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ANALGESIA E VIAS SENSITIVAS PROF. MSC. SEVERO CONOPCA JUNIOR INTRODUÇÃO A analgesia é uma das indicações mais importantes a que se destinam os fármacos. A dor talvez seja tão importante quanto a analgesia. “A dor é um sinal de alerta que ajuda a proteger o corpo de danos nos tecidos” (Cailliet, 1999) DOR Dor ≠ Nocicepção Nocicepção = mecanismo pelo qual estímulos periféricos nocivos são transmitidos ao SNC. Dor = experiência subjetiva, nem sempre associada à nocicepção. ** Natureza altamente subjetiva e individual definição e tratamento. difícil DOR A dor é uma submodalidade da sensibilidade somática como o toque, a pressão e a propriocepção. Pode produzir sensações como fisgada, ardência, queimação, inflamação ou pode ser latejante. A dor também pode sofrer influências da atenção, da expectativa, do aprendizado, da ansiedade , do temor e da distração. DOR PSICOGÊNICA Componente emocional associado; Não há qualquer substrato orgânico; Gerado por mecanismos psíquicos; MENSURAÇÃO DA DOR Tipos de dor e suas características Dois tipos principais: dor rápida e dor lenta. Dor rápida: dor em pontada, dor em alfinetada,dor aguda e dor elétrica. Conduzida por fibras A-delta nas velocidades entre 6 e 30 m/s. Dor lenta: dor em queimação, dor latejante, dor nauseante e dor crônica. É conduzida por fibra C em baixas velocidades entre 0.5 e 2 m/s. Tipos de dor e suas características NEUROFISIOLOGIA DA DOR Estímulos nociceptivos podem vir da pele dos vasos sanguíneos, das vísceras, das cápsulas articulares e dos músculos. DOR NOCICEPTIVA Começa simultaneamente ao início do fator causal. Remoção do fator alívio; Nenhum déficit sensorial é identificado; Pode ser espontânea ou evocada Espontânea – pontada, facada, agulhada, aguda, rasgando, latejante, surda, contínua, profunda, vaga; Evocada – manobra de Lasegue (ciatalgia); lavar rosto, escovar dentes (neuralgia do trigêmeo) FIBRAS AFERENTES DOS NERVOS PERIFÉRICOS NOCICEPTORES Dor aguda e rápida térmicos e mecânicos. fibras Aδ nociceptores Dor difusa e lenta fibras C nociceptores polimodais. Em situações patológicas hiperalgesia. alodinia e NOCICEPTORES Alodinia A dor resulta de estímulos que geralmente são inócuos. EX. batida leve na pele queimada de sol. ** Na ausência de estímulo não há dor. NOCICEPTORES Hiperalgesia _Resposta excessiva a estímulos dolorosos. O indivíduo sente dor espontaneamente. _ Envolve tanto a sensibilização das terminações nervosas nociceptivas periférica quanto a facilitação central da transmissão ao nível corno posterior e do tálamo. DOR REFERIDA DOR REFERIDA Sinais de dor dos receptores dos órgãos internos incorretamente interpretados; Convergência de impulsos dolorosos somáticos e viscerais para neurônios nociceptivos comuns localizados no corno dorsal da medula espinhal; Impulsos dolorosos de estruturas profundas cérebro interpreta como oriundos do tegumento DOR IRRADIADA Dor sentida à distância da sua origem; Em estruturas inervadas pela raíz nervosa ou pelo nervo cuja estimulação nociva é responsável pela dor DOR CRÔNICA Dor que se prolonga além do curso normal de uma lesão ou de uma doença. 6 meses após a lesão. Pode ser considerada uma resposta aprendida, em relação a qual se forma um desequilíbrio entre os estímulos dolorosos e não dolorosos. EFEITO PLACEBO Placebo vem do latim “eu agradarei”. Termo utilizado para conseguir alívio da dor por meio de mecanismos que não se relacionam com efeitos fisiológicos. SENSAÇÃO/ DOR FANTASMA Sensação dolorosa referente ao membro (ou parte dele) perdido que pode se apresentar de diversas formas tais como ardor, aperto, compressão ou até mesmo uma dor intensa e freqüente; A dor normalmente está presente na primeira semana após amputação, mas ela pode aparecer após meses ou até vários anos, estando localizada principalmente na parte distal do membro fantasma SENSAÇÃO/ DOR FANTASMA Muitos estímulos internos e externos modulam a dor fantasma, dentre os fatores relatados pelos amputados que modificam a experiência dolorosa estão os fatores agravantes da dor, os quais são a atenção, emoção, toque no coto ou pressão, mudança de temperatura, reflexos autônomos, dor de outra origem, colocação de uma prótese. PSÍQUICO VERSUS FISIOLÓGICO O membro-fantasma pode ser entendido como a interação entre o que se detecta ao nível periférico (corpo) e o que se integra ao nível central (mente), sendo criada então, a aparência final do corpo no sistema nervoso; Como o ser humano está acostumado a ter um corpo por completo, o fantasma acaba sendo a expressão de uma dificuldade de adaptação a um defeito súbito de uma parte periférica importante do corpo. PSÍQUICO VERSUS FISIOLÓGICO Além desse fator, o córtex cerebral, que possui um mapa sensorial das partes do corpo, ainda possui uma área de representação da região amputada, o que dificulta o cessar das sensações corporais. SINTOMAS Dor “fantasma”; dormência; queimação; câimbra; pontadas; ilusão vívida do movimento do membro fantasma, ou até mesmo, apenas a sensação de sua existência; DOR EM MEMBRO FANTASMA Sensação de presença do membro amputado, podendo ser interpretada como dor referida ao membro perdido; Descrita como uma sensação de queimação, elétrica, ou de câimbra, podendo persistir por longos anos; Origem – extremidades destruídas dos nervos periféricos, que poderá instalar padrões anormais de descarga nas fibras nervosas periféricas (nociceptores). PRINCIPAIS CAUSAS DE AMPUTAÇÃO DIABETES MELLITUS maior causa – dedos, pés, pernas Neuropatia = Lesões nos COMPLICAÇÕES DO DIABETES membros do fluxo sanguíneo Falta de O2 Lesão dos nervos Feridas da sensibilidade Dormência Amputação!!!!!! PRINCIPAIS CAUSAS DE AMPUTAÇÃO TROMBOSE HANSENÍASE ACIDENTES AUTOMOBILISTICOS ACIDENTES DE TRABALHO FERIMENTO POR ARMA DE FOGO INFECÇÃO ÓSSEA “ Dor... Sentimento e percepção Da alma... do corpo... Denuncia ou silencia Desagrada... Mas, pode ser um passo para a cura.”
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