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Mormo Rodococose Garrotilho Profª Drª Andrezza Braga MORMO “catarro de burro”, “catarro de mormo”, “lamparão”, “garrotilho atípico” ou “cancro nasal” Conceito Doença infectocontagiosa piogranulomatosa incurável Bactéria Contágio direto pus granuloma Burkholderia mallei Bactéria Gram negativa É inativada em temperatura acima de 55ºC e por desinfetantes comuns. Em matéria orgânica permanece viável por 15 a 30dias. A enfermidade ocorre em áreas restritas do mundo (nordeste da Europa, Ásia e África); No Brasil ocorre nos estados do Nordeste e Norte e mais recentemente no sudeste e Distrito Federal O primeiro relato no Brasil ocorreu em 1811; A doença foi considerada erradicada no Brasil desde 1968 sendo os últimos focos relatados oficialmente nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco. Espécies susceptíveis: Eqüinos, asininos e muares FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À DOENÇA • Introdução de animais doentes • Sistema de criação • Manejo higiênico-sanitário inadequado A infecção ocorre pela ingestão de água e alimentos contaminados, inalação da bactéria e contato direto (menos frequente). Grandes concentrações de equídeos estão associados à disseminação da bactéria (doença de estábulo) Não é uma doença sazonal em áreas endêmicas A idade é um aspecto importante a ser considerado na epidemiologia da doença. A apresentação da doença está restrita ao sistema respiratório, linfático e pele ASSINTOMÁTICOS? APATIA CAQUEXIA / PERDA DE PESO SINAIS RESPIRATÓRIOS SINAIS CUTÂNETOS (GRANULOMAS) Febre alta, perda de apetite e dificuldade respiratória com tosse; Presença de descarga muco purulenta, amarelo esverdeada, viscosa e altamente infecciosa, que se acumula e causa crostas ao redor das narinas; Descarga ocular purulenta; Nódulos na mucosa nasal, podendo evoluir para úlceras. Tosse seca persistente; Dificuldade respiratória; Dispnéia; Diarréia; Poliúria. Perda progressiva da condição corporal. Além de febre, dispnéia, debilidade progressiva há o aparecimento de nódulos no tecido subcutâneo(cabeça, pescoço, pernas, área costal e abdômen ventral-rompimento exsudato purulento). Úlceras que podem cicatrizar. Linfonodos e vasos linfáticos(aspecto de rosário). Orquite LEGISLAÇÃO Instrução Normativa nº 24 de 5 de abril de 2004 Controle de trânsito Interestadual; Sacrifício dos animais doentes ou soropositivos e incineração das carcaças; Interdição da propriedade para saneamento; Quarentena e sorologia antes de introduzir animais no rebanho; Desinfecção das instalações e de todo material que teve contato com animais doentes Microbiológico: Isolamento e identificação bacteriana Inoculação em animais de laboratório (Prova de Strauss) Maleinização: Oficial Sorológico: Oficial Molecular Exame Anátomo-histopatológico Animais reagentes à FC podem ser submetidos a teste complementar de diagnóstico que será o teste da Maleína nos seguintes casos: Animais reagentes à FC sem sintomas; Animais não reagentes à FC com sintomas; Aplicação de PPD Maleína na dose de 0,1ml por via intradérmica, na pálpebra inferior de um dos olhos do animal, e o procedimento de leitura deverá ser realizado após 48 horas após a aplicação. Contra – indicado ! Sensibilidade in vitro - Sulfonamidas / trimetropinas - Imipenem - Cloranfenicol - Cefotaxima - Doxiciclina - Rifampicina - Eritromicina Devido a inexistência de vacinas e os tratamentos serem proibidos recomenda-se: Controle da movimentação animal; Controle de eventos agropecuários; Vigilância ativa e passiva; Identificação de populações de risco; Investigação epidemiológica de casos suspeitos e confirmados. Sacrifício dos animais positivos. Interdição das propriedades até completo saneamento. Não utilizar baias, comedouros e bebedouros coletivos; Ao detectar sintomas nos animais isolá-los e comunicar imediatamente a Adapi de seu município; Não fazer uso compartilhado de escova, panos, cabrestos e arreios; Realizar completa limpeza e desinfecção das instalações; Exigir exame Negativo para Mormo na compra de novos animais; Realizar quarentena para animais recém adquiridos. Fornecer alimentação e mineralização adequadas Rodococose “diarreia dos potros ” Rodococcus equi Gram-positivo e aeróbio obrigatório Intracelular facultativo de macrófagos e habitante do solo e do trato intestinal dos mamíferos e aves Infectocontagio a animais domésticos, selvagens e o homem. Susceptíveis: Equinos jovens (4-6m) Alta mortalidade Zoonose Transmissão: Ingestão de alimentos Inalação dos aerossóis Transmissão vertical Respiratórios (broncopneumonia abscedante em lactentes) Entéricos Articulares Sinais Clínicos Tratamento: Eritromicina ou Azitromicina Rifampicina 25 mg/kg (QID) 10 mg/kg (SID) Plasma hiperimune (20ml/kg do potro) A prevenção e o controle da doença é difícil. Sua natureza dificulta a detecção precoce e o isolamento de potros infectados. A má ventilação e a formação de poeira são os fatores mais difíceis de controlar Vacinação de éguas Garrotilho “Adenite equina” “doença do TRS” “Abscedação de linfonodos” Distribuição mundial Alta morbidade Baixa letalidade / mortalidade Agente endêmico de mucosa nasal Streptococcus equi Fatores estressantes Alterações de climáticas Desmame precoce Transportes prolongados Treinamento intensivo Superlotação nas instalações Viroses e parasitoses Imunidade baixa Fatores predisponentes Sinais clínicos Diagnóstico Clínico, laboratorial (CULTURA, PCR, ELISA) Tratamento Penicilina benzatina 20.000 a 40.000 UI/Kg IM 72/72hs Inalação com mucolítico Drenagem de abcessos Isolamento dos animais doentes no mínimo de 4-5 semanas; Cuidados devem ser tomados com os utensílios utilizados nos animais doentes; Os estábulos devem ser limpos e desinfectados; As camas devem ser queimadas; Controle e Profilaxia Vacinação Potros: 3 – 4 doses de reforço Adultos: após 1 ano: 2 vezes ao ano Prenhes: 2 vezes ao ano dose 4 – 6 semamas antes do parto Chama o veterinário! Equina raça Quarto de Milha, 40 dias de idade, foi encaminhada ao Hospital Veterinário da UNINASSAU, PI, apresentando secreção nasal e dispneia há 30 dias, além de diarreia desde a admissão na triagem. Ao exame físico, o animal apresentava hipertermia, tosse produtiva, respiração abdominal, dispneia mista, taquipnéia, estridor traqueal, aumento dos ruídos traqueobrônquico e broncobronquiolar e crepitação grossa pulmonar. Qual a sua conduta neste caso?