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Emoções 
O estudo das emoções e dos sentimentos envolve uma proposta reflexiva sobre a construção do 
conhecimento em Psicologia. O tema aponta para uma diversidade de exigências em termos 
conceituais e metodológicos necessárias para a sua compreensão, além de despertar interesse em 
profissionais de diversas áreas, tais como a saúde e a educação. As emoções podem ser 
compreendidas por uma variedade de componentes e não estão restritas a definições que 
contemplem somente aspectos envolvendo cognição, sistemas neurofisiológicos ou a influência 
constitutiva do ambiente sociocultural. No que diz respeito aos sentimentos, diferentemente das 
emoções, eles se referem a estados afetivos e possuem uma dimensão subjetiva e cognitiva. 
Aqui, o que está implicado é a experiência pessoal revelada na maneira como a pessoa percebe os 
estados afetivos e os comunica aos demais, o que leva à autorreflexão e à reavaliação de eventos 
emocionais. E por qual motivo psicólogos, educadores e demais profissionais se dedicam a entender 
do que se tratam as emoções? É possível que uma das respostas esteja voltada para a compreensão 
de aspectos humanos como as condições fisiológicas, mentais e comportamentais, que são 
relevantes tanto para o desenvolvimento quanto para as relações humanas. Ao que parece, é mais 
importante que as investigações explorem ainda mais a imbricação de aspectos genéticos e 
ambientais e o modo como esses fatores interagem do que a discriminação entre o que é 
considerado inato e aquilo que é aprendido. Contudo, a emoção é definida na literatura como 
complexa e multidimensional, denotando alterações fisiológicas e psicológicas que são 
experimentadas desde o ventre materno e que vão se desenvolvendo, podendo se adaptar ou não ao 
meio ao longo de todo o ciclo vital. 
 
Uma das primeiras e importantes referências na Psicologia que se debruçou nos estudos sobre as 
emoções foi William James , que, em seu ensaio de 1890, explica que os indivíduos primeiramente 
percebem o estímulo, o que leva a uma reação do organismo. As emoções, ou os processos 
emocionais, já estiveram à margem dos estudos da ciência psicológica e foram preteridos como 
objeto de pesquisa tanto pelo behaviorismo quanto pela revolução cognitiva. Os estados mentais e 
subjetivos eram considerados como desqualificados na primeira metade do século XX. Contudo, o 
estudo sobre as emoções passou, progressivamente, a ser objeto de interesse da Psicologia científica 
após a década de 1960. 
 
Se, antes, as emoções haviam sido relegadas a um plano secundário, atualmente, elas têm se tornado 
protagonistas no campo dos estudos científicos, principalmente pela Psicologia Evolucionista e 
pelas Neurociências. 
Outra contribuição relevante encontrada na literatura se refere aos estudos de Izard , que propôs um 
modelo teórico para a compreensão das emoções. Esse modelo se chama DET e nele estão 
prescritas as definições para os conceitos de emoções básicas e sentimentos. As emoções básicas 
são aquelas que têm uma essência neurobiológica antiga, fruto da evolução, assim como um 
componente referente ao sentimento e à sua capacidade para se expressar por meio de expressões 
corporais. São consideradas emoções básicas a alegria, a tristeza, a raiva e o medo. 
Agora que apresentamos algumas características das emoções básicas, é relevante mencionarmos 
também as emoções morais. A consciência dessas emoções emerge por volta dos dois anos e meio 
de idade e está associada a fatores maturacionais e cognitivos. Todas as emoções são consideradas 
importantes, pois nos conectam com a nossa vida e com os outros. Assim como Wallon contribuiu 
para estudos e trabalhos de psicólogos e profissionais da educação, investigando as emoções e a 
implicação nos processos de aprendizagem, Goleman, baseado nas referências de 
Gardner, aprofundou-se no conceito da inteligência emocional, na década de 1990, e o definiu como 
sendo a capacidade de o indivíduo monitorar as emoções e os sentimentos de si mesmo e dos 
outros, utilizando essa informação para guiar seus pensamentos e suas ações. 
 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E SUAS IMPLICAÇÕES 
 
Esse conceito também foi muito incorporado pelos educadores, pois acredita-se que a temática 
auxilie nos processos de aprendizado social e emocional, fazendo parte do currículo escolar de 
muitas escolas atualmente. Por sua vez, o programa Amigos do Zippy atua com o conceito de 
coping, especialmente com as habilidades na regulação das emoções. Essas informações não só 
podem gerar reações, mas também precisam ser compreendidas pelas crianças. Não só as 
crianças, mas também os adultos precisam desenvolver habilidades para lidar com suas próprias 
emoções e as das demais pessoas. 
Isso é importante para o bem da convivência social e para lidar com os desafios gerais que podem 
ocorrer em qualquer circunstância ao longo da vida. Contudo, devemos ter em mente que há 
profissionais que podem nos auxiliares no processo de compreensão das emoções. Eles nos ajudam 
a lidar com situações difíceis que nos causam estresse e aquelas que nos exigem determinado 
enfrentamento ou tomada de decisão, requerendo, sobretudo, o aprimoramento da habilidade de 
regulação emocional. 
 
SENTIMENTOS 
 
Os sentimentos são, por definição, a experiência mental que nós temos daquilo que está ocorrendo 
no corpo. Os sentimentos emergem das mais variadas reações homeostáticas e traduzem o estado da 
vida na linguagem do espírito. No que diz respeito às investigações de Piaget , os sentimentos 
atuam como motor impulsionando a ação. Piaget considera também as tendências e a vontade como 
componentes que orientam a assimilação, acomodação e adaptação da afetividade humana. 
A emoção é experimentada e avaliada por meio das funções executivas como o pensamento e a 
memória, e ainda sofre influência de elementos como a funcionalidade do humor, além do contexto 
vivencial. Diferentemente das emoções, os sentimentos são mais vivenciados de maneira 
privada. De acordo com abordagens psicopedagógicas, acredita-se que a afetividade que abrange 
sentimentos e emoções seja relevante para uma aprendizagem significativa. Ainda de acordo com 
Wallon , em todos os estágios do desenvolvimento humano a afetividade se desenvolve e se 
manifesta em maior ou menor grau, considerando a interação indispensável a esse processo para a 
formação do indivíduo como ser social, cultural e inserido, de fato, em seu contexto de interação. 
Nos estudos mais recentes da Psicologia, encontra-se uma perspectiva que ganhou destaque nas 
últimas décadas, a chamada Psicologia Positiva, que considera a expressão dos sentimentos e 
também das emoções como necessária e essencial às nossas vivências relacionais. Dessa forma, não 
se pode deixar de mencionar os efeitos gerais de saúde que também atingiram pontos sensíveis no 
que diz respeito às emoções e aos sentimentos dos indivíduos. As pessoas sofreram com os 
sintomas da doença, que também sobrecarregou a esfera afetiva. Mas eles também o fizeram 
motivados por aspectos particulares, pois cada um traz consigo sua história, suas vivências e 
circunstâncias. 
Em meio à pandemia, os indivíduos experimentaram tristeza, raiva e medo, e essas emoções não 
estiveram sozinhas, pois foram seguidas de sentimentos. Elas também vivenciaram a negação da 
doença, o reconhecimento dela, a preocupação em relação ao posicionamento do governo e 
precisaram fazer inúmeros enfrentamentos diante da pandemia, pois os cuidados, o tratamento, o 
entendimento sobre as melhores práticas de higiene e a necessidade de enfrentar os desafios gerais 
exigiram esforço, vontade, além de outras atitudes e comportamentos para superar toda a 
adversidade.

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