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ATIVIDADE EXECUÇAO DE ALIMENTOS

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Nome: Danieli Paredes Gomes RA: 411-406 
 
 
QUESTIONÁRIO SOBRE AÇÃO/EXECUÇÃO DE ALIMENTOS 
 
 
01) Sobre a Execução de Alimentos, assinale a única alternativa incorreta, justificando sua 
escolha: 
a) Na execução de obrigação alimentar baseada em título executivo extrajudicial, o executado 
será citado para pagar em 3 (três) dias as parcelas anteriores ao início da execução, bem como 
aquelas vencerem no curso do processo, provar que pagou ou justificar a impossibilidade de 
fazê-lo. Não efetuado o pagamento ou rejeitada a alegação da impossibilidade de realizá-lo, a 
execução prosseguirá, inclusive com a possibilidade de adoção dos instrumentos específicos 
para a tutela das obrigações de prestar alimentos (desconto em folha de pagamento e prisão 
civil). 
b) Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa, bem 
como empregado sujeito à legislação do trabalho, o exeqüente poderá requerer o desconto em 
folha de pagamento de pessoal da importância da prestação alimentícia. 
c) Embora a obrigação de pagar alimentos decorra, em regra, das sentenças ou das decisões 
interlocutórias – condenando o alimentante ou homologando acordos judiciais – a legislação 
também prevê situações nas quais esse dever possa ser estabelecido fora do processo, em 
documento dotado de eficácia executiva. A escritura púbica e o acordo extrajudicial, a exemplo 
do que ocorre na separação ou no divórcio por escritura pública, podem constituir título 
extrajudicial contendo obrigação de pagar alimentos. 
d) O exequente pode abrir mão do procedimento diferenciado para a cobrança de créditos de 
natureza alimentar, optando pelo procedimento para execução de quantia certa pelo rito 
expropriatório. Nessa hipótese, a satisfação do crédito alimentar dependerá do resultado da 
expropriação de bens penhorados, ou do pagamento espontâneo do executado. Ainda no 
procedimento expropriatório, se os bens forem insuficientes, ou mesmo na ausência de bens 
penhoráveis, poderá o exeqüente requerer a prisão civil do executado, como meio coercitivo e 
supletivo para forçar o adimplemento da obrigação; 
Afirmativa-Falsa D. Se o credor abrir mão do procedimento especial em relação 
e optar pelo procedimento comum (convencional), isso terá a desvantagem de não lhe 
permitir o uso da prisão civil como meio de coerção. 
e) O débito objeto da execução de alimentos poderá vir a ser descontado dos rendimentos e 
rendas do devedor, de forma parcelada, que somada à parcela devida, não poderá ultrapassar 
50% dos ganhos líquidos do executado. 
 
 
02) Explique o que é o binômio Necessidade/Possibilidade na fixação da prestação 
alimentícia: 
RESPOSTA; Pode haver situações que permitem que o valor da prestação, paga a título 
de alimentos, seja modificado, para mais ou para menos, conforme as condições reais do 
alimentando (quem recebe a pensão) e do alimentante (quem paga a pensão). É o chamado 
binômio Possibilidade x Necessidade. “É cediço que a fixação da prestação alimentícia deve 
respeitar o binômio necessidade/possibilidade. O arbitramento dos alimentos não pode 
converter-se em gravame insuportável ao alimentante nem mesmo em enriquecimento ilícito 
do alimentado. Deve-se observar o equilíbrio entre a situação financeira daquele que os presta 
e a real necessidade daquele que recebe, conforme disposto no art. 1.694, § 1.º do Código Civil. 
 
 
03) É possível o filho excluir seus pais do dever alimentício e cobrar/executar o 
pagamento da pensão diretamente dos avós? 
RESPOSTA: De acordo com o Código Civil², o direito a receber alimentos é reciproco 
entre pais e filhos, o que significa que os pais em necessidade também podem exigir 
alimentos dos filhos. Ainda, é possível que a obrigação de pagar alcance outros ascendentes 
(avós, bisavós, etc.), na falta dos de grau mais próximo. O mesmo Código³ afirma que “se o 
parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar totalmente 
o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato”. Estes dois artigos do Código Civil 
querem dizer que, se os pais não tiverem condições de sustentar ou prestar alimentos ao filho, 
os avós podem ser chamados a fazê-lo. Isso significa que a obrigação de pagar a pensão é 
primeiramente dos pais, devendo estes serem cobrados de forma prioritária. Somente se estes 
não puderem cumprir este encargo, é que se pode cobrar dos avós. 
 
 
04) Qual o valor da causa para a execução de alimentos? E qual o foro competente 
para execução? 
RESPOSTA: O código de processo civil em seu artigo Art. 292. O valor da causa 
constará da petição inicial ou da reconvenção e será: III - na ação de alimentos, a soma de 12 
(doze) prestações mensais pedidas pelo autor; 
 Quanto à competência, restou estatuído pelo artigo 516, inciso II, do Código de 
Processo Civil que o cumprimento de obrigação de alimentos se dará no juízo que decidiu a 
causa no primeiro grau de jurisdição ou no juízo do atual domicílio do credor (artigo 528, 
parágrafo 9º). Especificamente, a execução da obrigação de alimentos, provisória ou definitiva, 
se dará, na forma do artigo 528, em fase de cumprimento de sentença quando se tratar de título 
judicial. 
 
05) O que são Alimentos Gravídicos? Explique sua fundamentação e a forma como são 
executados: 
RESPOSTA: Segundo o art. 2º da Lei 11.804/2008, alimentos gravídicos são àqueles 
destinados a cobrir despesas adicionais durante o período de gestação bem como aqueles que 
dela decorram, desde a concepção até o parto. Durante o período gestacional existe uma 
dificuldade muito grande de se fazer o exame de DNA para se confirmar a paternidade. Ciente 
disso, a Lei nº 11.804/2008 afirmou que, para a concessão dos alimentos gravídicos basta a 
comprovação de “indícios da paternidade”. Os alimentos gravídicos perdurarão até o 
nascimento da criança. Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam 
convertidos em pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a sua 
revisão (art. 6º, parágrafo único). 
 
06) Quais são as quatro variáveis adotadas pelo Novo Código de Processo Civil para 
orientar as execuções de alimentos? E de que forma elas impactam na exigibilidade da 
prestação? 
RESPOSTA: O novo Código, ao dispor especificamente quanto às execuções de 
créditos alimentares, prevê que a decisão judicial que fixou os alimentos será objeto de protesto 
quando o devedor, após ser intimado para pagar o débito no prazo legal: a) não efetuar o 
pagamento; b) não provar que o efetuou; c) não apresentar justificativa da impossibilidade de 
efetuar o pagamento; d) ou, ainda, se a justificativa apresentada quanto à impossibilidade de 
realizar o pagamento não for aceita pelo juiz. Independentemente, do rito processual adotado 
(penhora de bens ou prisão civil), havendo inadimplemento injustificado, as medidas de 
inscrição do devedor de alimentos em cadastro de inadimplentes, protesto da decisão judicial 
e abertura de processo crime em razão do abandono material não são alternativas entre si. Dessa 
forma, poderá o devedor de alimentos, além de ter a prisão civil decretada ou seu patrimônio 
penhorado, ser processado criminalmente, ter seu nome inscrito nos cadastros de devedores e, 
igualmente, sofrer o protesto da decisão judicial que fixou alimentos. Portanto, é possível 
verificar que o Novo Código de Processo Civil adotou postura mais rígida com relação aos 
devedores de alimentos objetivando, de forma pertinente, garantir a subsistência digna dos 
alimentandos. 
 
 
07) Em quanto tempo prescreve a intenção executiva da prestação alimentícia? É 
possível a declaração de prescrição intercorrente pelo juízo? Explique: 
RESPOSTA: A prescrição dos alimentos ocorre em dois anos, conforme estabelece o 
artigo 206, § 2º, do Código Civil. Não há dúvidas a este respeito. A prescrição de que aqui se 
trata não atinge o direito aos alimentos em si, mas somente odireito de persecução das parcelas 
vencidas e não pagas. A prescrição intercorrente, pode ocorrer durante a fase de execução 
judicial dos alimentos. A doutrina e a jurisprudência dos tribunais entendem que os processos 
de execução de alimentos, quando suspensos, não podem ficar paralisados por tempo maior do 
que o prazo de prescrição do direito material em si, já que isso implicaria em uma violação ao 
princípio da razoável duração do processo. Quando ajuizada a execução de alimentos, o credor 
deve se manter atento e ativo, tomando providências e fazendo uso dos instrumentos 
processuais adequados como a notificação do executado, a movimentação processual, para que 
possa haver a interrupção do prazo prescricional. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92964/lei-de-alimentos-grav%C3%ADdicos-lei-11804-08

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