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Invalidade do Negócio Jurídico

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Invalidade do Negócio Jurídico
● Ato Inexistente:
↳ ex tunc > retroage.
↳ Aquele que não reúne os elementos necessários à sua formação ou
existência.
↳ Não produz qualquer consequência jurídica.
● Ato Inválido:
↳ Para que o negócio jurídico seja válido é preciso que, além dos requisitos
essenciais, ele não possua nenhuma vício ou defeito.
a) nulo:
↳ ex tunc > retroage.
↳ ato que embora reúna os elementos necessários a sua existência, foi
praticado com violação da lei, ordem pública, bons costumes ou com
inobservância da forma legal.
↳ precisa de decisão judicial para a retirada da sua eficácia.
b) anulável:
↳ ex nunc > não retroage.
↳ tem defeito de menor gravidade.
↳ pode ser confirmado pelas partes quando não houver prejuízo a
direito de terceiros
● Causas de Nulidade:
↳ Quando a lei usa a expressão “nulo”, ou outra equivalente, a nulidade é
absoluta.
↳ A nulidade pe relativa quando a lei usa a expressão "anulável".
↳ art. 166. é nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua
validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar
sanção.
↳ art. 167. é nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se
dissimulou, se válido for na substância e na forma.
➔ simulação:
↳ dá-se por simulado o negócio decorrente de uma falsidade com o
intuito de enganar a quem venha dele tomar conhecimento,
independente de causar ou não prejuízo a terceiro.
a) simulação absoluta:
↳ as partes não realizam nenhum negócio, apenas fingem - para
criar uma aparência, ilusão externa - sem que na verdade
desejem o ato.
↳ exemplo: confissão de dívida perante amigo, com concessão de
garantia real, para esquivar-se dos credores; confissão de dívida
no testamento, para prejudicar credores; venda simulada.
b) simulação relativa:
↳ partes pretendem realizar determinado negócio, prejudicial a
terceiro ou em fraude à lei.
↳ para escondê-lo ou dar-lhe aparência diversa, realizam outro
negócio.
↳ são dois negócios: um é simulado (aparente, destinado a
enganar) e o outro é dissimulado (oculto, mas verdadeiramente
desejado).
↳ exemplo: pai que “vende” um apartamento a um filho sem a
permissão dos outros descendentes, mas que na verdade, realiza
uma doação.
↳ art. 167. é nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se
dissimulou, se válido for na substância e na forma.
dissimulou, se válido for na substância e na forma.
§ 1º haverá simulações nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às
quais realmente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
§ 2ª ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do
negócio jurídico simulado.
● Anulabilidade:
↳ Imperfeição de menor gravidade.
↳ É anulável o negócio jurídico por incapacidade relativa do agente e por vício
resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra
credores.
● Causas de Nulidade Relativa:
↳ O negócio jurídico é anulável, conforme preceitua o art. 171, nas seguintes
hipóteses:
➔ por incapacidade relativa do agente;
➔ por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou
fraude contra credores.
↳ Observação: o negócio ainda será anulável nos casos expressamente
declarados em lei:
➔ venda de ascendente a descendente, alvo se houver consentimento
expresso dos descendentes e do cônjugue;
➔ falta de autorização nos casos que a lei exige;
ANULABILIDADE NULIDADE
decretada no interesse privado da pessoa
prejudicada.
é de ordem pública e decretada no interesse
da coletividade.
pode ser suprida pelo juiz a pedido das
partes ou sanada pela confirmação.
não pode ser sanada pela confirmação ou
suprida pelo juiz.
não pode ser pronunciada de ofício,
depende de provocação.
deve ser pronunciada de ofício pelo juiz.
ex nunc > não retroage. ex tunc > retroage a data do negócio para
lhe negar efeitos.
só pode ser alegada pelos interessados. pode ser alegada por qualquer interessado
ou MP.
seus efeitos atingem apenas quem alegou,
salvo solidariedade ou indivisibilidade.
seus efeitos atingem a todos.
quando a lei não determina o prazo
decadencial, será de 4 anos.
negócio nulo não se convalida pelo decurso
do tempo, nem pode ser confirmado.
● Quem pode arguir a nulidade:
↳ Qualquer interessado, MP interveniente, juiz (de ofício).
↳ art. 168. as nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por
qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir.
parágrafo único. as nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando
conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas,
não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes.
● Decadência:
↳ art. 178. é de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-see a
anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia
em que se realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
● Quem pode alegar a anulabilidade:
↳ Só os interessados (aproveitando só a eles).
↳ art. 177. a anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se
pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita
exclusivamente aos que alegarem, salvo o caso de solidariedade ou
indivisibilidade.
● Ratificação do Ato Anulável:
↳ art. 172. o negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de
terceiro.
● Efeitos da Anulabilidade:
↳ art. 182. anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em
que antes dele se achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão
indenizadas com o equivalente,

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