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Por falar em fundamentos legais de fato, a Medida Provisória nº 24/2019 foi 
emitida em 10 de dezembro de 2019 (DOE nº 5.501 - pág. 2), e a Lei nº 
3.617/2019 foi editada em 23 de dezembro de 2019 (DOE nº 5.510 Nº - 
página 12), ambos identificados no Artigo 7: 
Art. 7º Os contribuintes que promoverem as operações de 
saídas interestaduais ou com destino a exportação, bem como 
nas operações equiparadas a exportação, previstas no 
parágrafo único do art. 3º da Lei Complementar Federal 87, de 
13 de setembro de 1996, ainda que não tributadas, de produtos 
de origem vegetal, mineral ou animal, deverão recolher o 
percentual de 0,2%, sobre o valor da operação destacada no 
documento fiscal, a conta do FET. 
Justificativa complementar de acordo com o artigo 11.º, que prevê a entrada 
em vigor a partir da data de publicação e 90 dias depois. Dessa forma, os 
produtores de carne seriam prejudicados por regulamentações que elevam 
os custos de produção e comercialização, além de prejudicar a 
competitividade da proteína animal produzida no estado. 
Também foi discutida a quantidade de carne exportada do estado em 2019, 
que registrou um aumento de 42,3% em relação ao ano anterior no período 
de janeiro a novembro, com US$ 153 milhões em vendas pelos produtos 
que representa. Incluindo peças frescas, refrigeradas ou congeladas, o 
produto representou apenas 9,3% do total de exportações tocantinenses no 
ano passado, 1 milhão a mais que no mesmo período de 2018, e agora tem 
uma participação de mercado de 15%, segundo dados do Ministério de US$ 
45. da Indústria e Comércio Exterior. A carne se consolidou como o 
segundo maior alimento básico da economia do estado, depois da soja. 
Já os fundamentos de direito foram abordados os atos que afrontam as 
disposições da Carta da República, da Lei Kandir e do próprio Código 
Tributário do Estado de Tocantins, em clara afronta ao direito líquido e 
certo dos associados do SINDICARNES de não terem sua produção 
tributada em duplicidade quando buscarem o mercado exterior. 
Além de abordar a impossibilidade de se tributar a produção que se destina 
a exportação, com fundamentação na carta da república em seu artigo 155, 
§2°, X, “a”. 
Por outro lado, a base da lei é abordar as violações da Carta da República, 
da Lei do Candil e do Código Tributário do Estado do Tocantins, que 
claramente violam certos direitos da rede e dos membros do 
SINDICARNES, ao invés de buscar Fontes fora do mercado, tributando 
duplamente sua produção. 
Além de abordar a impossibilidade de tributar produtos destinados à 
exportação, conforme carta da República no artigo 155, 
§2, X, "Um". 
 
Arte. Arte. Art. 155. Os Estados e o Distrito Federal são obrigados a 
arrecadar impostos: II - os negócios relativos ao transporte de mercadorias 
e à prestação de serviços de transporte e comunicação interestadual e 
intermunicipal, ainda que os negócios e serviços tenham origem no 
exterior; as seguintes disposições: X - Sem cobrança:a) Quanto à base 
legal, a infracção a) o negócio de transporte de mercadorias para o 
estrangeiro, ou a prestação de serviços a destinatários estrangeiros, garante 
a manutenção e utilização do imposto incidente sobre o anterior negócio e 
serviços; Além de trazer diversas jurisprudências. De acordo com a 
súmula do STF7, tais operações não podem ser tributadas porque o mero 
transporte para formar um lote para posterior exportação não representa 
transferência de propriedade, ou mesmo transferência de propriedade. A 
referida lei prevê a tributação das atividades de exportação interestadual 
ou de exportação e equivalentes à exportação, contrariando o objeto 
principal das isenções previstas no art. . Método Candel. De fato, é preciso 
resgatar mais uma vez o propósito da norma: garantir a competitividade 
dos produtos brasileiros no mercado externo. Outro não é o entendimento do 
Superior Tribunal de Justiça: 
 
 
TRIBUTÁRIO. ICMS. TRANSPORTE INTERESTADUAL DE MERCADORIA 
DESTINADA AO EXTERIOR. ISENÇÃO. ART. 3º, II DA LC 87/96. 1. O art. 3º, II da 
LC 87/96 dispôs que não incide ICMS sobre operações e prestações que destinem ao 
exterior mercadorias, de modo que está acobertado pela isenção tributária o transporte 
interestadual dessas mercadorias. 2. Sob o aspecto teleológico, a finalidade da 
exoneração tributária é tornar o produto brasileiro mais competitivo no mercado 
internacional. 3. Se o transporte pago pelo exportador integra o preço do bem exportado, 
tributar o transporte no território nacional equivale a tributar a própria operação de 
exportação, o que contraria o espírito da LC 87/96 e da própria Constituição Federal. 4. 
Interpretação em sentido diverso implicaria em ofensa aos princípios da isonomia e do 
pacto federativo, na medida em que se privilegiaria empresas que se situam em cidades 
portuárias e trataria de forma desigual os diversos Estados que integram a Federação. 5. 
Embargos de divergênciaprovidos. (EREsp 710.260/RO, Rel. Ministra ELIANA 
CALMON, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27/02/2008, DJe 14/04/2008) 
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. ICMS SOBRE SERVIÇO DE 
TRANSPORTE DE MERCADORIA DESTINADA À EXPORTAÇÃO. AUSÊNCIA 
DE INTERESSE RECURSAL. NECESSIDADE DE ANÁLISE DE NORMAS 
LOCAIS. APLICAÇÃO, POR ANALOGIA, DA SÚMULA 280/STF. 
NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO PELA ALÍNEA "A". DISSÍDIO 
PRETORIANO PREJUDICADO. 1. O aresto vergastado está em consonância com o 
entendimento do STJ de que "o art. 3º, II da LC 87/96 dispõe que não incide ICMS 
sobre operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, de modo que está 
acobertado pela isenção tributária o transporte interestadual dessas mercadorias", assim 
"se o transporte pago pelo exportador integra o preço do bem exportado, tributar o 
transporte no território nacional equivale a tributar a própria operação de exportação, o 
que contraria o espírito da LC 87/96 e da própria Constituição Federal" 
(EREsp 710.260/RO, Rel. Min. Eliana Calmon, Primeira Seção, DJe 14.4.2008). Não se 
vislumbra interesse recursal quanto a tal aspecto. 2. A controvérsia remanescente diz 
respeito à necessidade de cumprimento das obrigações acessórias previstas no Decreto 
Estadual 11.803/2005, sobre a qual a Corte local consignou: "(...) Como se vislumbra, 
as obrigações acessórias estabelecidas no referido Decreto tem por finalidade tornar o 
procedimento de fiscalização eficaz, acompanhando a movimentação das respectivas 
mercadorias até a sua efetiva exportação e verificando o cumprimento das 
correspondentes obrigações fiscais, de modo que a imunidade tributária constitucional 
seja aplicada com absoluta segurança e legalidade, evitando-se que, eventualmente, a 
imunidade seja concedida em operações realizadas apenas no âmbitointerno". 3. A 
questão da necessidade de observância das obrigações tributárias acessórias foi dirimida 
à luz da legislação local (Decreto Estadual 11.803/2005). 
(...) 
6. Recurso Especial não conhecido. (REsp 1777524/MS, Rel. Ministro HERMAN 
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/12/2018, DJe 19/12/2018) 
 
 
TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 
ENUNCIADO ADMINISTRATIVO N. 3/STJ. OFENSA AO ARTIGO 1.022 DO 
CPC/2015. NÃO CARACTERIZAÇÃO. ICMS. ISENÇÃO TRIBUTÁRIA. 
TRANSPORTE DE MERCADORIAS CUJA DESTINAÇÃO FINAL É A 
EXPORTAÇÃO. ART. 3º, II, DA LC N. 87/1996. DIREITO. AGRAVO INTERNO 
NÃO PROVIDO. 
1. Não há falar em violação ao art. 1.022 do Novo Código de Processo Civil, pois o Eg. 
Tribunal a quo dirimiu as questões pertinentes ao litígio, afigurando-se dispensável que 
venha examinar uma a uma as alegações e fundamentos expendidos pelas partes. 
2. Consoante a jurisprudência desta Corte, a Primeira Seção, no julgamento do EREsp 
710.260/RO, asseverou que a isenção prevista no art. 3º, II, da LC n. 87/1996 alcançaria 
além das operações que destinam mercadorias diretamente ao exterior, como também 
àquelas outras que integram todo o processo de exportação,como o transporte 
interestadual. 
3. Agravo interno nãoprovido. (AgInt no AREsp 1323892/PR, Rel. Ministro MAURO 
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 
22/11/2018) 
 
No mesmo sentido: AREsp nº 851.938/RS, 1ª Turma, rel Min. Gurgel de Faria, DJe de 
09/08/2016; AgRg no REsp nº 1.228.645/SP, 1ª Turma, rel. Min. Sérgio Kukina, Dje de 
01/12/2015; AgRg no REsp nº 1.409.872/SC, 2ª Turma, rel. Min. Mauro Campbell 
Marques, Dje de 06/11/2015. 
Inclusive, essa intenção das disposições que abordam o imposto sobre operações 
relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação, no que tange à destinação ao mercado 
exterior, é patente quando analisamos o próprio art. 1º da Lei Kandir, que prevê a 
incidência do mencionado imposto “ainda que as operações e prestações se iniciem no 
exterior”. Ou seja, se a destinação do produto e das operações a ele relativas são o 
exterior, não há que se falar em incidência de tributo, sob pena de perda da capacidade 
concorrencial dos produtos brasileiros. 
A Lei nº 3.617/2019 viola ainda as disposições do Código Tributário do Estado do 
Tocantins (Lei Estadual nº 1.287/2001), que possui, em seu art. 4º, II, a mesma previsão 
que a Lei Kandir, ou seja, de não aplicação de imposto sobre operações relativas à 
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal, sobre operações que envolvam mercadorias destinadas ao mercado 
externo, in verbis: 
Art. 4º - O imposto não incide sobre: 
II – operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos 
primários e produtos industrializados semielaborados; 
Destarte, verifica-se que sob qualquer óptica de competência legislativa, a Lei nº 
3.617/2019 é ilegal, devendo ser extirpada do mundo jurídico, notadamente pelo fato de 
prejudicar de sobremaneira o setor produtivo do Estado do Tocantins responsável por 
mais de 15% das exportações. 
Importante destacar que o princípio da isonomia tributária, previsto no art. 150, II, da 
CF/88 também é violado, pois os produtores de proteína animal do Estado do Tocantins 
passaram, a partir de 23/03/2020, a arcar com um tributo ilegal, que outros produtores 
de outros entes federados, que respeitam a Lei Federal e a Constituição, não possuem. 
TRITUTAÇÃO – IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO BIS IN IDEM - RECOLHIMENTO 
DE CONTRIBUIÇÃO AO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 
Cada ente tem o poder de cobrar impostos sobre situações diferentes, mas nunca pode 
fazer a cobrança em relação a um mesmo fato, o que caracteriza bitributação. A 
bitributação ocorre quando dois entes federativos cobram de um mesmo contribuinte 
dois tributos sobre o mesmo fato gerador. Essa é uma prática inconstitucional, já que 
cada ente federativo tem poder e responsabilidade sobre fatos geradores diferentes. Isso 
significa que quando ocorre a bitributação um deles está cobrando algo que é de 
competência de outro. 
É manifesta a ilegalidade e o prejuízo para ao autor, uma vez que teve direito violado, 
em face das disposições da Constituição da República Federativa do Brasil – 
CRFB/1988, da Lei Complementar nº 87/96 (Lei Kandir) e do Código Tributário 
Estadual de Tocantins (Lei Estadual nº 1.287/2001), que vedam a criação de tributos 
estaduais sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços 
prestados a destinatários no exterior. O fumus boni iuris está presente no fato de que a 
exportação de produtos industrializados é imune e isenta do imposto sobre operações 
relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações 
se iniciem no exterior (CF/88, artigo 155, § 2º, X, a). No entanto, o Estado do 
Tocantins, por meio do Governador, autoridade coatora, afronta os mandamentos retro e 
institui a Lei nº 3.617/2019, obrigando as empresas associadas ao autor a recolher 0,2%, 
sobre o valor da operação destacada no documento fiscal, a conta do FET, sobre as 
operações de saídas interestaduais ou com destino a exportação, bem como nas 
operações equiparadas a exportação. Tal impacto requer medidas drásticas e urgentes 
para que as unidades frigoríficas continue com suas operações, ou pelo menos retornem 
após essa crise mundial (COVID-19), além de não suspender todo e qualquer 
investimento em melhorias e otimização de processos previstos, imediatamente irá 
reduzir o quadro de funcionários e o volume de produção. É uma consequência natural 
do acréscimo tributário. Nas pegadas do artigo 300 da Lei nº 13.105/2015, visando 
reparar com urgência, a clara e evidente ilegalidade perpetrada pelo Poder Público, urge 
a imperiosa necessidade de se valer da medida cautelar de urgência a fim de sanar/evitar 
a violação de direitos orquestrada, suspendendo liminarmente a eficácia da Lei Estadual 
nº 3.617, de 18 de dezembro de 2019. Vê-se que o fundamento da presente ação é 
relevante e que encontra amparo na produção de efeitos legítimos, e posteriormente, 
mas não em segundo plano, no texto da Constituição Federal, em Lei Federal, no 
Código Tributário Estadual, e na jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal 
Federal. Na mesma toada, há periculum in mora da prestação jurisdicional, seja pelos 
prejuízos de ordem material, desfalque financeiro e administrativo, seja pelos danos de 
ordem imaterial, demissões de trabalhadores, aumento de preços ao consumidor, etc, 
passando os associados do autor, imediatamente, acaso mantida a eficácia da Lei, a não 
ter condições de competir no mercado externo, estando fadada à falência, especialmente 
se observar que os vizinhos Estados, que competem no mercado internacional, praticam 
alíquotas muito menores e não recolhem valores a qualquer fundo. 
Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, 
expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor 
e especificando as provas que pretende produzir. 
EXELENTÍSSIMO JUÍZO DA SEGUNDA VARA DA FAZENDA E 
REGISTROS PÚBLICOS DA COMARCA DE PALMAS – ESTADO DO 
TOCANTINS 
 
 
 
 
 
O ESTADO DO TOCANTINS, já devidamente qualificado nos autos de 
Ação Civel Pública, que neste juizo lhe move o Ministério Público Federal, 
representado pelo Exmo. Sr. Procurador Regional da República, por seu 
Procurador Geral ao final assinado, vem respeitosamente perante V.Exa., 
opor-se em contestação aos fatos articulados pelo autor para argumentar o 
seguinte: 
I- As pretensões aduzidas na inicial pelo ilustre Procurador 
Regional, embora bem articuladas, não merecem acolhida, face 
aos equívocos que facilmente se pode constatar. 
II- O réu Estado do Tocantins, representado por seu gestor principal 
não tem descurado um instante sequer da tarefa extremamente 
conflitante de conciliar o desenvolvimento do Estado com 
preservação de seu meio ambiente e das nações indígenas 
encravadas em seu território. 
III- Reconhece o Governo a legitimidade dos povos indígenas em 
proteger a qualquer custo a integridade de suas reservas, mas sabe 
também que brancos e índios não podem se excluir, e sim 
completarem-se. 
IV- Nesta perspectiva, embora muito bem fundamentada, a ação, erra 
de endereço. 
Não pode prosperar por absoluta ausência de motivação. 
 
 
Ora MM. Juiz 
 
 
O que se pretende manter com a tutela jurisdicional é a integridade física 
das reservas, que na verdade até o momento não foram molestados. 
O que fica claro pela própria dos fatos e reclamação das populações 
silvícolas, situação de risco eminente é mais psicológica do que tomando-se 
como referencial os seguintes dados: 
exposição é que a efetivo, 
a) - as obras até agora realizadas na rodovia T0-010 que liga Palmas- 
Tocantins, encontram-se paralisadas em ambos os sentidos nos limites da 
reserva do Funil. 
b) - Em cumprimentoao acordo constante de ata anexa aos autos, o Estado, 
através da Secretaria da Infraestrutura determinou e estão ·sendo feitos os 
estudos técnicos com os quais se busca um traçado alternativo que não 
cruze a reserva do Funil, nas proximidades da cidade de Tocantins. 
c)- Até que estes projetos fiquem prontos ou enquanto não se chegar ao 
entendimento mínimo com os povos indígenas, o trecho da reserva 
continuará intocável. 
V- No que pertence as estradas Tocantins-Rio do Sono e Pedro Afonso, 
constam dos autos documentos comprobatórios de que o Estado não as 
construirá sem entendimento prévio com as nações indígenas e com os 
órgãos que os protegem. 
VI- Ponte sobre o Rio Sono. Trata-se no caso de questão ligada ao 
Ministério da Marinha cujo pedido de inspeção e autorização se encontra 
em tramitação conforme se pode comprovar pelo documento. 
 
 
Pelo exposto, o réu requer a V.Exa., o seguinte: 
a) - o indeferimento da liminar pleiteada l e a suspensão do processo pelo 
prazo de 60 (sessenta) dias até a 1\ conclusão dos estudos técnicos já 
referidos, quando poderá ocorrer nova rodada de negociação 
envolvendo todas as partes. 
b) - Requer igualmente prazo de 60 (sessenta) dias para que o réu possa a 
autorização expedida pelo Ministério da construção da Ponte sobre o 
Rio Sono. a concessão do exibir em juízo Marinha para a 
 
Pela improcedência da Ação. 
 
 
P. Deferimento. aos 15 dias do mês de GABINETE DO PROCURADOR 
GERAL DO ESTADO, aos 04 dias do mês de setembro de 2022.

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