Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Escler�� Múltipl� SLIDE 1- É uma doença neurológica crônica que é progressiva e autoimune, ou seja, as células desse sistema imunológico atacam o próprio SN, ao qual vai agredir a bainha de mielina (que é aquele tecido que protege as fibras nervosas), como se ela não pertencesse ao organismo, onde vai provocar falhas na condução nervosa causando lesões cerebrais e medulares, trazendo assim déficit de comunicação entre as vias neurais. SLIDE 3- Essa agressão a bainha vai fazer com que a velocidade de propagação dos impulsos nervosos sofra diminuição e afete as respostas sensitivas e motoras. É mais comum acometer adultos jovens e mesmo não sabendo exatamente sua causa há um maior risco em mulheres. FISIOPATOLOGIA É caracterizada por áreas de desmielinização localizadas e disseminadas no cérebro e medula com predomínio de inflamação que é responsável pela desmielinização, perda de oligodendrócitos e do dano axonal. Existe uma falta de previsibilidade da complexidade da doença por ser uma doença progressiva e imprevisível. ETIOLOGIA A causa ainda não é totalmente conhecida, a hipótese é que seja a soma de múltiplos fatores genéticos somado a fatores ambientais, como infecção por alguns agentes virais e bacterianos, além do estresse, má alimentação, obesidade, baixa imunidade, distúrbios hormonais, déficit de vitamina D, entre outros. A doença atinge mais as populações europeias como Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia e Austrália, mesmo não sabendo ainda o porquê. Aqui no Brasil é comum na parte Sul do Brasil que é uma área temperada (longe da linha do equador). FORMAS DE EVOLUÇÃO E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Esclerose Múltipla Remitente-Recorrente (EMRR): é a mais comum, cerca de 85% dos casos é caracterizada por Surto-Remissão, isto é, os sintomas acontecem refletindo em alguma parte do corpo por um período de tempo, deixando ou não sequelas aos portadores. Os surtos podem ficar anos sem acontecer, período chamado de remissão. - Esclerose Múltipla Primária-Progressiva (EMPP): Uma forma mais evoluída, com ou sem remissão fazendo com que os portadores venham perdendo sua capacidade ao longo dos anos a partir do aparecimento da doença, ou seja, piora gradativa das crises. - Esclerose Múltipla Secundária-Progressiva (EMSP): Forma que faz com que os pacientes evoluam de forma remitente, recorrente e piorem lenta e progressivamente. Neste caso, as pessoas não se recuperam totalmente das crises e acumulam sequelas ao longo dos anos. Pode ocorrer perda visual definitiva ou maior dificuldade para andar, por exemplo, ter a necessidade de ajuda para se movimentar e se necessário o uso de bengala. - Esclerose múltipla progressiva com surtos (EMPS) - a doença age de forma mais rápida e agressiva, ocorre, paralelamente, a progressão do processo desmielinizante e o comprometimento de estruturas do cérebro. COMO IDENTIFICAR UM SURTO? Pode ser identificado a partir da apresentação dos sinais e sintomas típicos, o que varia o quadro clínico. Cada surto é diagnosticado a partir do surgimento de um novo sintoma neurológico ou a piora significativa de um sintoma prévio, tendo duração mínima de 24 horas sem febre e infecções, e para ser considerado um surto necessita haver um intervalo mínimo de 30 dias entre eles. Pode ser desencadeado por fatores externos, como gripe, infecção, estresse, entre outros. SINAIS E SINTOMAS Na etapa inicial é bem sutil e quase sempre desamparem na primeira semana. Devido aos primeiros sintomas serem leves e passageiros muitos pacientes passam anos sem diagnóstico nem tratamento, além do fato de serem comuns a outros tipos de patologias, o que dificulta ainda mais o seu diagnóstico precoce. Se diferem para cada paciente, porém os mais frequentes são: - Alterações sensitivas: parestesias (dormências ou formigamentos), neurite óptica (visão borrada), Lhermitte (choque elétrico, que irradia para as costas e para as pernas quando o pescoço é flexionado); - Alterações motoras: fraqueza muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular (espasticidade), falta de coordenação dos movimentos ou para andar, tonturas e desequilíbrios; - Alterações cognitivas: problemas de memória, atenção, processar informações (lentificação); - Fadiga (fraqueza ou cansaço): Primária (sensação de esgotamento físico ou mental) e Secundária (tenta recompensar algum sintoma e resulta em perda de sono); - Alterações mentais: alterações de humor, depressão e ansiedade. TRATAMENTO Mais cedo o tratamento iniciar, maior a chance de modificar o curso natural da doença em longo prazo reduzindo o número de surtos clínicos, de lesões e de sequelas neurológicas. Não há tratamento para cura, mas tem recursos, como medicamentos, fisioterapia, atividades físicas que ajudam os portadores a se manterem produtivos e confortáveis. Pode ser controlada e o tratamento se constitui no manejo de crises (aumentando o intervalo e diminuindo as intensidades), controle de sintomas e segurando a progressão. Na fase aguda, os corticosteróides são drogas úteis para reduzir a intensidade dos surtos. Na segunda, imunossupressores e imunomoduladores para espaçar os episódios de recorrência e o impacto negativo que provocam. A fisioterapia tem como objetivo orientar mudanças no estilo de vida para minimizar a fadiga e o gasto energético durante a realização de AVD’s, evitando que o indivíduo deixe de exercer atividades sociais ou profissionais, a prática de atividades físicas, entre outras que permitam que o indivíduo mantenha seu nível funcional e não interfiram nas AVD´s. MECANISMOS IMUNOLÓGICOS 1. Fingolimode: medicação oral que evita a saída dos linfócitos dos linfonodos. 2. Ocrelizumabe: anticorpo monoclonal de aplicação endovenosa semestral, leva a depleção de linfócitos B. 3. Alentuzumabe: anticorpo monoclonal de administração em dois ciclos com intervalo de 1 ano, leva a depleção de linfócitos T e B. 4. Cladribina: medicação oral, cuja administração é realizada em dois ciclos anuais (depleção imune de linfócitos B e T). 5. Natalizumabe: anticorpo monoclonal de aplicação endovenosa mensal que impossibilita a entrada dos linfócitos dentro do sistema nervoso central. CIF Deficiências - Dificuldade ao deambular - Incoordenação motora - Alterações visuais - Alterações esfincterianas Limitações de atividades - Impedimento de trabalhar - Impedimento de realização de AVD’s - Dificuldade ao vestir-se Restrição à participação - Impedimento de frequentar lugares que gosta (ex: igreja, parque…) - Socialização prejudicada Fatores ambientais Barreiras: - Depressão - Fadiga Facilitadores: - Apoio familiar - Medicamentos - Fisioterapia - Prática de atividades físicas - Acompanhamento psicológico DATAS IMPORTANTES O Dia Mundial da Esclerose Múltipla é celebrado no mundo inteiro no dia 30 de maio, é uma data especial, criada pela Federação Internacional de Esclerose Múltipla para unir a comunidade global de pessoas afetadas pela doença. O intuito é trazer uma mensagem positiva para pacientes, seus amigos e familiares, estimulando-os a partilhar histórias, sensibilizar o público e conscientizar os demais sobre este importante problema neurológico. E no Brasil, há o Dia Nacional da Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, comemorado no dia 30 de agosto.
Compartilhar