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HABILIDADES MÉDICAS 04 - FIOS E SUTURAS

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UNIME 
1 Danton Dantas Aragão 
–
Tipos de fios: 
É interessante falar que o fio ideal vai ser aquele de 
acordo com a experiência e paciente específicos. Para 
o fechamento de pele, possivelmente utiliza-se um 
fio nylon, pelas características inerentes, sendo 
monofilamentar, com baixa reação tecidual e não 
absorvível. 
Os fios podem ser classificados de diferentes formas, 
quanto: 
 Absorvíveis ou inabsorvíveis; 
 Sintéticos ou naturais (origem animal ou 
vegetal); 
 Monofilamentares ou multifilamentares; 
Essas características traduzem as especificidades de 
cada fio, como exemplo, podemos levar em 
consideração a reação tecidual, fios como exemplo do 
monocryl, de origem sintética apresentam baixíssima 
reação tecidual, quando comparados com outros de 
origem animal. 
Outro ponto importante é MALEABILIDADE dos fios, 
relacionada aos multifilamentação dos fios. Quanto 
mais trançado é um fio, mais maleável ele é e, por 
conseguinte, menos memória ele vai apresentar. 
Dando como exemplo o fio de algodão, apresentando 
pouca ou nenhuma memória, utilizado, 
primordialmente para anastomoses internas. 
Fios de origem inabsorvível: 
 
Fios de origem absorvível: 
 
Cada camada exige um tipo de sutura e fio diferente. 
Assim como o calibre dos fios varia de acordo com a 
estrutura que sofre o processo de síntese. Estruturas 
mais robustas e com taxa de pressão elevada exigem 
fios mais calibrosos, como exemplo do couro 
cabeludo, planta dos pés e palma das mãos. 
 
Calibre dos fios: 
Quanto maior a numeração do fio associado ao 
número “0” menor o fio. Ou seja, um fio 12.0 é o 
menor fio possível utilizado em processos cirúrgicos, 
de cunho oftalmológico, enquanto um fio 3.0 é maior, 
quando comparado ao 12.0. No entanto, um fio 3, 2 e 
1 apresentam um calibre maior do que os fios 
associados ao número “0”. 
 
Absorção dos fios: 
De acordo com as características inerentes dos fios 
absorvíveis há uma diferenciação no tempo de 
absorção de cada um. Levando em conta, os fios 
sintéticos apresentam taxa de absorção maior, porém 
com menor reação tecidual, se comparamos com os 
fios de origem animal, como o categute. 
UNIME 
2 Danton Dantas Aragão 
 
Agulhas: 
São classificadas como traumáticas ou não-
traumáticas, de acordo com o tecido que são 
utilizadas. Suturas internas, geralmente, utilizam 
agulhas atraumáticas, já que tem menor perda 
tecidual. 
 
Além disso, utilizam as frações de um círculo para 
entendimento do tamanho da agulha. Quanto maior 
a fração, maior o tamanho de um círculo, maior a 
agulha. 
 
Embalagem do fio: 
A embalagem contém informações importantes para 
o processo de rafia, como a marca, tipo de fio, 
espessura do fio, comprimento do fio, tipo de 
agulha, formato da agulha. 
Importante notar que geralmente os fios apresentam 
cores relacionadas ao tipo do fio, sendo basicamente 
o nylon-verde, prolene-azul e vycril-roxo. 
 
 
Suturas: 
É a união ou aproximação de tecido utilizando nós 
cirúrgicos. 
É necessário apresentar: 
→ Simetria: geralmente para garantir a simetria 
inicia-se com a realização de um ponto no 
meio; 
→ Evitar nós sob a ferida; 
→ Fio e agulhas adequados; 
→ Tração adequada; 
→ Sem tensão. 
Para saber quando é possível a realização da sutura 
deve ficar atento a alguns pontos: 
→ É possível suturar? 
→ Tamanho da lesão; 
→ Gravidade da lesão; 
→ Risco de infecção. 
 
Mordedura geralmente não fecha: 
Mordida de animal: mais limpa, vacina anti-
rábica humana; 
Mordida humana: ferida contaminada + 
antibiótico. É necessário fazer a lavagem com 
solução salina pressurizada e a antissepsia 
não deve passar na lesão. Faz anestesia local, 
UNIME 
3 Danton Dantas Aragão 
retira materiais estranhos e tecidos 
desvitalizados. 
Tipos de suturas: 
Existem diversos tipos de suturas, com objetivos e 
técnicas distintas, vale ressaltar: 
Ponto simples: 
→ Utilizado para 90% dos casos de suturas; 
→ Ponto rápido, hemostático e fácil; 
→ Facilita a saída de exsudato entre os pontos. 
 
 
Chuleio (simples contínuo): 
→ Ponto com aspecto estético bom; 
→ Ponto hemostático, porém, existe maior risco 
de deiscência por ser interdependente do 
ponto incial (ponto simples); 
→ Maior gasto de fio. 
 
Ponto em X: 
→ Ponto hemostático; 
→ Aspecto estético reduzido; 
→ Resistência alta, utilizado em áreas de maior 
pressão, como palma das mão, planta dos 
pés, couro cabeludo. 
 
 
U vertical (Donatti): 
→ Ponto hemostático com aproximação e leve 
eversão de bordas; 
→ Pela questão de existir eversão, pode 
apresentar estética comprometida; 
→ Utilizado para fixação de telas, ou em 
estruturas que necessitem de maior 
resistência; 
 
U horizontal (Halsted): 
→ Assim como o Donatti, apresenta eversão de 
bordas; 
→ Ponto hemostático e resistente. 
 
Sutura intradérmica: 
→ Sutura estética, já que como o nome diz, é na 
derme; 
UNIME 
4 Danton Dantas Aragão 
→ Menos hemostasia, interessante para sutura 
em planos. 
 
Anestesia local: 
É necessário a colocação da anestesia com a injeção 
em leque, formando o botão enstésico. Uma única 
incisão serve para o bloqueio anestésico de diversas 
áreas, pela forma de colocação da mesma. 
As principais substâncias utilizadas são a licocaína, 
bupivacaína e ropivacaína. 
É interessante a utilização de vasoconstritores, salvo 
em áreas de extremidade, por causa isquemia e 
necrose. 
 
 
 
Técnica de sutura: 
São utilizados 3 nós, o 1° de CONTENÇÃO, o 2° de 
FIXAÇÃO e o 3° de SEGURANÇA. Sempre enrolando 
os nós no porta-agulha em sua mão dominante. 
É importante que os nós não cruzem entre si, 
inicialmente empurrando a mão do fio para frente, e 
assim invertendo quando for fechar o segundo nó.

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