Febre aftosa

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FEBRE AFTOSA
Familia Picornaviridae
Doença da lista A. Tem grande importância internacional devido a sua rápida disseminação.
Tem 7 sorotipos A, O, C, SAT1, SAT2, SAT3, ASIA1. A infecção com um sorotipo não confere imunidade para os outros. (no Brasil tipo A)
Epidemiologia:
Bovinos, Ovinos, Caprinos, Suínos, Búfalos e animais silvestres.
Os vírus são eliminados nas secreções e excreções de animais infectados, inicia-se ainda no período de incubação, cerca de 24h antes do aparecimento dos sinais clínicos.
Via de transmissão:
Por contato direto na pele lesionada ou com a saliva, aerossóis (inalação), transporte mecânico, fômites e produto animal (ingestão) (carne, resto de carcaça, leite, sêmen ou embriões.)
Após a morte vírus ainda fica na carcaça e na medula óssea. (bovino – 3anos/ ovinos- vários meses/ búfalos – 5anos)
Patogênese nos BOVINOS:
A replicação primaria ocorre nos tecidos linfáticos e mucosa da faringe.
A viremia ocorre logo após a infecção primaria, posteriormente a replicação nos linfonodos, glândulas mamarias e outro órgãos, como nas células epiteliais da boca, focinho, tetos e espaço interdigital.
Período de encubação: 2 a 4 dias 
Após a penetração no epitélio, quase sempre do trato respiratório, o vírus da FA se replica e forma uma afta primária, que passa desapercebida no exame clínico.
Deste ponto de entrada, o vírus invade a corrente sanguínea e leva a viremia coincidente com o estado febril – primeiro sinal observado.
Após o período febril de 1 a 2 dias, aparecem as aftas secundárias na boca, espaços interdigitais, patas, mamas e outros locais de pele fina.
Sinais clínicos:
- Formação de vesículas no local de replicação viral
- Vesículas secundárias na boca e espaços interdigitais
- FEBRE
- QUEDA NA PRODUÇÃO DE LEITE
- Sialorréia, apatia, inapetência, calafrios, manqueira
- Lesões úmidas, dolorosas e avermelhadas
- ESTALOS característicos na boca
- Crostas nos pés
Infecções secundárias: miiases, laminite, mastite.
- BOVINOS PODEM PERDER OS CASCOS
Necrópsia bovinos: lesões rumem e miocárdio 
Sinais clínicos nos SUINOS:
A primeira manifestação é a claudicação. 
A lesão ungular(PODAL) se inicia com manchas roxas na parte anterior dos coxins, alguns apresentam perda dos cascos e intensa inflamação ao redor das unhas.
O andar de joelhos e bastante característico.
Os animais ficam deitados e tem muita dificuldade em se alimentar. 
Podem aparecer aftas na boca.
Sinais clínicos nos OVINOS E CAPRINOS
Em geral a FA é muito mais leve e benigna nestas espécies do que em bovinos.
As aftas na boca podem ser pequenas e passar desapercebidas, porém há lesões nos pés e aparecem no exame clínico, inclusive as claudicações.
FEBRE
CLAUDICAÇÃO
DISSEMINAÇÃO RÁPIDA
Diagnóstico:
O principal diagnóstico diferencial da FA é a estomatite vesicular (BOVINOS E SUÍNOS)
REQUER CONFIRMAÇÃO LABORATORIAL
SOROLÓGICO: ELISA, TESTE DE FIXAÇÃO DE COMPLEMENTO
O teste preferencial é o ELISA em forma de kit.
PCR
ISOLAMENTO VIRAL – células primarias de tireóide ou rim bovino
Inoculação intraperitoneal de ratos lactentes ou cultivos celulares – isolamento do vírus (OMS).
CONFIRMAÇÃO EM ANIMAIS NÃO VACINADOS – ELISA OU VIRUS NEUTRALIZAÇÃO
Controle:
A) proibir a introdução de animais suscetíveis, produtos de origem animais ou qualquer outro produto contaminado provenientes de países onde a FA é ativa;
B) implantar vigilância epidemiológica em portos, quarentena, sistema de notificação com laboratórios equipados para um rápido diagnóstico;
C) prover recursos humanos e econômicos para inibir qualquer emergência
D) lacrar os estabelecimentos contaminados e sacrificar todos os animais enfermos ou expostos
E) em locais infectados, os programas governamentais devem incidir na vacinação obrigatória de bovinos até que as áreas sejam declaradas livres da FA.
Dentro dos programas devem incluir o tratamento adequado dos focos, das áreas perifocais, fiscalização do transporte de animais e seus produtos além da desinfecção de veículos e materiais.
USO DE LUVAS
PASTEURIZAÇÃO DO LEITE.
 ABATE DOS ANIMAIS