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Disciplina Laboratório de Físico-Química Curso de Química Industrial – UFPE Professor: Luciano Costa Almeida CINÉTICA QUÍMICA Fábio, Gabriel, Maria Eduarda, Samyra Letícia Departamento de Engenharia Química, Curso de Química Industrial, Universidade Federal de Pernambuco,Recife, Brasil Data da prática: 04/08/2022 Data de entrega do relatório: 18/08/2022 Resumo Este experimento teve como objetivo determinar a ordem de uma reação a partir do método das concentrações em excesso, tendo em vista alguns aspectos fundamentais da cinética química de forma prática e matematicamente, ou seja, analisando os fatores que influenciam na velocidade das reações e o efeito da concentração dos reagentes. Palavras chaves: Cinética; Velocidade; Sumário Resumo 1 Introdução 1 Metodologia 1 Resultados e Discussão 2 Conclusão 3 Referências 3 Questões 4 Introdução A cinética química é um ramo da química que estuda a velocidade das reações e é dada pelo consumo de reagente ou formação de produtos em um intervalo de tempo. Para o seu estudo, é necessário ter conhecimento sobre a teoria das colisões, que é fundamental para o entendimento dos fatores que influenciam a velocidade de uma reação [1] e a lei de velocidade, que está diretamente ligada à taxa de desenvolvimento das reações. [2] A teoria das colisões explica a rapidez com que ocorrem as reações baseando-se na colisão entre as moléculas dos reagentes. Segundo esta teoria, as partículas das moléculas estão em movimento constante e colidem sempre entre si. Entretanto, somente uma pequena parcela dessas colisões será efetiva e formará uma reação química. A lei de velocidade da reação relaciona a rapidez de uma transformação química com as concentrações dos reagentes em quantidade de matéria. Primeiramente, a ordem de reação é definida como a relação matemática presente entre a velocidade da reação e a concentração dos reagentes, sendo o somatório dos expoentes das concentrações na lei. Esta lei pode ser aplicada numa reação genérica, como: aA + bB → cC + dD 1 Disciplina Laboratório de Físico-Química Curso de Química Industrial – UFPE Professor: Luciano Costa Almeida E, a partir dela, temos a seguinte equação matemática que representa a lei da velocidade da reação: [3] V=k.[A]α.[B]β Onde: v = velocidade da reação; k = constante que só depende do valor da temperatura; α e β = expoentes determinados experimentalmente. Metodologia Para esse procedimento foram utilizados os seguintes materiais: - 500 mL de Água destilada; - 50 mL de Ácido Sulfúrico (H2SO4) na concentração pré determinada de 1,5; - 100 mL de Iodeto de Potássio (KI) 1,0 M; - 50 mL de Solução de amido 0,5 %; - 30 mL de Solução de H2O2 ( 3,4 %); - 300 mL de Tiossulfato de Sódio (Na2S2O3) 0,1 M; - Agitador magnético; - Balão volumétrico de 500 mL; - Bastão de vidro; - Béquer de 250 mL; - Buretas de 50 mL; - Chapa aquecedora com agitação; - Cronômetro (smartphone); - Estante com tubos de ensaio (10); - Pipeta de 20 mL; - Pipeta de 5 mL; - Proveta estandardizada de 100 mL; - Termômetro (0 – 100 0C). Após coletados e organizados os materiais necessários foi dado início ao procedimento. Foi colocado numa bureta solução de tiossulfato de sódio a 0,1 M. Após isso foram preparados 10 tubos de ensaio com 5 ml de tiossulfato de sódio com auxílio da bureta. Em seguida foi colocado um béquer sob uma chapa aquecedora com agitação e depois adicionado 150 mL de água destilada, logo após foi colocado o agitador magnético e iniciado o processo de agitamento. Depois de iniciado o processo de agitação foi colocado dentro do béquer 20 mL de KI a 1M, 10 mL de H2SO4 a 1,5M, 10 mL de Na2S2O3 0,1 M e 5 mL da solução de amido a 0,5%. Com todos esses reagentes dentro do béquer a solução teve sua temperatura medida. Após isso foi colocado dentro do béquer 20 mL de H2O2 padronizado e disparado o cronômetro no celular. Após um tempo a agitação se tornou turva e em seguida, rapidamente, verde escuro, a cada troca de cor foram adicionados 5 ml de tiossulfato dos tubos de ensaio e anotado o tempo. Esse processo de adicionar 5 ml de tiossulfato a solução ocorreu 20 vezes. Resultados e Discussão Tendo sido elaborado todos os procedimentos experimentais, pode-se obter os seguintes resultados. Foram feitos 20 imersos do Tiossulfato de sódio, e os tempos estão expressos na tabela 1. Amostra Tempo (s) 1 10,2 2 6,61 3 7,09 4 7,89 5 9,55 6 9,56 7 10,59 8 10,78 9 12,02 10 11 12 13 14 12,20 13,37 14,02 15,49 17,46 15 16 17 18 19 20 17,44 17,43 18,32 19,55 20,47 35,12 2 Disciplina Laboratório de Físico-Química Curso de Química Industrial – UFPE Professor: Luciano Costa Almeida Tabela 1: tempos de acordo que foram colocados os 5 mililitros de tiossulfato. Para calcular o número de mols de H2O2, é necessário utilizar a equação de KI e H2O2. 100 * 10−3 * 1 = 0, 1 𝑚𝑜𝑙𝑠 * 2 = 0, 2 𝑚𝑜𝑙𝑠 Após isso, pode-se utilizar a fórmula de H2O2 para todos os tempos calculados, e estão expressos na tabela 2. [𝐻 2 𝑂 2 ] 𝑛𝐻2𝑂2−[𝑀𝑡𝑖𝑜*𝑉𝑡𝑖𝑜(𝑎𝑑𝑖𝑐𝑖𝑜)* 𝑖2 ] 𝑉𝑎𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑉𝑎𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 𝑉𝑖 + 0, 005 * 𝑖 O volume inicial é igual a 5ml, a molaridade de tiossulfato é equivalente a 1 mol/L, o volume de tiossulfato adicionado sempre será 5ml, e o acumulado é calculado de acordo com o tempo. Tempo [H2O2] Log [H2O2] 1 / [H2O2] 10,2 3,12 0,49 0,32 6,61 4,82 0,68 0,21 7,09 4,51 0,65 0,22 7,89 4,06 0,61 0,25 9,55 3,34 0,52 0,29 9,56 3,34 0,52 0,29 10,59 2,99 0,48 0,33 10,78 2,94 0,47 0,34 12,02 2,61 0,42 0,38 12,20 13,37 14,02 15,49 17,46 2,57 2,32 2,19 1,96 1,69 0,41 0,37 0,34 0,29 0,23 0,39 0,43 0,46 0,51 0,59 17,44 17,43 18,32 19,55 20,47 35,12 1,70 1,70 1,60 1,47 1,39 0,62 0,23 0,23 0,20 0,17 0,14 -0,21 0,58 0,58 0,63 0,68 0,72 1,61 Tabela 2: concentrações de H2O2 e seus respectivos logaritmos e o inverso das concentrações. A figura 1 e a figura 2 expressam ambos os gráficos solicitados. Figura 1: Gráfico Log H2O2 vs Tempo Figura 2: Gráfico 1/H2O2 vs Tempo Através da interpretação dos gráficos, pode-se analisar que esta equação é de 1 º ordem pois tem uma tendência de crescimento exponencial, característico da função. Já a constante cinética desta reação química, é calculada através da derivada da concentração pelo tempo e a concentração em si, encontrando um valor de 0,078 para a constante k. Sendo assim, pode-se concluir que o experimento foi realizado de maneira correta e seguindo o procedimento experimental. Conclusão Por meio dos procedimentos realizados no experimento em questão, foi determinada a ordem de reação e a constante cinética mediante cálculos. 3 Disciplina Laboratório de Físico-Química Curso de Química Industrial – UFPE Professor: Luciano Costa Almeida Conforme os cálculos, os resultados consistem na construção de um gráfico, onde relacionam-se a concentração de H2O2 e tempo. Dessa forma, notou-se de forma clara a influência da velocidade de adição do Peróxido de Hidrogênio e que erros provenientes do delay desse processo, interferem fortemente nos resultados. Como no processo experimental, houve uma certa demora ao colocar o H2O2 e, por ser um processo manual, também não existiu um padrão satisfatório no procedimento. Seguindo tal raciocínio, conclui-se que a reação é de primeira ordem e que a constante cinética é 0,078. Referências [1] MIDORI, E. et al. Aula 14. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalag o/14443730102012Quimica_I_Aula_14.pdf>. [2] APOSTILA DE CINÉTICA QUÍMICA EADQUI047. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://www2.ufjf.br/quimicaead/wp-content/u ploads/sites/224/2013/03/APOSTILA-DE-CIN%C3 %89TICA-QU%C3%8DMICA_EADQUI047.pdf>. [3] FQT_ModVI: LEI DA VELOCIDADE. Disponível em: <https://aedmoodle.ufpa.br/mod/forum/discuss. php?d=100375>. Acesso em: 15 ago. 2022. 4
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