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A hanseníase é transmitida por meio
de contato próximo e prolongado de
uma pessoa suscetível (com maior
probabilidade de adoecer) a um
doente com hanseníase que não está
sendo tratado. Normalmente, a
fonte da doença é um parente
próximo que não sabe que está
doente, como avós, pais, irmãos,
cônjuges, etc. A bactéria é
transmitida pelas vias respiratórias
(pelo ar), e não por objetos
utilizados pelo paciente. Estima-se
que a maioria da população possua
defesa natural (imunidade) contra o
M. leprae. Portanto, a maior parte
das pessoas que entrarem em
contato com o bacilo não adoecerão.
É sabido que a suscetibilidade ao M.
leprae possui influência genética.
Assim, familiares de pessoas com
hanseníase possuem maior chance
de adoecer.
A hanseníase é uma doença crônica,
infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o
Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido
resistente, fracamente gram-positivo, que infecta os
nervos periféricos e, mais especificamente, as células
de Schwann. A doença acomete principalmente os
nervos superficiais da pele e troncos nervosos
periféricos (localizados na face, pescoço, terço médio
do braço e abaixo do cotovelo e dos joelhos), mas
também pode afetar os olhos e órgãos internos
(mucosas, testículos, ossos, baço, fígado, etc.).
Hanseníase
Forma de Transmissão
Por Amanda Dantas
Curiosidades 
A semana de Combate à Hanseníase,
sempre comemorada na última semana de
janeiro, chama a atenção para um tema há
muito tempo envolvido em preconceito,
segregação e ignorância. A hanseníase,
também conhecida vulgarmente por lepra, é
uma doença infecciosa, de ação muito longa
causada por um micro-organismo que
acomete principalmente a pele e os nervos
das extremidades do corpo, causando
degeneração. Infelizmente, até 1940 não
havia tratamento para o mal. Assim, desde
a Idade Média, foram criados leprosários
por todo o mundo, preferencialmente em
ilhas, para onde os doentes eram levados e
esquecidos. 
No Brasil, a política de
isolamento compulsório
acabou por criar uma Polícia
Sanitária, que perseguia e
capturava doentes no laço,
para serem abandonados
também pela família em
instituições que se pareciam
mais com campos de
concentração. 
Principais Sinais e Sintomas
1- Paucibacilar
1.1 H. Indeterminada : estágio inicial da
doença com um número de até 5
manchas de contorno mal definido e
sem comprometimento neural.
1.2 H. Tuberculoide; manchas ou placas
de até cinco lesões, bem definido.
Podendo neurite (inflamação de nervo).
2 – MULTIBACILAR
2.1 H. Borderline ou dimorfa : manchas e
placas , acima de cinco lesões, com
bordas as vezes bem ou pouco
definidos, com comprometimento de
dois ou mais nervos.
2.2 H. Virchowiana: forma mais
disseminada da doença . Dificuldade de
separar a pele normal da danificada.
Pode comprometer nariz, rins e órgãos
reprodutivos masculinos.
• Áreas da pele, ou manchas
esbranquiçadas (hipocrômicas),
acastanhadas ou avermelhadas,
com alterações de sensibilidade ao
calor e/ou dolorosa, e/ou ao tato;
• Formigamentos, choques e
câimbras nos braços e pernas, que
evoluem para dormência – a
pessoa se queima ou se machuca
sem perceber;
• Pápulas, tubérculos e nódulos
(caroços), normalmente sem
sintomas;
• Diminuição ou queda de pelos,
localizada ou difusa, especialmente
nas sobrancelhas (madarose);
• Pele infiltrada (avermelhada),
com diminuição ou ausência de
suor no local.
Classificação
Por Amanda Dantas
O diagnóstico da hanseníase é realizado por meio do exame físico e
anamnese, quando se busca os sinais dermatológicos da doença. A
baciloscopia é um apoio para o diagnóstico e, é um exame realizado com
a utilização de um microscópio onde será observada a presença do
Mycobacterium leprae. O material utilizado pode ser proveniente de um
raspado das lesões ou da coleta da linfa que pode ser retirada dos
lóbulos da orelha e/ou cotovelo. Um caso de hanseníase é uma pessoa
que apresenta uma ou mais das seguintes características e que requer
quimioterapia: lesão de pele, acometimento de nervo(s) e baciloscopia
positiva. As lesões de pele provocadas pela Hanseníase normalmente são
fáceis de serem diagnosticadas são lesões com pouca ou nenhuma
sensibilidade, ou seja, a pessoa perde ou tem diminuição da sensibilidade
da pele no local da lesão. Essas lesões se manifestam como: manchas,
placas, nódulos, infiltrações e tubérculos. Além das lesões de pele, a
Hanseníase pode comprometer os nervos periféricos causando neurite,
edema, perda de sensibilidade, perda de força muscular. A principal
característica de acometimento nervoso é a dor e edema dos nervos. 
Diagnóstico
Vale ressaltar que a baciloscopia não
é o principal dado que confirma o
diagnóstico, ou seja, se a doença foi
identificada pelo exame físico não é
necessário aguardar o resultado de o
exame ficar pronto para que o
tratamento seja iniciado.
Por Amanda Dantas
Por Amanda Dantas
Tratamento
O tratamento da hanseníase é realizado através da associação de
medicamentos (poliquimioterapia – PQT) conhecidos como Rifampicina,
Dapsona e Clofazimina.
Obs: Deve-se iniciar o tratamento já na primeira consulta, após a
definição do diagnóstico.
O paciente PB receberá uma dose
mensal supervisionada de 600 mg
de Rifampicina, e tomará 100 mg
de Dapsona diariamente (em
casa).
O tempo de tratamento é de 6
meses (6 cartelas).
Caso a Dapsona precise ser
suspensa, deverá ser substituída
pela Clofazimina 50 mg por dia, e
o paciente a tomará também 300
mg uma vez por mês na dose
supervisionada.
O paciente MB receberá uma dose
mensal supervisionada de 600 mg de
Rifampicina, 100 mg de Dapsona e
de 300 mg de Clofazimina.
Em casa, o paciente tomará 100 mg
de Dapsona e 50 mg de Clofazimina
diariamente. O tempo de tratamento
é de 12 meses (12 cartelas).
Caso a Dapsona precise ser
suspensa, deverá ser substituída pela
Ofloxacina 400 mg (na dose
supervisionada e diariamente) ou
pela Minociclina 100 mg (na dose
supervisionada e diariamente).
NOTA: As medicações diárias deverão ser tomadas 2 horas após
o almoço para evitar intolerância gástrica e eventual abandono
do tratamento por esse motivo. Se ainda assim houver dor
epigástrica, introduzir omeprazol, ranitidina ou cimetidina pela
manhã.
O apoio psicológico é parte fundamental no tratamento, isso porque por
se tratar de uma doença altamente contagiosa e que pode levar a
deformidades, as pessoas portadoras dessa doença podem sofrer
preconceitos e serem distanciadas da sociedade de forma involuntária.
Além disso, devido às deformidades que podem haver, é possível também
que se tenha baixa autoestima. Dessa forma, o tratamento orientado por
um psicólogo é importante para melhora de aspectos sociais e pessoais,
promovendo melhor qualidade de vida.
Possíveis complicações
Apoio Psicológico
As complicações surgem quando o tratamento não é realizado e podem
incluir perda da capacidade de andar quando as pernas são afetadas e
dificuldade para fazer a higiene pessoal quando as mãos ou os braços
são afetados. Assim, a pessoa pode não conseguir trabalhar e cuidar de
si. Para conseguir curar a hanseníase, é importante fazer o tratamento
completo, e é a única forma de curar a doença, porque os remédios que
envolvem o tratamento matam a bactéria causadora da e evita que a
doença evolua, prevenindo sua piora e agravamento.
Por Amanda Dantas
Hanseníase tem cura. O tratamento é disponibilizado
gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e ele é
fundamental para curar o/a doente, evitar a transmissão da
doença e controlar a endemia contribuindo para a eliminação da
hanseníase.

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