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PRÁTICA CIVIL PETIÇÃO INICIAL DIREITO CIVIL – ANÁLISE DE CASO PRÁTICO + TEORIA ESTRUTURA DA PETIÇÃO INICIAL ART. 319 DO CPC I – o juízo a que é dirigida; II – os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV – o pedido com as suas especificações; V – o valor da causa; VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. O ENDEREÇAMENTO 1. O endereçamento é a indicação do órgão judiciário que apreciará a petição inicial (juiz ou tribunal). É aqui que o autor estabelece a competência. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA (CÍVEL/FAMÍLIA) DA COMARCA DE IMPERATRIZ – ESTADO DO MARANHÃO Ter que analisar a competência, organização judiciária. Juizados especiais civeis (Ações até 20 salários mínimos, sem advogado, ou até 40 salários mínimos, com advogado) – (critério do valor da causa). Se é questão criminal, família, trabalhista (critério material). OBS: Vai depender do sorteio eletronico para saber qual Vara civil vai ser distribuido. COMPETÊNCIA DAS JUSTIÇAS ESPECIAIS 1.1. Justiça do Trabalho (art. 114 da CF): ações trabalhistas Justiça Eleitoral (art. 121 da CF). Justiça Militar (art. 124 da CF): crimes militares. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM 1.2. Já a Justiça Estadual tem aplicação por exclusão (residual). Tramitam perante a justiça estadual todas as causas da justiça comum não afetas à justiça federal e nem à justiça especializada. Justiça Estadual Justiça Federal COMPETÊNCIA DE FORO 2. A competência de foro é aquela definida em razão do critério territorial. Tal definição decorre da necessidade de fixar um juízo (entre os vários competentes daquela comarca ou seção/subseção judiciária). REGRA GERAL EM RELAÇÃO A COMPETÊNCIA DE FORO 2.1. A regra geral, estabelecida pelo art. 46 do CPC/2015, determina que “a ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu”. REGRA GERAL SUBSIDIÁRIA 2.2. § 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles; § 2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor; § 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro; § 4º Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor; § 5º A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no lugar onde for encontrado. Ainda no artigo 46º do CPC REGRA ESPECIAL 3. A regra especial corresponde a algumas situações específicas em que a lei processual optou por conferir tratamento diverso. Estão previstas nos arts. 47 a 53 do CPC/2015. FORO DA SITUAÇÃO DA COISA (FORUM REI SITAE) – ART. 47 DO CPC/2015 3.1. Nas ações fundadas em direito real sobre imóvel é competente o foro da situação da coisa. Usucapião Posse DOMICÍLIO DO DE CUJUS – ART. 48 DO CPC/2015 3.2. Se o de cujus tinha domicílio certo, é lá que deverão correr as ações de inventário, partilha, arrecadação, impugnação ou anulação de partilha extrajudicial, disposições de última vontade e todas em que o espólio for réu (mesmo que tenha falecido no estrangeiro). Quando o de cujus não tiver domicílio certo, seguirá a regra da situação dos bens imóveis. Se o falecido tiver bens em apenas um lugar, este será o foro competente. Se tiver bens em diversos lugares, os foros serão concorrentes. FOROS ESPECIAIS – ART. 53 DO CPC/2015 4. I – de domicílio do guardião de filho incapaz, para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento, reconhecimento ou dissolução de união estável; caso não haja filho incapaz, a competência será do foro de último domicílio do casal; se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal, será competente o foro de domicílio do réu. II - domicílio ou residência do alimentando (recebe/filho), para ação em que se pedem alimentos. Aplica-se também a investigação de paternidade com pedido de alimentos (Súmula 1 do STJ). OBS: o art. 53, I, do CPC acrescentou a al. d) foro competênte é o da vítima de violência domestica. (Incluída pela Lei nº 13.894, de 2019). QUALIFICAÇÃO DAS PARTES 5. - Nomes e os prenomes O estado civil A existência de união estável novidade CPC/15 A profissão O número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica O endereço eletrônico novidade CPC/2015 O domicílio e a residência do autor e do réu (exigência do art. 319, II, do CPC/2015). QUALIFICAÇÃO DAS PARTES 5.1. FULANO DE TAL (nome completo), (nacionalidade), (estado civil [e a existência de união estável]), (profissão), RG n. ..., CPF sob o n. ... (endereço eletrônico), residente e domiciliado na cidade de ... (endereço completo), por seu advogado devidamente constituído pelo instrumento de mandato anexo, que recebe intimação em seu escritório (endereço completo do escritório), vem à presença de Vossa Excelência com fundamento nos artigos (inserir dispositivos de direito civil e/ou processual), propor a presente ação de (inserir nome da ação “ação de alimentos”), em face de CICLANO DE TAL (obs.: qualificação do réu que será feita com as mesmas referências do autor , salvo se tiver “qualificação desconhecida”). FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO 6. Descrever a relação fática e jurídica mantida entre as partes, da qual derivou o conflito: Decrever como ocorreu casamento e sua dissolução. Decrever como foi firmado o contrato e seu descumprimento. Descrever como surgiu o início daquele relacionamento para tentar demostrar a União Estável. DOS FATOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO 6.1. LEI (fundamento legal) Jurisprudência Doutrina DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS E FUNDAMENTOS LEGAIS Fundamentar a aplicação da lei naquele caso concreto. É misturar os fatos com a norma legal, doutrina e jurisprudência. OBS: a mera indicação de dispositivo legal não pontua no exame da ordem. PEDIDO 7. Posto isso, requer: Justiça gratuita (art. 98 e ss CPC). Tutela Provisória (quando houver esta necessidade); Citação do réu para comparecer a audiência de conciliação e mediação (se desconhecido será feita por edital, art. 256, I, CPC); Na eventualidade do réu não comparecer na audiencia de conciliação e mediação, apresente, querendo, defesa no prazo de quinze dias, sob pena de revelia; Seja, ao final, o pedido julgado procedente para o fim de ... (especificação do pedido. Exemplo: “condenar o réu a”, “declarar a” etc.); Seja o réu condenado nas custas e honorários a serem arbitrados por Vossa Excelência; Informa que as intimações deverão ser encaminhadas ao Advogado... no endereço ...; Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos... Atribui-se à causa o valor de R$ ... Termos em que pede deferimento. (local) (data) VALOR DA CAUSA 8. A toda causa deve ser atribuído valor conforme art. 291 do CPC/2015. O art. 292 do Código de Processo Civil estabelece os critérios para a fixação do valor da causa. Na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação; O valor da causa serve para delimitar quanto vale esse pedido, delimitar o valor das custas processuais, etc. VALOR DA CAUSA 8.1. b) a ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;c) a ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor; d) a ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
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