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Fichamento - Da monarquia a república (Emilia Viotti) Parte 1

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Disciplina: História do Brasil Republicano
Discente: Fabiana da Silva Moreira - Licencianda em História - UFMA
FICHAMENTO DE CONTEÚDO
Referência:
Costa, Emília Viotti da. Da monarquia à república: momentos decisivos/Emília Viotti da.
Costa. – 6.ed. – São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999.
Este texto pretende abordar o capítulo 11 - A proclamação da República - do
livro " Da monarquia à República " de autoria da Historiadora Emília Viotti da Costa,
publicado pela editora UNESP em 1998. Os pontos a serem expostos, fazem parte
dos tópicos " o ideal de federação" e " contradições entre o poder político e o
poder econômico: separatismo ". Ao longo dos parágrafos, Viotti trata dos motivos
que impuseram ideias a cerca da federação e de ideais separatistas em voga no
cenário político do Império.
Com a segunda metade do século XIX, o Brasil e o mundo enfrentaram um grande
processo de mudanças de cunho econômico e social, que acarretou em inúmeros
conflitos na estrutura do país. Com o surgimento das primeiras indústrias,
também vieram demandas da parte dos proprietários, que exigiram uma política
protecionista que valorizasse o seu tipo de mercado. Que veio junto ao
capitalismo industrial, incentivando a modernização na estrutura econômica do
país. Da mesma forma que os grandes fazendeiros ansiavam por uma política que
fosse favorável ao início da imigração, exigiam também a separação da igreja do
estado, pois acreditavam que a junção dos dois não facilitaria o processo de
imigração, em contrapartida, os senhores de engenho eram a favor da
continuidade do regime escravocrata. Alguns grupos urbanos eram a favor da
abolição como também queriam sua parte na representação política e pediam por
eleições diretas. No entanto, não eram apenas os fatores econômicos que
atiçavam as exigências dessas bases sócias, mas o crescimento demográfico
também colocava essa situação em ponto de ebulição, causando reivindicações,
que contribuíam para que as apostas fossem feitas no sistema federativo, visto
que a insatisfação dessas bases encontrava-se na centralização do poder
imperial, corroborando para uma má comunicação entre as províncias e a
administração geral.
A ideia de federação não era nova, mas com a reestruturação da sociedade
naquele momento, ganhava novo fôlego, principalmente com as manifestações do
partido liberal e do manifesto republicano de 1870. Os pedidos iam desde uma
administração uniforme à uma autonomia local para os Estados, visto que os
governadores se entendiam melhor com suas bases do que a administração geral,
já que não entendiam suas necessidades.
A federação também corria contra os ideias separatistas, que surgiam em meio a
instabilidade política e econômica, com a federação essas ideias seriam
abafadas, impedindo levantes, assim pensava Nabuco.
Esse desequilíbrio provinha também do estremecimento das áreas de onde
vinham normalmente os elementos que manipulavam o poder, sobretudo, de viés
econômico atrelado ao mercado de café e açúcar. Os barões de café que vinham
da região do Vale do Paraíba, representando uma das parcelas mais importantes
da sociedade, tendo real impacto na vida econômica, social e política do Império.
Com a crise, houve uma queda na produtividade dos produtos e fragilidade nesses
âmbitos de poder. Em contrapartida, o café do Oeste Paulista liderava a
exportação, mas não tinha representatividade no meio político, causando revolta
no setor. De modo, que esses grandes produtores de café se tornam defensores
ferrenhos da federação e também de ideais separatistas, criando até um espírito
chamado na época de " mística das paulistas ". Desse modo, o ano de 1887
iniciou-se com inúmeros artigos, panfletos e livros incentivando o separatismo.
É mister, que os motivos que levaram a insatisfação popular, estavam
relacionados a abolição da escravatura, a questão da imigração e ao ideal de
progresso, trazido junto a modernização, de modo que incentivavam uma
mudança no cenário social, político e econômico, que culminaria na República.
Palavra-Chave: Golpe de 15 de novembro, República, Federação

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