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Saberes e Práticas Educativas - Resumo

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Saberes e Práticas Educativas – Resumo.
O objetivo geral da disciplina é a reflexão a respeito das principais tendências pedagógicas, os desafios, os paradigmas, as dificuldades de aprendizagem e a importância da memória no ensino.
Aula 1 – Tendências Pedagógicas Liberais.
O objetivo da aula é reflexão a respeito das concepções liberais e tradicionais presentes na área da Educação. 
Conceito da Educação e sua finalidade:
“Processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do indivíduo. Aperfeiçoamento das faculdades humanas.” (Aurélio)
Art. 2°. “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” (LDB)
Pedagogia Liberal tem como base:
· Escola Tradicional
· Escola Nova
· Escola Tecnicista.
Tem como tendência o conservadorismo.
Surgiu a partir do fim do século XVIII, com a ascensão da burguesia, trazendo ideias iluministas em contrapartida aos pensamentos feudais. 
Qual seria a proposta da Educação Liberal?
A proposta da Educação Liberal era de preparar os indivíduos para serem cidadãos. “Educação para formar cidadãos”, preparando os culturalmente para desempenharem papéis sociais, tendo em vista a aptidão individual e de seu talento pessoal. Para o aluno, ele iria para a escola para aprender a “cidadania”, onde ele tinha um espaço e momentos de ensinamento que o formaria em uma área, para aquisição de ideias e visões de mundo para ser um bom cidadão aceito em sociedade.
E então, a escola liberal surge com um contexto ideário liberal e democrático, acessível a todos, independente do grupo social, crença religiosa ou expressão política. “A escola é um direito de todos e um dever do Estado”.
“[...] são colocados em iguais condições de aprendizagem e devem ser tratados igualmente, as possibilidades de êxito ou eventuais fracassos devem ser imputados a cada um particularmente. Garante-se, pois a justiça social e o reconhecimento do mérito e do esforço de cada um, e a escola, por sua vez, configura-se como uma instituição neutra, a serviço de toda a coletividade.”
A escola tradicional – Características:
· Ensino humanístico e universalista.
· Conteúdos são verdades absolutas.
· Sem preocupação com a realidade social.
· Transmissão de conhecimento.
· Reprodução e memorização.
· Aula expositiva e centrada no professor que é a autoridade.
· Aluno é o receptor.
· Disciplinarização.
· Preparação dos indivíduos intelectualmente e moralmente para assumir lugar na sociedade.
· Surgiu no Brasil em 1808.
Na educação tradicional, fazia o uso da Pedagogia da Palmatória, que seria o uso de violência para contenção de atos dos alunos em sala de aula, para que voltassem ao foco no aprendizado.
Escola Novista:
· Têm influências de Rosseau (1712-1778), Pestalozzi (1746-1827) e Dewey (1859-1952).
· Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932).
· No Brasil, foi apresentador por: Lourenço Filho, Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Roquette Pinto e Cecília Meireles.
John Dewey foi um grande pensador e filósofo estadunidense no século XIX, que possuía como conceito essencial do movimento novista que: “as escolas deviam deixar de ser meros locais de transmissão de conhecimentos e se tornar pequenas comunidades”.
Lourenço Filho nos fala sobre a escola que Dewey dirigia no final do século passado, na Universidade de Chicago: “As classes deixavam de serem locais onde os alunos estivessem sempre em silêncio, ou sem qualquer comunicação entre si, para se tornarem pequenas sociedades, que imprimissem nos alunos atitudes favoráveis ao trabalho em comunidade” (Loureço Filho. Introdução ao estudo da Escola Nova. São Paulo: Melhoramentos, 1950. P. 133).
O suíço Claparède – que teve grande influência sobre Piaget – defendia a ideia da escola “sob medida”, mais preocupada em adaptar-se a cada criança do que em encaixar todas no mesmo molde.
A escola nova tem como características:
· Indivíduos conhecem métodos e as formas, permitindo chegar ao conhecimento produzido e acumulado pela civilização.
· Aprender a produzir o conhecimento, os alunos buscam o saber.
· Educação centrada no aluno.
· Aluno construtor sob orientação do professor.
· Aula expositiva com questionamentos.
· Trabalhos em grupos, dinâmicas e debates.
· Valorizam a experiência.
· Competição.
· Não questiona a realidade presente.
· Surgiu no Brasil na década de 1920.
Escola Tecnicista e suas características:
· Aprender conceitos de forma prática.
· Focada no mercado de trabalho.
· Formar mão-de-obra.
· Professor instrutor.
· Aprendizagem de modo mecânico.
· Reprodução e memorização.
· Aula expositiva pouco utilizada, quase não há trabalhos em grupo, e sim individuais.
· Não há proposta de diálogo.
· Disciplina e produtividade/eficiência.
· Surgiu no Brasil na década de 1970.
· Tem como bases constitucionais as leis de n° 5.540/68 e 5.692/71, que surgiu por conta dos interesses militares na ditadura militar, que precisava de mão de obra qualificada para o trabalho.
Considerações sobre as escolas conservadoras de Tendência Liberal.
Na perspectiva liberal, qual é o objetivo da educação? A quem estes modelos valorizam?
Preparar os indivíduos para a vida social, aprendem a se tornarem subordinados, a respeitar regras e a se adequarem às condições massacrantes das fábricas.
Cada Escola desenvolve modelos de comportamento.
Reprodução de ideias, miniatura da sociedade e mão-de-obra.
“...seja qual for a sua forma, a escola liberal inculca nos alunos a ideologia da competência, do mérito e do progresso e, mais ainda, da competição e do individualismo, apropriada à implantação e expansão do capitalismo e da dominação burguesa.”
Todas afirmam que o desenvolvimento é individual, porém camuflam que os indivíduos vivem realidades sociais desiguais.
É possível pensar a escola fora dos seus aspectos socioeconômicos?
“[...] se a escola se colocar a serviço da continuidade da estrutura sociai vigente, perpetuando relações sociais próprias do capitalismo, somente a partir de uma revolução sociais e econômica é possível esperar mudanças quanto à atuação, ainda assim, vinculadas à nova ordem estabelecida. Tem-se, pois, que a sua principal função é colocar-se a serviço da mudança ou conservação do status quo”.
Aula 2 – Tendências Pedagógicas Progressistas:
A proposta da aula apresentada tem como discutir e refletir as tendências pedagógicas de caráter transformador e crítico.
Dentro da Pedagogia Progressista, temos como perspectiva:
· Libertadora.
· Libertária.
· Crítica social dos conteúdos.
Na vertente libertadora, o grande nome dessa vertente é Paulo Freire, que tem como ideias e princípios:
- Desenvolver instrumentos conceptuais que o aluno tenha condição de questionar a realidade social.
- Incentivado a conhecer sua realidade.
- Resolver situação-problema.
- Temas geradores e grupos de discussão.
- Relação horizontal.
- Entender que é um sujeito histórico.
- Militância política e transformação social.
Dentro da vertente Libertária, tem como os ideais:
- Preparar o indivíduo para transformarem as instituições, que funcionam com formas de opressão.
- Transformação não se dá na realidade social e sim nas instituições.
- Vivência grupal na forma de auto-gestão.
- Relação aluno e professor é não diretiva, o professor é orientador e os alunos são livres.
Crítico social dos conteúdos.
A experiência do aluno é confrontada com o saber sistematizado.
Professor mediador e aluno participador.
Estruturas cognitivas já estruturadas pelos alunos.
Considerações sobre a Tendência Progressista.
Qual seria o papel da Educação nas sociedades atuais? E, quais as saídas e estratégias para fornecer aos alunos?
Favorecer aos alunos das classes mais pobres instrumentos conceptuais para que possam desvendar as relações de opressão e dominação, para que lutem para estabelecer um novo modelo de projeto social, mais justo e humano.
Aula 3 – Desafios e Paradigmas da Educação.
A proposta da aula apresentadaé de refletir sobre técnicas que perpassam pelo campo da educação, tais como: neoliberalismo, violência, uso de drogas, indisciplina escolar, intolerância, família, homoafetividade, bullying, tecnologia na educação e síndrome de burnout.
Em qual sociedade vivemos?
“Vivemos uma realidade histórica caracterizada por intensas e profundas transformações sociais, políticas, econômicas e culturais. As mudanças se efetivam em uma velocidade jamais vista, sendo a tecnologia, o sistema capitalista e as políticas liberais as principais responsáveis por esse processo. A sociedade a cada dia torna-se mais complexa com tendência à homogeneização. Diante a esse contexto histórico caótico, a sociedade atual vivencia uma crise de paradigmas em todos os seus setores institucionais” (PEREIRA, 2011).
História do Neoliberalismo:
A teoria liberal surge já no final do século XVII através dos pensadores iluministas. A ideia desenvolve-se, ganhando força e discussão no século XVIII, principalmente, na França Absolutista. A partir da Revolução Francesa e da independência dos EUA, os ideais liberais se propagam por toda a Europa e América, modificando, sobretudo, as concepções de realidade no século XIX. O liberalismo proporciona a Revolução Tecnológica e importantes conquistas materiais no século XIX, em contrapartida, provoca a Corrida Imperialista e a I Guerra Mundial, desagradando grande parte da população mundial que passa a questionar o modo de vida capitalista. A década de 1920 e 1930 é marcada por uma grande crise socioeconômica, que contribuiu para o surgimento dos Estados Intervencionistas e dos governos totalitários. Assim, durante estas décadas a teoria liberal entra em descrédito, gerando a II Guerra Mundial.
Definição de Neoliberalismo:
“Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.” (PEREIRA, 2011)
O neoliberalismo, segundo Gentili “Um complexo processo de construção hegemônica, [...] como uma estratégia de poder que se implementa em dois sentidos articulados: por um lado, através de um conjunto razoavelmente regular de reformas concretas no plano econômico, político, jurídico, educacional etc. e, por outro, através de uma série de estratégias culturais orientadas a impor novos diagnósticos acerca da crise e construir novos significados sociais a partir dos quais legitimar as reformas neoliberais como sendo as únicas que podem (e devem) ser aplicadas no atual contexto histórico de nossas sociedades.” (GENTILI, 1996).
A Educação Brasileira possui como desafio, debater sobre:
- Violência
- Religiosidade
- Intolerância
- Consumismo
- Drogas 
- Tecnologia
- Intolerância Racial
- Educação Inclusiva
- Indisciplina
- Homoafetividade 
- Síndrome de Burnout
- Bullying.
Repensando a indisciplina.
“... a indisciplina é a transgressão de dois tipos de regra. O primeiro são as morais, construídas socialmente com base em princípios que visam o bem comum, ou seja, em princípios éticos. [...] Sobre essas, não há discussão: elas valem para todas as escolas e em qualquer situação. O segundo tipo são as chamadas convencionais, definidas por um grupo com objetivos específicos. Aqui entram as que tratam do uso do celular e da conversa em sala de aula, por exemplo”. (VICHESSI, 2009)
Violência.
“A violência pode se manifestar de diversas formas, física, psicológica, sexual, moral e simbólica. Devemos pensar a violência de modo mais amplo, que se manifesta em diversos segmentos da vida social” (PEREIRA, 2011).
Bullying
“Bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivos, praticados por um indivíduo ou, um grupo de indivíduos. O bullying é um fenômeno tão antigo quanto a própria instituição chamada escola. No entanto, o tema somente passou a ser objeto de estudo científico no início da década de 70, na Suécia e Noruega. O fenômeno divide-se em duas categorias: o bullying direto e o indireto, também conhecido como agressão social”.
A tecnologia e suas implicações:
“... as implicações do novo paradigma na formação dos futuros professores para uma sociedade do conhecimento precisam ser cuidadosamente observadas no sentido de possibilitar um novo redimensionamento de seu papel. O modelo de formação dos professores, de acordo com esse novo referencial, pressupõe continuidade, visão de processo, não buscando um produto completamente acabado e pronto, mas um movimento permanente de “vir a ser”, assim como o movimento das marés, ondas que desdobram em ações e que se dobram e se concretizam em processos de reflexão. É um movimento de reflexão na ação e de reflexão sobre a ação”. 
Síndrome de Burnout
A Síndrome de Burnout é conhecida como um estresse crônico característico em profissionais que lidam e vivenciam de modo intenso e frequente problemas e dificuldades em várias situações ligadas à profissão. Assim, a educação tem sido mais um dos espaços estressantes que agravam em seus atores sentimentos de desânimo e desmotivação quanto ao seu trabalho, seu desempenho e seu sentido.
[...] experiência extremamente desagradável, associada a sentimentos de hostilidade, tensão, ansiedade, frustração e depressão, desencadeados por estressores localizados no ambiente de trabalho. Os fatores contribuintes para o estresse ocupacional vão desde as características individuais de cada trabalhador, passando pelo estilo de relacionamento social no ambiente de trabalho e pelo clima organizacional, até as condições gerais nas quais o trabalho é executado. (NUNES SOBRINHO, 2006.
Considerações finais.
“A educação sempre deve ser pensada a partir de um contexto sócio-histórico. Desconsiderar a realidade vivenciada, é realizar uma prática pedagógica desprovida de significado e sentido para alunos e educadores. Se o nosso papel enquanto agentes sociais, é de contribuir para o desenvolvimento das habilidades, dos potenciais humanos, da criticidade e do pensamento reflexivo, é inadmissível realizar uma pedagogia sem que leve em conta o contexto vivenciado, sendo necessário refletir a respeito dele diariamente.” (PEREIRA, 2011).
Aula 4 – Dificuldade de Aprendizagem.
O objetivo da aula é refletir sobre os aspectos que podem proporcionar as dificuldades de aprendizagem, ao mesmo tempo, desmistificando crenças.
Reducionismo Biológico
Na década de 1960, surge o reducionismo biológico que pretende explicar as dificuldades e os problemas como características individuais, ou seja, o indivíduo é responsável pelo seu destino, se não aprende, tem um problema biológico, o que isenta a responsabilidade das esferas governamentais. O que Moysés e Collares (1992, p. 40) denominam de:
”[...] culpabilização da vítima. Esse processo é ideológico e descartam as causas de origem social, pedagógica e cultural. As autoras enfatizam que termos como hiperativo, distúrbio, dislexia, invadem o cotidiano da sala de aula, infiltram-se na fala dos professores. A hipótese se transforma em verdade absoluta, incontestável. Em crença.”
- Moysés e Collares consideram que houve uma biologização e patologização da aprendizagem, no uso recorrente, por parte de psicólogos e educadores.
A teoria da carência cultural. 
Crianças mais pobres teriam mais dificuldade de aprendizagem?
- Várias pesquisas de caráter ideológico na área da Psicologia foram realizadas com o intuito de demonstrar que as crianças são menos desenvolvidas intelectualmente e carentes culturalmente, quando vivem na pobreza.
Na virada do século, explicações de cunho racista e médico; a partir dos anos trinta, até meados dos anos 70, as explicações de natureza biopsicológica, problemas físicos e sensoriais, intelectuais e neurológicos, emocionais e de ajustamento: dos primeiros anos da década de 70 até recentemente (mas ainda predominantemente nos meios escolares), a chamada teoria da carência cultural,nos termos em que foi gerada nos EUA (PATTO, 1992, p. 108).
A teoria da diferença cultural
Surge, nos anos 1970, a teoria da diferença cultural. De acordo com Sawaya (2002), esta noção traz a ideia de que o aluno pobre fracassa na escola não por possíveis deficiências, mas porque se diferencia das crianças das classes média e alta. 
Nesta concepção, considera-se que os alunos de camadas populares falam uma linguagem diferente de outras classes sociais, resolvem distintamente os problemas escolares, e seus valores e padrões culturais divergem dos parâmetros de classe média. A escola sente que está despreparada para trabalhar com estes alunos, afirmando que eles possuem ritmos de aprendizagem diferenciados. Sawaya (2002, p. 199) analisa que “essa teoria não só traz novas explicações para as causas do fracasso escolar, como gera políticas educacionais de forte impacto nacional, exercendo enorme influência nos diferentes campos da educação”.
Patto (1992) discute que, em geral, metodologias educacionais são inadequadas como ambiente que devem propiciar uma real aprendizagem e conhecimento intelectual, pois negam hábitos, crenças e habilidades das crianças provenientes das classes subalternas. Segundo a autora, o programa curricular está intensamente distante do dia a dia da sala de aula, não incentivando e impedindo a criança de aprender.
Afinal o que propicia a aprendizagem? 
Tudo vem de um ciclo conhecido como:
Pedagógico > Psico-cognitivo > Social > Psicoafetivo > Orgânico.
A questão pedagógica.
Refere-se à metodologia, às práticas educacionais e aos problemas do âmbito da relação professor-aluno.
Fator orgânico
Está ligado ao funcionamento do organismo, órgãos e corpo do indivíduo, sendo que algum transtorno nesta área dificulta a aprendizagem. Para Férnandez (1991), “o organismo bem-estruturado é uma boa base para a aprendizagem”.
O fator psico-cognitivo
Diz respeito à inteligência, capacidade cognitiva de agir sobre o meio e sobre os objetos.
O fator psicoafetivo
Representa o desejo, o prazer em aprender, a relação que o indivíduo estabelece com a escola, com o conhecimento, com a professora. Nas emoções estão imbricados fatores como: seus próprios sentimentos e estado emocional, a convivência familiar, as problemáticas e os conflitos vivenciados.
O fator social
A questão social envolve as interações com o meio, o ambiente socioeconômico em que vive, a cultura e as peculiaridades de seu contexto.
Para Weiss e Cruz (2002, p. 42):
“O sujeito que aprende, que está em processo de construção de seu conhecimento, em aprendizagem formal e informal, não é determinado somente pelo seu potencial cognitivo. Ele é construído na articulação entre seu aparelho biológico, suas estruturas psico-afetiva e psico-cognitiva, nas interações com o meio social do qual faz parte e onde está inserido. Entendendo o sujeito aprende dessa forma, compreendemos suas dificuldades (perturbações, problemas de aprendizagem, fracasso escolar), dentro da pluricausalidade dos fenômenos.”
Aula 5 – A Importância da Memória na Aprendizagem.
O objetivo da aula consiste em compreender a relação entre memória e aprendizagem, bem como apresentar algumas estratégias para aprimorar a memória.
A importância da memória
Não é errado afirmar que a memória também faz parte da inteligência, pois raciocinar só é possível a partir das informações que temos registradas na memória.
Ninguém consegue pensar sobre o que não sabe, no entanto, consegue pensar muito bem se tiverem “armazenadas” boas informações a respeito do assunto.
Raciocinar nada mais é do que “comparar informações que temos na memória”. Assim sendo, pode-se afirmar com segurança que todo raciocínio é uma comparação, seja ela entre dados isolados, conceitos, procedimentos, etc.
Melhorando a memória
Todos nós sabemos, entretanto, que é tão fundamental “aprender” quanto “lembrar” daquilo que se aprendeu, não é mesmo? Sem “lembrar” das coisas que estudamos, toda esta aprendizagem perde o seu valor prático e não nos serve para nada. Para facilitar essa “lembrança”, todavia, existem diversas técnicas agrupadas numa ciência bastante interessante chamada Mnemotécnica (ou Mnemônica) que já era praticada pelos antigos gregos, pelos fenícios, árabes etc. O que a ciência moderna fez foi, simplesmente, recuperar e adaptar tais técnicas para a nossa realidade cultural.
- Associação criativa:
O princípio das técnicas mnemônicas consiste basicamente em estabelecer associações criativas entre as informações a serem memorizadas. Assim, quanto mais associações são criadas, mais fácil será a lembrança da informação aprendida. Veja: quando mais apendemos o que é uma laranja, registramos na memória diversos outros detalhes como: que a laranja tem formato arredondado, que é rica em vitamina C, que serve para fazer sucos, etc. Assim, quando queremos lembrar de frutas que servem para fazer suco, lembramos também da laranja. Quando queremos lembrar de frutas que tenham formato arredondado, outra vez lembramos da laranja.
- Emoções e afetividade.
Você pode associar as informações a serem memorizadas pelas cores, emoções e até mesmo pela música. A música, a rima e o ritmo permitem associações fantásticas. Repare como as pessoas têm sérias dificuldades para decorar um texto de apenas três linhas e, no entanto, conseguem memorizar dezenas de músicas e conseguem se lembrar delas, muitas vezes, a partir de apenas uma nota.
Outro detalhe importante é a relação que há entre a memória e o sistema límbico (ou nosso segundo cérebro). Esse sistema límbico é que controla nossa sexualidade e grande parte das nossas emoções. Você já reparou que nos lembramos com muita facilidade daqueles fatos que tiveram grande representação emocional na nossa vida e esquecemos também com facilidade daqueles que nada representaram.
- A importância dos sentidos.
Uma outra dica interessante é a seguinte: para memorizar melhor, seja lá o que for, envolva todos os seus sentidos (audição, olfato, paladar, tato e visão) na aprendizagem. Nós aprendemos mais e retemos melhor na memória, quanto mais sentidos envolvemos neste processo. Lembre-se que as cores, a música, o gestual, os odores, também são informações fundamentais para a aprendizagem. Portanto, saia da mesmice das anotações lineares e do estudo “silencioso”. Agite! Envolva-se! Invente! Experimente! Quanto mais “prazer” você produzir, melhores serão os resultados!
- Repetição
Um outro ponto importante e que deve ser ressaltado, está expresso no seguinte princípio: “a repetição é a mãe da aprendizagem”. Dados ou fatos que sejam emocionalmente inexpressivos, que não permitam boas associações ou que não venham “embalados” pela música, podem ser memorizados pelo método de repetição. Lembra como você aprendeu tabuada? Pois é assim mesmo. Quanto mais se repete a informação (que tanto pode ser uma informação científica como um conceito moral), mais ele penetra no subconsciente.
Repare que amarramos os sapatos naturalmente, “sem pensar” como devemos fazê-lo. Pois bem, isto é possível porque repetimos o ato de “amarrar o cadarço” diversas vezes, até que esta informação se assentou de tal forma no subconsciente que sua recuperação na memória passou a ser automática.
- O registro, a fala e a visualização.
Como sabemos, há vários tipos de inteligência relacionadas à memória, como: auditiva, visual e cinestésica. Dessa forma, cada indivíduo tem uma forma de aprender. Alguns vão ter facilidade de memorizar o que foi dito, portanto, falar os conceitos chave em voz alta ajuda no processo de memorização. Agora, quem tem facilidade para aprender fazendo, é importante realizar o registro para que a pessoa possa ter uma experiência sensível e isto levar ao processo de memorização de modo mais fácil. Quem é mais visual, aprender com vídeos, imagens em powerpoint e imaginar ou visualizar cenas ou situações, é muito produtivo para o processo da aquisição da memória. Lembrando que, nenhum sistema representacional funciona de modo isolado, há uma interdependência, ou seja, usar todos os recursos é ainda mais produtivo.- Palavras-chave.
“Atualmente, considera-se a educação um dos setores mais importantes para o desenvolvimento de uma nação. É através da produção de conhecimentos que um país cresce, aumenta sua renda e a qualidade de vida das pessoas. Embora o Brasil tenha avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há muito para ser feito. A escola (Ensino Fundamental e Médio) ou a universidade tornaram-se locais de grande importância para a ascensão social e muitas famílias tem investido muito nesse setor.”
- Ambiente.
Ambientes barulhentos, ou extremamente silenciosos podem amedrontar mais do que ajudar no processo de aprendizado, portanto, levar em questão um lugar confortável, tranquilo e funcional é essencial no processo de memorização e foco.
- Estado emocional, alimentação, sono e estado físico.
Estar com sono, cansado, pouco descansado também afeta o processo de aprendizado, assim como as emoções vividas antes do foco de aprendizado tomar conta do momento. Ter uma alimentação essencialmente adequada, praticar moderadamente esportes e ter horas e rotina adequadas são essenciais para a aprendizagem e o processo acontecer de maneira facilitada e menos cansativa. Noites mal dormidas podem gerar cansaço, falta de foco, ansiedade e facilmente resultará em perca de interesse no conteúdo/atividade realizada.
- Mapa mental: A capacidade de organizar-se mentalmente.
Mapas mentais são mapas no qual nosso cérebro computa informações, como uma agenda de compromissos, separando por informações relevantes, algo que precisa ser feito, compromissos e tarefas a serem executadas, os separando em categorias relevantes e menos importantes, mas que precisam ser executadas em tempo hábil, mas criando conexão com cada utilidade, habilidade ou foco necessário para execução das tarefas designadas. 
- Exemplos simples para serem utilizados com crianças para melhorar a memorização:
· Associação de palavras. 
· Esquemas e desenhos.
· Circulando ou sublinhando.

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