprimir a orientação que lhe pareça mais adequada à causa,
sem se subordinar à orientação do cliente, mas procurando esclarecê-lo quanto à
sua estratégia.
O advogado não é obrigado a aceitar indicação de outro profissional para com ele
trabalhar no processo.
O gerente jurídico deve continuar mantendo sua inscrição junto à OAB, dado que
exerce função privativa da advocacia.
É vedada a atuação concomitante das funções de advogado e preposto da
empresa.
É de responsabilidade do estado o pagamento dos honorários de advogado que
atuou como dativo.
O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a
apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período.
3. INSCRIÇÃO NA OAB
Como bem sabe o oabeiro, para prestar os serviços que são privativos da
atividade advocatícia, é preciso que o bacharel de direito realize o exame da ordem
e, após aprovado, se inscreva nos quadros da OAB. Tendo isso em mente, vamos
fazer uma análise dos tipos de inscrição dos advogados e também dos estagiários.
De início, é importante fazer menção aos requisitos para se tornar um
advogado, como visto na aula de dantes: I- Capacidade Civil; II- Graduação em
direito; III- Título de eleitor; IV- Quitação do serviço militar; V- Aprovação no
exame; VI- Ausência de incompatibilidades; VII- Idoneidade moral; VIII- Prestar
compromisso perante o conselho.
A Inscrição Principal é a mais usual, visto que é aquela realizada pelo
bacharel que passou no exame e requereu sua inserção nos quadros da OAB para
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obter legitimidade e começar a exercer a profissão, ou seja, a porta de entrada na
Ordem. Ela é realizada perante o Conselho Seccional sediado no estado em que o
advogado pretende exercer de forma habitual a advocacia.
Após estar devidamente inscrito nessa categoria, o profissional pode
realizar de forma ampla as atividades privativas da advocacia no estado (ou
Distrito Federal) em que se estabeleceu, e em todo o restante do país de forma
restrita (5 causas por ano) de modo que se for habitual (mais de 5 intervenções
judiciais) em estado diferente do que está inscrito, deve requerer a inscrição
suplementar.
Conforme o supramencionado, a Inscrição Suplementar se faz necessária
nas situações em que determinado advogado passa a exercer sua profissão com
habitualidade, conforme o Estatuto da Advocacia e da OAB:
Art. 10, § 2º Além da principal, o advogado deve promover a
inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos
territórios passar a exercer habitualmente a profissão
considerando-se habitualidade a intervenção judicial que
exceder de cinco causas por ano. (grifo nosso).
O leitor deve ter notado que o artigo faz menção a “intervenção judicial”, o
que faz surgir a dúvida “e os demais atos privativos da advocacia que são
realizados de forma extrajudicial?”.
Aqui a interpretação deve ser feita de modo literal, o que significa dizer que
o advogado pode prestar os demais serviços da advocacia (consultoria,
assessoria, direção jurídica) em outros estados sem necessidade de se inscrever
suplementarmente caso atinja determinada cota (ou seja, pode fazer defesas na
esfera administrativa, visar atos constitutivos de pessoas jurídicas, emitir
pareceres).
Vale mencionar que ao falar de 5 causas por ano, entende-se
majoritariamente que o Estatuto quis dizer “iniciar\ingressar em 5 causas por ano”,
não sendo compatibilizadas para fins deste cálculo as ações impetradas em anos
anterioresque ainda estejam tramitando.
Nesse sentido, o Conselho Federal da OAB em sede do Processo Nº
0136\1997: “intervenção, para fins do art.10, do Estatuto, é sempre a primeira,
sendo irrelevante o acompanhamento nos anos subsequentes.”
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Também não entram nessa conta de 5 intervenções judiciais: I- As ações
em que o profissional não atuou de forma efetiva (ex: assinando petições,
representando em audiências etc); II- O acompanhamento de cartas precatórias
expedidas para outro estado; III- Impetração de Habeas Corpus; IV- Recursos
direcionados para tribunais fora do estado (STF, STJ, TSE, TRF, TST, STM).
Por fim, existe a Inscrição por Transferência que se apresenta como
necessária quando o advogado precisa fazer uma mudança completa do seu
domicílio profissional para outro estado (ou Distrito Federal). Enquanto que na
inscrição suplementar a de cunho principal continua efetiva, na inscrição por
transferência há um cancelamento da principal, dado o domicílio profissional foi
alterado para outra unidade da federação - o que a tornará a “principal”.
3.1 Estagiário da OAB
O Estatuto da Advocacia e da OAB prevê a possibilidade de acadêmicos de
direito, a partir do 7º período, possam se inscrever nos quadros da OAB como
estagiários, com 2 anos de duração que pode ser acrescido de mais 1 ano. A
inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize
seu curso jurídico.
Para requerer a inscrição, o estagiário deverá obedecer aos mesmos
requisitos impostos aos advogados, com exceção do diploma\certidão emitido após
a finalização do curso e a aprovação no exame (dado que não seria lógico quem já
passou querer ser estagiário).
Ademais, deverá ter sido admitido em estágio profissional de advocacia que
pode ser mantido: I- pelas respectivas instituições de ensino superior pelos
Conselhos da OAB; II- por setores; III- órgãos jurídicos; e IV- escritórios de
advocacia credenciados pela OAB.
Também se aplicam as causas de incompatibilidade com a advocacia para os
estagiários, de modo que se algum aluno se encaixar em alguma das disposições
não poderá se inscrever na OAB. Visando sanar essa eventual ausência de estágio, o
Estatuto permite que esses alunos frequentem o estágio ministrado pela respectiva
instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem.
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Outrossim relevante, deve-se ao fato de que o bacharel de direito também
pode se inscrever como estagiário (ex: quer adquirir experiência; não passou
ainda na OAB etc).
Certo, mas quais são os benefícios de pagar para se vincular à OAB se eu
posso estagiar sem o registro? Podemos listar alguns.
Benefícios do estagiário inscrito na OAB
I- Assinar petições de juntada de documentos a processos administrativos ou
judiciais;
II- Tirar fotos de processos, fazer cópias, protocolos, consultas e outras
diligências;
III- Retirar e devolver autos em cartório e assinar a carga respectiva;
IV- Obter certidões de peças ou autos de processo findos ou em curso junto aos
escrivães e chefes de secretarias;
V- Elaborar peças, levantar alvarás, emitir guias e obter certidões;
VI- Comparecer em atos extrajudiciais;
VII- Verificar o andamento de processos, acompanhar julgamentos e atuar como
preposto em audiências;
VIII- Receber procuração ou substabelecimento.
É mister lembrar que o estagiário pratica os atos sob supervisão e
responsabilidade do advogado.
3.2 Cancelamento da Inscrição
Existem algumas situações que se configuradas ensejam o cancelamento da
inscrição do profissional perante a OAB. Nesse sentido, é importante ressaltar que,
nas hipóteses em que a causa do cancelamento é cessada, o “cancelado” que tenha
interesse em retornar ao exercício da profissão deve requerer uma nova inscrição
(apresentando os requisitos da capacidade civil, desincompatibilidade, idoneidade
moral e prestação do compromisso perante o conselho) que, se aprovada, será
efetivada sob número diferente.
Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br
São hipóteses de cancelamento: I- a solicitação do advogado que queira se
desligar da ordem; II- a morte do inscrito; III- a perda de um dos requisitos
solicitados para a inscrição; IV- o recebimento da penalidade de exclusão (ex:
torna-se moralmente inidôneo); e V- e o exercício de atividade incompatível com a
advocacia em caráter definitivo (ex: militar na ativa, presidente).
O cancelamento - realizado pelo conselho competente - será de ofício nas
hipóteses de exclusão, falecimento e exercício em caráter definitivo de atividade
incompatível com a advocacia.
Para solicitar o novo pedido de inscrição na hipótese de penalidade de
exclusão, o interessado deve estar acompanhado de provas sobre sua reabilitação.
DICAS RÁPIDAS
É considerado como domicílio profissional o local em que o advogado exerce as
atividades inerentes à profissão. Na dúvida prevalece o domicílio do advogado
enquanto pessoa física (domicílio civil).
A OAB permite a inclusão do nome social nos casos em que este é o nome pelo
qual o advogado(a) se identifica. Vale salientar que ele é incluído em seguida ao
nome registral e que é preciso fazer requerimento.
O advogado é licenciado quando: I- Apresentar requerimento pessoal motivado;
II- Exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter temporário; III-
Possuir doença mental curável. Ao retornar ele mantém o número de inscrição.
A responsabilidade pelo conteúdo da atuação de estagiário é do advogado que
lhe supervisiona. Isso não isenta o estagiário de responder eventualmente por
seus atos.
A inidoneidade moral poderá ser suscitada junto à OAB por qualquer pessoa e
deve ser declarada por meio de decisão de, no mínimo, dois terços dos votos de
todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os
termos do processo disciplinar.
As incompatibilidades previstas em lei para o exercício da advocacia também
devem ser observadas quando do requerimento de inscrição de estagiário.
Conforme o Art. 10, § 4º do EAOAB, o pedido de inscrição suplementar ou de
transferência deve ser suspenso pelo Conselho Seccional quando for verificada a
existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, representando contra ela
ao Conselho Federal.
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Líbero Alves Rodrigues Filho @liberofilho
Contatoliberoalves@gmail.com
Muito obrigado pela atenção! Nos vemos na aula às
20H. :)
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