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DOENÇA DE ALZHEIMER É um distúrbio do SNC, descrito pela primeira vez por Alois Alzheimer, um neurologista Alemão em 1906; Conhecida também como doença senil tipo Alzheimer É a mais comum patologia que cursa com demência (70% de todos os casos de demência); Doença neurodegenerativa insidiosa e progressiva que compromete as habilidades cognitivas e funcionais – Associado a sintomas comportamentais. Demência Deficiência de um ou todos aspectos de um funcionamento intelectual numa pessoa que é completamente alerta. Envolve deficiência cognitiva que leva de forma lenta à déficit de memória e a orientação, e pelo menos um dos seguintes fatores: Pensamento abstrato; Julgamento e solução de problemas (diminui no inicio do estágio 1 da doença); Linguagem (estágio 2 da doença); - Personalidade. Doença de Alzheimer não é sinônimo de demência, mas sim uma das muitas de suas causas. Afeta: a função, a qualidade de vida, desenvolvimento econômico e social e a estrutura familiar. Atrofia cerebral Epidemiologia Demência: 47 milhões; Doença de Alzheimer afeta: 35 milhões; Duração média de 10 anos; Frequência ligeiramente > em mulheres; Mais prevalente após 65 anos; Antes 65anos (menos 1%) Após 65 anos (5 a 10%) n 85 anos ou mais (30 a 40%) Etiologia Causa na estabelecida Hipóteses de perda neuronal: Perda da homeostase de cálcio; - Alterações no metabolismo oxidativo relacionadas a idade; - Alterações de suporte trófico de fatores de crescimento específicos que aumentam a sobrevida do neurônio. Genética (70%) Muitas famílias com Alzheimer autossômica dominante de inicio precoce, com alterações nos cromossomas 14,19 e 1 (proteina precursora de cada cromossomo). Mutação relacionada ao aumento da produção da B- amilóide; 50% de pessoas com história familiar desenvolvem a doença; Gene (PSEN2), cromossoma 1 [Codifica presenilina tipo 2 (PS2)]; Gene (PSEN1), cromossoma 14 [Codifica presenilina tipo 1 (PS1)]; Gene (Apo E), cromossoma 19 [Codifica apolipoproteína – E (alelo 4)] Cromossoma 1 e 14= codifica presinilina Presinilina, não controla adequadamente as enzimas secretasse no seu corte da proteína percussora e o peptídeo Bamilóide deixa de ser solúvel. Cromossoma 19= codifica polipoproteina E2, E3 e E4 O gene Apo determina como o corpo deve processar carboidratos, lipídeos e proteínas. Apo E2:++ hiperlipidemia = Aterosclerose Apo E3: 64% população= deficiência vit K2. Apo E4: compromete funções cognitivas, reduz brotamento, Alzheimer, Aterosclerose. Fatores ambientis/ estilo de vida (30%) Exposições a metais tóxicos, pesticidas, químicos industriais e poluentes atmosféricos; Infecções virais, bacterianas, fúngicas crônicas. Suspeitas? Lesões cranioencefálicas traumáticas; - Menor nível educacional; - Idade dos pais; - Tabagismo; - Sindrome de Down em um familiar. Fisiopatologia Perda neuronal no hipocampo e no córtex cerebral; Perda do neurônio como da neurópila no córtex; Desmielinização secundária na subst branca subcortical. Proteinpatia: deposição anormal de proteínas (B-amilóide) Proteína TAU= Estabiliza os microtubulos e é abuntante em neurônios saudáveis (Na DA é hiperfosforilada: mutação da proteína no interior do neurotúbulo) Os emaranhados prejudicam o BDNF na ativação das organelas citoplasmáticas. BDNF controlado pelo Cromossoma 11p13 26/10/22022 Placas senis e emaranhados neurofibrulares= consequência de perda celular. Espalha-se em um padrão previsível Progressão Estagio inicial: aprendizagem e memoria/ pensamento e planejamentos Estagio leve a moderado: fala e compreensão de discurso/ percepção de onde o corpo está em relação aos objetos ao seu redor Estagio grave: perda da capacidade de comunicação, reconhecer familiares e de cuidados pessoais. Quadro clínico “geral” Evoluem uniformemente (primeiros sinais de distúrbio de memoria ate a perda cognitiva); evolução clínica progressiva ; estabilização (1 a 2 anos); déficits de linguagem. Depressão, delírios e comportamentos psicoticos, agitação (20% dos pacientes), alucinação (visual e auditiva), características extrapramidais (rigidez muscular, bradicinina, marcha arrastada, alterações posturais) Funções motoras e sensitivas primárias (poupadas), anormalidades oculomotores, cerebelares ou nervos periféricos. A doença de Alzheimer pode ser dividida de acordo com o caso clinico em estágios: Estagio inicial (“2 a 5 anos”) Alterações sutis da personalidade começam a surgir (reservada e apática); perda da memoria recente; incapacidade de aprender; problemas de linguagem; labilidade de humor; dificuldade progressiva para AVDs e agitação. Este estágio pode comprometer a sociabilidade. Estagio intermediário (“2 a 10 anos”). Alterações da aparência e do comportamento tornam-se mais perceptíveis; desorganização comportamental (agitação, hostilidade, perambulação, fata de cooperação e agressão física); incapaz de aprender e lembrar; deambulam com riscos e assistências nas AVDs. Neste estagio já perdeu todo o senso de tempo e lugar. Estagio grave ou “terminal” (“1 a 3 anos”) Alterações cognitivas profundas, incluindo uma acentuada desorientação temporo-espacial e pessoal; incapaz de andar; incontinência; incapaz de realizar AVDs; pode ocorrer incapacidade de deglutir; risco de pneumonia; depressões ou fantasias. Diagnostico National Institute of Neurological and Communicative Disorders and Stroke-Alzheimer’s Disease an Related Disorders Association- historia de deteriorização progressiva da capacidade cognitiva. Alzheimer “definido” (por autópsia) Definitivo: Post-Mortem Alzheimer “provavel” (s/doença associada) Alzheimer “possível” (critérios para demência e outra doença contribuinte) Doença continua Fase assintomática (pré clínica) Alterações neuropatológicas, mas a capacidade cognitiva é normal. Fase sintomática (pradrômica ou pré demência) Declínio cognitivo progressivo antes do início do comprometimento funcional e demência evidente. Demência Comprometimento cognitivo pode ser detectado bem antes do início dos sintomas de demência. Testes psicológicos; Exames laboratoriais (não tem alterações específicas); EEG; Testes genéticos; Imagens cerebrais (TC e RNM). TC e RNM Dilatação dos ventrículos; Aumento dos sulcos. Prognóstico Ruim (progressivo); Fechado (inevitavelmente incapacidade); Estabilizações; Progressão (4 a 10 anos = óbito) Tratamento Equipe multidisciplinar; Medicamentos para sintomas; Anticolinesterásicos (inibem a enzima responsável pela destruição de acetilcolina); Fármacos para retardar ou prevenir a progressão da doença (drogas beta amilóides e anti tau; “Não existe tto curativo ou preventivo” ? O gene que encontramos BDNF esta no cromossomo 11p13; BDNF plasmático baixo na DA; Gene 11p13 : ativado por atividade física e alimentação. Formação de memórias; Neuroproteção (contra toxinas produzidas na DA); Mediador de efeitos benéficos do exercício; Capaz de se opor à falha de sinapse e ao comprometimento da memória na DA; Pode diminuir a progressão da doença. Fisioterapia Habilitar o indivíduo a realizar suas AVDs, com autonomia; Aspectos preventivos; Encorajar atividades (para manter ADM e FM); Promover ajuda quando for absolutamente necessário; Ensinar o comando e objetos; Modificações ambientais: Avaliar perigos e potenciais da casa; As técnicas são as mesmas em indivíduos da terceira idade; Explicações claras e simples; Instruções repetidas sempre da mesma forma; Cuidados com distúrbio de compreensão: tração, eletroterapia e equipamentos que exijam participação ativa; Mostrar interesse pelo paciente; Pode iniciar quando ainda o diagnóstico esta sendo feito; Movimentos equilibrados, com repouso. Objetivos fisioterápicos Diminuir progressão e efeitos dos sintomas dadoença; Evitar ou diminuir complicações ou deformidades; Manter ou melhorar a capacidade funcional; Manter e melhorar a ADM funcional articular; Evitar contraturas e encurtamentos musculares; Evitar atrofia e fraqueza muscular; Orientar sobre posturas corretas; Manter ou melhorar a marcha; Manter ou recuperar a independência funcional nas AVDs. Tratamento fisioterápico Fisioterapia motora: Exercícios ativos; Exercícios passivos; Auto- assistidos; Ativo- resistido; Isométricos; isotônicos. Quando chega a segunda fase da patologia, devem-se estimular atividades para que o paciente não permaneça muito tempo na cama. Evitar escaras; Alongamentos; Condicionamento aeróbico; Hidroterapia; Bicicletas estacionárias; Exercícios para propriocepção e equilíbrio; Atividades lúdicas (para raciocínio); Orientar família quanto acompanhamento para esse paciente. DOENÇA DE PARKINSON Denominada como “paralisia agitante (tremula)” por James Parkinson em 1817. A bradicinina é a principal coisa vista na doença Doença neurodegenerativa, crônica e lentamente progressiva, especificamente dos neurônios dopaminérgicos da substancia negra compacta, com consequente redução na produção de dopamina. É uma condição neurológica com tremor involuntário, fraqueza muscular e propensão para postura em flexão. Controle motor Núcleos da base, cerebelo e a área motora primária precisam trabalhar juntos para que tenha um controle motor. Essas áreas juntos vão enviar a informação para o tálamo e ele realizar o controle motor- o talamos envia para o córtex, a área motora segundaria ajudar o movimento, que vai enviar para a área primaria que vai descer para os motoneurônios que vai descer a medula e vai para os nervos que vão realizar os movimentos. Funções do núcleo da base Controle motor, controle da motricidade ocular, seleção e automatização de rotinas, motricidade automática, preparo e regulação do tônus muscular r postural, controle da motivação, atenção e afeto e funções executivas. Funções executivas: grandes habilidades cognitivas diferentes e interdependentes entre si, como: Planejamento Atenção Controle de interferências externas Alterações de conceitos Tomada de decisões. Memoria operacional (motora, cognitiva e sensitiva). Capacidade de manter a estratégia adequada para atingir objetivos futuros. Revisão 1. Neoestriado: caudado e putamen- Striatum 2. Paleoestriado: globo e pálido- lentiforme 3. Arquiestriado: caudado e núcleo amgdaloide Atualmente designado núcleos da base: núcleo caudado e lentiforme Alguns autores incluem claustro e núcleo amigadaloide (arquiestriado) Janet Carr 2008: subtalamo e substancia negra (encontra-se no mesencéfalo). O núcleo caudado e o putâmem (striatum) são sítios de terminações primarias de axônio aferente aos gânglios basais (estrada principal aos gânglios basais) O globo pálido (GP) recebe estmulo do neoestriado. O GP possui duas partes, segmento interno (GPi) e segmento externo (GPe). Mas se projetam a alvos diferentes. Junto com os núcleos da base é comum estudar o núcleo subtalâmico (NST) e substancia negra (SN). A SN é dividida em parte compacta e reticulada. SN: camada grande de células, dorsalmente ao pedúnculo cerebral. Composta por 3 grupos celulares: SN compacta e SN reticulada SNc- produzem a maioria das células que produzem a dopamina SN- “pálida”. Possui células e conexões iguais a do Gapi. Correlações ente os núcleos da base, núcleo subalâmico e substancia negra. Ainda não se conhece o suficiente, mas é importante destacar a presença de tálamo. Tipos de característicos de disfunção motora. Núcleos da base Conexões: INPUTS- via núcleo estriado (caudado e putamen) Corticoestriais (acido glutamato) Nigroestriatais (dopamina) “doença de Parkinson” Conexões: OUTPUTS- via globo pálido interno Tálamo Colículo superior (tecto espinal) Formação reticular (núcleo pedúnculo pontinho) Conexões intrínsecas dos NB Via direta a via direta inibe o tálamo. Tudo ao contraio da via indireta. Via indireta Sai do córtex cerebral, vai para o caldado que vai para o globo pálido externo, vai passar no nucleo subtalamico e volta para o globo pálido interno que vai para o complexo VA/VL do tálamo e chega no córtex frontal. Sai do córtex cerebral, vai para o putamem, que vai para o globo pálido interno, vai para o complexo VA/Vl do tálamo e volt a para o córtex frontal. Circuito subtalâmco: conexões com a substância negra Se eu excitar uma área inibitória vai inibir mais Se eu inibir a área inibitória eu vou excitar o tálamo que vai excitar o córtex. O glutamato chega na área inibitória e estimula ele a inibir mais, estimulando a o tálamo que vai estimular o córtex Os núcleos da base “em repouso” inibem (gaba) o tálamo (núcleo frontal e lateral). Atividade tônica inibitória das eferências dos NB (“freio” permanente, até a necessidade de realizar o movimento) Lesão NB: falta de inibição (movimentos involuntários). Na DP: excesso de inibição. Conexões intrínsecas Dopamina: via direta (D1) e via indireta (D2) Via direta: o produto final da bia direta é a excitação do tálamo Via indireta: o produto final dessa via é a inibição do tálamo. Via hiperdireta :Inibe o musculo antagonista Córtex projeta (estimula) diretamente sobre o núcleo subtalâmico Inibitória sobre os músculos antagonistas 03/11/22 Doença de Parkinson= degeneração a células dopaminérgicas da substancia negra, resultando em redução da inibição por meio da via indireta e redução da excitação por meio da via direta. Tudo isso resulta em menos excitação do córtex motor pelo tálamo e lentidão e retardo dos movimentos. Ao aparecerem os sintomas, a substancia negra já perdeu 60% dos neurônios dopaminérgicos e o conteúdo de dopamina no estriado está aproximadamente 80% abaixo do normal. Possíveis causas de morte celular Obs: o tratamento da DP é parcialmente bem sucedida, porque muitas das manifesrações clinicas em origem não adopaminergicas. Podemos citar alterações da postura e equilíbrio, a distrofina, os bloqueios motores, entre outros que são poucos responsivos à reposição dopaminérgicas Noradrenegicas (degeneração do locus cereleus): estresse e ansiedade/ transtornos de pânico Serortonérgica (degeneração dos núcleos da Rafe): transtornos do sono. Colinérgica (degeneração do núcleo de Meynerd): conexões com áreas límbicas e lobo frontal (atenção, memoria e vigília) Classificação Parkisonismo primário- doença de Parkinson. Parkisonismo secundário- induzido por drogas, hipóxia, infeccioso, pós-encefalico, metabólico, toxinas, traumas, tumores e vascular. Prevalência EUA. 80.000 pessoas; 0,3% da população. 10 milhoes de pessoas no mundo; 8 a 18 casos para cada 100.000 individuos; 2ª maior causa de doença neurodegenerativa; Prevalência em homens 1,5 vezes mais que mulheres; n Acima dos 50 anos; 1 a 2 % população acima de 60 anos e 4 a 5% acima de 85 anos; n Dopamina apresenta um aumento muito precoce na concentração, seguido por uma rápida diminuição entre os 5 e 20 anos de idade e uma perda lenta e contínua dos 20 aos 80 anos de idade. Quadro clínico Sintomas pré motores: constipação, déficit olfatório (anosmia), desordens do sono(alterações do comportamento fo dono), ansiedade e depressão. Noradrenergica e serotonérgico (transtorno do sono) Sintomas motores: bradcinesia e acinesia (incapacidade de iniciar e realizar movimentos propositais; assoiado à tendência de assumir e manter posturas fixas; iniciar, alterar sireção e parar movimento; moimentos espontâneos ou associados tamem são afetados e muito gasto energético para um simples movimento). Dificuldade aumentada em realizar tarefas simultâneas e sequenciais. Morrais e Lansek demonstram o fenômeno no caminhar e dzer uma sequencia numérica. Apresentam: Hipomimia Diminui a frequência no piscar Há perda da gesticulação Tom monótomo na voz Mocrografia Dificuldade na fala e deglutição Alteração no aparelho respiratório Há controversas de estudos: direção de extensão de movimentos conhecidos são mais deficientes que direção ou extensão de movimentos não conhecidos. E vice-versa. Consenso: “A programação dos movimentos no Parkinsonismo é, definitivamente, dependente da tarefa e que a familiaridade com a tarefa e o uso dos sistemas multissensoriais melhoram o desempenho” Rigidez: “hipertonia plástica”- “rida denteada” (rigidez com tremor): resiencia aumentada para o movimento por meio da amplitude total em ambas as direções sem o clássico reflex conivente Pode aumentar o gasto energético, onde aumenta a percepção do esforço do movimento (fadiga) Tremor: presente no repouso, geralmente diminui ou desaparece com o movimento possivelmente intencional Extremidades (+comum, entretanto ocorre em outras regiões) Tremor postural “contar moedas” Interfere nas AVDs Instabilidade postural: Leva ao aumento de episódios de queda e suas sequelas; - Perda dos reflexos posturais (teste do puxão). Mais de 1/3 de todos os pctes com Parkinson caem e mais de 10% caem mais de uma vez na semana. Hipóteses: processamento sensorial não efetivo (proprioceptivo e cinestésico) Postura em flexão: Inclinada; Desvio ulnar das mãos; Flexão articular dos metacarpofalangeanas e extensão das interfalangeanas; Inversão dos pés. Fenômeno de congelamento: capacidade transitória de executar movimentos ativos (MMII, pálpebras, fala e escrita). “partida” e “destino”. O congelamento frequentemente é sobrepujado por indicações visuais. Marcha: Passo curto e velocidade diminuída; Estágio avançado (festinação); Hipóteses de marcha festinante ser causada por diminuição no equilíbrio; Progressão de pé chato ou uma sequência artelho-calcanhar. O que explica o freezing da marcha? A via hiperdireta, além do caminho córtex - subtâlamo – Gpi inibir tálamo (antagonista), vai inibir também direto do Gpi o Núcleo pendúnculo pontino (marcha). Sintomas não motores Distúrbios autonômicos: olhos secos, sudorese excessiva/ pele oleosa; Alterações urinárias; Disfunção sexual; Hipotensão ortostática; Constipação. Distúrbios do sono: Pernas inquietas e movimentos periódicos do sono; Insônia; Sonhos vividos/pesadelos; Despertar frequente; Sonolência diurna excessiva; Distúrbio comportamental do sono REM. Sintomas neuropsiquiátricos: cognitivo, comportamental e de humor: Anedomia; Depressão/ Apatia e Ansiedade; Disfunção executiva: Planejamento, flexibilidade cognitiva, pensamento abstrato, aquisição de regras, inibição de ações inadequadas, inibição de ações apropriadas, memória de trabalho e controle de atenção. Incapacidade em dividir atenção, acessar rapidamente a “memória em atividade” e em perceber e descriminar o visuo-espacial. “Alocar”; Demência; - Ataques de pânico; Psicose; Fobia social; Transtorno de controle de impulso (14%) + comportamentos compulsivos: natureza repetitiva, impulsiva-compulsiva e recompensadora; Síndrome da desregulação dopaminérgica (SDD) Estágios da doença Distúrbio progressivo; Sintomas iniciais: tremor de repouso ou a micrografia; Unilateral para bilateral. Com o tempo: rigidez e bradicinesia bilateralmente e depois alterações posturais; Aumento na rigidez da musculatura de tronco e na musculatura proximal. Sem balanço do braço na marcha, nenhuma expressão facial e dificuldade em iniciar movimento. Movimento com grande concentração (corticalmente), onde leva a movimentos cansativos. Limitação em cadeira de rodas. n Nos últimos e mais graves estágios: acamado e apresentar contratura em flexão de tronco fixam (síndrome do “travesseiro fantasma”). Capacidade inspiratória diminuída; tosse torna-se difícil; Broncopneumonia. Diagnostico Natureza clínica: Resposta à Levodopa; Sintoma mais importante: Bradicinesia: Mais um dos sintomas: Rigidez em ”roda denteada”, tremor de repouso e instabilidade postural. Prognostico Incapacitante, progressiva e lenta; 15 a 20 anos de evolução. Tratamento medicamentoso Tratamento sintomático na D é parcialmente bem sucedido. Há certamente outras vias neurais envolvidas na doença: Noradrenérgica (degeneração do locus ceruleus)- Stress e ansiedade/ Transtornos de pânico Serotonérgica (degeneração dos núcleos da rafe)- Transtornos do sono Colinérgica (degeneração do núcleo basal de Meynerd)- Conexões com áreas límbicas e lobo frontal (atenção, memória e vigília) Dopamina Levodopa; Bromocriptina e a pergolida (agonistas do receptor da dopamina). Terapia coadjuvante. Tratamento cirúrgico Cirurgias estereotáxicas; Cirurgias funcionais (DBS) Transplante celular: outro tipo de intervenção cirúrgica Reposição de dopamina no estriado = Viabilidade dos enxertos! Terapia genética: Para compensar a perda de dopamina no estriado (linhagens celulares manipuladas geneticamente para sintetizar e liberar dopamina = Teve melhoras comportamentais até 1 ano após o tratamento. Abordagem interdisciplinar Paciente, família, cuidador: fisioterapeuta, TO, fonoaudiólogo, psicólogo, enfermeiro, assistente social, neurologista. Avaliação Motor: Marcha, equilíbrio, agilidade, coordenação Cognitivo: Depressão, ansiedade, memória, função executiva, função viso espacial. Escala de avaliação da DP (escala de Webster) Bradicinesia das mãos - incluindo a escrita 0- Sem envolvimento. 1- Lentidão detectável supinação-pronação evidenciada por dificuldade inicial no manuseio de ferramentas, abotoar roupas e na escrita. 2- Moderada lentidão da supinação-pronação em um ou nos dois lados, evidenciada por moderada deficiência na função da mão. A escrita é muito dificultosa e há micrografia. 3- Grave lentidão da supinação-pronação. Incapacidade de abotoar roupas ou escrever. Grande dificuldade para manusear utensílios. Rigidez 0- Não detectável. 1- Rigidez detectável no pescoço e nos ombros. Fenômeno da ativação esta presente. Discreta ou nenhuma rigidez de repouso em um ou ambos os braços. 2- Moderada rigidez no pescoço e nos ombros. Rigidez de repouso está presente quando o paciente não esta sob medicação. 3- Severa rigidez no pescoço e nos ombros. A rigidez de pescoço não é revertida pela medicação. Postura 0- Normal. Cabeça flexionada à frente menos que 10 cm. 1- Iniciando “encurvamento” da coluna. Cabeça fletida à frente até 12 cm. 2- Cabeça fletida à frente até 15 cm e tendência a fletir os braços, com uma ou ambas as mãos nunca estando acima da cintura. 3- Postura simiesca instalada; cabeça fletida à frente mais que 15 cm e uma ou ambas as mãos acima da cintura. Flexão das mãos com extensão das interfalangeanas. Tendência a fx dos joelhos. Balanço das extremidades superiores 0- Balanço normal de ambos os braços. 1- Diminuição do balanço de um dos braços. 2- Ausência do balanço em um dos braços. 3- Ausência do balanço nos dois braços. Marcha 0- Normal, com tamanho dos passos entre 45 e 75 cm. Vira-se sem esforço. 1- Passos discretamente curtos, entre 30 a 45 cm. Tendência a arrastar um calcanhar. Aumento da lentificação da virada. Requer vários passos. 2- Passos moderadamente curtos, entre 15 a 30 cm. Os dois calcanhares começam a se arrastar no chão com força. 3- Instalação da marcha em “ ponta dos pés” . Passos menores que 8 cm. Marcha festinada ou congelada ocasional. Vira-se muito lentamente. Tremor 0- Não há tremor detectável. 1- Amplitude de tremor menor que 2 cm, nos membros ou na cabeça ao repouso ou mesmo na mão durante a marcha ou no teste de índex-nariz. 2- Não excede 10 cm de amplitude. É grave, mas não constante e o paciente mantêm algum controle sobre as mãos. 3- Amplitudeexcede 10 cm, sendo constante e grave. O paciente não se livra do tremor enquanto acordado, a não ser que seja do tipo cerebelar puro. Impossibilitado de escrever e alimentar-se devido o tremor. Fáceis 0- Normal. Animação sem alterações. Nenhum olhar fixo. 1- Imobilidade detectável. A boca permanece fechada. Tendência a características de ansiedade ou depressão. 2- Imobilidade moderada, aumento do limiar para o afloramento das emoções. Os lábios permanecem entreabertos parte do tempo. Aparência moderada de ansiedade e depressão. Sialorréia pode estar presente. 3- Fácies “congelada”. Boca permanece entreaberta 0,06cm ou mais. Sialorréia pode ser grave. Seborreia 0- Não há. 1- Aumento na perspiração, secreção continua fina. 2- Oleosidade nítida. Secreção mais espessa que o normal. 3- Seborréia grave, toda face e cabeça cobertas de secreção espessa. Fala 0- Clara, alta, ressonante, facilmente compreensível. 1- Tendência a rouquidão com perda de da inflexão e da ressonância. Bom volume e ainda facilmente compreensível. 2- Moderadamente rouca e fraca. Monótona de forma constante, começa a haver disartria, hesitação, gagueira e dificuldade para compreensão. 3- Grave rouquidão e fraqueza. Muito difícil para ouvir e compreender. Autocuidado 0- Não há comprometimento. 1- Demora para se vestir. Capaz de viver sozinho e, com freqüência, de trabalhar. 2- Requer ajuda em certas situações como virar- se na cama, levantar-se de cadeiras, etc. Lentidão acentuada na maior parte das atividades mas ainda as consegue realizar. 3- Incapacitado todo o tempo, não se veste, alimenta-se ou anda sozinho. Escala umidificada de avaliação da Doença de Parkinson-Unified Parkinsons’ disease rating scale (UPDRS) 1. Estado mental/comportamento/emocional: questões 1 a 4 2. Atividade da vida diária: questões 5 a 17 3. Exame motor com instruções: questões 18 a 31 4. Complicações da terapia: questões 32 a 42 Escala de Hoehn e Yahr Bestest Reabilitação do movimento funcional Sistema musculoesquelético sistema neuromuscular sistema sensorial sistema percentual sistema cognitivo balance (resposta antecipatória) sistema emocional. Objetivos gerais Manter ou melhorar ADM; Melhorar a expansão torácica; Melhorar as reações antecipatórias e de equilíbrio; Manter ou restaurar as habilidades funcionais; Manter ou melhorar marcha; Evitar contraturas/ deformidades; Quanto mais os pacientes são mantidos móveis, menos possibilidades eles têm de desenvolver pneumonia e podem manter mais a independência nas AVDs. Tratamento fisioterapêutico Análise das dificuldades funcionais n Consciência postural; Técnicas de relaxamento (sentado); Relaxamento de distal para proximal? Alongamentos; Mobilizações passivas. FNP; Aconselhamento familiar; Ritmo e recorrências auditivas; Exercícios aeróbicos; Treino de equilíbrio e marcha; Atividades em grupos. Exercícios de coordenação motora (Exercícios alternados e exercícios de tronco); Prática aleatória; Instrução visual e ensaio mental antes da atividade; Fortalecimento (membros e tronco). Mobilidade do tronco, associado a treino de equilíbrio (estabilidade AP e ML); Passagens de postura. Posturas fixas (ajoelhado, semi-ajoelhado/ com movimento rotacional, sentado bola com apoio bipodal e unipodal/ endireitamento tronco). Diferentes planos de apoio; Degraus (mais fácil que superfície plana); Uma tarefa de cada vez / Dupla tarefa; Estímulo para iniciação do movimento (Objetos - Movimento ao rítimo terapêuta - Estímulo auditivo – Placing). Equilíbrios em todos os planos de movimento e sob diferentes controle Step (latero/lateral; à frente subir e descer com rotações de tronco, trocando bola de mão; subir unipodal alternando pés e bater palmas) - Cama elástica (utilizar tronco, bola) Equilíbrio, agilidade e coordenação juntos; Orientações de ergonomia; Exercícios respiratórios; Exercícios respiratórios segmentares; Exercícios graduado (fadiga); Uso de dispositivos de ajuda na marcha; Wii reabilitação e Realidade aumentada; Encaminhamento fonaudiologia, terapia ocupacional e psicólogo. Sugestão de abordagem Rotação: Tronco (movimentos mais funcionais); Em DD, antes de se levantar,sentado e ao longo do dia; Balanceio (cadeira de balanço) Estimular paciente a participar de exercícios em grupo: Flexibilidade, força e resistência; Conversar com outros pacientes. Imagens podem ajudar: Incorporar mentalização de imagens; Contração/relaxamento. Musica e ritmos podem ajudar: Na marcha (congelamento). Mecanismos que fundamentam os benefícios da reabilitação na DP Estudos de intervenção: Zoladz, 2014; série de casos- 8 semanas de treino aeróbio intermitrente (bicicleta) entre leve à moderado: aumentou 34% níveis séricos de BDNF; diminuição marcadores inflamatórios; e diminuição 10 pontos UPDRS. Marusiak, 2015; série de casos- 8 semanas de treino intervalado cicloergômetro: aumentou níveis de BDNF; diminuição da rigidez pela UPDRS; e diminuição do tremor. Houve correlação entre BDNF e rigidez. Frazzita, 2014; ECA com 30 pacientes DP leve - Reabilitação intensiva durante 28 dias (3h/dia). Mediram BDNF no tempo zero, após 10 dias, após 20 dias e após 28 dias: Aumentou níveis BDNF no tempo 1 que se manteve até o final; melhora UPDRS II e total, escala Berg, teste caminhada 6 minutos. GC sem diferença. Angelucci, 2015; ECA – Reabilitação cognitiva para treinamento de função executiva: GI aumentou níveis BDNF. GC placebo. Shah, 2016; ECA – GI: Treino forçado de bicicleta X GC: Treino habitual de bicicleta, 8 semanas (3X semana por 60 min): RNM com maior ativação córtex motor e mais fortes córtex-tálamo homolateral.
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