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AINES - Anti-inflamatórios não esteroidais

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–
 
 
 
 Os AINES podem ser chamados de anti-inflamatórios não esteroides, anti-inflamatórios não esteroidais ou 
anti-inflamatórios não hormonais. 
 Antes de falar sobre essa classe de medicamentos, é importante entender a inflamação. 
 Durante a inflamação o organismo possui enormes quantidades de substância sendo eliminas e entre elas, 
as mais importantes são as prostaglandinas. 
 É importante saber que as prostaglandinas são fisiologicamente importantes para o corpo, ou seja, são 
responsáveis pela manutenção de funções fisiológicas e não somente ativas em processos inflamatórios. 
Fica o questionamento, como surgem as prostaglandinas? 
 Os fosfolipídios produzem a fosfolipase A2 que irá produzir o Ácido araquidônico, que por sua vez, será o 
substrato para ação de enzimas que irão produzir novas substâncias. O ácido araquidônico vai contribuir 
para a formação da COX-1, COX-2 e LOX-lipoxigenase que irá produzir os leucotrienos. 
Observem esse esquema – origem das prostaglandinas 
 
 
 
 
 
 
 
Em um organismo existem as COX-1, COX-2 e COX-3. 
 COX-1: fisiológica ou constitutiva, existe no corpo independente de processo inflamatório, sintetizam as 
prostaglandinas que possuem ação fisiológica e está presente principalmente na mucosa duodenal e nas 
plaquetas. 
 COX-2: é inflamatória, surge somente quando há processos inflamatórios, a sua produção é induzida por 
mediadores inflamatórios e de forma fisiológica, só estará presente nos rins, sistema nervoso central e 
endotélio. 
 COX-3: é uma variante constitutiva ou fisiológica da COX-1 e é encontrada no sistema nervoso central. 
AINES – Anti-inflamatórios não esteroidais
Fosfolipídios Fosfolipase A2 Ácido araquidônico 
LOX-lipoxigenase COX-1 
COX-2 
Prostaglandinas Tromboxano A2 
Leucotrienos 
Tromboxano sintetase 
 
–
 Quando as COX agem sobre o ácido araquidônico e produz as prostaglandinas, a enzima tromboxano 
sintetase age sobre as prostaglandinas e produzem tromboxano A2, a ação ocorre principalmente na 
prostaglandina PGH2 porque será uma das primeiras a serem formadas a partir da reação da COX + 
Ácido araquidônico. 
Quais são as funções das prostaglandinas? 
Muco estomacal 
 A parede gástrica é revestida por um muco que protege a mucosa de ser degradada pelo ácido 
clorídrico. 
 O revestimento estomacal protege contra o surgimento de úlceras pépticas. 
 O muco é produzido em resposta as diversas prostaglandinas fabricadas no local por meio da COX-1, em 
especial a PGE2 e PGI1. 
Coagulação 
 O tromboxano A2 vai induzir a coagulação e sempre irá ser ativado quando for necessário realizar a 
coagulação. 
 A PGI2 é uma prostaciclina que vai agir parando o processo de coagulação por ser um inibidor da 
coagulação. 
 Para que tudo funcione de forma ideal, é preciso que haja o equilíbrio entre tromboxano A2 e PGI2 
(prostaciclina) no sangue. 
Prostaglandinas na inflamação 
 Capacidade de produzir DOR e FEBRE 
 A febre vai ocorrer pela ação da PGE2 no hipotálamo 
 A dor vai agir pela ação conjunta da PGE2 e PHI2, sendo caracterizada por uma dor lenta e crônica 
AINE 
 O que é preciso para ser um AINE? É preciso ter 3 tipos de mecanismo de ação sendo eles citados abaixo 
 Ação anti-inflamatória: controlando ou diminuindo o processo inflamatório 
 Ação antipirética: reduzindo a temperatura corporal 
 Ação analgésica 
 
 
 
–
Mecanismo de ação dos AINES 
 Consiste em inibir a enzima COX 
 Isso porque sem a COX não haverá ácido araquidônico sendo convertido em prostaglandinas, e como elas 
são as responsáveis pela inflamação, esse processo também não existirá. 
 AINES não seletivos: inibem a COX-1 e COX-2, possuindo preferência pela COX-1. 
 AINES seletivos: inibem apenas a COX-2. 
 Os AINES vão apenas inibir a ação das prostaglandinas na infecção, porque apesar de desagradável, o 
processo será útil para recuperar o tecido lesado. 
Efeitos adversos dos AINES não seletivos 
 Formação de úlcera péptica: Isso porque a produção do muco ocorre através da COX-1, quando os AINES 
não seletivos inibem a COX-1, a produção do muco protetor é diminuída. 
 Insuficiência renal aguda pré-renal: É preciso de elevadas quantidades de prostaglandinas para manter 
a taxa de filtração glomerular constante suficiente, nesse caso o uso de um AINE irá diminuir a 
quantidade de prostaglandinas. 
 Problemas da coagulação. 
 Prolongamento da gravidez. 
 Náuseas, vômitos, diarreia, constipação e dispepsia. 
 As úlceras pépticas + insuficiência renal são causadas quase que exclusivamente pelos inibidores não 
seletivos. 
AAS – Ácido Acetil Salicílico – Aspirina 
 É um salicilato 
 Inibidor irreversível de COX-1 e COX-2. 
 Pode ser usado como anti-agregante plaquetário (a plaqueta é rica em COX-1 que produz 
prostaglandinas, o processo de coagulação ficará prejudicado porque as prostaglandinas não irão se 
converter em tromboxano A2 que é um pró-coagulador). 
 Além disso, as plaquetas não irão conseguir sintetizar a COX para repor as plaquetas “estragadas” pelo 
AAS e por isso ocorre a ação anti-agregante plaquetária. 
 Para procedimentos cirúrgicos, é preciso parar de usar o AAS por cerca de 7 a 10 dias para as plaquetas 
serem recuperadas. 
 Em crianças o uso de AAS pode causar Síndrome de Reye (encefalopatia hepática). 
 
–
 Contraindicado para pacientes com problemas gástricos por causar gastrite, úlcera péptica, esofagite, 
refluxo e outros. 
 Em pacientes com contraindicação faz-se o uso de AAS tamponado. 
Paracetamol 
 Derivado do para-aminofenol. 
 Inibidor da COX-2. 
 Analgésico e antitérmico. 
 É a droga de escolha para febre em crianças. 
 Pode ser utilizado para alívio das dores. 
 É extremamente hepatotóxico, pode levar a morte em causa de overdose e pode gerar falência do fígado 
e necrose. 
 Em casos de intoxicação deve ser realizada a lavagem gástrica com carvão ativado. 
Dipirona 
 Derivado pirazolonico e/ou derivados da pirazolona 
 Analgésico e antitérmico 
 Inibe a COX-2 
 Pode causar agranulocitose em membros e tronco 
 Pode causar aplasia medular 
 Não há o risco elevado de lesão hepática grave 
AINES 
 Alguns AINES são usados por pacientes com algum acometimento reumatológico, seja doença autoimune 
ou doença inflamatória degenerativa. 
 São usados para controle do processo inflamatório e dor. 
Diclofenaco 
 Derivados ácido fenilacético. 
 É um AINE não seletivo, porém apresenta maior afinidade pela COX-2. 
 Inibe mais a COX-2. 
 É um anti-inflamatório. 
 Pode ser Diclofenaco de K (potássio) e Diclofenaco de Na (sódio). 
 
–
 Em idosos deve ser utilizado por no máximo 5 dias (sendo preferível 3 dias). 
 A complicação mais comum é a insuficiência renal aguda. 
 Consegue penetrar na cápsula articular. 
 Mais utilizado na ortopedia e reumatologia. 
Derivados do ácido propiônico 
 São derivados do ácido propriônico o ibuprofeno, naproxeno e cetoprofeno. 
 Todos eles são anti-inflamatórios, porém, somente o ibuprofeno é analgésico e antitérmico. 
 São inibidores não seletivos, podem inibir a COX-1 e COX-2 
 Podem causar insuficiência renal aguda e são hepatotóxico. 
 Devem ser utilizados com cautela em idosos. 
Ibuprofeno 
 Mais utilizado para dores esporádicas. 
 É preciso de altas doses para um resultado terapêutico satisfatório (cerca de 200-800mg). 
 Possui poucas chances de causar úlceras pépticas. 
 Inibidor não seletivo, pode inibir a COX-1 e COX-2. 
Naproxeno 
 É semelhante ao ibuprofeno e cetoprofeno. 
 Tem segurança elevada quanto as úlceras pépticas (baixo risco de causar úlceras). 
 Pode causar tontura, cefaleia, fadiga, depressão, sonolência e ototoxicidade. 
 Inibidor não seletivo, pode inibir a COX-1 e COX-2. 
 É um anti-inflamatório. 
 Possui ação analgésica. 
 Deve ser usado com cautela em idosos. 
Cetoprofeno 
 É semelhante ao ibuprofeno. 
 Inibidor não seletivo, pode inibir a COX-1 e COX-2. É um anti-inflamatório, analgésico e antirreumático 
 Usado no tratamento da osteoartrite e artrite reumatoide. 
 É preciso de menores doses para ter efeito terapêuticos. 
 
–
 É menos seguro em relação ao TGI. 
Derivados do oxicam 
 São inibidores não seletivos, podem inibir a COX-1 e COX-2. 
 São derivados do oxicam o piroxicam, tenoxicam e meloxicam. 
 São anti-inflamatórios. 
 Em idosos deve ser usado somente se necessário e por no máximo 5 dias (sendo preferível 3 dias). 
 Pode causar insuficiência renal aguda. 
Piroxicam 
 Inibidor não seletivo, pode inibir a COX-1 e COX-2. 
 É um anti-inflamatório com propriedades analgésicas e antipiréticas. 
 Vai agir inibindo a ativação de neutrófilos. 
 Pode causar insuficiência renal aguda. 
Meloxicam 
 Inibidor não seletivo, pode inibir a COX-1 e COX-2. 
 Mesmo sendo um inibidor não seletivo, ele tem preferência pela COX-2. 
 É um anti-inflamatório com ação analgésica. 
 É utilizado para o tratamento da artrite reumatoide e osteoartrite. 
 Pode causar insuficiência renal aguda. 
Tenoxicam 
 Inibidor não seletivo, pode inibir a COX-1 e COX-2. 
 É um anti-inflamatório com ação analgésica. 
 Pode ser usado para o tratamento de doenças reumatológicas. 
Derivados da Fenoximetanossulfanilida 
 É um derivado da Fenoximetanossulfanilida a nimesulida (nisulid). 
 É um anti-inflamatório. 
 Inibidor não seletivo, pode inibir a COX-1 e COX-2. 
 Mesmo sendo um inibidor não seletivo, ele tem preferência pela COX-2. 
 Pode causar insuficiência renal aguda e é hepatotóxico. 
 
–
Derivados do Indol 
 São anti-inflamatórios. 
 Inibidor não seletivo, pode inibir a COX-1 e COX-2. 
 Exemplo de derivado é a indomecatina (indocid). 
 Mesmo sendo um inibidor não seletivo, ele tem preferência pela COX-2. 
 Tem relação com inibição dos neutrófilos e proliferação de linfócitos. 
 Pode ser utilizado para o tratamento agudo da gota e espondilite anquilosante. 
Indometacina 
 Pode ser chamado de indocid. 
 Não deve ser utilizado em pacientes psiquiátricos. 
 É hepatotóxico. 
Fenamatos 
 É derivado do ácido N-fenilantranílico 
 Inibidor não seletivo, pode inibir a COX-1 e COX-2. 
 Mesmo sendo um inibidor não seletivo, ele tem preferência pela COX-2. 
 Possui poucos efeitos colaterais. 
 Um exemplo de fenamato é o Ponstan 400 e o ácido mefenâmico. 
 Tem boa ação no útero por agir na cavidade uterina. 
 Pode ser usado para tratamento da dismenorreia. 
AINES seletivos para COX-2 
 São chamados de COXIBES. 
 Possui efeito adverso mais grave do que os AINES não seletivos. 
As plaquetas são ricas em COX-1 que estão produzindo prostaglandinas que serão convertidas em 
tromboxano A2 o tromboxano A2 é um potente indutor da coagulação. 
O endotélio vascular é rico em COX-2 que produzirá prostaciclina (PGI2) que inibe a coagulação. 
Se você tem um fármaco que é inibidor seletivo da COX-2, você irá interromper somente a produção de 
prostaciclina (PGI2) e não haverá nenhum fator para inibir o tromboxano A2 de realizar a coagulação. 
Nesse caso a coagulação será induzida e a prostaciclina (PGI2) não será produzida para inibir a coagulação, 
por conta disso, haverá mais chances de eventos trombóticos. 
 
–
 COXIBES não contribuem para úlceras pépticas, porém, contribuem para AVE, IAM, TEP. 
 Os COXIBES não são fármacos bons e são pouco comercializados. 
 Exemplo: CELECOXIBE que é vendido com retenção de receita. 
NÃO SELETIVOS 
COX-1 E COX-2 
NÃO SELETIVOS COM 
PREFERÊNCIA PELA COX-2 
SELETIVOS – COXIBES 
COX-2 
ASPIRINA CELECOXIBE (CELEBRA) 
INDOMETACINA (INDOCID) INDOMETACINA (INDOCID) ROFECOXIBE (VIOXX) 
IBUPROFENO VALDECOXIBE (BEXTRA) 
NAPROXENO PARECOXIBE 
CETOPROFENO ETORICOXIBE (ARCOXIA) 
DICLOFENACO DICLOFENACO LUMIRACOXIBE (PREXIGE) 
PIROXICAM 
MELOXICAM MELOXICAM 
TENOXICAM 
PONSTAN 400 PONSTAN 400 
ÁC. MEFENÂMICO ÁC. MEFENÂMICO 
NIMESULIDA NIMESULIDA

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