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O Brasil, é um mercado requintado quando se trata de Compliance, que é uma das áreas que mais cresceram nos últimos anos, ficando atrás somente dos Estados Unidos. Claramente, isso se deve à operação Lava Jato que fez com que grande atenção fosse voltada para a área. Além da nossa legislação anticorrupção, o mercado se autorregula, na prática, exigindo dos players que possuam programas de Compliance que atuem sempre com correção e integridade para interagir saudavelmente no mundo dos negócios. Para a empresa B&S, que vem sofrendo grandes impactos em sua reputação e com alto risco de perder bons investidores é de grande importância investir no Compliance dentro da organização, implementando canais de denúncia interna, um acompanhamento da conduta dos colaboradores com treinamentos e informações necessárias sobre os riscos de uma conduta inadequada perante as Leis Brasileiras vigentes de Anticorrupção e deixando claro as responsabilidades e penalidades para empresas que pratiquem corrupção. Isso irá demonstrar a conduta da empresa e diminuir gradativamente os riscos, eliminando então práticas ilícitas que deem margem ao erro, bem como conquistar a confiança de seus futuros investidores. O Compliance é algo que precisa ser buscado como um todo e por todos, por isso, deve estar alinhado com a missão da empresa e seus valores. Cada um dos líderes tem o papel de promover um comportamento ético, com integridade, para assegurar sucesso contínuo, e demonstrar por meio de ações o compromisso com integridade e Compliance. Com isso, é notória a importância da implementação do tone at the top nesse projeto, pois ajudaria a desenvolver e capacitar os profissionais da empresa a seguirem no mesmo caminho. De acordo com a escritora Isabel Franco autora do livro Guia Prático de Compliance (2020, p. 30) “...podemos dizer que o tone at the top supera o papel de pilar de um programa de Compliance, pois é a base essencial para a manutenção da reputação organizacional e para a comunicação com a cadeia de stakeholders.” Desse modo, inserindo o tone at the top na empresa, ajudaria não apenas na conduta e ética interna com os colaboradores, mas também traria um retorno financeiro significativo na B3 (Brasil, Bolsa e Balcão), pois corporações que apresentam alto índice de confiabilidade e transparência, oferecendo controles internos e externos acima do praticado em mercado são as mais visadas por investidores. Contudo, implementar as práticas de Compliance com responsabilidade e compromisso dos colaboradores de todos os níveis garantindo a confiabilidade da empresa com a ética e transparência e com uma boa governança corporativa irá diminuir os riscos associados á empresa. Segundo Daniel Freitas “Implementar um programa de Compliance é um forte mecanismo de combate à corrupção. Nesse caso, os objetivos éticos sobrepõem-se a objetivos financeiros e cada membro se compromete com as normas internas de Compliance” (P102). Experiencia Tenho uma experiencia em Compliance e que está relacionado com a solução que apresentei no caso. Trabalhava em uma financeira na área de prevenção a fraudes e tínhamos toda uma política a ser seguida de Compliance. Porém, grande parte dos funcionários não seguiam essa política, nem mesmo os gestores davam exemplos, sempre deixavam passar as informações, não barrava quando viam que o processo não estava de acordo com as políticas. Isso mudou quando o filho do dono resolveu terceirizar uma empresa de Compliance para o realizar uma auditoria lá na empresa, feito isso, foi implementado um modelo como o tone at the top, onde todos os funcionários recebiam treinamentos para entender a importância de seguirmos corretamente as políticas de Compliance impostas. Deu super certo, desde então todos os funcionários passaram a seguir as regras e até denunciar quando viam alguma irregularidade. Referências bibliográficas FRANCO, ISABEL (2020). Guia Prático de Compliance. Editora: Forence, p. 30 FREITAS, D. Compliance e Políticas Anticorrupção. Curitiba: Contentus, 2020. p. 102
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