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2 - Metodos Apropriados de Solucao de Conflitos_02

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Métodos Apropriados de Solução de Conflitos
Métodos em espécie
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No estado atual da cultura jurídica ocidental e das práticas correntes em relação à busca de pacificação de sujeitos em conflito e oferta de solução para os conflitos que os envolvem a jurisdição estatal aparece somente como a via ordinária para essa busca, sem ser a única ou exclusiva
– Cândido rangel dinamarco
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DINAMARCO
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M.A.S.C – Origem do Nome
 Alternative Resolution Dispute – Resolução alternativa de disputa do direito estadunidense;
 Em 29-11-10 CNJ exarou uma resolução estabelecendo que “aos órgãos judiciários incumbe oferecer mecanismos de solução de controvérsias, em especial os chamados meios consensuais, como mediação e a conciliação, bme assim prestar atendimento e orientação ao cidadão” (art. 1º, par.);
 Esse artigo primeiro é oriundo de um ordenamento do CNJ intitulado “POLÍTICA JUDICIÁRIA NACIONAL DE TRATAMENTO DOS CONFLITOS DE INTERESSES”, com o objetivo de “assegurar a todos o direito à solução dos conflitos por meios adequados à sua natureza e peculiaridade;
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CNJ, resolução 125
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Meios consensuais - Definição
Consensualidade advém da busca de consenso;
Consenso corresponde á concordância ou uniformidade de opiniões, pensamentos, sentimentos, crenças etc., da maioria ou da totalidade de membros;
Consenso é um conceito que descreve um tipo de acordo produzido por consentimento entre todos os membros de um grupo ou entre vários grupos. A "falta de consenso" é o dissenso. 
Então, os meios consensuais, concebidos após o início de uma disputa, preconizam que os conflitantes terão que ceder, e tal cessão há de ser buscada reciprocamente e o acordo atingido será proveniente de um texto redigido por intermédio do resultado que melhor resolve os conflitantes;
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DINAMARCO, Cândido rangel. 
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CNJ BUSCA COOPERAÇÃO
Entre OAB;
MP;
Procuradorias;
Defensorias.
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GEStão JuDICIáRIA / JUSTIÇA EM NÚMEROS 2021 107 
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Essa disciplina da UNESA advém:
... Do artigo quinto, inciso seis desta resolução 125 de 2010 citada, posto que há uma intencionalidade de busca desta cultura de conciliação;
No referido artigo recomenda a atração a esse programa a cooperação de entidades de ensino “para a criação de disciplinas que propiciem o surgimento da cultura da solução pacífica dos conflitos;
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Autocomposição x Heterocomposição
As partes resolvem autonomamente
Não existe a figura de uma pessoa que impõe a solução;
O mediador ou o conciliador facilita e até pode mesmo redigir, mas cada linha do acordo fora produzido com autorização das partes;
Vide artigo 165 §§2º e 3º do CPC;
Terceiro impõe o resultado
Existe uma figura que impõe uma solução com base em critérios legais, éticos e de justiça;
São exemplos; Jurisdição e arbitragem;
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Autocomposição x Heterocomposição
Mediador e conciliador
Não exercem jurisdição;
Auxiliam os litigantes e encaminham seus entendimentos no sentido da obtenção de solução aceitáveis por ambos.
Aqui há uma mera facilitação, ao contrário da jurisdição e arbitragem, onde o julgador impõe a solução. 
Terceiro impõe o resultado
O árbitro e o juiz estatal exercem um jurisdição etimologicamente aplicam o direito ao caso concreto;
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Sucedâneo da Jurisdição
Costuma-se designar a arbitragem e as soluções consensuais de conflitos como sucedâneos da jurisdição, ou equivalentes da jurisdição (Carnelutti). Todas essas vias apontam para soluçao de conflitos e pacifição social com acesso à justiça. 
Realmente, a mediacão e a conciliação suprimem o execício da jurisdição e portanto, merecem ser consideradas sucedâneos desta. 
A arbitragem, todavia, não é um sucedâneo da jurisdição, pelo simples motivo de que ali tambem se exerce a jurisdição. Ela é sucedâneo da jurisdição estatal. 
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Instituições de direito processual civil – Dinamarco, página 434 -10ø ediçao – juspodivm e malheiros
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Passagens do CPC que valorizam os MASC’s
Art. 3º;
Art. 916 (30 por cento + seis parcelas);
Art. 165;
139, V;
694;
Artigos 998, 999 e 1.000;
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CPC de 2015: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art916 
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Casos Pendentes
Razões estatísticas para que seja dada o estímulo ao acordo ainda que “impuro” ou seja, no transcurso do processo judicial não encerrado;
Razão de ser dos artigos do CPC que falam em acordo depois do ajuizamento da ação;
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GEStão JuDICIáRIA / JUSTIÇA EM NÚMEROS 2021 107 
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Acesso à Justiça
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GEStão JuDICIáRIA / JUSTIÇA EM NÚMEROS 2021 107 
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Processo Civil civil em sociedades plurais e complexas
Os direitos fundamentais, hoje, no Brasil, absolutamente não são apenas direitos de defesa em face do Estado (por exemplo a igualdade). Exige-se muito mais dos poderes públicos. Exige-se uma postura ativa do Estado para proteger os direitos fundamentais. 
Essa a grande mudança havida, com imensas e intensas repercussões práticas. 
Em outras palavras, não basta que o Estado se abstenha de violar os direitos fundamentais. Ele precisa, além disso, evitar que terceiros os violem. Exige-se, portanto, atualmente, que o Estado assuma uma postura ativa, agindo para defender direitos fundamentais ameaçados.
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CÓDIGO CIVIL COMENTADO – Artigo por Artigo • Nelson Rosenvald / Felipe Braga Netto, Salvador: juspodivm, 2022 página 41 e 42
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Processo Civil civil em sociedades plurais e complexas
Isto é, não basta que o Estado se abstenha de agir (não impeça, digamos, que um ato público se realize), é preciso proteger e agir para que lesões não ocorram (agindo para que outros não impeçam a reunião nem agridam quem lá esteja). Existem deveres estatais de proteção de seus cidadãos (inclusive em relação à violência urbana ou agressões provindas de terceiros), existem deveres dos pais de cuidado em relação aos filhos (o abandono afetivo, convém lembrar, não resulta da infração do dever de amar, mas do dever de cuidar, de índole objetiva). Esses deveres nem sempre resultam de regra jurídica específica, mas da interpretação atual acerca do conteúdo dos direitos fundamentais. Há uma discussão – atual e interessante – que indaga em que medida a eficácia horizontal dos direitos fundamentais obriga os particulares a agir desse ou daquele modo.
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Casos Novos
Nos próximos slides falaremos das transformações sociais que resultam em novos serviços e serviços que geral controvérsias novas
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Figura 61, mencionada no slide anterior
Redução de 12 por cento da litigiosidade por cem mil habitantes, o que gera um valor de 10 por cento de litígios novos por 100.000 habitantes
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GEStão JuDICIáRIA / JUSTIÇA EM NÚMEROS 2021 107 
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Casos novos por cem mil habitantes
Apenas justiça estadual
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GEStão JuDICIáRIA / JUSTIÇA EM NÚMEROS 2021 107 
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Slide anterior
NOVOS PRODUTOS, NOVOS SERVIÇOS, BUSCA DE APOIO
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Folha de são paulo de 28 de fevereiro de 2022
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NOVOS SERVIÇOS &
NOVOS CONFLITOS
A INCIVILIDADE NACIONAL, AO DESRESPEITAR REGRAS COMO LEGALIDADE E CONDUTAS NAO ABUSIVAS INDUZ NOVOS CONFLITOS CONSTITUINDO O INDICE VERGONHOSO DE 25 MILHOES DE NOVOS PROCESSOS EM 2021.
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O Globo 28 de fevereiro de 2022
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Continuação	
Novos conflitos com novos servicos e novas formas de contratar
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O Globo 28 de fevereiro de 2022
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Exclusivo: Advogado que recebeu Pix da Globo apresenta sua versão
Versão de quem fez Segundo a Globo, ela teria feito um acordo numa ação trabalhista, e ficou de depositar o valor (os R$ 318 mil) na conta do patrono da causa.
Versão de quem recebeu - Migalhas foi atrás do advogado que recebeu o dinheiro equivocadamente para saber o que tinha ocorrido.
Marcos Antônio Rodrigues dos Santos (OAB/RJ 98.878), o então sortudo, deu-nos sua versão.
Ele diz que, em virtude de um acordo trabalhista, havia recebido um Pix da Globo (corretamente) no dia 23 de dezembro, p.p., no valor de R$ 62 mil.
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Epa! Vimos que você copiou o texto. Sem problemas, desde que cite o link: https://www.migalhas.com.br/quentes/360528/exclusivo-advogado-que-recebeu-pix-da-globo-apresenta-sua-versao21
A 27ª câmara de Direito Privado do TJ/SP deu prazo para que o app Uber reative a conta de um motorista que afirmou ter sido bloqueado sem qualquer comunicação ou justificativa. O relator do caso, desembargador Alfredo Attié, critica as relações modernas que retiram garantias da Constituição: "relações servis, os chamados 'escravos de ganho', no meio ambiente urbano".
Na origem, um motorista acionou a Justiça contra o app Uber alegando que, sem qualquer comunicação ou justificativa, teve o acesso à plataforma bloqueado, passando por diversas dificuldades financeiras, pois ficou impedido de trabalhar. Na ação, ele pediu a reparação por danos morais e materiais e, ainda, o seu restabelecimento na plataforma.
O juízo de 1º grau negou os pedidos do motorista sob o fundamento de que o Uber provou que existiu reclamação de passageiro contra o motorista; a abertura de mais de uma conta, o que era vedado, "de modo que fica evidente o mau uso do aplicativo por ele, portanto, a rescisão contratual se deu por culpa exclusiva deste (autor)", disse o magistrado da 4ª vara Cível de Bauru/SP.
https://www.migalhas.com.br/quentes/360553/relator-critica-uber-e-identifica-relacoes-servis--escravos-de-ganhohttps://www.migalhas.com.br/quentes/360553/relator-critica-uber-e-identifica-relacoes-servis--escravos-de-ganho
https://www.migalhas.com.br/arquivos/2022/2/DEC03AFC6C5DD6_uber-tjsp.pdf
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https://esaj.tjsp.jus.br/cposg/search.do;jsessionid=F825EBDD305E6AD175C846EE51BE4395.cposg7?conversationId=&paginaConsulta=0&cbPesquisa=NMPARTE&dePesquisa=Maycom+Henrique+Machado&localPesquisa.cdLocal=-1#?cdDocumento=11
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NOVOS SERVIÇOS &
NOVOS CONFLITOS
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O Globo 28 de fevereiro de 2022
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Delicadezas da Autocomposição
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https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS7gbcBDBqUPOkxr9C_YykMJReMvWOJb282Mg&usqp=CAU
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Delicadezas da Autocomposição
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CPC de 2015
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Sem cópia da inicial
Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação, observado o disposto no art. 694.
§ 1º O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a qualquer tempo.
Transtornos específicos brasileiros
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Deslealdade
Há um sentimento deste profº que compreende as razões dos novos casos do próximo slide
Aqui o descumprimento do acordo é alçado a status de virtude ou de normalidade
CNJ: 25.803.671 novos casos
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GEStão JuDICIáRIA / JUSTIÇA EM NÚMEROS 2021 107 
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Situaçãos imprevisíveis e novos conflitos
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O Globo 28 de fevereiro de 2022
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Situaçãos imprevisíveis e novos conflitos
O Globo em 2 de março de 2022.
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Situaçãos imprevisíveis e novos conflitos
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Princípios da Conciliação e Mediação
Independência;
Imparcialidade;
Normalização do Conflito;
Autonomia da Vontade;
Confidencialidade;
Oralidade;
Informalide
Decisão informada
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Princípio da independência na autocomposição
Os conciliadores e mediadores devem atuar de forma independente, sem sofrerem qualquer espécie de pressão interna ou externa. Nos termos do art. 1°, V do Anexo II da Resolução n° 125/2010 do CNJ a independência também permite ao conciliador e ao mediador deixar de redigir solução ilegal ou inexequível, em nítida prevalência da ordem jurídica e da eficácia da solução do conflito em detrimento da vontade das partes. Trata-se de um segundo princípio do respeito à ordem pública e às leis vigentes, constante expressamente de norma administrativa mas não presente no art. 166, caput, do CPC.
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CPC COMENTADO – DANIEL AMORIM ASSUMPCAO NEVES PG 316
32
Princípio da imparcialidade na autocomposição
O mediador deve ser imparcial ou seja, não pode com sua atuação deliberadamente
pender para uma das partes e com isso induzir a parte contrária a uma solução que não
atenda às finalidades do confito. Também o conciliador deve ser imparcial porque quando
apresenta propostas de solução dos conflitos deve ter como propósito a forma mais adequada
à solução do conflito e não a vantagem indevida de uma parte sobre a outra.
Ao tratar do tema da imparcialidade na conciliação e mediação o inciso IV do art. 1º do Anexo II da Res. 125 de 2010 do CNJ prevêo o dever de agirem com ausencia de favoritism.
13:02
CPC COMENTADO – DANIEL AMORIM ASSUMPCAO NEVES PG 316
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Art. 170 causas da imparcialidade
 Aplicação subsidiária do artigo 144 e 145 do CPC que declara regra de impedimento e suspeição;
Apesar do texto legal falar em impedimento, o professor Daneil Amorim Assunpção neves sustenta que a suspeição merece também gerar causa de imparcialidade do conciliador/mediador;
 No mesmo sentido o professor Marinoni, Arenhart e Mitidiero:
Impedimento e Suspeição do Conciliador e do Mediador. Ao mediador e ao conciliador aplicam-se as causas de impedimento e suspeição do juiz (arts. 144-145, ele art. 148, CPC). Venficando algum desses motivos, deve o conciliador ou comunicar imediatamente o fato ao juiz, preferencialmente por meio eletrônico, para que m outro assuma a função;
13:02
Marinoni, Arenhart e Mitidiero, CPC COMENTADO, página 307 
34
Princípio da Normalização do Conflito
A normalização do conflito juridicamente decorre de sua solução, mas sociologicamente o conflito só será "normalizado” se as partes ficarem concretamente satisteitas com solução consensual de conflito a que chegaram;
O apaziguamento dos ânimos normaliza o conflito no plano fático, resolvendo a chamada lide sociológica;
Há a falsa impressão que o simples fato de a solução resultar da vontade das partes é garantia de pacificação social quando a situação entre as partes praticamente impoe à vontade de uma sobre a outra, em especial quando uma delas apresenta hipossuficiência técnica e/ ou econômica;
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CPC COMENTADO – DANIEL AMORIM ASSUMPCAO NEVES PG 317
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Exemplo de “acordo” desnivelado
O Flamengo fechou acordos com familiares de oito vítimas do Ninho: Arthur Vinicius, Athila Paixão, Bernardo Piseta, Gedson Santos, Jorge Eduardo, Samuel, Pablo Henrique, Vitor Isaías e o pai e mãe (posteriormente) de Rykelmo. Até hoje, resta o acerto com a família de Christian Esmério.
As dez vítimas do incêndio:
Athila Paixão, de 14 anos
Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, 14 anos
Bernardo Pisetta, 14 anos
Christian Esmério, 15 anos
Gedson Santos, 14 anos
Jorge Eduardo Santos, 15 anos
Pablo Henrique da Silva Matos, 14 anos
Rykelmo de Souza Vianna, 16 anos
Samuel Thomas Rosa, 15 anos
Vitor Isaías, 15 anos
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https://www.lance.com.br/flamengo/flamengo-inaugura-capela-no-ninho-do-urubu-como-forma-de-homenagem-as-vitimas-do-incendio.html 
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Recusa ao oferecimento de ANPP pelo MP (art. 28-A, §14, do CPP)
Publicação no site do mp em 29/6/2020
Notícia integral MP e jornal lance
Link: https://www.mprj.mp.br/home/-/detalhe-noticia/visualizar/87111 [no site do MPRJ em 26-6-2020]
Link: https://www.lance.com.br/flamengo/flamengo-inaugura-capela-no-ninho-do-urubu-como-forma-de-homenagem-as-vitimas-do-incendio.html [no site do Extra-Rj em 8-2-22]
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Link: https://www.mprj.mp.br/home/-/detalhe-noticia/visualizar/87111 
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Autonomia da Vontade
Não há como se talar em solução consensual do conflito sem autonomia de vontade das partes;
 Se houver um consenso entre estar partes, este só pode ter decorrido de um acordo livre de vontade. E a vontade não pode ser viciada sob pena de tornar a solução do conflito nula.
A autonomia da vontade não se limita ao conteúdo da solução consensual do conflito, valendo também para o procedimento da conciliação e mediação, sendo justamente nesse sentido o § 4° do art. 166 do CPC; 
Esse poder das partes também é chamado de princípio da liberdade ou da autodeterminação, abrangendo a forma e o conteúdo da solução consensual.
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Autonomia da Vontade e o artigo 334 § 8º do CPC
CAPÍTULO_V
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OUDE MEDIAÇÃO
 Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
§ 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art334 
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Princípio da Confidencialidade
O principio da confidencialidade se justifica como forma de otimizar a participação das partes e com isso aumentarem as chances de obtenção da solução consensual;
Muitas vezes as partes ficam inibidas durante a conciliação ou mediação em fornecer dados ou informações que possam posteriormente lhes prejudicar numa eventual decisão impositiva do conflito. 
Retraídas em suas manifestações e desconfiadas de que aquilo que falarem poderá ser usado contra elas preferem atuar de forma tímida em prejuízo da solução consensual.
Nos termos do § 1° do art.166 a confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto por expressa deliberação das partes. 
13:02
CPC COMENTADO – DANIEL AMORIM ASSUMPCAO NEVES PG 317
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Disposição legal do artigo 166 acerca da confidencialidade
Art. 166
  A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.
§ 1º A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto por expressa deliberação das partes.
QR CODE NCPC
13:02
Art. 166 do Código de processo civil
41
Ainda sobre confidencialidade
 A arbitragem não é o foco desta aula;
Porém, o próprio sistema do código ao falar de publicidade, ressalva uma MASC, qual seja a arbitragem, textualmente, na redação do inciso IV do art. 189 do CPC:
  Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
13:02
42
ORALIDADE
 Ao consagrar como princípio da conciliação e da mediação a oralidade o art. 165. caput, do CPC permite a conclusão de que as tratativas entre as partes e o terceiro imparcial serão orais, de forma que o essencial do conversado entre as partes e o conciliador ou mediador não constaram do termo de audiência ou da sessão realizada. Nada impede, naturalmente, que o conciliador e, em especial o mediador, se valha durante a sessão ou audiência de escritos resumidos das posições adotadas pelas partes e dos avanços obtidos na negociação, mas esses servirão apenas durante as tratativas, depende ser descartados após a conciliação e a mediação 
13:02
CPC COMENTADO – DANIEL AMORIM ASSUMPCAO NEVES PG 318
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Informalidade e Decisão Informada
A primeira se remete ao relaxamento, descontração e tranquilidade que devem imperar na relação da audiência;
Quanto a decisão informada determinada que o conciliador ou mediar deve manter o jurisdicionado a par de seus direitos;
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Conciliação e Mediação: pontos de aproximação 	
1. Ambas produzem o acesso à justiçnao por atos dos próprios sujeitos envolvidos no conflito;
2. Conciliadores e mediadores não exercem nenhuma jurisdição;
3. É proibido qualquer tipo de constrangimento para atingemento do acordo;
4. Há uma aceitação daqueles que conflitam com relação a vinda do terceiro imparcial;
13:02
Dinamarco: instituicoes de direito processual ciivl volume I
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  Art. 168 do CPC
  Art. 168. As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.
§ 1º O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal.
§ 2º Inexistindo acordo quanto à escolha do mediador ou conciliador, haverá distribuição entre aqueles cadastrados no registro do tribunal, observada a respectiva formação.
§ 3º Sempre que recomendável, haverá a designação de mais de um mediador ou conciliador.
13:02
Dinamarco: instituicoes de direito processual ciivl volume I
46
Primeira distinção:Vínculo anterior
(a) o conciliador atuará quando se tratar de responsabilidade extracontratual, direitos de vizinhança (eu tenho vizinhos que têm relação profundas entre si) ou de passagem;
(b) mediador tocará o exercício em relacoes de família, inadimplemento contratual, anulacao de nogócios jurídicos e de responsabilidade contratual;
13:02
Dinamarco: instituicoes de direito processual ciivl volume I
47
Histórias de um Casamento
Produção original netflix
Exemplo de mediação: 
Duas horas e cinco minutos de sofrimento;
Classificação 14 anos;
Produção original netflix
13:02
https://www.netflix.com/search?q=hist%C3%B3rias%20de%20um%20casamento
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Conciliação	- 165 § 2º. 
§ 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem.
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Mediação	- 165 § 3º. 
§ 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.
13:02
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Escolha do mediador ou conciliador
Art. 168. As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.
§ 1º O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal.
§ 2º Inexistindo acordo quanto à escolha do mediador ou conciliador, haverá distribuição entre aqueles cadastrados no registro do tribunal, observada a respectiva formação.
§ 3º Sempre que recomendável, haverá a designação de mais de um mediador ou conciliador.
13:02
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Conciliação e Mediação, conclusão.
No exercício de suas funções o conciliador e o mediador são considerados auxiliares da Justiça (CPC,art-149) e, como tais estão sujeitos ao comando do juiz, tendo o dever de atuar com independência e imparcialidade (art. 166, caput) e a Lei da Mediação impõe também aos mediadores o dever de revelação, isto é, o dever de externar às partes, antes de aceitar o munus, a existência de alguma situação ou ocorrência de algum fato que eventualmente possa ser interpretado como motivo de sua suspeição ou impedimento (lei n. 13.140, de 26.6.15, art. 5º par.). O conciliador e o medidor devem também manter em sigilo os fatos dos quais venham a ter conhecimento no exercício de suas funções (CPC, art. 166, § 2° )
13:02
Dinamarco: instituicoes de direito processual ciivl volume I – página 442.
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Mediação e Prescrição
Retirada da Obra de Humberto Theodoro Júnior
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Suspensão do prazo prescricional pela instalação da mediação 
O CPC de 2015, em seu art. 3º, prestigia os chamados M.A.S.C., que vêm a ser aqueles que se prestam a pacificar litígios sem depender da sentença judicial.
Entre esses métodos de solução consensual de conflitos encontra-se a mediação;
A mediação corre mediante intervenção de terceiro imparcial que encaminha as partes a negociar e alcançar uma solução consensual para a controvérsia em que se acham envolvidas. Na definição da Lei 13.140/2015, “considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimulaa identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia” (art. 1º, parágrafo único). 
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Suspensão do prazo prescricional pela instalação da mediação – Segundo Slide
A lei especial considera instituída a mediação na data para a qual for marcada a primeira reunião (art. 17, caput). Enquanto transcorrer o procedimento, “ficará suspenso o prazo prescricional” (art. 17, par. único). Entretanto, como bem ressaltado por Francisco José Cahali, se o contrato do qual surgiu o litígio contiver cláusula de mediação ou cláusula escalonada para resolução de conflitos, pode-se entender suspensa a prescrição “a partir do momento em que a parte inicia o procedimento, e não da data da primeira reunião”, pois desde antes já está transcorrendo a mediação;
Frustrada a conciliação, o prazo prescricional deverá retomar seu cômputo a partir da ciência das partes sobre o termo de encerramento da mediação. Segundo a lei, o procedimento será encerrado com a lavratura do seu termo final, que ocorrerá “quando for celebrado acordo ou quando não se justificarem novos esforços para a obtenção de consenso, seja por declaração do mediador nesse sentido ou por manifestação de qualquer das partes” (art. 20, caput). 
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Suspensão do prazo prescricional pela instalação da mediação – 3º Slide
A legislação específica autoriza a autocomposição por meio da mediação para pessoa jurídica de direito público. Nessa hipótese, a prescrição considera-se suspensa com a instauração do procedimento administrativo, que ocorre “quando o órgão ou entidade pública emitir juízo de admissibilidade, retroagindo a suspensão da prescricção à data da formalização do pedido de resolução consensual do conflito” (art. 34, caput, e § 1º).
Art. 34. A instauração de procedimento administrativo para a resolução consensual de conflito no âmbito da administração pública suspende a prescrição.
§ 1º Considera-se instaurado o procedimento quando o órgão ou entidade pública emitir juízo de admissibilidade, retroagindo a suspensão da prescrição à data de formalização do pedido de resolução consensual do conflito.
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Lei 13.140/2015
Art. 17. Considera-se instituída a mediação na data para a qual for marcada a primeira reunião de mediação.
Parágrafo único. Enquanto transcorrer o procedimento de mediação, ficará suspenso o prazo prescricional.
Art. 20. O procedimento de mediação será encerrado com a lavratura do seu termo final, quando for celebrado acordo ou quando não se justificarem novos esforços para a obtenção de consenso, seja por declaração do mediador nesse sentido ou por manifestação de qualquer das partes.
13:02
57
 
106 JUSTIÇA EM NÚMEROS 2021!/!GESTÃO JUDICIÁRIA
Fonte: Conselho Nacional de Justiça, 2021.
Figura 54 - Série histórica dos casos pendentes
Mi
lhõ
es
60,7 61,9
64,4 67,1
71,6 72,0
77,1 79,9 79,5 78,6 77,4 75,4
9,8 12,8
14,2 14,1 14,2 13,0
0,8 1,8 1,8 1,7
Casos pendentes
Processos suspensos
Processos reativados
0
16
32
48
64
80
2009 2011 2013 2015 2017 20192010 2012 2014 2016 2018 2020
Fonte: Conselho Nacional de Justiça, 2021.
Figura 55 - Série histórica das sentenças e decisões
Mi
lhõ
es
23,7 23,1 23,6
24,8 25,9
27,0 27,5 27,6 28,3
29,5
31,6
25,0
20,7 20,0 19,8 20,7
21,9 22,6 22,9 23,2
23,8 24,6
26,8
20,5
2,7 3,0 3,4 3,6 3,5 3,8 4,0 3,8 3,9 4,1 4,1 3,8
Total
Sentenças de 1º Grau
Decisões Terminativas no 2º grau
0,0
6,4
12,8
19,2
25,6
32,0
2009 2011 2013 2015 2017 20192010 2012 2014 2016 2018 2020
Fonte: Conselho Nacional de Justiça, 2021.
111GESTÃO JUDICIÁRIA!/!JUSTIÇA EM NÚMEROS 2021
5.1.1 Acesso à Justiça
Esta seção trata da demanda da população pelos serviços da justiça e das con-
cessões de assistência judiciária gratuita nos tribunais.
Em média, a cada grupo de 100.000 habitantes, 10.675 ingressaram com uma ação 
judicial no ano de 2020, conforme Figura 61. Houve uma redução de 12,3% no número de 
casos por mil habitantes em relação a 2019. Neste indicador, são computados somente 
os processos de conhecimento e de execução de títulos extrajudiciais, excluindo, por-
tanto, da base de cálculo as execuções judiciais iniciadas. O indicador de cada tribunal 
é apresentado na Figura 63.
O estado de Minas Gerais, apesar de figurar como tribunal de grande porte em todos 
os segmentos (TJMG, TRT3 e TRE-MG), é, entre os de grande porte, o que apresenta 
a menor demanda por habitante, salvo no caso do TRE-MG, que figura como maior 
demanda entre os tribunais do segmento eleitoral. Na Justiça Estadual, o tribunal mais 
demandado pela população é o TJRO (15.812), seguido pelo TJMS (12.224), e o menos 
demandado é o TJPA (2.483). A média nacional é de 7.025 casos novos por cem mil ha-
bitantes. Na Justiça trabalhista os índices variam de 359 (TRT16) a 1.748 (TRT2), estando 
a média nacional trabalhista em 1.049 casos novos por cem mil habitantes. No âmbito 
da Justiça Eleitoral, o tribunal com mais demanda por habitante é o TRE-TO (1.380), e os 
tribunais com menor demanda são o TRE-DF (6) e o TRE-RJ (400), com média nacional 
de 649 casos novos por cem mil habitantes. Na Justiça Federal, o único com demanda 
acima do patamar de 2.500 casos por cem mil habitantes é o TRF da 4ª Região, que 
abrange os estados da Região Sul do País, enquanto os demais tribunais regionais 
federais possuem índices próximos entre si.
A Figura 62 relaciona os processos arquivados com assistência judiciária gratuita 
com o número de habitantes. Verifica-se uma diminuição na série histórica em 2020, 
atingindo o menor indicador desde o ano de 2016, com 2.142 arquivados com assis-
tência judiciária gratuita por cem mil habitantes. Tais números foram impactados pela 
pandemia de 2020, representando uma redução de 30%. Porém, desde 2015 o indicador 
se manteve em tendência de crescimento, sendo, em 2019, o maior valor histórico. Nas 
informações por tribunal, Figura 64, consta que o TJRO apresentou o maior número de 
processos arquivados com assistência judiciária gratuita por cem mil habitantes, 7.159, 
seguido pelo TJMT (6.086), com muita variabilidade entre os tribunais, e o menor valor 
no TJRN, igual a 104. Alguns Tribunais do Trabalho apresentam índices bem abaixo da 
média do segmento trabalhista (que é de 346), como o TRT15 (0,08), TRT5 (1), TRT6 (14) 
e TRT20 (41).
112 JUSTIÇA EM NÚMEROS 2021!/!GESTÃO JUDICIÁRIA
Figura 61 - Série histórica do número de casos novos por mil habitantes
Ca
so
s n
ov
os
 po
r 1
.0
00
 ha
bit
an
te
s
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
11.866
11.620
12.415
13.306
12.914
13.029
12.209
12.781
12.286
11.820 12.193
10.675 !
Fonte: Conselho Nacional de Justiça, 2021.
Figura 62 - Série histórica do número de processos arquivados com assistência judiciária gra-
tuita por cem mil habitantes
1.702
2.505 2.634
2.694
3.086
2.142
0
620
1.240
1.860
2.480
3.100
2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: Conselho Nacional de Justiça, 2021.
113GESTÃO JUDICIÁRIA!/!JUSTIÇA EM NÚMEROS 2021
Figura 63 - Casos novos por cem mil habitantes, por tribunal
Estadual
TJAC
TJPB
TJRR
TJPI
TJRN
TJAP
TJAM
TJSE
TJAL
TJTO
TJMS
TJRO
TJPA
TJCE
TJMA
TJES
TJPE
TJBA
TJGO
TJDFT
TJSC
TJMT
TJMG
TJRJ
TJSP
TJRS
TJPR
Estadual
7.025
4.671
5.067
5.124
5.164
5.930
6.357
6.722
7.178
7.180
9.706
12.224
15.812
2.483
3.578
4.326
4.387
5.013
6.299
7.084
9.427
9.446
9.588
6.133
7.850
8.064
8.380
9.591
0 5.000 10.000 15.000 20.000
Eleitoral
TRE!DF
TRE!RR
TRE!AL
TRE!AM
TRE!AP
TRE!ES
TRE!RN
TRE!MS
TRE!SE
TRE!AC
TRE!RO
TRE!TO
TRE!CE
TRE!PE
TRE!PA
TRE!SC
TRE!MA
TRE!PB
TRE!PI
TRE!GO
TRE!MT
TRE!RJ
TRE!SP
TRE!BA
TRE!RS
TRE!PR
TRE!MG
Eleitoral
649
6
480
559
684
721
735
752
752
797
801
1.154
1.380
453
562
645
724
739
791
816
818
916
400
474
702
721
821
934
0 500 1.000 1.500
Trabalho
TRT16
TRT19
TRT21
TRT13
TRT11
TRT22
TRT20
TRT17
TRT23TRT24
TRT14
TRT8
TRT7
TRT5
TRT6
TRT18
TRT10
TRT9
TRT12
TRT3
TRT1
TRT15
TRT4
TRT2
Trabalho
1.049
359
547
589
600
612
646
803
835
878
922
1.268
455
489
683
861
1.001
1.004
1.246
1.324
949
1.199
1.358
1.527
1.748
0 500 1.000 1.500 2.000
Poder Judiciário
Militar Estadual
TJMMG
TJMSP
TJMRS
Federal
TRF1
TRF3
TRF2
TRF5
TRF4
Superior
Poder Judiciário
Militar Estadual
Federal
Superior
STM
TSE
STJ
TST
10.675
1.079
960
1.067
1.353
1.606
1.259
1.469
1.536
1.666
2.707
344
0
2
168
173
0 2.000 6.000 10.000
Fonte: Conselho Nacional de Justiça, 2021.
107GESTÃO JUDICIÁRIA!/!JUSTIÇA EM NÚMEROS 2021
Figura 56 - Casos novos, por ramo de justiça
Justiça Estadual
 16.922.580
 65,6%
Justiça Federal
3.809.039 (14,8%)
Justiça do Trabalho
2.975.899 (11,5%)
Justiça Eleitoral
1.366.734 (5,3%)
Tribunais Superiores
724.816 (2,8%)
Justiça Militar Estadual
3.220 (0,0%)
Auditoria Militar da União
1.383 (0,0%)
Fonte: Conselho Nacional de Justiça, 2021.
Figura 57 - Casos pendentes, por ramo de justiça
Justiça Estadual
 58.347.512
 77,4%
Justiça Federal
10.907.668 (14,5%)
Justiça do Trabalho
4.557.513 (6,0%)
Tribunais Superiores
799.118 (1,1%)
Justiça Eleitoral
736.244 (1,0%)
Justiça Militar Estadual
3.906 (0,0%)
Auditoria Militar da União
1.978 (0,0%)
Fonte: Conselho Nacional de Justiça, 2021.

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