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UNIME 1 Danton Dantas Aragão – Tipos de fios: É interessante falar que o fio ideal vai ser aquele de acordo com a experiência e paciente específicos. Para o fechamento de pele, possivelmente utiliza-se um fio nylon, pelas características inerentes, sendo monofilamentar, com baixa reação tecidual e não absorvível. Os fios podem ser classificados de diferentes formas, quanto: Absorvíveis ou inabsorvíveis; Sintéticos ou naturais (origem animal ou vegetal); Monofilamentares ou multifilamentares; Essas características traduzem as especificidades de cada fio, como exemplo, podemos levar em consideração a reação tecidual, fios como exemplo do monocryl, de origem sintética apresentam baixíssima reação tecidual, quando comparados com outros de origem animal. Outro ponto importante é MALEABILIDADE dos fios, relacionada aos multifilamentação dos fios. Quanto mais trançado é um fio, mais maleável ele é e, por conseguinte, menos memória ele vai apresentar. Dando como exemplo o fio de algodão, apresentando pouca ou nenhuma memória, utilizado, primordialmente para anastomoses internas. Fios de origem inabsorvível: Fios de origem absorvível: Cada camada exige um tipo de sutura e fio diferente. Assim como o calibre dos fios varia de acordo com a estrutura que sofre o processo de síntese. Estruturas mais robustas e com taxa de pressão elevada exigem fios mais calibrosos, como exemplo do couro cabeludo, planta dos pés e palma das mãos. Calibre dos fios: Quanto maior a numeração do fio associado ao número “0” menor o fio. Ou seja, um fio 12.0 é o menor fio possível utilizado em processos cirúrgicos, de cunho oftalmológico, enquanto um fio 3.0 é maior, quando comparado ao 12.0. No entanto, um fio 3, 2 e 1 apresentam um calibre maior do que os fios associados ao número “0”. Absorção dos fios: De acordo com as características inerentes dos fios absorvíveis há uma diferenciação no tempo de absorção de cada um. Levando em conta, os fios sintéticos apresentam taxa de absorção maior, porém com menor reação tecidual, se comparamos com os fios de origem animal, como o categute. UNIME 2 Danton Dantas Aragão Agulhas: São classificadas como traumáticas ou não- traumáticas, de acordo com o tecido que são utilizadas. Suturas internas, geralmente, utilizam agulhas atraumáticas, já que tem menor perda tecidual. Além disso, utilizam as frações de um círculo para entendimento do tamanho da agulha. Quanto maior a fração, maior o tamanho de um círculo, maior a agulha. Embalagem do fio: A embalagem contém informações importantes para o processo de rafia, como a marca, tipo de fio, espessura do fio, comprimento do fio, tipo de agulha, formato da agulha. Importante notar que geralmente os fios apresentam cores relacionadas ao tipo do fio, sendo basicamente o nylon-verde, prolene-azul e vycril-roxo. Suturas: É a união ou aproximação de tecido utilizando nós cirúrgicos. É necessário apresentar: → Simetria: geralmente para garantir a simetria inicia-se com a realização de um ponto no meio; → Evitar nós sob a ferida; → Fio e agulhas adequados; → Tração adequada; → Sem tensão. Para saber quando é possível a realização da sutura deve ficar atento a alguns pontos: → É possível suturar? → Tamanho da lesão; → Gravidade da lesão; → Risco de infecção. Mordedura geralmente não fecha: Mordida de animal: mais limpa, vacina anti- rábica humana; Mordida humana: ferida contaminada + antibiótico. É necessário fazer a lavagem com solução salina pressurizada e a antissepsia não deve passar na lesão. Faz anestesia local, UNIME 3 Danton Dantas Aragão retira materiais estranhos e tecidos desvitalizados. Tipos de suturas: Existem diversos tipos de suturas, com objetivos e técnicas distintas, vale ressaltar: Ponto simples: → Utilizado para 90% dos casos de suturas; → Ponto rápido, hemostático e fácil; → Facilita a saída de exsudato entre os pontos. Chuleio (simples contínuo): → Ponto com aspecto estético bom; → Ponto hemostático, porém, existe maior risco de deiscência por ser interdependente do ponto incial (ponto simples); → Maior gasto de fio. Ponto em X: → Ponto hemostático; → Aspecto estético reduzido; → Resistência alta, utilizado em áreas de maior pressão, como palma das mão, planta dos pés, couro cabeludo. U vertical (Donatti): → Ponto hemostático com aproximação e leve eversão de bordas; → Pela questão de existir eversão, pode apresentar estética comprometida; → Utilizado para fixação de telas, ou em estruturas que necessitem de maior resistência; U horizontal (Halsted): → Assim como o Donatti, apresenta eversão de bordas; → Ponto hemostático e resistente. Sutura intradérmica: → Sutura estética, já que como o nome diz, é na derme; UNIME 4 Danton Dantas Aragão → Menos hemostasia, interessante para sutura em planos. Anestesia local: É necessário a colocação da anestesia com a injeção em leque, formando o botão enstésico. Uma única incisão serve para o bloqueio anestésico de diversas áreas, pela forma de colocação da mesma. As principais substâncias utilizadas são a licocaína, bupivacaína e ropivacaína. É interessante a utilização de vasoconstritores, salvo em áreas de extremidade, por causa isquemia e necrose. Técnica de sutura: São utilizados 3 nós, o 1° de CONTENÇÃO, o 2° de FIXAÇÃO e o 3° de SEGURANÇA. Sempre enrolando os nós no porta-agulha em sua mão dominante. É importante que os nós não cruzem entre si, inicialmente empurrando a mão do fio para frente, e assim invertendo quando for fechar o segundo nó.
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