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Unidade 5 - Sistemas de Gestão, Certificação e Auditoria Ambiental da Série

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Prévia do material em texto

Certificações e 
Auditoria Ambiental
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Carlos Eduardo Martins
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Sistemas de Gestão, Certificação e Auditoria Ambiental da Série 
ISO 14000 no Brasil
5
• Introdução
• O Brasil na International Organization for Standardization (ISO)
 · Tratar sobre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e sobre o Instituto 
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), suas 
estruturas de funcionamento, influências na sociedade brasileira e internacional, 
bem como analisar suas atribuições e finalidades.
Caro(a) aluno(a),
Nesta Unidade, em que trataremos dos sistemas de gestão, certificação e auditoria ambiental 
da série ISO 14000 no Brasil, você terá acesso a diversos recursos.
Fique atento(a) aos prazos das atividades que serão colocados neste Ambiente Virtual de 
Aprendizagem (AVA) Blackboard.
Sempre que possível, recorra à videoaula e à apresentação narrada para esclarecer 
eventuais dúvidas sobre o conteúdo textual.
Participe do fórum de discussão proposto.
Em seu tempo livre, procure pesquisar as fontes relacionadas no material complementar.
Além disso, tente pesquisar o máximo que puder sobre sistemas de gestão, certificação e 
auditoria ambiental da série ISO 14000 no Brasil. Há inúmeros conteúdos na internet que 
são úteis ao seu estudo e à sua formação profissional.
Sistemas de Gestão, Certificação e Auditoria 
Ambiental da Série ISO 14000 no Brasil
6
Unidade: Sistemas de Gestão, Certificação e Auditoria Ambiental da Série ISO 14000 no Brasil
Contextualização
Para iniciar as discussões desta Unidade, leia o debate “Normalização”, o 
processo de elaboração das normas técnicas brasileiras é eficiente?, entre 
Luiz K. Tomiyoshi, José Sebastião Viel e Marco A. Bucciarelli Roque, disponível em: 
http://goo.gl/xvIil3.
7
Introdução
Desde meados do século XX o Brasil se envolve com as tendências para a normalização dos 
processos socioeconômicos, não apenas com objetivos especificamente voltados à melhoria 
na qualidade e segurança dos produtos, mas também, e desde a década de 1950, na melhoria 
da qualidade ambiental.
O Brasil na International Organization for Standardization (ISO)
O Brasil participa ativamente da ISO desde a fundação dessa instituição, em 1946, por meio 
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), instituição privada, sem fins lucrativos 
desde a sua criação.
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
Fundada em 1940, a ABNT é a instituição responsável pela normalização técnica no 
Brasil. Além da ISO, por força das relações comerciais e políticas tanto com os países do 
Continente, quanto com os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul), a ABNT também 
é vinculada à Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas (Copant) e à Associação 
Mercosul de Normalização (AMN). Além dessas, a ABNT também faz parte da International 
Electrotechnical Commission (IEC) – Comissão Eletrotécnica Internacional. 
O que é a Normatização?
Trata-se da fixação de padrões para garantir a qualidade industrial, a racionalização da 
produção, o transporte e o consumo de bens, a segurança das pessoas e a proteção do meio 
ambiente. A normalização também pode ser entendida como o processo de aplicação de 
procedimentos que, ao se tornarem eficazes em relação aos demais, são adotados como padrão 
ou norma, isto é, podem ser repetidos pelas mais diversas organizações com vistas à melhoria 
de seus processos, tanto no que diz respeito à comunicação entre produtores e consumidores, 
quanto na diminuição dos conflitos entre os diversos mercados nos diferentes países.
A normalização é, assim, o processo de formulação e aplicação de regras 
para a solução ou prevenção de problemas, com a cooperação de todos os 
interessados, e, em particular, para a promoção da economia global. No 
estabelecimento dessas regras recorre-se à tecnologia como o instrumento 
para estabelecer, de forma objetiva e neutra, as condições que possibilitem 
que o produto, projeto, processo, sistema, pessoa, bem ou serviço atendam 
às finalidades a que se destinam, sem se esquecer dos aspectos de segurança 
(Fonte: http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-que-e/o-que-e).
8
Unidade: Sistemas de Gestão, Certificação e Auditoria Ambiental da Série ISO 14000 no Brasil
O que é uma Norma?
O produto da normalização é o que podemos chamar de norma, definida pela ABNT como
[...] documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo 
reconhecido, que fornece regras, diretrizes ou características mínimas para 
atividades ou para seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de 
ordenação em um dado contexto. A norma é, por princípio, de uso voluntário, 
mas quase sempre é usada por representar o consenso sobre o estado da 
arte de determinado assunto, obtido entre especialistas das partes interessadas 
(Fonte: http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-que-e/o-que-e). 
O esquema da Figura 1 mostra com maior clareza que os objetivos das normas estão 
voltados à melhoria contínua dos processos decorrentes das atividades humanas:
Figura 1 – Objetivos das normas segundo a ABNT
Fonte: Adaptado de ABNT. Disponível em: http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-que-e/objetivos
9
Os objetivos das Normas
Do ponto de vista de seus objetivos, as normas podem ser entendidas, segundo a ABNT, como
[...] o estabelecimento de soluções, por consenso das partes interessadas, para 
assuntos que têm caráter repetitivo, tornando-se uma ferramenta poderosa na 
autodisciplina dos agentes ativos dos mercados, ao simplificar os assuntos, e 
evidenciando ao legislador se é necessária regulamentação específica em matérias 
não cobertas por normas (Fonte: http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-que-e/objetivos).
Embora pareçam, as normas não são leis, mas procedimentos que tornam os produtos e 
serviços padronizados. É claro que é plenamente possível que produtos e serviços não sigam 
normas quando essas não são uma exigência legal. Entretanto, deve-se ter em vista que os 
direitos e expectativas do consumidor quanto à “[...] qualidade, segurança, confiabilidade, 
eficiência, intercambiabilidade, bem como respeito ambiental”1 dos produtos, serviços e 
responsabilidades socioambientais das organizações dificultam a vida das empresas que não se 
enquadram em tais normas. 
Quando se pensa nas expectativas que temos em relação aos produtos e serviços, 
pressupomos normas e padrões, isto é, quando compramos roscas e parafusos no mercado, 
é difícil imaginar que um não encaixe com o outro na fixação de nossos utensílios domésticos. 
Da mesma forma, só de olhar para os símbolos estampados nas embalagens dos produtos, 
sabemos se esses são seguros ao manuseio das crianças, mesmo que não saibamos “ler” a 
língua do país onde foi produzido.
As normas e o Direito do Consumidor
Daí o porquê de muitas organizações adotarem voluntariamente as normas para que seus 
produtos se “encaixem” de forma mais rápida e facilmente nos mercados. Se de um lado, 
há os casos de produtos e serviços não normalizados, há também a contrapartida do Estado 
em proteger os seus cidadãos dos serviços e produtos que não atendem às suas expectativas. 
No Brasil, temos o Código de Defesa do Consumidor disposto na Lei n.º 8.078, de 11 de 
setembro de 1990, ou Política Nacional de Relações de Consumo (PNRC), que estabelece 
normas de proteção e defesa do consumidor.
A PNRC tem por princípios:
[...] reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; 
a ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor [... 
obtida por] por iniciativa direta, por incentivos à criação e desenvolvimento de 
associações representativas; pela presença do Estado no mercado de consumo; 
e pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, 
segurança, durabilidade e desempenho. (BRASIL, 1990). 
1 Fonte: http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-que-e/importancia-beneficios.
10
Unidade:Sistemas de Gestão, Certificação e Auditoria Ambiental da Série ISO 14000 no Brasil
Além dos princípios supracitados, a PNRC prega:
[...] pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de 
qualidade, segurança, durabilidade e desempenho; educação e informação de 
fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à 
melhoria do mercado de consumo; incentivo à criação pelos fornecedores de 
meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, 
assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo; 
coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de 
consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos 
e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, 
que possam causar prejuízos aos consumidores; racionalização e melhoria 
dos serviços públicos; e estudo constante das modificações do mercado de 
consumo (BRASIL, 1990).
Em seu conteúdo, a PNRC respalda o direito do consumidor frente à responsabilidade das 
organizações quanto ao fornecimento de produtos e serviços, implicando a normatização 
desses. Segundo a ABNT, as normas
[...] tornam o desenvolvimento, a fabricação e o fornecimento de produtos 
e serviços mais eficientes, mais seguros e mais limpos; facilitam o comércio 
entre países tornando-o mais justo; fornecem aos governos uma base técnica 
para saúde, segurança e legislação ambiental, e avaliação da conformidade; 
compartilham os avanços tecnológicos e a boa prática de gestão; disseminam 
a inovação; protegem os consumidores e usuários em geral, de produtos e 
serviços; e tornam a vida mais simples provendo soluções para problemas 
comuns (BRASIL, 1990).
No Brasil, o Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (CB38) da ABNT publicou a primeira 
versão em português da norma NBR ISO 14001 em 1996. Por sua vez, essa foi revisada em 
2004, em vigor até 2015, quando nova versão será publicada.
Em 2010, a ABNT lançou a norma de diretrizes sobre responsabilidade social NBR ISO 
26000. Não se trata de uma norma que certifica os sistemas de gestão, permitindo que a 
empresa concorra a um selo ou rótulo ambiental, mas atesta a responsabilidade social da 
organização. Essa é representada na medida em que a empresa incorpora considerações 
socioambientais em seus processos decisórios e assume a responsabilidade pelos impactos 
ambientais da organização, processos e serviços na sociedade e no meio natural.
11
Para se ter uma ideia do volume de trabalho desenvolvido na ABNT, basta observar o 
esquema da Figura 2:
Figura 2 – Atividades técnicas da ABNT (2013)
Fonte: Adaptado de ABNT. Disponível em: http://www.abnt.org.br/normalizacao/publicacoes/numeros
Se entendida por setor da economia, a atividade da ABNT também pode ser considerada 
significativamente expressiva, como é possível observar na Figura 3: 
Figura 3 – Volume de atividades por setor da economia da ABNT (2013)
Fonte: ABNT. Disponível em: http://www.abnt.org.br/normalizacao/publicacoes/numeros
12
Unidade: Sistemas de Gestão, Certificação e Auditoria Ambiental da Série ISO 14000 no Brasil
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)
Figura 4 – Logomarca do Inmetro
Fonte: Inmetro, 2015
O Inmetro (Figura 4) é uma autarquia federal subordinada ao 
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Funciona como Secretaria Executiva do Conselho Nacional 
de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro). 
Esse se constitui em um colegiado interministerial, sendo o órgão 
normativo do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e 
Qualidade Industrial (Sinmetro) (Instituto Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial, 2005).
Histórico da Metrologia no Brasil
A necessidade pela adoção de normas, uniformização e padrões para produtos e serviços 
teve início no Brasil no chamado “Segundo Reinado”. Tal período durou 49 anos, desde o 
final da regência, que foi de 1831 a 1840, até a proclamação da República, em 1889. 
Até o momento da fuga de Dom Pedro I e a declaração de maioridade de Dom Pedro II e sua 
subida ao trono do Reino do Brasil, todas as unidades de medidas eram provenientes de Portugal.
Em 1862, Dom Pedro II lançou a Lei Imperial n.º 1.157 adotando, em 1872, o sistema 
métrico decimal francês a ser considerado em todo o território nacional.
Em 1875, o Brasil foi signatário, juntamente com mais dezesseis países, da Convenção 
Internacional do Metro, que mundializou tal unidade de medida.
Em 1877, o país passou a compor o Bureau Internacional de Pesos e Medidas. O trabalho 
desse grupo resultou, em 1881, na adoção do sistema Centímetro, Grama e Segundo (CGS).
Em 1921, o Governo Federal criou o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), a partir da 
Estação Experimental de Combustíveis e Minérios (EECM), ligada ao Ministério da Agricultura, 
Indústria e Comércio. O INT tinha por finalidade “[...] investigar e divulgar os processos 
industriais de aproveitamento de combustíveis e minérios do País”2.
Em 1956 foi criada a Organização Internacional de Metrologia Legal (OIML). Já em 1962, o 
INPM adotou o sistema internacional de unidades que fora proposto em 1960 na Conferência 
Geral de Pesos e Medidas.
Em 1961, a Lei n.º 4.048 promoveu a criação do Instituto Nacional de Pesos e Medidas 
(INPM), atribuindo a esse as atividades voltadas ao tema metrologia que o INT desenvolvia. 
Além do INPM, encarregado de estabelecer critérios metrológicos nacionais, foram 
formadas secionais estaduais, denominadas de órgãos delegados, encarregadas de levar a 
todo o território os parâmetros adotados. Como exemplo, temos a criação do Instituto de 
Pesos e Medidas (Ipem) de São Paulo e do Paraná, em 1967; da Bahia e Pernambuco, em 
1968; do Inmetro-RS, em 1969; de Alagoas; de Sergipe, em 1977; do Espírito Santo, em 
1978; do Mato Grosso do Sul, em 1982; do Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso, em 
2 Fonte: https://www.int.gov.br/historico.
13
1983; do Ceará e de Rondônia, em 1986; do Maranhão, em 1988; de Santa Catarina, 
em 1989; do Rio Grande do Norte e do Pará, em 1991; do Piauí, em 1992; do Amapá, 
em 1993; do Amazonas, em 1994; do Tocantins, em 1999; do Acre, em 2001; de 
Roraima, em 2002.
A evolução natural pela qual passou a economia nesse período culminou na conversão do INPM 
em Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial, em 1973. Posteriormente, o nome do 
órgão foi reduzido para Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). 
Em 1973 foi criado o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial (Sinmetro). Esse se constituiu na rede de entidades públicas e privadas que forma 
a infraestrutura de serviços tecnológicos, responsável e capacitada para avaliar e certificar a 
qualidade de produtos, processos e serviços por meio de organismos de certificação, entre 
outros mecanismos.3
Por fim, em 1974 foi criado o Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial (Conmetro).
Na década de 1980 teve início a criação de uma série de instituições metrológicas específicas, 
tais como:
• 1980 – Rede Nacional de Calibração (RNC): grupo de laboratórios habilitado pelo Inmetro, 
segundo as normas internacionais, para calibrar padrões aos instrumentos de medição 
“[...] não usados em transações comerciais ou incluídos no âmbito da metrologia legal”;4
• 1981 – Rede Nacional de Laboratórios de Ensaios (RNLE): grupo de laboratórios 
acreditado pelo Inmetro à execução de serviços de ensaio.
Além dessas situações, a partir da década de 1980, as próprias instalações do Inmetro 
foram equipadas com laboratórios dos mais diversos temas nos edifícios desse órgão, situados 
no Estado do Rio de Janeiro:
Figura 5 – Campus do Inmetro situado em Xerém, Duque de Caxias, RJ
Fonte: fig 05 = http://www.inmetro.gov.br/inmetro/img/campus-xerem.jpg
3 Fonte: http://www.inmetro.gov.br/inmetro/sinmetro.asp.
4 Fonte: http://www.inmetro.gov.br/inmetro/datas.asp.14
Unidade: Sistemas de Gestão, Certificação e Auditoria Ambiental da Série ISO 14000 no Brasil
Em 1985, o Inmetro se tornou referencial nas resoluções acerca do Acordo sobre Barreiras 
Técnicas no Comércio (TBT), do General Agreement on Tariffs and Trade (Gatt) – Acordo 
Geral de Tarifas e Comércio – que, desde 1995, passou a ser denominado Organização 
Mundial do Comércio (OMC). No mesmo nível de importância, o Inmetro, representante do 
Brasil, foi eleito como membro número um do Interamerican Accreditation Cooperation 
(Iaac) – Cooperação de Acreditação Interamericana – e do International Accreditation Fórum 
(IAF) – Fórum Internacional de Acreditação.
A Estrutura Organizacional Metrológica Brasileira
Do ponto de vista da estrutura organizacional metrológica, em 1992 foi criado o Comitê 
Nacional de Normalização (CNN) como instrumento assessor do Conmetro, além da criação 
do Comitê Brasileiro de Certificação (CBC). A partir de então, foram integrados tanto a 
elaboração das normas, quanto a aprovação dos procedimentos, critérios e regulamentos para 
o credenciamento de organismos de certificação públicos e privados.
Na década de 2000 o Inmetro se concretizou como autarquia de enorme respeitabilidade 
nacional e internacional. Além de receber investimentos em equipamentos, aumentando a 
sua capacidade de análise, o órgão passou a sediar e/ou promover diversos eventos voltados 
à temática metrológica. Sem contar as diversas parcerias estabelecidas com instituições 
metrológicas e de ensino e pesquisas nacionais e de diversos países de diferentes continentes.
Do ponto de vista institucional, a estrutura regimental e o quadro demonstrativo dos cargos 
em comissão e das funções gratificadas do Inmetro foram aprovados pelo Decreto Presidencial 
n.º 6.275, de 28 de novembro de 2007.
Conforme a Carta de serviços do Inmetro, a instituição
[...] é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior. Sua missão institucional é prover confiança à 
sociedade brasileira nas medições e na qualidade dos produtos, por meio da 
Metrologia e da Avaliação da Conformidade, promovendo a harmonização 
das relações de consumo, a inovação e a competitividade do país (Instituto 
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, [20--]).
Segundo a mesma fonte, o Inmetro tem como áreas de atuação:
A Metrologia Científica e Industrial, a Metrologia Legal, a Acreditação de 
Laboratórios e de Organismos, a Avaliação da Conformidade e o Ponto Focal 
sobre Barreiras Técnicas ao Comércio são as grandes áreas de atuação do 
Inmetro. Esta diversificada gama de atividades está assentada em conhecimento 
científico e tecnológico, baseado em pesquisa e intercâmbio internacional, que 
credencia a instituição como um decisivo agente de inovação e uma espécie de 
ponte entre a academia e a empresa.
É por meio da acreditação,5 essa executada com base em normas internacionais, que o 
Inmetro proporciona a confiança necessária nas instituições e/ou Organismos de Avaliação 
de Conformidade (OAC), encarregados de medir a conformidade dos processos, produtos 
e serviços. A submissão à acreditação realizada pela Coordenação Geral de Acreditação 
(CGCRE) do Inmetro é de caráter voluntário.
5 “Atestação realizada por terceira parte relativa a um organismo de avaliação da conformidade, exprimindo demonstração formal 
de sua competência para realizar tarefas específicas de avaliação da conformidade” (Fonte: http://www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes/acpq.pdf).
15
Quanto aos limites relacionados ao processo de acreditação:
A acreditação de laboratórios não é concedida para atividades de natureza 
subjetiva ou interpretativa, tais como expressão de opinião, investigação de falhas 
ou consultoria, mesmo que essas atividades sejam baseadas em resultados de 
calibrações ou ensaios objetivos.6 
São três os tipos de instituições que passam por acreditação:
• Laboratórios de calibração e ensaio; 
• Organismos de certificação;
• Organismos de inspeção.7
Entre as diversas atribuições do Inmetro, a acreditação é uma das mais importantes. Como 
exemplo dessa atribuição – e a título de conclusão desta Unidade –, pode-se mencionar:
• Acreditação dos laboratórios de calibração: denota o reconhecimento das competências 
técnicas desses laboratórios segundo os requisitos da norma ABNT NBR ISO/IEC 
17025/2005; 
• Acreditação dos laboratórios de análises clínicas: significa reconhecer a competência 
técnica desses laboratórios com base nos requisitos estabelecidos pela norma ABNT 
NBR ISO 15189/2008, aplicável aos laboratórios que realizam os exames de material 
biológico, microbiológico, imunológico, químico, imunohematológico, hematológico, 
biofísico, citológico, patológico, entre outros materiais do corpo humano, a fim de 
fornecer as informações para o diagnóstico, a prevenção e o tratamento de doenças, ou 
para a avaliação da saúde humana. E também aos que oferecem serviços de consultoria 
e acompanhamento que abrangem todos os aspectos das investigações em laboratório;
• Acreditação dos laboratórios de ensaios: ratifica a competência técnica desses laboratórios 
referentes à norma ABNT NBR ISO/IEC 17025/2005, aplicável aos laboratórios de 
ensaios que realizam os serviços de análise em suas instalações permanentes, nos móveis 
e/ou em locais onde estão seus clientes;
• Acreditação das instituições de certificação de pessoal: permite reconhecer a sua 
competência técnica no que tange à certificação de pessoal;
• Acreditação das instituições de certificação de produtos: confirma a competência técnica 
desses organismos que certificam a conformidade dos produtos baseados na norma 
ABNT NBR ISO/IEC 17065/2013 e suas interpretações pelo IAF e Iaac;
6 Fonte: http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/sobre_lab.asp.
7 “Exame de um projeto de produto, produto, processo ou instalação e determinação de sua conformidade com requisitos específicos 
ou, com base no julgamento profissional, com requisitos gerais” (Fonte: http://www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes/acpq.pdf).
16
Unidade: Sistemas de Gestão, Certificação e Auditoria Ambiental da Série ISO 14000 no Brasil
• Acreditação das instituições de certificação de sistemas de gestão: significa reconhecer a 
competência técnica na avaliação da conformidade de tais certificações de sistemas de 
gestão, incluindo:
Certificação de Sistemas de Gestão na Área de Turismo conforme as normas ABNT 
NBR 15331 e ABNT NBR 15401; Certificação de Sistemas de Gestão da Qualidade 
conforme a norma NBR 15100; Certificação de Manejo de Florestas conforme a 
norma ABNT NBR 14789; Certificação de Sistema de Gestão Ambiental conforme 
a norma ABNT NBR ISO 14001; Certificação de Sistema de Gestão da Qualidade 
conforme a norma ABNT NBR ISO 9001; Certificação de Sistemas de Gestão da 
Segurança de Alimentos conforme e norma ABNT NBR ISO 22000; Certificação de 
Sistemas de Gestão da Qualidade de Empresas de Serviços e Obras na Construção 
Civil (SIAC/PBQP-H) conforme requisitos específicos definidos pelos regimentos 
emitidos pela Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades; Certificação 
de Sistemas da Gestão da Responsabilidade Social conforme a norma ABNT NBR 
16001; Certificação de Sistema de Medição conforme a norma ABNT NBR ISO 
10012; Certificação de Sistemas de Gestão de Produtos para Saúde conforme a 
norma ABNT NBR ISO 13485; Certificação de Sistemas de Gestão em Tecnologia da 
Informação conforme a norma ABNT ISO/IEC 20000 e Certificação de Sistemas de 
Segurança da Informação conforme a norma ABNT NBR ISO 27001.8
• Acreditação das instituições de inspeção: acredita a competência técnica dessas baseadas 
na norma ABNT NBR ISO/IEC 17020/2012 relacionada à: inspeção de segurança 
veicular; inspeção de equipamentos e veículos para transporte dos produtos considerados 
perigosos; ensaios não destrutivos; instalações elétricas; entre outros. Nos casos em que 
a organização possua mais de uma instalação permanente, em diferentesendereços, 
cada uma das quais deve ser acreditada individualmente;
• Acreditação das instituições de verificação de desempenho: acredita a competência 
técnica das instituições públicas, privadas ou mistas, consideradas de terceira parte sob a 
égide do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (Sbac);
• Acreditação dos produtores de materiais de referência: acreditação baseada nos requisitos 
da norma ABNT ISO Guia 34 em combinação com a norma ABNT NBR ISO/IEC 17025.
Independentemente dos exemplos supracitados,
[...] qualquer entidade que ofereça serviços de certificação, de inspeção, de treinamento, 
de laboratório ou de ensaios de proficiência, seja ela pública ou privada, nacional ou 
estrangeira, situada no Brasil ou no exterior, pode solicitar acreditação junto ao Inmetro.9
8 Fonte: http://www2.inmetro.gov.br/cartadeservicos/pdf/carta_servicos_inmetro.pdf.
9 Fonte: http://www.inmetro.gov.br/inmetro/sinmetro.asp.
http://www.inmetro.gov.br/inmetro/sinmetro.asp
17
Material Complementar
Leituras:
Material sobre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
Disponível em: http://www.abnt.org.br/images/pdf/historia-abnt.pdf.
Material sobre o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)
Disponível em:
http://www2.inmetro.gov.br/cartadeservicos/pdf/carta_servicos_inmetro.pdf;
http://www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes/acpq.pdf;
http://www.inmetro.gov.br/gestao/pdf/relAtividades2005.pdf.
Material sobre acreditação
Disponível em: http://www.visbrasil.org.br/resenhas/acreditacaocertificacaoqualidade.pdf.
Sites:
Publicações do Inmetro
Disponíveis em: http://www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes.asp.
18
Unidade: Sistemas de Gestão, Certificação e Auditoria Ambiental da Série ISO 14000 no Brasil
Referências
BERTÉ, Rodrigo. Gestão socioambiental no Brasil – uma análise ecocêntrica. Curitiba, 
PR: Intersaberes, 2014.
BRASIL. Decreto Presidencial n.º 6.275, de 28 de novembro de 2007. Brasília, 
DF, 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/
Decreto/D6275.htm>. Acesso em: 1 out. 2015.
______. Lei n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990, ou Política Nacional de Relações 
de Consumo (PNRC). Brasília, DF, 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/Leis/L8078.htm>. Acesso em: 1 out. 2015.
CURI, Denise. Gestão ambiental. São Paulo: Academia Pearson, 2011.
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE 
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Anotações

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