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Doença de Aujeszky

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Se acontecer do 30º dia haverá morte embrionária e
reabsorção dos embriões, consequentemente retornam ao
cio ou nascimento de leitegadas pequenas
Infecção após este período normalmente 50% das fêmeas
abortam ou dão origem a fetos macerados, mumificados,
natimortos, fracos ou até mesmo nascerem normais.
Leitões que nascem normais podem ainda ser infectados
pelo leite materno ou pela secreção das via respiratórias 
Patogenia
Patogenicidade variável, dependendo da idade do suíno, da cepa
do vírus, da inoculação e rota da infecção
Via de infecção mais frequente: nasofaringeana por contato
direto com animais doentes ou portadores.
Via Transplacentaria: pode afetar o embrião em qualquer fase do
desenvolvimento.
Contato indireto: materiais infectantes, fômites...
Contato direto: Após a inalação por aerossol, o vírus replica nas
células das mucosas oro-nasais e, amídalas e pulmões, podendo
ocorrer viremia.
O vírus dirige-se aos gânglios pela via linfática atinge o SNC,
pelos nervos olfativos em direção ao bulbo olfativo e aos nervos
glossofaríngeos, em direção a medula e do bulbo raquidiano.
Ao atingir o snc o vírus dissemina-se de forma centrífuga para os
demais órgãos, caso o suíno sobreviva à infecção, o vírus
permanece latente, ou seja, animal com o vírus que só se
manifesta no momento em que tiver alguma situação de estresse
ou favorável para o desenvolvimento 
Aladar Aujeszky foi o primeiro pesquisador que considerou como
uma entidade clínico-patológica especifica em cães e gatos. 
Nos EUA, desde 1913 já era conhecida sendo descrita em bovinos
e relacionada em diferentes espécies 
No Brasil foi descrita pela primeira veze m 1912
Herpesvírus porcino tipo I (VDA) da família Herpesviridae
Vírus com DNA com envelope, isso significa que ele é sensível.
Espécie suína é considerada reservatório natural e responsável
pela manutenção da doença.
Outras espécies são hospedeiros finais e exercem um papel
secundário da disseminação da enfermidade 
Doença de Aujeszky 
 Doença causada pelo mesmo vírus da peste bovina (herpesvírus), é
uma doença viral extremamente perigosa. Conhecida como pseudo-
raiva, ela é caracterizada por lesões neurológicas graves e pode servir
como reservatório para outras espécies. Embora tenha um ciclo
completo em suínos, é incompleto em outras espécies.
 A doença tem um alto índice de mortalidade e morbidade entre os
leitões, o que a torna ainda mais preocupante. É uma doença de
notificação obrigatória devido as perdas que causa e suas
consequências no comércio. Além disso, a presença da doença pode
levar ao cancelamento das exportações, resultando em prejuízos
econômicos tanto para o produtor quanto para o comércio.
Epidemiologia
Etiologia
A vantagem do patógeno de ter vários hospedeiros diferentes é ter
uma estabilidade e resistência, pois quanto maior a variabilidade dele,
mais facilmente ele vai se adaptar em outros indivíduos, isso é a
diversidade antigênica 
Sensível aos desinfetantes comuns: principalmente cloro e
formaldeído, nas concentrações usuais e amônia quaternária na
concentração de 0,5%, em pH alcalino. Soda cáustica a 1% só será
efetiva com tempo superior a 6hrs.
Favorecem o vírus: umidade relativa do ar baixa, presença de
coloides, tecidos e soluções proteicas. 
Desaforáveis: temperatura e umidade elevadas, radiações
ultravioletas, pH ácido e presença de enzimas proteolíticas
Não sobrevive por muito tempo no meio ambiente e em matéria seca.
Sensível à luz solar, éter e clorofórmio
Eduarda Riboli - Medicina Veterinária
Lesões mais comuns relacionadas ao SNC e mucosa nasal
Animais jovens tem sinais neurológicos com mortalidade
Animais adultos tem febre, aborto, reabsorção fetal, dificuldade
respiratória e vômitos
Problemas reprodutivos
Paralisia dos membros posteriores é evidência epidemiológica
da ocorrência da doença de Aujeszky
A infecção latente pode ocorrer em vacinados, a vacinação não
impede infecções com o vírus de campo, nem o estabelecimento de
latência. uma infecção latente que provavelmente permanece no
suíno por toda sua vida. 
A reativação do vírus sob forma latente, pode ocorrer diversas
semanas, meses, ou anos após a infecção inicial. A reativação
pode desencadear o quadro clínico e propiciar a eliminação de
vírus. Em situações de baixa imunidade, em condições
estressantes, outras doenças, parto, trocas na dieta, condições
extremas e variações de temperatura e umidade
Infecção aguda: vírus se multiplicando e é eliminado em grandes
concentrações durante 10-15 dias
Sinais Clínicos 
Leitões até 3 semanas: Febre. dispneia, descarga oral e nasal,
vômito, diarreia, tremores, ataxia e convulsões -> Morte (encefalite)
em 1-2 dias (letalidade e mortalidade 100%)
Leitões após 3 semanas: mesmos sintomas -> morte 3-8 dias
(mortalidade 5%) se sobreviver tem perda de visão
Ruminantes: Prurido, anorexia, salivação, agressividade,
incoordenação, convulsão, coma e morte
Cães e gatos: mesmos sintomas do ruminante
Historia
Sinais Clínicos
Exames laboratoriais: amídalas, cérebro e cerebelo para
realização do diagnóstico virológico (fragmentos devem ser
resfriados e enviados ao laboratório em isopor com gelo)
Peste suína
Gastroenterite transmissível
Polioencefalomielite
Intoxicação por NaCl (sal)
Raiva
Salmonelose, Colibacilose
Meningite estreptocócica e encefalite em geral
Doenças que cursam com alterações reprodutivas
Terapia de apoio e cuidados auxiliares
Medicas profiláticas
Uso de vacinas reduz as manifestações clínicas da doença e
diminui as perdas ocasionadas, mas não impede a infecção
do vírus, portanto será necessário conviver com a doença
Diagnóstico
Diagnóstico definitivo
Diagnóstico Diferencial
Tratamento
Eduarda Riboli - Medicina Veterinária
Vacinação somente dos cachaços a cada seis meses
Fêmeas reprodutoras: 15 a 25 dias antes de cada parto
Primovacinadas: primeira dose 30 dias antes da cobertura
Leitões não vacinados, recebem imunização passiva que pode
durar até a 1ª semana de vida
Se o objetivo da vacinação for de diminuir a infecção, deve-se
também vacinar duas vezes os leitões entre a 13ª e 14ª semana
Vacinação não previne infecções latentes*
Prevenção
 Esquema de vacinação recomendado:
 A vacinação só será autorizada após a notificação da doença e a
confirmação através de diagnósticos laboratoriais (ELISA), ou a
propriedade estar sob risco de ser infectada...
 Desinfecção com amônio quaternário.
 O método mais indicado, que apresenta melhores resultados é o
sacrifício de todos os animais da granja, desinfecção rigorosa, vazio
sanitário e repovoamento com suínos sadios
 É um método caro, mas só é indicado especialmente quando a
doença é de introdução recente e poucas propriedades afetadas
 Animais silvestres aparecem sem significação na disseminação da
doença, apenas como vetores mecânicos
 A infeção de bovinos, ovinos e caprinos originária de suínos
infectados é incomum (somente se tiver contato direto)
Eduarda Riboli - Medicina Veterinária

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