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I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� Semana 1: Avaliação multidimensional no idoso ▪A avaliação do estado geral de saúde da pessoa idosa deve ser compreendida a partir de uma avaliação multidimensional, que permite a compreensão ampliada e integral, buscando identificar e intervir nas áreas mais comprometidas e que podem afetar sua funcionalidade C l a s s i f i c a ç ã o C l í n i c o Funcional do Idoso Idoso Robusto: 1 – Máximo de vitalidade, ausência de doenças 2 - Independente, com comorbidades sem complicações 3 – Independente, com doença crônica complicada Idoso em Risco de fragilização: 4 – Independente 5 – Declínio funcional de forma parcial 6 – Declínio funcional total e independência em atividades básicas Idoso Frágil: 7 – Dependência completa e semi-dependência em atividade de vida diária básica 8 – Dependência completa em atividades de vida diária e dependência incompleta em atividades de vida diária básicas 9 – Fragilidade máxima ▪A avaliação multidimensional da saúde da pessoa idosa deve abranger as dimensões clínica, psicossocial e funcional. ▪Deve-se atentar aos seguintes fatores: -Multimorbidade: presença de duas ou mais morbidades, doenças crônicas físicas ou mentais, de forma simultânea em um indivíduo; -Polifarmácia: uso de múltiplos medicamentos; -Enfermidade inaparente: problemas que não geram queixas durante um longo período de sua evolução; Perda funcional: dificuldade em desempenhar atividades cotidianas em algum domínio da vida, em função de um problema de saúde; -Síndromes geriátricas: condições frequentes em idosos que não se encaixam facilmente em doenças/condições bem estabelecidas, mas que apresentam características comuns; -Apresentações atípicas: sinais e sintomas que não são clássicos de uma doença. 1. Dimensões psicossocial ▪deve ser focada nos aspectos relacionados à cognição, à memória, ao humor, aos comportamentos e à saúde mental de forma geral, atentando tanto para situações de sofrimento psíquico quanto de transtornos mentais estabelecidos. ▪Compreende também o entendimento da dinâmica familiar, do suporte familiar e social, de questões econômicas, culturais, ambientais, étnico raciais, de gênero, por tratar de aspectos que frequentemente interferem nas condições de saúde das pessoas ▪Depressão e ansiedade são os principais transtornos de humor que trazem importantes impactos para a saúde e para a capacidade funcional nas idades avançadas, além de serem importantes fatores de risco para o suicídio. I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� 2. Dimensão funcional ▪a capacidade de uma pessoa realizar atividades da vida diária, utilizando diferentes habilidades, de modo a identificar se consegue desempenhar as atividades necessárias para cuidar de si (como tomar banho, alimentar-se, vestir-se etc.), ▪interagir com sua família, com seu ambiente físico, com as pessoas de sua comunidade e transitar por seu território ▪ averiguar o grau de dificuldade e a necessidade de auxílio de outras pessoas para a realização das atividades da vida diária (AVD), detectando se são parciais, em maior ou menor grau, ou totais 3. Dimensão clínica ▪considera o histórico de saúde-doença por meio de uma anamnese ampliada e centrada no idoso, e o exame físico tradicional, para identificar agravos (quedas, hematomas, fraturas etc.), doenças crônicas e agudas, intervenções médicas já sofridas ao longo da vida, hábitos, antecedentes familiares, quantidade e tipos de medicamentos utilizados ÍNDICE DE VULNERABILIDADE CLÍNICO FUNCIONAL (IVCF-20) • É um instrumento que avalia as principais dimensões consideradas preditoras de declínio funcional e/óbito em idosos: • Idade (1 questão) • Autopercepção da saúde (1 questão) • Atividades de vida diária (4 questões) • Cognição (3 questões) • Humor (2 questões) • Mobilidade (6 questões) • Comunicação (2 questões) • Comorbidades múltiplas (1 questão) ▪Os principais objetivos do instrumento são: -Identificação do idoso frágil (estratificação de risco), que deverá ser submetido à Avaliação Multidimensional do Idoso (Avaliação Geriátrica Ampla) e elaboração do Plano de Cuidados; -Indicação de intervenções interdisciplinares capazes de melhorar a autonomia e independência do idoso e prevenir o declínio funcional, institucionalização e óbito, mesmo na ausência da Avaliação Multidimensional do Idoso tradicional; -Planejamento de demanda programada no SUS e na Saúde Suplementar: definição de grupo de idosos que necessitarão de atendimento diferenciado na Unidade Básica de Saúde. -Estruturação e direcionamento da consulta geriátrica: planejamento da consulta especializada do idoso, destacando as dimensões da saúde do idoso que merecem uma investigação mais detalhada I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� ▪Foram também incluídas algumas medidas consideradas fundamentais na avaliação do risco de declínio funcional do idoso, como peso, estatura, IMC, circunferência da panturrilha e velocidade da marcha em 4 metros. ▪VELOCIDADE DA MARCHA: -presença de velocidade da marcha < 0,8 m/s é considerado um dos principais marcadores de sarcopenia. -A diminuição da velocidade da marcha (VM) tem um valor preditivo para diversos desfechos negativos, como quedas, dependência funcional e mortalidade dos idosos. -Orienta-se a marcação de uma distância de 4 metros no chão, em linha reta, com o auxílio de uma fita métrica, sinalizando o ponto de partida e o de chegada. O idoso é orientado a caminhar esta distância com passadas um pouco mais aceleradas do que o usual (“andando como se estivesse atravessando uma rua”), mas sem correr. -Assim que o idoso começar a caminhar, o tempo é medido com relógio comum ou cronômetro, e o seu término se dá quando o idoso atinge a marca dos 4 metros. A VM é calculada dividindo-se 4 metros pelo tempo cronometrado no relógio (4/tempo em segundos). Normalmente, o tempo gasto para o idoso percorrer esta distância é de, no máximo, 5 segundos(equivalente a uma VM de 0,8 metros por segundo). ▪CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA: - A presença de circunferência da panturrilha (CP) < 31 cm traduz a presença de redução da massa muscular. A medida da CP pode ser feita nas posições sentada ou de pé, com os pés apoiados em uma superfície plana, de forma a garantir que o peso fique distribuído equitativamente entre ambos os lados. -No idoso acamado, fletir a perna de modo que o pé fique todo apoiado sobre o colchão. A medida deve ser realizada com uma fita métrica inelástica aplicada ao redor da região que, visualmente, apresenta o maior perímetro, sem fazer compressão. I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� -Evitar fazer a medida no membro que apresente alguma alteração local, como linfedema, trombose venosa profunda, erisipela, celulite, atrofia muscular, atrofia cutânea por cicatriz ou fibrose, entre outras. É necessário também estar atento ao caso de indivíduos obesos, que podem ter circunferência da panturrilha normal ou até aumentada mesmo na presença de sarcopenia (obesidade sarcopênica) Idosos com pontuação no IVCF-20 igual ou superior a 15 pontos -apresentam alto risco de vulnerabilidade clínico-funcional e devem ser submetidos à Avaliação Multidimensional do Idoso, realizada preferencialmente por equipe geriátrico-gerontológica especializada ou pela atenção secundária (AMIAS), quando disponíveis. Idosos com pontuação entre 7 e 14 pontos são considerados de moderado risco para vulnerabilidade clínico-funcional - devem ser submetidos à AMIAB, que pode ser realizada por médicos e enfermeiros não especializados. -A AMIAB determinará a necessidade ou não de encaminhamento para atenção secundária. Os idosos com pontuação entre 0 e 6 pontos são considerados de baixo risco - podem ser acompanhados de forma rotineira na atenção básica, seguindo as recomendações de programas e/ou diretrizes baseados em condições crônicas específicas. ▪AVALIACÃO GERIÁTRICA AMPLA ▪Definida como processo diagnóstico frequentemente interdisciplinar, que serve para determinar a deficiências ou habilidades dos pontos de vista médico, psicossocial e funcional, com o objetivo de formularum plano terapêutico e de acompanhamento coordenado e integrado, a longo prazo visando a recuperação e/ou a manutenção da capacidade funcional. I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� 1. Avaliação da Funcionalidade -Escalas e testes -Atividades de vida diária ( básicas e funcionais) -Escala Katz ou índice de Barthel -Escala de Lawton ou Pferffer 2. AVALIAÇÃO SENSORIAL -Deficiências Sensoriais -Aumento de vários riscos: -Isolamento social -Quedas e outros acidentes -Quadros confusionais -Morbimortalidade 3. Cavidade Oral -Lábios -Dentes, gengiva e próteses -Palato -Língua e saliva -Paladar:Ageusia, hipogeusia, disgeusia -Idade, medicamento -Impacto na alimentação 3. Avaliação do Olfato -Anosmia, hiposmia, disosmia -Idade, infecções, alergias, tabaco, poluição -Doenças neurodegenerativas -Orientar segurança em casa e observar data de validade de produtos 4. Avaliação da Visão -Acuidade e campos visuais -Movimentos oculares -Pálpebra- ptose, xantelasma -Arco senil, Miose -Catarata, glaucoma, retinopatias -Envelhecimento : capacidade de acomodação , tolerância ao brilho, capacidade de leitura -Ao avaliar essa função, pergunte à pessoa idosa se ela sente dificuldade ao ler, assistir televisão, dirigir ou para executar qualquer outra atividade da vida cotidiana. Aqueles que responderem afirmativamente devem ser avaliados com o uso do Cartão de Jaeger. -O cartão é colocado a uma distância de 35 cm da pessoa idosa que se possuir óculos deve mantê-los durante o exame. A visão deve ser testada em cada olho em separado e depois em conjunto. Os olhos devem ser vendados com as mãos em forma de concha -Objetivo: Identificar possível disfunção visual. -Avaliações dos resultados: as pessoas que lerem até o nível 20/40 serão consideradas sem disfunção. -Providências com os achados/resultados: em caso de alterações, encaminhar para avaliação no oftalmologista. 5. Avaliação da Audição -Sentido com maior sensibilidade e espectro de atividade -Declínio cognitivo acelerado I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� -Isolamento social -Depressão -Avaliar capacidade de ouvir tv, telefone, conversas -Para auxiliar nessa verificação pode-se utilizar o “teste do sussurro” ou teste Whisper 6. Capacidade cognitiva 7. Transtorno_do_ Sono -Insônia -SAHOS -Síndrome das pernas inquietas -Distúrbio do sono REM -Distúrbios do ritmo circadiano 8. Estado Nutricional -Difícil Padrão -Desnutrição Frequente -Medidas Antropométricas -Causas: Acesso diminuído aos alimentos Baixa socialização Incapacidade Funcional Doenças Orgânicas Variadas SEMANA 2: DOR CRÔNICA -fenômeno da dor suscitado de forma mista por dois componentes: nociceptivo – relacionado à lesão dos tecidos – neuropático – relacionado a problemas nas vias de condução, interpretação e modulação do impulso da dor pelo sistema nervoso. -Dessa forma, a neurociência atual compreende com mais clareza o papel não só das emoções, mas também da cognição e das crenças da pessoa sobre a sua dor como um fator I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� modulador da intensidade e da persistência desse sintoma. ▪A definição da dor crônica é “aquela que persiste além do tempo razoável para a cura de uma lesão”, sendo também compreendida como aquela associada a processos patológicos crônicos, que causam dor contínua ou recorrente, com duração ≥ a 6 meses ▪Nociceptivo: relacionado à lesão dos tecidos; - está relacionado aos danos nos tecidos, como lesões musculares, ósseas e de ligamento, que geram inflamação na região acometida e, consequentemente, dor local, caracterizada como dor profunda, em pontadas ou pancadas. -Tem duração limitada e tende a um processo de cicatrização e remodelação com subsequente redução do componente inflamatório. -A dor associada aos tecidos, que deveria diminuir com a progressão dos processos de cicatrização,mas passa a ocorrer por um funcionamento desordenado do sistema nervoso e persiste por mais tempo. -muitas vezes, não há melhora significativa com o uso de medicamentos, como os anti-inflamatórios e analgésicos, que agem fundamentalmente no componente da nocicepção. ▪Neuropático: relacionado a problemas nas vias de condução, interpretação e modulação do impulso da dor pelo sistema nervoso. -característica clássica da dor de predomínio neuropático inclui a sensação de queimação constante ou intermitente, pontadas ou choques, e também alguns sintomas físicos, que podem incluir respostas exageradas a estímulos dolorosos (hiperalgesia) ou uma percepção aberrante da dor como resposta a um estímulo inócuo e que geralmente seria percebido como indolor (alodinia). - Na dor crônica ocasionada por um componente neuropático, esses alarmes estão sensibilizados e disparam com muito mais facilidade do que em uma pessoa sem dor. ▪principal causa de dor musculoesquelética é a síndrome de dor miofascial (SDM), presente em até 93% dos indivíduos com queixa de dor regionalizada. -o diagnóstico depende exclusivamente da história clínica e dos achados do exame físico. -Muitos desses doentes são tratados como se tivessem bursite, artrites, tendinites ou doenças viscerais, sem haver melhora significativa do quadro clínico. -A SDM é uma condição dolorosa muscular regional caracterizada pela ocorrência de bandas musculares tensas palpáveis, nas quais se identificam pontos intensamente dolorosos, os pontos-gatilho, que, quando estimulados por palpação digital ou durante a punção localizada com agulha, ocasionam dor local ou referida à distância. -As causas mais comuns de SDM são: - Traumas; -Sobrecargas agudas I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� - Microtraumas repetitivos de estruturas musculoesqueléticas. ▪A fibra muscular, quando sofre lesão, sobrecarga, ou estresses de repetição, desenvolve pontos-gatilho, os quais resultam em contração muscular exagerada durante período de tempo prolongado. Associado, ocorrem fadiga muscular, isquemia focal e anormalidades subsequentes do ambiente extracelular das miofibrilas, o que, além da liberação de substâncias algiogênicas, geram círculo vicioso caracterizado por elevação da atividade motora e do sistema neurovegetativo, aumentando a sensibilidade à dor. -Os eventos dolorosos podem ser autossustentados por fenômenos de sensibilização centrais e periféricos. ▪ Abordagem não farmacológico ▪Abordagem farmacológicas ▪Escala de faces da dor -escala numérica com variação de 0 a 10, sendo 0 referente a “nenhuma dor”, e 10, a “pior dor possível”. -para adultos e crianças acima de 2 anos apresenta categorias de descritores visuais, usando expressões faciais refletindo magnitudes de intensidades de dor diferentes. ▪Dor relacionada a sensibilização central -Alterações do processamento das sensações amplificação dos sinais de dor . -Dor psicogênica: Relacionadas a transtornos psiquiátricos -Idiopática: Não se enquadra em nenhum dos grupos I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� SEMANA 3: MAUS TRATOS EM IDOSOS ▪De acordo com a Lei nº 10.741/2003, art. 19, está previsto que os casos de suspeita ou confirmação de maus tratos contra idoso são de notificação obrigatória ao Conselho Municipal ou Estadual dos Direitos do Idoso, Delegacias de Polícia e Ministério Público. ▪Todo caso suspeito ou confirmado de violência contra a pessoa idosa deve ser notificado, utilizando-se a “Ficha de Notificação/Investigação Individual – Violência Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências” ▪Abuso físico - Força fisica que pode causar ferimento no corpo, dor fisica ou deficiência. ▪Abuso sexual- Contato sexual não consensual com uma pessoa idosa. ▪Abuso emocional ou psicológico- -Imputação de angústia, dor ou aflição. -toda ação ou omissão que causa prejuízo à identidade, à autoestima e desenvolvimento pessoal. ▪Exploração financeira ou material- Uso ilegal ou impróprio das reservas,propriedades ou bens de pessoas idosas. ▪Negligência- Recusa ou falha no cumprimento de qualquer parte das obrigações de alguém para com o idoso. ▪Auto negligência- Comportamento de uma pessoa idosa deprimida, fragilizada ou mentalmente incompetente que ameaçam sua própria saúde ou segurança,como a recusa a comer e a beber adequadamente ou a tomar medicamentos prescritos. ▪Violação de direitos pessoais- O direito da pessoa idosa à privacidade e de tomar suas próprias decisões pessoais e médicas. ▪Abandono É a ausência ou deserção dos responsáveis de prestarem cuidados ao idoso que necessite de proteção e assistência. ▪Violência institucional É aquela exercida nos/pelos próprios serviços públicos, por ação ou omissão. Pode incluir desde a dimensão mais ampla da falta de acesso à má qualidade dos serviços. Abrange abusos cometidos em virtude das relações de poder desiguais entre usuários (as) e profissionais dentro das instituições. Esse tipo de violência inclui: peregrinação ▪Na anamnese - deve-se realizar o levantamento das histórias clínica, social e familiar. Em algum momento, deve-se dispor de privacidade para entrevistar o idoso sem a presença de seu cuidador. - deve-se entrevistar o cuidador. É preciso dedicar atenção especial aos fatores de risco, além de alterações recentes de condições econômicas e sociais. Por apresentar uma grande importância, a história do trauma deve ser relatada minuciosamente. I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� ▪O exame físico - de preferência, ser realizado privativamente, sem a presença do cuidador. -inspeção cuidadosa da higiene, dos trajes e da condição nutricional do idoso. - Deve-se também observar a presença de hematomas, lesões cutâneas, cortes, queimaduras, traumas e fraturas em locais incomuns, bem como lesões de punho e calcanhares, que sugerem contenção ▪plano de intervenção deve considerar: ▪As condições físicas e mentais do idoso; ▪As condições sociais e familiares do idoso; ▪A interação entre o agressor e o idoso; ▪A frequência, a intensidade e o tipo de violência; ▪Outros fatores pertinentes ao caso em questão SEMANA 4: CUIDADOS COM O CUIDADOR ^ ▪Os sintomas de desgastes e stress podem aparecer da seguinte forma: -Sentimento de opressão ou preocupação excessiva, -Sentimentos de cansaço a maior parte do tempo; -Dormir demais ou dormir pouco; -Irritar-se facilmente; -Perder o interesse em atividades que gostava e sentia prazer em realizar; -Sentir-se triste, culpar-se de não conseguir reverter a doença do familiar; -Dores frequentes pelo corpo; -Abuso de medicamentos para aliviar os desgastes muitas vezes feitos de I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� forma aleatória sem a prescrição médica. ▪AVALIACÃO DA SOBRECARGA DOS CUIDADORES ESCALA DE ZARIT -Tem por objetivo avaliar a sobrecarga dos cuidadores de idosos. - Esta escala não deve ser realizada na presença do idoso. - A cada afirmativa o cuidador deve indicar a frequência que se sente em relação ao que foi perguntado (nunca, raramente, algumas vezes, frequentemente ou sempre). Não existem respostas certas ou erradas. O estresse dos cuidadores será indicado por altos escores. -A escala é composta de 22 questões. - As alternativas de resposta para cada item são: nunca (0 pontos), raramente (1 ponto), algumas vezes (2 pontos), muito frequentemente (3 pontos) ou sempre (4 pontos). -A pontuação total pode variar entre 0 e 88 pontos. I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� SEMANA 5: SARCOPENIA NO IDOSO FRAGIL ▪Sarcopenia é uma síndrome caracterizada por progressiva e generalizada perda de massa e função muscular com risco de eventos adversos como incapacidade física, perda da qualidade de vida e morte. ▪ A perda de massa muscular que ocorre durante o processo de envelhecimento não deve ser encarada como um problema que se inicia somente quando o indivíduo alcança a faixa etária avançada. ▪fatores de risco: a falta de atividade física, a baixa ingesta calórica e proteica, assim como modificações hormonais e alterações nos níveis de citocinas que ocorrem a partir do envelhecimento. ▪ Alterações no remodelamento do tecido muscular, perda de neurônios motoresalfa, além de alterações no recrutamento de células musculares e apoptose são mecanismos que contribuem para a patogênese da sarcopenia. ▪Fatores genéticos podem ter papel importante na explicação das diferenças entre força e desempenho muscular de cada indivíduo. ▪Classificação:primária ou secundária poder ser útil na prática clínica. ¤PRIMÁRIA: a quando não se encontra nenhuma causa identificável, além do próprio envelhecimento. I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� ¤SECUNDÁRIA: quando uma ou mais causas são evidentes. -Em muitos idosos a causa é multifatorial, tornando muito difícil a classificação da sarcopenia em primária ou secundária. O EWGSOP sugere três estágios para essa condição: ¤Pré-sarcopenia: é caracterizada por diminuição da massa muscular, sem impacto na força muscular ou no desempenho físico. -Esse estágio pode ser identificado somente por técnicas de medidas precisas da massa muscular em comparação a uma população padrão ¤Sarcopenia: é caracterizado por diminuição da massa muscular além de diminuição na força muscular ou no desempenho físico. ¤Sarcopenia grave: é identificada quando os três critérios estão presentes. O quadro clínico possui sinais inespecíficos: ▪instabilidade da marcha, fraqueza e lentidão para andar, quedas frequentes, perda de peso ou massa muscular, dificuldade para subir escadas, levantar da cadeira e carregar objetos pesados, dependência para as atividades de vida diária 1. Medida da força de preensão palmar: Pontos de corte: < 27Kg em homens < 16Kg em mulheres 2. Teste de levantar e sentar da cadeira 5 vezes: pontos de corte = >15 segundos. 3. Avaliação do desempenho físico: Teste de velocidade de marcha: Ponto de corte = ≤0,8m Timed get-up and go test (TUG): Ponto de corte = ≥20 segundos. Verifica a capacidade da pessoa de levantar-se da cadeira, andar 3 metros, retornar e sentar. ABORDAGEM TERAPEUTICA DA SARCOPENIA: 1. Atividade física: Treino físico resistido: halteres,pesos livres, bandas elásticas, peso corporal. Escolha de acordo com a preferência e metas do paciente. Supervisionado e individualizado. I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� 2. Dieta: Suplementação proteica: leucina e hidroximetilbutirato: 2g/dia = Ingestão proteico-calórica adequada + atividade física!! Suplementação de ácidos graxos Ômega-3: 2 a 3g/dia, Suplementação de vitamina D se houver deficiência da 25- hidroxivitamina D (< 20ng/mL) 3. Tratamento farmacológico: Não é recomendado como terapia de primeira linha!!! Evidência insuficiente para recomendar o uso de hormônios anabolizantes como testosterona e moduladores seletivos do receptor de andrógenos. Não há evidências que justifiquem o uso de outras drogas como hormônio do crescimento, anamorelina, anticorpos contra miostatina ou actina, perindopril e espindolol como tratamento de primeira linha Sín��om� do id��� f�ági� ▪o idoso dependente para as atividades de vida diária, com incapacidades graves, costuma ser frágil, mas o idoso frágil não necessariamente é dependente e incapaz, apesar de ter elevado risco de evoluir com perda de funcionalidade e dependência progressivas. Os fatores de risco para desenvolver a síndrome de fragilidade são: • Idade avançada; • Nível educacional baixo; • Tabagismo ativo; • Uso de terapia de reposição hormonal pós-menopausa; • Idoso não casado; • Déficit intelectual; • Depressão/uso de antidepressivos. -Além disso, a prevalência (nos EUA) é de 24% entre 90 e 94 anos, e de 39,9% a partir dos 95 anos. ▪ A síndrome da fragilidade do idoso é um estado de vulnerabilidade fisiológica relacionada à idade, resultante de reservas homeostáticas multissistêmicas comprometidas, e uma capacidade reduzida do organismo de resistir aos estressores ¤A síndrome da fragilidade é uma condição médica, com múltiplas causas e contribuintes, caracterizada pela diminuição da força, resistência e função I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� fisiológicas, que aumenta a vulnerabilidade do indivíduo a um estado de maior dependência, com elevado risco de morte. As manifestações clínicas consistem em: - Perda de peso não intencional; - Fraqueza muscular; - Fadiga; - Redução da velocidade da marcha; - Redução do nível de atividade física Padrão-ouro:Avaliação Geriátrica Ampla (AGA): ABORDAGEM TERAPÊUTICA DA SÍNDROME DA FRAGILIDADE: Dieta hiperproteica (manutenção e ganho de ganha massa magra) + atividade física. I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� SEMANA 6: QUEDA EM IDOSOS -Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia "Queda é o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial com incapacidade de correção em tempo hábil determinado por circunstâncias multifatoriais comprometendo a estabilidade PRINCIPAIS CAUSAS DE QUEDAS -Sistema visual, proprioceptivo e vestibular; -Condições clínicas e medicamentos,particularmente anticolinérgicos, sedativos e anti-hipertensivos); -Mobiliário; -Vias públicas • Relacionadas ao ambiente. • Fraqueza/distúrbios de equilíbrio e marcha. • Tontura/vertigem. •Alteração postural/hipotensão ortostática. • Lesão no SNC. • Síncope. • Redução da visão A avaliação da queda visa: a) Identificar a causa que levou a queda e tratá-la. b) Reconhecer fatores de risco para prevenir futuros eventos, implementando intervenções adequadas. ▪envolve aspectos biológicos, físico-funcionais, cognitivos e psicossociais. Devem ser levantados dados relacionados: • Ao contexto e mecanismo das quedas. • Às condições clínicas da pessoa idosa, considerando as doenças crônicas e agudas presentes. • A medicação em uso (prescritas ou automedicadas). ▪As principais complicações das quedas são lesões de partes moles, restrição prolongada ao leito, hospitalização, institucionalização, risco de doenças iatrogênicas, fraturas, hematoma subdural, incapacidade e morte I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� 》》FATORES DE RISCO Fatores Extrínsecos -relacionados aos comportamentos e atividades das pessoas idosas e ao meio ambiente. -Ambientes inseguros e mal iluminados, mal planejados e mal construídos, com barreiras arquitetônicas representam os principais fatores de risco para quedas Fatores Intrínsecos -decorrem das alterações fisiológicas relacionadas ao avançar da idade, da presença de doenças, de fatores psicológicos e de reações adversas de medicações em uso. -Podem ser citados: idosos com mais de 80 anos; sexo feminino; imobilidade; quedas precedentes; equilíbrio diminuído; marcha lenta e com passos curtos; baixa aptidão física; fraqueza muscular de MMII e MMSS (hand grip); alterações cognitivas; doença de Parkinson; polifarmácia; uso de sedativos, hipnóticos e ansioliticos Fatores Comportamentais ▪ uso múltiplo de medicamentos sem prescrição médica ▪uso excessivo de álcool ▪negação da fragilidade ▪sedentarismo -É recomendada a investigação do número de quedas ocorrido, eventos que a ocasionaram e as circunstâncias do ambiente no momento da sua ocorrência. -Fatores com potencial de produzir quedas devem ser investigados. Isto inclui uma avaliação da prescrição e estudo da possibilidade de medicações alternativas de menor risco, exame da visão, marcha, equilíbrio, I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� força e flexibilidade dos membros inferiores e revisão de outros problemas de saúde que podem influenciar. ▪Pode ser realizado alguns testes, como o Get up and go test em que se pede que o paciente se levante de uma cadeira com braços, caminhe por 3 metros, dê meia volta, caminhe e se sente na cadeira. - O teste pode ser cronometrado, verificando se o paciente, de acordo com o tempo gasto na realização da tarefa, é independente em atividades básicas de vida diária ou apresenta risco aumentado de quedas e dependência funcional. - Se der ≥14s, significa que o idoso possui tendência a quedas. AÇÕES PARA PREVENÇÃO 1- Orientar a pessoa idosa em relação aos riscos de quedas e suas consequências. 2- Avaliação geriátrica global, com medidas corretivas adequadas com enfoque: -Função cognitiva; -Estado psicológico; -Capacidade de viver só e executar as AVDs; -Condição econômica. 3- Avaliação anual: oftalmológica e da audição 4 -Avaliação Nutricional; 5- Redução de ingestão de bebidas alcoólicas; 6-Racionalização da prescrição de doses e combinações dos medicamentos. 7-Fisioterapia 8-Avaliar a existência de maus tratos e violência 9-Atividade Física: Caminhada; Dança; entre outras 10- Correção dos fatores ambientais modificáveis I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� ▪o diagnóstico de síndrome de fragilidade, devemos ter pelo menos três dos seguintes: • Perda de peso não intencional (≥5% no último ano); • Fraqueza muscular; • Fadiga; • Anorexia; • Percepção de exaustão; • Alterações da marcha e do equilíbrio (tempo para andar 4,5 metros > 6-7 segundos); • Inatividade física (gasto calórico semanal < 383 kcal para homens e <270 kcal para mulheres); processo de envelhecimento》 Idosos são eutróficos quando o IMC se encontra entre 22 e 27 Kg/m2. Fatores que contribuem para lesão na queda •Ausência de reflexos de proteção; • Densidade mineral óssea reduzida –osteoporose; • Desnutrição; Idade avançada; • Resistência e rigidez da superfície sobre a qual se cai; • Dificuldade para levantar após a queda. ▪Quedas com impacto direto sobre quadril e punho têm maior probabilidade de resultar em fraturas. Quando há uma superfície intermediária, por exemplo, uma cadeira,a probabilidade de ocorrer fratura diminui, bem como com aqueles que conseguem reduzir a energia da queda, segurando-se. I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� SEMANA 7 : NEUROPATIA PERIFÉRICA ▪As neuropatias periféricas referem-se aos processos patológicos situados no SNP, que incluem os nervos cranianos do III ao XII, as raízes espinais dorsais e ventrais, os gânglios das raízes dorsais, os nervos espinais, os gânglios e nervos autonômicos. ▪ As manifestações clínicas são variadas, com acometimento sensitivo, motor ou autonômico. ▪Existem diversas causas para as neuropatias periféricas: -Trauma; -Compressão; - Infecção; - Toxinas; -Efeitos adversos de medicamentos; -Distúrbios metabólicos; - Inflamatórios; - Hereditários; -Carenciais. ▪ aproximadamente 2 a 8% dos adultos sejam afetados pelas neuropatias periféricas, sendo a incidência crescente com o aumento da idade. ▪Nos países desenvolvidos, o diabetes e o alcoolismo são as causas mais comuns de neuropatia periférica entre os adultos. ▪No mundo todo, a hanseníase é a principal causa tratável, e o HIV é uma das causas com mais rápido crescimento. ▪Na atenção primária à saúde (APS), a neuropatia diabética é uma das neuropatias mais comuns. ▪As neuropatias periféricas podem ser classificadas de acordo com: 1. Apresentação clínica: Sensitivas; Motoras; Autonômicas; 2. Padrão anatômico: 》》Mononeurite: lesões de nervos ou raízes nervosas individuais; 》Mononeurite múltipla: acometimento de dois ou mais nervos, em geral, assimétricos e descontinuamente, simultâneo ou sequencial; 》Polineuropatia: resultam de processos patológicos generalizados, afetando vários nervos periféricos, frequentemente em padrão simétrico. 3. Sítio celular acometido: Corpo celular; Mielina; Axônio. 4. Padrão evolutivo: Agudo; Subagudo; Crônico; Remitente. I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� Anamnese ▪É importante avaliar a ocupação, uso regular de álcool, possíveis exposições a fármacos e a toxinas, HF de neuropatias, hábitos alimentares e fatores de risco para infecção pelo HIV. ▪ O paciente refere sensações estranhas e espontâneas, como dormência, formigamento, amortecimento, queimação, ardência, choques, picadas, dor (parestesias, disestesias, alodinia). ▪Queixas de sensibilidade diminuída compatível com hipoestesia, fraqueza muscular e cãibras também ocorrem. ▪Impotência, retenção urinária ou incontinência por transbordamento, diarreia ou constipação, diminuição da sudorese e hipotensão ortostática são sintomas comuns quando há acometimento dos nervos autonômicos. 》》Síndrome do túnel do carpo: mononeuropatia do nervo mediano de predomínio sensitivo e crônica. 》》Neuropatia hansênica: mononeuropatia múltipla, de predomínio sensitivo e crônica. 》》Neuropatia do diabetes: polineuropatia comprimento dependente, de predomínio sensitivo e crônica. ▪Início (súbito ou insidioso), evolução (aguda, subaguda ou crônica), impacto nasatividades da vida diária (AVDs). ▪Padrão da perda de força (distal, proximal, multifocal ou difusa) e da alteração de sensibilidade (simétrica, localizada, respeita dermátomo) Exame físico ¤O paciente pode apresentar diminuição da sensibilidade, fraqueza e atrofia musculares, diminuição dos reflexos e alterações tróficas da pele, se também houver acometimento de fibras autonômicas. ¤As polineuropatias sensitivas produzem diminuição da sensibilidade à vibração e à dor em um padrão luva-bota de distribuição. ¤Inicialmente afetam os nervos de maior comprimento, com sintomas iniciando pelos pés, e, quando atingem os joelhos, geralmente começa a haver comprometimento das mãos. ¤Dificuldade em localizar o polegar com o indicador oposto de olhos fechados e tremor irregular característico (pseudoatetose) dos dedos indica grande perda de fibras sensitivas nos MMSS. I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� ¤Nos MMII, a perda proprioceptiva pode gerar ataxia e aumento do polígono de sustentação, bem como positivar o teste de Romberg. 1. Sensibilidade térmica -Testar nas lesões e nas áreas suspeitas com tubos de ensaio de vidro, um contendo água fria/natural e no outro água aquecida. -Comparar com a pele sem alteração (região contralateral). 2. Sensibilidade dolorosa -Tocar na região a ser examinada com uma agulha ou alfinete, comparando com a pele sem alteração 3. Sensibilidade tátil -Tocar na região a ser examinada com um alfinete, comparando com a pele sem alteração. - Estímulo com instrumento leve e delicado menor que a lesão - Sugestões: algodão, ponta de um lápis e graveto - O instrumento padronizado par ao teste de sensibilidade tátil é o monofilamento VERDE. Ne�r��a��� di��éti�� ♧ O diabetes é a principal causa de polineuropatia e engloba diversas condições clínicas que têm em comum o acometimento do SNP causado pelo diabetes. ♧ No diabetes melito tipo 1 (DM1), tem apresentação tardia (mais de 5 anos de evolução), porém pode ser a primeira manifestação do DM tipo 2 (DM2). ♧A apresentação clínica pode variar entre uma polineuropatia sensitivo-motora simétrica, neuropatia autonômica, radiculopatia, acometimento de nervo craniano isolado (especialmente paralisia de III nervo) ou mononeuropatia múltipla. ♡Os sinais mais precoces desta condição são a diminuição da sensação do toque, temperatura, sensibilidade vibratória e propriocepção. ♧A simples associação entre diabetes e neuropatia não leva necessariamente ao diagnóstico de neuropatia diabética. ♡ É preciso cuidar outras causas de neuropatia e seguir a abordagem diagnóstica previamente apresentada. ♧ A possibilidade de neuropatia por deficiência de vitamina B12 deve ser considerada, uma vez que o uso de metformina pode precipitar essa deficiência. Pessoas com diabetes e quadro crônico de neuropatia de padrão desmielinizante na ENMG (o padrão da neuropatia diabética é axonal) devem ser referenciadas a atendimentoespecializado. ♧O primeiro passo do tratamento envolve o controle do diabetes. ♧deve ser instituído um tratamento para a dor neuropática, assim como cuidados ao pé diabético. Neuropatia alcoólica I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� ▪ A neuropatia induzida por álcool é uma importante causa de neuropatia periférica na prática clínica e pode acometer até metade dos pacientes alcoolistas crônicos. ▪ A apresentação clínica tem início insidioso e curso crônico de fraqueza muscular, dificuldade na marcha, cãibras e parestesias. Os MMII são mais acometidos do que os MMSS, padrão já esperado para uma polineuropatia. ▪Em casos avançados, a pessoa pode apresentar ataxia da marcha. ▪O principal mecanismo patológico é o déficit carencial, especialmente de tiamina, decorrente da baixa qualidade da dieta e do maior consumo desta vitamina no metabolismo do álcool. ▪ Também se considera que o álcool tenha um efeito tóxico direto. O manejo envolve a abstinência alcoólica, a reposição vitamínica e o tratamento sintomático Sín��om� de Gu�l��i�-ba��é ▪ A SGB não é uma condição frequente, mas merece atenção especial, devido à sua gravidade e à falta de reconhecimento inicial. ▪ É uma polineuropatia desmielinizante aguda imunomediada que provoca perda de força simétrica e diminuição de reflexos, com início nos MMII e progredindo para MMSS, músculos da respiração e face. ▪ A progressão se dá em poucos dias, geralmente até 4 semanas. ▪ Após a estabilização do quadro, a recuperação inicia entre 2 a 4 semanas e se prolonga por meses. Algumas pessoas podem permanecer com sequelas permanentes. ▪ A maioria dos pacientes refere episódio de infecção respiratória ou do trato gastrintestinal antes do início dos sintomas. ▪Pessoas com suspeita desta síndrome devem ser referenciadas para serviço de emergência, em que o diagnóstico poderá ser firmado, em geral com punção do LCS e ENMG. O tratamento consiste no uso de imunoglobulina ou plasmaférese. Monitorização em ambiente hospitalar é recomendada até a estabilização dos sintomas, pois os pacientes podem evoluir rapidamente para insuficiência respiratória SEMANA 8: SÍNDROME DEMENCIAIS -A demência é uma condição muito prevalente na população geriátrica, I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� sendo comum a presença de múltiplas comorbidades. -É preciso estabelecer a diferença entre demência, delirium e depressão, mas o diagnóstico etiológico nas demências primárias é menos importante. -As demências primárias não têm tratamento farmacológico estabelecido. Nesse caso, o cuidador é uma figura muito importante. -Alertas amarelos: relação com a família e rede social e organização do cuidado. -Alertas vermelhos: excesso de medicalização, causas tratáveis, presença de delirium ou sintomas psicóticos. ▪A demência ou transtorno neurocognitivo é a perda progressiva das funções cognitivas e emocionais de uma pessoa, com impacto em sua relação com o mundo, em geral, com prejuízo à sua qualidade de vida. -Caracteriza-se por distúrbios de memória associados a comprometimento do raciocínio lógico, da orientação espacial, da afetividade, da linguagem, das habilidades construtivas e de outras funções cognitivas, como capacidade de aprendizado, pensamento abstrato e julgamento. - É válido pensar em demência quando ocorrerem relatos de perdas de funções notáveis da pessoa, em geral pelos cuidadores ou familiares, ou com observações ao longo do acompanhamento pelo médico de família e comunidade. - É incomum que o paciente perceba e identifique a própria demência. A pessoa se queixa de perda da própria memória, que é um preditor de depressão, principalmente em conjunto com perda de atenção e sensação de piora na parte da manhã ▪Tipos de demências As demências são classificadas em reversíveis ou irreversíveis. Os tipos mais comuns de demências irreversíveis: I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� -A demência tem aumento progressivo da prevalência com o avançar da idade (1% aos 60 anos e 20% aos 85 anos), e a causa mais comum é a doença de Alzheimer, seguida da demência vascular. 1. Demências primárias ▪Doença de Alzheimer: Forma mista de demência de Alzheimer = demência vascular; ▪Degeneração lobar frontotemporal, -incluindo demência frontotemporal e doença de Pick; 1. Variante Comportamental: • Desinibição: gestos obscenos, comportamento social inadequado; • Apatia: perda de interesse por atividades sociais; • Hiperoralidade: aumento do desejo por carboidratos, consumo excessivo de alimentos, colocar objetos não comestíveis na boca; • Também podem estar presentes compulsão, perda de empatia, comprometimento na tomada de decisões, alterações do humor. • O surgimento ou piora súbita de sintomas podem sugerir um quadro de delirium ou dor. ▪Distúrbios parkinsonianos com demência: -Demência por corpos de Levy, doença de Parkinson; ▪Distúrbios motores não parkinsonianos com demência: -Doença de Huntington e outras. 2. Demências secundárias ▪Doenças psiquiátricas, especialmente depressão; ▪ Distúrbios tóxico-metabólicos: -Drogas: álcool e outras drogas recreacionais, medicamentos; -Tóxicos: metais pesados, organofosfatos e outros agentes industriais;- Anoxia; - Hipoglicemia; -Distúrbios gastrintestinais e hepáticos, incluindo encefalopatia hepática; I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� -Distúrbios renais: falência renal e demência dialítica; -Endocrinopatias: tireoide (incluindo encefalopatia de Hashimoto), paratireoide em suprarrenal e hipofisária; -Deficiência vitamínica: B12, tiamina, folato e niacina; -Distúrbios bioquímicos hereditários de início na idade adulta: leucoencefalopatia metacromática, doença de Kufs (lipofucinose, ceroide neuronal do adulto). -Doenças infecciosas: Aids, sífilis, doença de Lyme, meningites crônicas; -Doenças relacionadas aos príons, especialmente a de Creutzfeldt-Jakob -Neoplasias; -Outras: hidrocefalia de pressão normal, demência pós-traumática ou pugilística, esclerose múltipla e outras doenças desmielinizantes, epilepsia progressiva, sarcoidose do SNC, vasculites. Doença de Alzheimer (DA) É uma doença cerebral degenerativa primária, de etiologia pouco conhecida, com aspectos neuropatológicos e neuroquímicos característicos. -É a mais prevalente entre as diversas causas de demências. -Está associada a diversos fatores de risco, tais como: Hipertensão arterial, diabetes, processos isquêmicos cerebrais e dislipidemia. -Fatores genéticos são relevantes, pois além da idade a existência de um familiar próximo com demência é o único fator sistematicamente associado. -Escolaridade elevada e atividade intelectual intensa estão relacionadas com menor frequência de demência. -Ainda que não esteja claramente demonstrada, estimular os idosos a manter sua mente ativa pode ser uma medida profilática. É dividida em três estágios: 1. Fase inicial: -é caracterizada por sintomas vagos e difusos, que se desenvolvem insidiosamente sendo o comprometimento da memória o sintoma mais proeminente e precoce, em especial a memória recente. Com frequência, as pessoas acometidas perdem objetos pessoais (chaves, I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� carteira, óculos) e se esquecem dos alimentos em preparo no fogão. -Há desorientação progressiva em relação ao tempo e ao espaço. - Em alguns casos podem apresentar perda de concentração, desatenção, perda de iniciativa retraimento social, abandono dos passatempos, mudanças de humor (depressão) alterações de comportamento (explosões de raiva, ansiedade, irritabilidade e hiperatividade) e mais raramente idéias delirantes. 2. Fase intermediária: -caracteriza-se por deterioração mais acentuada dos déficits de memória e pelo acometimento de outros domínios da cognição, como afasia, agnosia, alterações visuoespaciais e visuoconstrutivas e apraxia. -Os distúrbios de linguagem inicialmente caracterizados pela dificuldade de nomeação, progridem, com dificuldade na escrita, empobrecimento de vocabulário, parafasias semânticas e fonêmicas, perseverações, perda de conteúdo e dificuldade de compreensão. -A capacidade de aprendizado, a memória remota, a capacidade em fazer cálculos, abstrações, resolver problemas, organizar, planejar e realizar tarefas em etapas são seriamente comprometidas. - O julgamento é alterado, perdendo a noção de riscos. -Essas alterações levam a um progressivo declínio funcional, hierárquico de AIVD para AVD. Pode ocorrer ainda agitação, perambulação, agressividade, questionamentos repetitivos, reações catastróficas, distúrbios do sono e a denominada “síndrome do entardecer”, ou seja, a ocorrência de confusão mental e alterações de comportamento, geralmente, próximos do horário do pôr do sol. 3. Fase avançada ou estágio terminal: -todas as funções cognitivas estão gravemente comprometidas com dificuldade para reconhecer pessoas e espaços familiares. -Tornam-se totalmente dependentes para as AVD. -Acentuam-se as alterações de linguagem, podendo ocorrer drástica redução da fluência levando o paciente a comunicarem-se por meio de ecolalias, vocalizações inarticuladas, sons incompreensíveis e jargões semânticos, até alcançarem o mutismo. -Na fase final, geralmente, estão acamados e incontinentes e normalmente acabam falecendo por alguma complicação da síndrome da imobilidade Demência vascular I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� -A demência vascular não é uma doença, mas sim, um grupo heterogêneo de síndromes com vários mecanismos vasculares e mudanças cerebrais relacionados a diferentes causas e manifestações clínicas. -É o 2° tipo mais prevalente de demência. -referindo-se a qualquer demência causada por doença cerebrovascular. - É comumente utilizado para descrever os efeitos de grandes lesões tromboembólicas, mas possui outras etiologias. -O quadro clínico clássico é caracterizado por início abrupto, relacionado a um AVC ou a um ataque isquêmico transitório, com deterioração seletiva, podendo haver estabilidade, melhora ou piora progressivas, curso gradualmente deteriorante, geralmente, de caráter flutuante ou com deterioração em degraus. - também apresenta hipertensão arterial, diabetes, coronariopatias e outras manifestações de aterosclerose difusa. - A ocorrência de sinais e/ou sintomas neurológicos focais contribui de maneira importante para o diagnóstico de demência vascular. A apresentação clínica da demência vascular sendo sinais de estabelecimento abrupto, deterioração por etapas, evolução flutuante e labilidade funcional 》》Diagnóstico clínico -O diagnóstico de demência é essencialmente clínico, mas pode ser dificultado pela presença de múltiplas comorbidades. -Demência, para fins diagnósticos, é uma síndrome caracterizada pelo comprometimento de múltiplas funções corticais superiores -O comprometimento das funções cognitivas é usualmente acompanhado e, às vezes, antecedido por alterações psicológicas, do comportamento e da personalidade. -Para o diagnóstico é essencial que tais déficits causem significativo comprometimento das atividades profissionais, ocupacionais e sociais do indivíduo e representem declínio significativo com relação aos níveis prévios de funcionamento. Manifestações da Demência 1. Cognitivas (Neuropsicológicas) – Amnesia, afasia, apaxia, agonia 2. Comportamentais (Neuropsiquiátricas) – I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� Sintomas psicológicos e comportamentais, agitação, delírio, alucinações, depressão. 3. Atividades – Socioprofissionais, instrumentais, básicas 4. Apatia – Isolamento, desmotivação, perda de interesse 5. Agressão – Física, verbal, resistência agressiva 6. Agitação psicomotora – Andar sem objetivo (deambular), andar atrás de outros, inquietação, repetição de atos diversos, vestir e despir, perturbações do sono 7. Psicose – Alucinações, delírios, falsas identificações. 8. Depressão – Tristeza, choro fácil, desespero, baixa autoestima, ansiedade, culpabilidade. O idoso com um possível transtorno da memória deve ser submetido a uma investigação clínica e cognitiva. Essa última pode consistir no Mini Exame do Estado Mental (MEEM), que pode ser realizado por profissionais de saúde treinados Lembrar que o Minimental se baseia em: orientação, atenção e cálculo, memória e linguagem. • Pontuação de 0 a 30 • Abaixo de 24 quadro demencial • Paciente com escolaridade elevada usa 28 • Paciente analfabeto usa 18 • Normal acima de 27 • Se menos de 4 anos de escolaridade usa 17 em vez de 24 Diagnósticos diferenciais: ▪Depressão, transtorno psicótico de início tardio e delirium. - A depressão pode estar presente em até metade dos quadros iniciais de demência, principalmente DA. - A ocorrência do delirium, confusão mental aguda, geralmente, por causa orgânica ou medicamentosa, denota uma fragilidade cerebral e, muitas vezes, é a manifestação inicial de um I�S� V / IS����LA AF���� DE SO��� quadro de demência, principalmente DA. ▪O tratamento - específico para a DA visa diminuir a progressão da doença e retardar ou minimizar os sintomas comportamentais das pessoas, que, apesar do tratamento, irão piorar progressivamente, portanto, é de fundamental importância orientar e dar apoio aos familiares da pessoa. O haloperidol é o medicamento mais estudado e mais facilmente disponível na rede pública. Os antipsicóticos atípicos têmmelhor perfil de efeitos colaterais, preferencialmente a risperidona ou a olanzapina. Os benzodiazepínicos não melhoram o sono interrompido e estão associados a muitos efeitos adversos. Os anti-histamínicos podem ser fatores desencadeantes de piora. Os anticonvulsivantes, antipsicóticos típicos sedativos ou os outros atípicos não trazem benefícios, ou os efeitos adversos superam esses benefícios. Os antidepressivos (ADTs) são úteis nas depressões associadas, principalmente o citalopram. São preferíveis os inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS), devendo-se evitar os tricíclicos. ▪O trabalho multidisciplinar traz benefício para a família, pois amplia o cuidado e diminui a sobrecarga dos cuidadores. Outras Questões I�S� V / IS����LA AF���� DE SO���
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