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Laminite em Cavalos: Sinais e Tratamentos

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LAMINITE
Processo inflamatório degenerativo das lâminas dérmicas da pata
Fase aguda e seus sinais clínicos
Deslocar o peso de um pé para o outro é o primeiro sinal clínico
Geralmente ocorre nas patas torácicas, pois dão apoio a mais da metade
do peso do animal
Uma pata com patologia lamelar mais grave geralmente é levantada com
mais frequência e por mais tempo do que a outra
Os cascos do cavalo afetado pode ser quente à palpação -> temperaturas
do casco de 30° por mais de 24 horas geralmente indica laminite 
Se a temperatura do ambiente estiver fria, a temperatura do
casco pode ser medida usando uma câmera termográfica
Frequência respiratória aumentada e aumento do pulso nas artérias
digitais
Pulso digital aumentado não é patognomônico para laminite,
pois pode ocorrer após exercício extenuante
Abscesso de sola, fratura da 3° falange, dor
Claudicação -> durante a caminhada ou trote pode ser obvio apenas
quando o cavalo faz uma curva acentuada
Podem tremer, suar e parecem angustiados
Cavalos severamente afetados podem se recusar a andar em circulos
porque o peso total no pé contralateral provoca dor extrema
Quando as patas pélvicas são mais gravemente afetadas, os membros
anteriores são colocados de volta sob o abdomen e o cavalo se inclina
sobre os quartos dianteiros para aliviar as patas dos posteriores
Quando os quatro membros são afetados os cavalos tendem a permanecer
deitados por longos períodos -> em decúbito lateral com os membros
estendidos 
Fase crônica e seus sinais clínicos
Evolução do quadro agudo
Tem início aos primeiros sinais de movimentos da falange distal em
relação ao casco 
O cavalo desenvolverá algum grau de deslocamento para baixo
da falange distal dentro do casco (rotação total)
A fase crônica pode perdurar com sinais clínicos variados e
persistentes
Claudicação leve, dor contínua, degeneração dos anexos lamelares,
penetração da falange distal na sola, perfuração da sola F3 rotacionada
Decúbito, deformação da parede do casco, osteomielites da falange
dital
Teorias das causas da laminite
Etiologias relacionadas ao fluxo laminar:
-> Fluxo sanguíneo lamelar comprometido durante a fase de
desenvolvimento da laminite
-> Isquemia necrosante: o sangue não alimenta as lâminas
-> Se não houver O2 e fornecimento de energia necessária para
manter a adesão entre as células epidérmicas lamelares e sua
membrana basal, a estrutura irá falhar na sustentação
-> 3° falange rotaciona e/ou afunda em sentido a sola
Doenças relacionadas com laminite:
Pode resultar de diferentes doenças do corpo
-> Abdome agudo (cólica)
-> Excesso de consumo de carboidratos
-> Frutanas
-> Duodenite-jejunite proximal
-> Tratar a doença primária
-> Evitar a ingestão de grãos em excesso
-> Anti-inflamatórios/analgésicos
->Terapia para melhorar a perfusão
-> Reduzir a possibilidade de coagulopatia
-> Proteger o casco e a falange distal
-> Manter em cama de baia alta, macia, limpa e seca
-> Manter o animal em baia arejada
-> Movimentar o equino
-> Hidratação
Crioterapia -> A vasocontrição dirante o estágio de desenvolvimento da
laminite pode ter um efeito protetor
Estratégias de tratamento
-> Tratar a doença primária, abordando de forma sistêmica os
problemas que podem causar laminite
-> Fluidos e eletrólitos, antibióticos e antiinflamatórios são
administrados conforme o requerido
-> Éguas com metrite séptica e/ou placenta retirada requerem lavagem
uterina
-> 4 litros de óleo mineral para laminite por sobrecarga de grãos
-> Carvão ativado pode ajudar em casos de sobrecarga de grãos
-> Crioterapia ou água fria nas patas
-> Confinamento rigoroso em cama de areia ou cama alta de maravalha
-> Suporte mecânico para a falange distal
-> Colites, diarreias febril aguda, retenção de placenta
-> Metrite séptica
-> Pneumonia / pleurites
-> Rabdomiólise grave 
Diagnóstico
O diagnóstico de laminite aguda baseia nos sinais clínicos, anamnese e
realização de exame raio-x (dá o grau de rotação da falange)
Bloqueios anestésicos, marcadores radiopacos
Intervenções terapêuticas
-> 50% gelo + 50% água
-> Temperatura <5 graus
-> Tempo de pelo menos 48 horas
Flunixin Menglumine (1,1 mg/kg IV 2x/dia 5 dias ou 0,25
mg/kg IV 3x/dia 5 dias)
Fenilbutazona (4,4 mg/kg ou 2,2 mg/kg IV 2x/dia 5 dias) 
Meloxican (0,6mg/kg 1x/dia IM, oral, IV) As lâminas dérmicas são responsáveis por manter a 3F
estável dentro do casco. Se houver alguma inflamação
nessa lâmina, ela irá se degenerar, fazendo com que
ocorra a perda da estabilidade da 3F, que ficará solta.
No momento que o tendão flexor digital se flexiona a
3F que está solta se rotaciona para baixo,
caracterizando a laminite.
A laminite pode ser decorrente de problemas toxemicos e intestinais
-> quando há perda da seletividade da microbiota. Ex: no consumo
de carboidratos em excesso, o animal consome muito amido, que não
é digerido totalmente pelo animal, que vai ser fermentado no
intestino grosso. A fermentação irá gerar rápida proliferação de
bactérias, que serão lisadas e irão liberar componentes tóxicos, que
serão absorvidos pelo intestino e caem na corrennte sanguínea,
formando microtrombos que impedem a passagem de sangue para as
patas e causam laminite
Grau de rotação:
< 5° rotação leve
5° - 7° rotação moderada
8° - 11° rotação grave

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