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REVISÃO AV1 CPP


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REVISÃO AV1 CPP 
O sistema inquisitivo, como o próprio nome diz, remonta ao século 12, 
período da Santa Inquisição e dos Tribunais Eclesiásticos. Nesse 
sistema, o juiz atua como parte, investiga, dirige toda a produção da 
prova, acusa e julga. O processo é sigiloso a fim de que a curiosidade 
dos populares não atrapalhe os "métodos" do inquisidor, sem espaço 
para o contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal. No 
tocante às provas, vigora o sistema tarifado, ou seja, estas possuem valor 
pré-estabelecido e presunções absolutas, sendo a confissão a "rainha das 
provas". 
 
O sistema acusatório caracteriza-se pela separação das funções de 
acusar, julgar, defender. O juiz é imparcial e as provas não possuem 
valor pré-estabelecido, podendo o juiz apreciá-las de acordo com a sua 
livre convicção, desde que fundamentada. O processo é público e estão 
presentes as garantias do devido processo legal, do contraditório e da 
ampla defesa. 
Já no sistema misto há uma fase inicial inquisitiva, na qual se procede a 
uma investigação preliminar e a uma instrução preparatória, e uma fase 
final, em que se procede ao julgamento com todas as garantias do 
processo acusatório [1]. 
A partir da análise das características de cada sistema pode-se constatar 
que predomina o sistema acusatório nos países que respeitam a liberdade 
individual e possuem uma sólida base democrática. Em sentido oposto, o 
sistema inquisitório predomina historicamente em países de maior 
repressão e viés ditatorial, caracterizados pelo autoritarismo ou 
totalitarismo, nos quais o interesse coletivo sufoca o individual, 
fortalecendo-se a hegemonia estatal em detrimento dos direitos 
individuais. 
 
INQUERITO POLICIAL 
O inquérito policial ele é instaurado para a apuração da autoria e da materialidade do 
crime, a qual é instaurado pela autoridade policial, a qual deve respeitar os prazos 
https://www.conjur.com.br/2021-out-07/controversias-juridicas-sistema-acusatorio-garantias-processo-penal#_ftn1
para logo então encaminhar ao Ministério Público, que tem como função preparar a 
denúncia para a possível ação penal pública. 
 
CONCEITO 
Segundo explica o autor Lenza (2013, p.62), é um procedimento investigatório 
instaurado em razão da prática da uma infração penal, composto por uma série 
de diligências, que tem como objetivo obter elementos de prova para que o 
titular da ação possa propô-la contra o criminoso. 
Neste mesmo raciocínio Capez (2012, p.111): 
É o conjunto de diligências realizadas pela polícia judiciária para a apuração de 
uma infração penal e de sua autoria, a fim de que o titular da ação penal possa 
ingressar em juízo (CPP, art. 4º). Trata-se de procedimento persecutório de 
caráter administrativo instaurado pela autoridade policial. 
Desta forma o inquérito policial é um procedimento administrativo a qual tem a 
participação da autoridade policial, para que se proceda a instauração 
deste procedimento para a busca das diligências necessárias para encontrar 
a autoria e materialidade do crime para depois encaminhar para o titular da 
ação penal que é o Ministério Público, para que esse depois fazer suas devidas 
observações, possa então, oferecer a denúncia ou a queixa crime para a 
propositura da ação penal. 
Tem como objetivo principal, servir de lastro à formação da convicção do 
representante do Ministério Público (opinio delicti), mas também colher provas 
urgentes, que podem desaparecer, após o cometimento do crime. 
E também não se pode olvidar, ainda, servir o inquérito à composição das 
indispensáveis provas pré-constituídas que servem de base à vítima, em 
determinados casos, para a propositura da ação penal privada. 
Sua finalidade é a investigação a respeito da existência do fato criminoso e da autoria. 
Não é uma condição ou pré-requisito para o exercício da ação penal, tanto que pode 
ser substituído por outras peças de informação, desde que suficientes para sustentar a 
acusação (GRECO FILHO, 2012, p.122). 
1.2. Características do Inquérito Policial 
Conforme esclarece o autor Capez (2012, p.117-118-119): 
É um procedimento escrito, tendo em vista as finalidades do inquérito (item 
10.4), não se concebe a existência de uma investigação verbal. Por isso, todas 
as peças do inquérito policial serão, num só processo, reduzidas a escrito ou 
datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade (CPP, art. 9º). 
Sendo assim, todos os atos do inquérito policial deve ser reduzido a termo pela 
autoridade policial, não podendo de forma alguma ser gravado, ou ser feito de 
forma oral pela autoridade responsável pela colheita de provas neste 
procedimento administrativo. 
Sigiloso: porque a autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à 
elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade (CPP, art. 20). O 
direito genérico de obter informações dos órgãos públicos, assegurado no art. 
5º, XXXIII, da Constituição Federal, pode sofrer limitações por imperativos 
ditados pela segurança da sociedade e do Estado, como salienta o próprio 
texto normativo. O sigilo não se estende ao representante do Ministério 
Público, nem à autoridade judiciária. No caso do advogado, pode consultar os 
autos de inquérito, mas, caso seja decretado judicialmente o sigilo na 
investigação, não poderá acompanhar a realização de atos procedimentais (Lei 
n. 8.906/94, art. 7º, XIII a XV, e § 1º — Estatuto da OAB). 
O sigilo é de grande importância para o trabalho na investigação policial, para 
que as elucidações dos fatos não sejam prejudicadas. 
Oficialidade: o inquérito policial é uma atividade investigatória feita por órgãos 
oficiais, não podendo ficar a cargo do particular, ainda que a titularidade da 
ação penal seja atribuída ao ofendido. Somente os órgão oficiais podem 
exercer a função da atividade investigatória, não ficando a cargo da pessoa 
física, mas sim do Poder Público. 
Oficiosidade: corolário do princípio da legalidade (ou obrigatoriedade) da ação 
penal pública. Significa que a atividade das autoridades policiais independe de 
qualquer espécie de provocação, sendo a instauração do inquérito obrigatória 
diante da notícia de uma infração penal (CPP, art. 5º, I), ressalvados os casos 
de ação penal pública condicionada e de ação penal privada. 
A autoridade policial ao receber uma notícia de um determinado crime ela fica 
obrigada a instauração do inquérito policial, mas a casos que depende da 
provocação do ofendido para a devida instauração deste procedimento, é o 
caso dos crimes de ação penal pública condicionada a representação e da 
ação penal privada, nos casos de crimes contra a honra da vítima. 
Autoritariedade: exigência expressa do Texto Constitucional (CF, art. 144, § 
4º); o inquérito é presidido por uma autoridade pública, no caso, a autoridade 
policial (delegado de polícia de carreira). Somente pela autoridade policial deve 
ser instaurado o inquérito policial, não tem discricionariedade o particular para 
proceder a instauração deste procedimento administrativo. 
Indisponibilidade: é indisponível, após sua instauração não pode ser arquivado 
pela autoridade policial (CPP, art. 17). 
É dispensável: a existência do inquérito policial não é obrigatória e nem 
necessária para o desencadeamento da ação penal. Há diversos dispositivos 
no Código de Processo Penal permitindo que a denúncia ou queixa sejam 
apresentadas com base nas chamadas peças de informação, que, em verdade, 
podem ser quaisquer documentos que demonstrem a existência de indícios 
suficientes de autoria e de materialidade da infração penal (LENZA, 2013, p.65) 
Inquisitivo: o inquérito é por sua própria natureza, inquisitivo, ou seja, não 
permite ao indiciado ou suspeito a ampla oportunidade de defesa, produzindo e 
indicando provas, oferecendo recursos, apresentados alegações, entre outras 
atividades que, como regra, possui durante a instrução judicial (NUCCI, 2015, 
p.124). 
Conforme diz o célebre autor, fica claro observar que o inquéritopolicial por ter 
natureza inquisitiva não cabe para a parte que está sendo investigada o direito 
constitucional do amplo contraditório e a ampla defesa, quando se trata deste 
tipo de persecução penal, feita pelo Delegado de Polícia. 
1.3. Valor probatório do inquérito policial 
Conforme o artigo 155 do CPP: 
O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente 
nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas 
cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
Deste modo, fica entendido que o juiz não pode decidir exclusivamente com 
base nos elementos do inquérito policial, salvo quando a existência de provas 
cautelares não repetíveis e antecipadas. Pode assim, o juiz pegar um elemento 
que está nos autos do inquérito policial e acrescentar um elemento do processo 
penal e logo depois decidir com base nesses dois. 
Provas cautelares: é a ideia do desaparecimento do objeto da prova (periculum 
in mora), ou seja, a demora da decisão da prova pode fazer com que ela 
desapareça, isto é, são aquelas em que há um risco de desaparecimento do 
objeto da prova por decurso do tempo. Exemplo: vistoria adperpetuam rei 
memoriam, pericia antecipada em caso de desastre de metrô. 
Prova antecipada: ela está sendo feito fora do seu momento próprio, sua 
colheita é feita em momento processual distinto daquele legalmente previsto, 
por isso a classificação, tendo como exemplo: a situação de uma mulher 
gravemente enferma, e o juiz antecipa o depoimento dela em relação ao 
momento original da prova. 
Prova não repetíveis: são aquelas que quando produzidas não tem como 
serem produzidas novamente, isto é, são aquelas provas que não poderá ser 
feita posteriormente, pois, depende de sua realização do especifico momento 
da investigação. Exemplo: interceptação telefônica, exame de corpo de delito. 
.4. Incomunicabilidade do preso 
De acordo com o entendimento de Capez (2012, p.122): 
Destina-se a impedir que a comunicação do preso com terceiros venha a 
prejudicar a apuração dos fatos, podendo ser imposta quando o interesse da 
sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. O art. 21 do Código de 
Processo Penal prevê que a incomunicabilidade do preso não excederá de três 
dias e será decretada por despacho fundamentado do juiz, a requerimento da 
autoridade policial ou do órgão do Ministério Público, respeitadas as 
prerrogativas do advogado. 
Há doutrinadores que entende que essa possibilidade esteja revogada pela 
Constituição Federal, pois na vigência do Estado de defesa, foi suspensa 
inúmeras garantias individuais da pessoa, razão pela qual, em estado de 
absoluta normalidade, quando todos os direitos e garantias devem ser 
fielmente respeitado. 
E sob esta ótica fica evidenciado que um dos fundamentos da nossa 
Constituição Federal e a preservação da dignidade da pessoa humana e este 
tipo de incomunicabilidade viola este direito inerente ao ser humano. 
1.5. Delatio criminis 
É a denominação dada a comunicação feita por qualquer pessoa do povo a 
autoridade policial ou membro do Ministério Público ou juiz, acerca da 
ocorrência de infração penal. 
Pode ser feita oralmente ou escrita. Caso a autoridade policial verifique a 
procedência da informação, mandará instaurar inquérito para apurar 
oficialmente o acontecimento. 
1.6. Notitia criminis 
Dá-se o nome de notitia criminis (notícia do crime) ao conhecimento 
espontâneo ou provocado, por parte da autoridade policial, de um fato 
aparentemente criminoso. É com base nesse conhecimento que a autoridade 
dá início às investigações (CAPEZ, 2012, p.123). 
Trata-se do conhecimento espontâneo ou provocado do fato criminoso pela 
autoridade policial. 
A notitia criminis pode ser classificado como: 
Cognição imediato ou espontânea: trata-se do conhecimento do fato pela 
autoridade policial por meio de suas atividades rotineiras. 
Cognição mediata ou provocada: a autoridade policial tomo conhecimento do 
fato criminoso por meio de expediente escrito, como por exemplo requerimento 
do ofendido. 
Cognição forçado ou coercitiva: ocorre quando da apresentação do preso a 
autoridade policial. 
2. Procedimento da autoridade policial 
Conforme explica o ilustríssimo autor Nucci (2015, p.113): 
Quando a notitia criminis lhe chega ao conhecimento, deve o delegado: 
1- Dirigir-se ao local, providenciado para que não se alterem o estado e 
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
2- Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos 
peritos criminais; 
3- Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas 
circunstancias; 
4- Ouvir o ofendido; 
5- Ouvir o indiciado; 
6- Proceder ao reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
7- Determina, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a 
quaisquer outras pericias; 
8- Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se 
possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; 
9- Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, 
familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes 
e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que 
contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter (art. 6.º, CPP). 
2.1 Formas de instauração do inquérito policial 
Conforme explica o autor Greco Filho (2012, p.126): 
Instaura-se formalmente o inquérito de ofício, por portaria da autoridade 
policial, pela lavratura de flagrante, mediante representação do ofendido ou 
requisição do juiz ou do Ministério Público, devendo todas as peças do 
inquérito ser, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas. 
De oficio 
A autoridade tem a obrigação de instaurar o inquérito policial, independente de 
provocação, sempre que tomar conhecimento imediato e direto do fato, por 
meio de delação verbal ou por escrito feito por qualquer do povo (delatio 
criminis simples), notícia anônima (notitia criminis inqualificada), por meio de 
sua atividade rotineira (cognição imediata), ou no caso de prisão em flagrante. 
Neste caso a nossa legislação ela traz uma obrigação a autoridade policial para 
instauração do inquérito policial, pois passa a ser um dever da autoridade 
quando toma conhecimento do fato criminoso. O delegado de polícia baixa uma 
portaria declarando assim, instaurado o inquérito e determina as providencias 
cabíveis a serem tomadas. 
Pode também o crime chegar a autoridade por meio de uma notícia de um 
crime, como exemplo, por comunicação de outros policiais, por matéria 
jornalística, boletim de ocorrência lavrado em sua delegacia, por informação 
prestada por conhecidos etc. 
Mediante requisição do Ministério Público ou do Juiz 
Requisição é sinônimo de ordem. Assim, quando o juiz ou o promotor de justiça 
requisitam a instauração do inquérito, o delegado está obrigado a dar início às 
investigações. É necessário que as autoridades requisitantes especifiquem, no 
ofício requisitório, o fato criminoso, que deve merecer apuração (CAPEZ, 2012, 
p.69). 
Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou tribunais 
verificarem a existência de crime de ação pública, remeterão ao Ministério 
Público as cópias e os documentos necessários ao oferecimento da denúncia”. 
Todavia, se não estiverem presentes os elementos indispensáveis ao 
oferecimento da denúncia, a autoridade judiciária poderá requisitar a 
instauração de inquérito policial para a elucidação dos acontecimentos. O 
mesmo quanto ao Ministério Público, quando conhecer diretamente de autos 
ou papéis que evidenciem a prática de ilícito penal (CF, art. 129, VIII; CPP, art. 
5º, II). Para alguns, como, por exemplo, Geraldo Batista de Siqueira, a 
requisição, na nova ordem constitucional, tornou-se privativa do Ministério 
Público, por força do art. 129, I, da Constituição Federal. A autoridade policialnão pode se recusar a instaurar o inquérito, pois a requisição tem natureza de 
determinação, de ordem, muito embora inexista subordinação hierárquica. 
Requerimento do ofendido 
Neste caso a vítima do delito tem a possibilidade de endereçar uma petição a 
autoridade policial solicitando formalmente que está se inicie as investigações 
necessárias. 
O requerimento para instauração de inquérito policial pode ser feito em crimes 
de ação pública ou privada. No último caso, o requerimento não interrompe o 
curso do prazo decadencial, de modo que a vítima deve ficar atenta a este 
aspecto. 
Se o crime for de ação pública, mas condicionada à representação do ofendido 
ou do seu representante legal, o inquérito não poderá ser instaurado senão 
com o oferecimento desta. É a manifestação do princípio da oportunidade, que 
informa a ação penal pública condicionada até o momento do oferecimento da 
denúncia (CPP, art. 25). 
A autoridade judiciária e o Ministério Público só poderão requisitar a 
instauração do inquérito se fizerem encaminhar, junto com o ofício requisitório, 
a representação do ofendido 
Auto de prisão em flagrante 
Quando uma pessoa é presa em flagrante, deve ser encaminhada à Delegacia 
de Polícia. Nesta é lavrado o auto de prisão, que é um documento no qual 
ficam constando as circunstâncias do delito e da prisão. Lavrado o auto, o 
inquérito está instaurado. 
O auto de prisão em flagrante é lavrado quando o agente pratica uma infração 
penal e é detido pela autoridade policial em flagrante. Um exemplo disto é 
quando o sujeito está praticando um crime de roubo (art.157CP) e logo é 
surpreendido por policiais a qual da voz de prisão para o delinquente. 
2.2. Prazos para a conclusão do inquérito policial 
Conforme esclarece o autor Lenza (2013, p.72): 
Uma vez iniciado o inquérito a autoridade tem prazos para concluí-lo, mas 
estes prazos dependem de estar o indiciado solto ou preso. Indiciado solto De 
acordo com o art. 10, caput, do Código de Processo Penal, o prazo é de 30 
dias, porém, o seu § 3º prevê que tal prazo poderá ser prorrogado quando o 
fato for de difícil elucidação. 
O pedido de dilação de prazo deve ser encaminhado pela autoridade policial ao 
juiz, que, antes de decidir, deve ouvir o Ministério Público, pois este órgão 
poderá discordar do pedido de prazo e, de imediato, oferecer denúncia ou 
requerer o arquivamento do inquérito. 
Contudo, se houver concordância por parte do Ministério Público, o juiz deferirá 
novo prazo, que será por ele próprio fixado. Como o Ministério Público é o 
titular da ação, caso o juiz indefira o pedido de prazo, apesar da concordância 
daquele, poderá ser interposta correição parcial (recurso visando corrigir a 
falha). 
O pedido de dilação de prazo pode ser repetido quantas vezes se mostre 
necessário. Indiciado preso em flagrante ou por prisão preventiva nos termos 
do art. 10, caput, do Código de Processo Penal, o prazo para a conclusão é de 
10 dias. 
No caso de prisão em flagrante só deverá ser obedecido referido prazo se o 
juiz, ao receber a cópia do flagrante (em 24 horas a contar da prisão), e 
convertê-la em prisão preventiva (conforme determina o art. 310, II, do CPP), 
hipótese em que se conta o prazo a partir do ato da prisão em flagrante. Assim, 
se entre esta e sua conversão em preventiva passarem-se 2 dias, o inquérito 
terá apenas mais 8 dias para ser finalizado 
. Se ao receber a cópia do flagrante o juiz conceder liberdade provisória, o 
prazo para a conclusão do inquérito será de 30 dias. Se o indiciado estava 
solto ao ser decretada sua prisão preventiva, o prazo de 10 dias conta-se da 
data do cumprimento do mandado, e não da decretação. Na contagem do 
prazo, inclui-se o primeiro dia, ainda que a prisão tenha se dado poucos 
minutos antes da meia-noite. O prazo é improrrogável. Assim, se o inquérito 
não for concluído e enviado à Justiça no prazo estipulado, poderá ser 
interposto habeas corpus. 
A prisão temporária, prevista na Lei n. 7.960/89, é uma modalidade de prisão 
cautelar cabível somente na fase inquisitorial e, nos termos da lei, possui prazo 
máximo de duração de 5 dias, prorrogáveis por mais 5, em caso de extrema e 
comprovada necessidade nos crimes comuns, e de 30 dias, prorrogáveis por 
igual período, nos crimes definidos como hediondos, tráfico de drogas, 
terrorismo e tortura. 
Tais prazos, entretanto, referem-se à duração da prisão, e não da investigação. 
Assim, encerrado o prazo sem que a autoridade tenha conseguido as provas 
que buscava, poderá, após soltar o investigado, continuar com as diligências, 
ao contrário do que ocorre com a prisão em flagrante e a prisão preventiva, em 
que o prazo de 10 dias para o término do inquérito é fatal. Note-se que, se for 
decretada prisão temporária em crime hediondo ou equiparado, o indiciado 
pode permanecer preso por até 60 dias, sem que seja necessária a conclusão 
do inquérito. Prazos em leis especiais 
Os prazos para a conclusão do inquérito policial encontram algumas exceções 
importantes em legislações especiais: a) O art. 51, caput, da Lei n. 11.343/2006 
(Lei Antitóxicos) estipula que, para os crimes de tráfico, o prazo será de 30 
dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, se estiver solto. Tais prazos, 
ademais, poderão ser duplicados pelo juiz mediante pedido justificado da 
autoridade policial, ouvido o Ministério Público (art. 51, parágrafo único). b) Nos 
crimes de competência da Justiça Federal, o prazo é de 15 dias, prorrogáveis 
por mais 15 (art. 66 da Lei n. 5.010/66). 
2.3. Indiciamento 
Indiciado é a pessoa eleita pelo Estado – investigação, dentro da sua 
convicção, como autora da infração penal 
Ou seja, é o ato pelo qual a autoridade policial reconhece formalmente os 
indícios de autoria e a materialidade que recai sobre o suspeito. 
O indiciamento pode ser direto, é o feito na presença do indiciado, e o indireto 
quando ausente o indiciado. 
2.4. Relatório final 
A autoridade policial deve, ao encerrar as investigações, relatar tudo o que foi 
feito na presidência do inquérito, de modo a apurar ou não a materialidade e a 
autoria da infração penal. Por outro lado, a falta do relatório constitui mera 
irregularidade, não tendo o promotor ou o juiz o poder de obrigar a autoridade 
policial a concretizá-lo, tratando-se de falta funcional, passível de correção 
disciplinar (NUCCI, 2015, p.127). 
O relatório não e peça obrigatória para o oferecimento da denúncia. 
Para a instauração do inquérito policial é obrigatório o relatório final, mas para 
o oferecimento da denúncia feito pelo Ministério Público não e obrigatório. 
Arquivamento do inquérito policial 
Tal providência só cabe ao juiz, a requerimento do Ministério Público (CPP, art. 
28), que é o exclusivo titular da ação penal pública (CF, art. 129, I). A 
autoridade policial, incumbida apenas de colher os elementos para a formação 
do convencimento do titular da ação penal, não pode arquivar os autos de 
inquérito (CPP, art. 17), pois o ato envolve, necessariamente, a valoração do 
que foi colhido. 
Faltando a justa causa, a autoridade policial pode (aliás, deve) deixar de 
instaurar o inquérito, mas, uma vez feito, o arquivamento só se dá mediante 
decisão judicial, provocada pelo Ministério Público, e de forma fundamentada, 
em face do princípio da obrigatoriedade da ação penal (art. 28). 
O juiz jamais poderá determinar o arquivamento do inquérito, sem prévia 
manifestação do Ministério Público (CF, art. 129, I); se o fizer, da decisão 
caberá correição parcial (Dec.-Lei n. 3/69, arts. 93 a 96). 
Se o juiz discordar do pedido de arquivamento do representante ministerial, 
deverá remeter os autos ao procurador-geral de justiça, o qual poderá oferecer 
denúncia, designar outro órgão do Ministério Público para fazê-lo, ou insistir no 
arquivamento, quando, então, estará o juiz obrigado a atendê-lo (CAPEZ, 2012. 
P.145-146). 
Sendo assim, não é qualquer situação que o Ministério Público pode requerer o 
arquivamento deste procedimentoadministrativo, pois ele deve respeitar alguns 
fundamentos do inquérito policial par pedir o seu arquivamento sendo eles: 
1- Causa excludente da ilicitude 
2- Causa excludente da culpabilidade 
3- Atipicidade da conduta 
4- E falta de elementos de informação sobre a autoria e materialidade do 
crime. 
2.5. Trancamento do inquérito policial 
É possível o trancamento do inquérito policial por via de habeas corpus, trata-
se de medida cabível quando não houver indícios de autoria e materialidade do 
crime e quando o fato for atípico. 
Quando a investigação feita pela autoridade policial é infundada, ela traz para o 
indiciado um constrangimento ilegal, pois como já foi falado, o indiciamento é 
grave, pois faz anotar, definitivamente, na folha de antecedentes do indivíduo a 
suspeita de ter ele cometido um delito. 
3. Conclusão 
Por tudo isso, fica claro que o inquérito policial é um procedimento pré- 
processual a qual da margem a autoridade policial, com respeito aos direitos e 
garantias constitucionais e principalmente o princípio da dignidade da pessoa 
humana, trabalhar de forma suscita a elaboração da investigação, para 
apuração da infração penal e sua autoria, e com isto, levando ao conhecimento 
do Ministério Público para a possível denúncia do crime, e ainda tem grande 
importância, pois traz uma garantia para o investigado, pois neste momento é 
analisado todos os fatores que levaram ou não o indivíduo a cometer o ilícito 
penal. 
Inquérito policial: Grau de cognição 
No processo penal há três diferentes níveis de cognição, segundo se 
busque um juízo de possibilidade, de probabilidade ou de certeza. 
 Para se chegar a um juízo de certeza, é necessário esgotar 
toda a matéria probatória, através de uma cognição plena, o que 
justificaria uma sentença condenatória. 
 Já para o início de uma ação penal, é necessário tão somente 
um juízo de probabilidade, que seria o predomínio das razões 
positivas que afirmam a existência do delito e sua autoria. 
 Quanto à investigação preliminar, para sua deflagração, basta 
um juízo de possibilidade (razões favoráveis forem equivalentes às 
contrárias). 
 Por outro lado, como seu objetivo é tão somente averiguar os 
fatos, embasando ou não uma futura ação penal, percebe-se, desde 
logo, que não há razões para que se busque esgotar toda matéria 
probatória, o que só geraria morosidade desnecessária ao 
procedimento preliminar. 
 Ademais, esgotando-se quase que totalmente a matéria 
probatória na fase preliminar, haverá um grande prejuízo à defesa, 
eis que além de não ter podido contar inteiramente com as 
garantias constitucionais naquela fase, tenderá a haver na instrução 
judicial somente ratificação dos atos investigativos e não 
propriamente produção de provas. 
 Logo, a investigação no plano de cognição deverá ser 
sumária, limitando-se a atividade mínima de comprovação e 
averiguação dos fatos e da autoria, para justificar o processo ou o 
não processo. 
Prazos do Inquérito: 
Vejamos o que nos traz a legislação: 
CPP – Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, 
se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso 
preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do 
dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 
dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela 
Portanto, a regra geral do Código de Processo Penal é de que 
os prazos do inquérito são: 
 Investigado solto: 30 dias 
 Investigado preso: 10 
Entretanto, é necessário atentar a legislações extravagantes 
que trazem outros prazos. 
Lei de drogas: 
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 
(trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) 
dias, quando solto. 
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem 
ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante 
pedido justificado da autoridade de polícia judiciária. 
 Investigado solto: 90 prorrogáveis por +90 dias 
 Investigado preso: 30 prorrogáveis por +30 dias 
Justiça Federal 
Art. 66. O prazo para conclusão do inquérito policial será de 
quinze dias, quando o indiciado estiver preso, podendo ser 
prorrogado por mais quinze dias, a pedido, devidamente 
fundamentado, da autoridade policial e deferido pelo Juiz a que 
competir o conhecimento do processo. 
 Investigado solto: 30 dias (Regra geral) 
 Investigado preso: 15 prorrogáveis por + 15 
Essas são os principais prazos de conclusão do IP que 
devemos ficar atentos, veja como esse assunto é cobrado em 
provas: 
Características 
O inquérito policial é: 
 Discricionário: a polícia tem a faculdade de operar ou deixar de 
operar dentro de um campo limitado pelo direito. Por isso, é 
lícito à autoridade policial deferir ou indeferir qualquer pedido 
de prova feito pelo indiciado ou pelo ofendido (art. 14/CPP), não 
estando sujeita a autoridade policial à suspeição (art. 107/CPP). 
O ato de polícia é autoexecutável, pois independe de prévia 
autorização do Poder Judiciário para a sua concretização jurídico 
material. 
 Escrito: porque é destinado ao fornecimento de elementos ao 
titular da ação penal. Todas as peças do inquérito serão, em um 
só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, 
rubricadas pela autoridade (art. 9º /CPP). 
 Sigiloso: pois só assim a autoridade policial pode providenciar as 
diligências necessárias para a completa elucidação do fato sem 
que lhe seja posto empecilhos para impedir ou dificultar a 
colheita de informações, com ocultação ou destruição de provas, 
influência sobre testemunhas etc. Por isso, dispõe a lei que "a 
autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à 
elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade" (art. 
20/CPP). Tal sigilo não se estende ao Ministério Público, que 
pode acompanhar os atos investigatórios, nem ao Poder 
Judiciário. O advogado só pode ter acesso ao inquérito policial 
quando possua legimitatio ad procedimentum e, decretado o 
sigilo, em segredo de Justiça, não está autorizada sua presença a 
atos procedimentais, diante do princípio da inquisitoriedade que 
norteia nosso Código de Processo Penal quanto à investigação. 
Pode, porém, manusear e consultar os autos findos ou em 
andamento (art. 7º, XIII e XIV, do EOAB). Diante do art. 5º, 
LXIII, da CF, que assegura ao preso a assistência de advogado, 
não há dúvida que poderá o advogado, ao menos nessa hipótese, 
não só consultar os autos de inquérito policial, mas também 
tomar as medidas pertinentes em benefício do indiciado. Com a 
edição da súmula vinculante nº 14, garantiu-se ao advogado o 
amplo acesso aos elementos de prova colhidos durante o 
procedimento investigatório, desde que já documentados, a fim 
de que o seu representado possa exercer seu direito de defesa. 
 Indisponível: porque uma vez instaurado regularmente, em 
qualquer hipótese, não poderá a autoridade arquivar os autos 
(art. 17/CPP). 
 Obrigatório: na hipótese de crime apurável mediante ação penal 
pública incondicionada, a autoridade deverá instaurá-lo de 
ofício, assim que tenha notícia da prática da infração (art. 5º, I, 
do CPP). 
 
Início do Inquérito Policial 
O inquérito policial pode começar: 
 de ofício, por portaria ou auto de prisão em flagrante; 
 requisição do Ministério Público ou do Juiz; 
 por requerimento da vítima; 
 mediante representação do ofendido. 
Requisitos para ação penal pública 
Representação 
DO OFENDIDO: Consiste a representação do ofendido em uma espécie de 
pedido-autorização por meio do qual o ofendido ou seu representante legal 
expressam o desejo de instauração da ação, autorizando a persecução penal. 
É necessária até mesmo para abertura de inquérito policial, constituindo-se 
na delito criminis postulatória. 
A representação é um direito da vítima e pode ser exercido por ela ou por seu 
representante legal, ou, ainda, por procurador (da vítima ou do seurepresentante legal) com poderes especiais, mediante declaração escrita ou 
oral (Art.39, caput). 
Esta representação não há de necessariamente ser feita por intermédio de 
profissional dotado de capacidade postulatória, por tratar-se de figura 
processual. 
Requisição do Ministério da Justiça 
Em casos excepcionais a Lei brasileira exige, para o início da ação penal, uma 
manifestação do Ministro da Justiça. 
Esta requisição do Ministro da Justiça é um ato administrativo, discricionário e 
irrevogável, que deve conter a manifestação de vontade, a autorização para a 
instauração de ação penal, com menção do fato criminoso, nome e qualidade 
da vítima, nome e qualificação do autor do crime, entre outros. 
Atende razões de ordem política que subordinam a ação penal pública em 
casos específicos a um pronunciamento do Ministro. 
Ação penal privada 
Entende-se que a regra é que a iniciativa da ação penal seja pública, pelo fato 
de que cabe ao Estado tutelar e pacificar a sociedade diante das infrações 
penais cometidas. 
Nesse sentido, ao dar à vítima a titularidade exclusiva para propor a ação 
penal, o Estado passa a abrir mão de tutelar os bens jurídicos protegidos pelo 
Direito Penal, pois o início da ação restará condicionada à vontade da vítima. 
Nessa condição, a ação penal privada é aquela em que o Estado, titular 
exclusivo do direito de punir, concede a legitimidade para a propositura da ação 
penal à vítima ou a seu representante legal. 
O conceito propriamente dito de uma Ação Penal Privada se entende como 
sendo toda ação movida por iniciativa da vítima ou, se for menor ou incapaz, 
por seu representante legal. No Artigo 100, § 2º, do Código Penal, diz: 
Art. 100, § 2º do CP – A ação de iniciativa 
privada é promovida mediante queixa do 
ofendido ou de quem tenha qualidade para 
representá-lo. 
E no Artigo 30 do Código de Processo Penal: 
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade 
para representá-lo caberá intentar a ação 
privada. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10628267/artigo-100-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10676822/artigo-30-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
A distinção básica que se faz entre ação penal privada e ação penal pública 
reside na legitimidade ativa. Nesta, tem o órgão do Ministério Público, com 
exclusividade (CF, Art. 129, I); naquela, o ofendido ou quem por ele de direito. 
Princípios 
OPORTUNIDADE 
O princípio de oportunidade significa que o querelante oferece a queixa 
crime se lhe for conveniente, enquanto a pública o promotor é obrigado a 
processar. 
INTRANSCENDÊNCIA 
Vale-se para ação pública, somente pode processar criminalmente o autor da 
infração penal, quem praticou o crime. 
DISPONIBILIDADE 
O querelante pode desistir da ação penal, na pública o princípio é da 
indisponibilidade o promotor não pode desistir da ação, o ofendido pode 
desistir, perdão do ofendido e haver a perempção. 
Exclusiva 
A ação penal privada exclusiva é aquela em que a vítima ou seu representante 
legal exerce diretamente. É também chamada Ação Penal Privada 
propriamente dita. Resumidamente então, a ação privada exclusiva é cabível 
a propositura para aqueles que têm o direito de representação, dentro do prazo 
decadencial de seis meses. 
Personalíssima 
Esta já é diferente, pois a ação somente pode ser proposta pela vítima, 
somente ela possui este direito. Não há representante legal nem a 
possibilidade dos legitimados no Artigo 31 do CPP. A única hipótese de 
cabimento atualmente é no crime de induzimento a erro essencial e ocultação 
de impedimento ao casamento, tipificado no Art. 236 no CP. 
Art. 236 – Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, 
ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior: 
Pena – detenção, de seis meses a dois anos. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.projuris.com.br/queixa-crime/
https://www.projuris.com.br/queixa-crime/
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10676777/artigo-31-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
Parágrafo único – A ação penal depende de queixa do contraente enganado e 
não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, 
por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento. 
Neste o prazo decadencial é também seis meses. 
Subsidiária Pública 
A ação penal privada subsidiária pública é proposta pelo titular da ação penal 
privada exclusiva, através de uma queixa – crime subsidiária, ocorrendo a 
inércia do direito de ação do Ministério Público (cinco dias para acusado preso 
ou quinze dias para acusado solto), Art. 5º, LIX, CF/88. 
Prazo decadencial de seis meses, a serem contados a partir do dia posterior ao 
término do prazo para o Ministério Público apresentar a denúncia.