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FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO RESENHA DE ARTIGOS Disciplina: Mudança Organizacional Docente: Marcus Vinícius Gonçalves da Cruz Discente: Derick Alan Silva Data: 10 de outubro de 2022 O presente trabalho objetiva fazer um estudo de artigos integrando suas abordagens no que diz respeito a aspectos das Mudanças Organizacionais. Através da análise dos artigos é possível observar distintas abordagens que enfatizam sobre aspectos das mudanças organizacionais, as múltiplas forças e variáveis que levam à(s) mudança(s), como estas ocorrem, suas etapas, atores envolvidos, as tipologias de interpretações que sustentam tais mudanças, dentre outros apontamentos a respeito das Mudanças Organizacionais. O primeiro artigo abordado “Contexto, conteúdo e processo da mudança estratégica em uma empresa estatal do setor elétrico” de Cláudia Fabiana Gohr & Luciano Costa Santos (2011) aborda sobre o fenômeno da mudança estratégica nas organizações através de um estudo de caso da Eletrosul Centrais Elétricas. Inicialmente o estudo contextualiza sobre setor elétrico brasileiro (SEB), que vem sofrendo uma série de modificações e reformas, parte delas inicializadas através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), implementado pelo governo federal no início de 2007. A reestruturação do SEB, que teve início na década de 1990 gera, até a atualidade, mudanças significativas que afetam o regime de propriedade das empresas, sua organização industrial, o funcionamento do mercado e a regulação do setor. Vale ressaltar que não se trata de um cenário apenas nacional, mas que outros países enfrentaram processos semelhantes, quase que simultâneos ao caso brasileiro. Assim sendo existem muitos aspectos para serem estudados no setor, o que faz com que as organizações do SEB sejam vistas como excelentes laboratórios para o estudo e a análise das mudanças estratégicas. Ao se analisar a mudança estratégica em uma empresa estatal é possível notar peculiaridades que não são comumente abordadas na literatura da área. A exemplo pode-se inferir a forte vinculação das estratégias da empresa com a política governamental, sendo esta uma variável crítica para estudos de mudança em empresas estatais. Segundo os autores a mudança nas organizações faz parte da sociedade moderna e estas podem ser provenientes de questões externas e internas. No que diz respeito ao processo de mudança estratégica, esta pode ser concebida como um “processo de aprendizado em que a organização está continuamente reavaliando sua relação com o ambiente externo, de forma a encontrar uma posição de equilíbrio”. As FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO formas pelas quais as mudanças ocorrem nas organizações podem afetar sua estratégia de maneira incremental ou radical, de maneira planejada (deliberada) ou não planejada (emergente). Do ponto de vista do conteúdo da mudança, os autores Gohr & Santos (2011) citam March (1991) que propõe dois conceitos que ajudam a compreender a mudança estratégica nas organizações: exploração (exploration) e explotação (exploitation): exploração é a experimentação de novas alternativas, e seus retornos são incertos, distantes e frequentemente negativos; já as mudanças advindas da explotação provavelmente encontram um equilíbrio estável provenientes do refinamento e extensão das competências existentes, sendo seus retornos geralmente positivos, de curto prazo e previsíveis. Os autores ainda reiteram que, segundo estudos de March (1991), a sobrevivência da organização depende de uma abordagem equilibrada entre as ações de exploração e de explotação, uma vez que ambas são necessárias à dinâmica organizacional. As ações de exploração e de explotação são essenciais para as empresas, embora elas tenham de competir pelos mesmos recursos, levando-as a fazerem escolhas explícitas e implícitas entre as duas ações. Astley e Van de Ven (1983), citados no estudo, trazem outro ponto de vista no que diz respeito à mudança estratégica ao inferirem que esta pode ser resultante de um processo voluntarista ou determinista, dirigida por intenção gerencial ou por pressões ambientais e institucionais. Na orientação voluntarista os indivíduos são considerados autônomos, proativos e agentes que dirigem a mudança, o que considera os indivíduos como de mudança na organização, e as organizações exercem livremente suas escolhas estratégicas. Na orientação determinista, o foco recai sobre as propriedades estruturais do contexto no qual as ações estratégicas são reveladas. O ambiente acaba se tornando um grande poder que exerce influência na efetividade das organizações, fazendo com que os tomadores de decisão tenham pouca ou nenhuma capacidade de diminuir o poder do ambiente. Contudo a visão sobre as mudanças estratégicas não se limitam aos conceitos já mencionados. Gohr & Santos (2011) enriquecem seus estudos ao contextualizarem as mudanças conforme as três dimensões integradas propostas por Pettigrew (1987, 1992): “contexto”, “conteúdo” e “processo”. Em resumo: o contexto refere-se às forças ambientais e aos aspectos internos que restringem e habilitam as mudanças estratégicas no nível da firma; o conteúdo está relacionado ao “o quê” da mudança e pode estar relacionado ao equilíbrio das ações de exploração e de explotação; e o processo está ancorado ao conceito de formação da estratégia, levando em consideração a trajetória da organização, ao “como” a mudança ocorre de fato. Assim sendo, ao se fazer esta contraposição de visões sobre as mudanças estratégicas, Gohr & Santos (2011) concluem que não existe um único caminho para gerenciar e estudar a mudança estratégica. Para conduzirem seus estudos Gohr & Santos (2011) optaram por estudar a Eletrosul Centrais Elétricas S.A. por esta ser uma empresa relativamente antiga, além de ter sido a primeira a ser cindida no país. Para entender com profundidade a mudança FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO estratégica na Eletrosul os autores optaram como metodologia da pesquisa o estudo de caso, utilizando uma abordagem qualitativa de análise. Vale ressaltar que o estudo de caso demanda uma pesquisa empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro do contexto da vida real. A pesquisa utilizou-se de uma análise longitudinal a fim de identificar a dinâmica processual da mudança, a relação entre forças de continuidade e de mudança e, portanto, a inseparável ligação entre estrutura e processo. No que diz respeito a faixa temporal foi delimitado um período de análise de 15 anos (1990-2004). Para coletar as evidências empíricas no estudo do caso foram utilizados documentos que traziam dados setoriais e macroambientais, documentos da empresa, entrevistas semiestruturadas e observação direta. Para as entrevistas foram selecionadas pessoas da alta administração, o que correspondia aos diretores-presidentes que exerceram seus cargos durante o período de análise e também alguns funcionários ligados ao processo decisório de nível estratégico. Para analisar a mudança estratégica na Eletrosul, Gohr & Santos (2011) optaram por utilizar as dimensões de contexto, conteúdo e processo, propostas por Pettigrew (1987, 1992). As categorias de contexto selecionadas e analisadas na pesquisa constam na lista 01. Já entre as categorias de conteúdo selecionadas e analisadas na pesquisa de campo estão elencadas na lista 02, e por fim as categorias de processo selecionadas e analisadas na pesquisa de campo são apresentadas na lista 03, conforme a seguir: Contexto externo: macroambiente conjunto dos fatores que afetam os diferentes setores econômicos. Aspectos analisados: desempenho da economia; planos governamentais e ideologia e objetivos políticos; Contexto externo: ambiente setorial: conjunto dos fatores que afetamdiretamente a organização e seus concorrentes. Aspectos analisados: aspectos institucionais; novos entrantes enovas tecnologias; modelo de negócios do setor; objetivos do setor; dinâmica competitiva; desempenho do setor. Contexto interno: firma: conjunto dos fatores específicos da organização estudada. Aspectos analisados: desempenho da firma; desenvolvimento de capacidades; objetivos organizacionais. Lista 01 – adaptado Gohr & Santos (2011) Ações estratégicas de explotação: relacionadas a refinamentos de capacidades existentes e melhoria da eficiência Ações estratégicas de exploração: de aspectos que estão fora do escopo da atual estratégia da firma, resultando da busca de novas oportunidades, relacionadas a ações prospectivas que podem envolver riscos, experimentação e inovações Lista 02 – adaptado Gohr & Santos (2011) Processo: dimensão que se refere ao caráter dinâmico e temporal das ações estratégicas através do conceito de estratégias deliberadas e estratégias emergentes Lista 03 – adaptado Gohr & Santos (2011) FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO Estudos convencionais sobre alterações organizacionais geralmente consideram processos de mudança em termos restritos e racionais, como sendo intervenções planejadas, com objetivos estratégicos definidos com modelos de variadas etapas sequenciais e planejadas para gerenciar as mudanças. Já o segundo artigo, analisado para esta resenha, autoria de de Vela L. Cançado & Richard Badham intitulado “Discutindo o gerenciamento para a mudança: o framework 5M” (2019) traz conceitos interessantes sobre estudos sobre mudança organizacional fundamentados nas abordagens processual, sensemaking e visão baseada na prática. Tais tipologias de estudos contrapõem-se ao entendimento da mudança como um processo linear, planejado e em n-etapas, reconhecem a natureza caótica e emergente da prática da mudança nas organizações. Em resumo a mudança é entendida como uma jornada complexa, caótica e até mesmo paradoxal. Os autores trazem, portanto, o conceito de framework 5M, elaborado para capturar e integrar o que é comumente chamado de abordagem organizacional dramatúrgica. O recurso educacional objetiva apoiar estudos organizacionais acadêmicos e educar gestores para o gerenciamento para a mudança. O framework 5M é composto, em resumo, pelo seguinte anagrama: mobilizar, manter-se atento, mapear, usar máscaras e mirar, fornecendo uma visão densa das práticas do gerenciamento para a mudança. O framework 5M utiliza outras duas imagens retóricas que ilustram a visão densa do gerenciamento para a mudança. A primeira é o iceberg organizacional que simboliza grande parte da vida organizacional formal, comparada à porção do iceberg submersa na água, referente aos aspectos informais, frequentemente tácitos e relativos ao mundo das emoções e costumes, encontrados abaixo da superfície das estruturas, sistemas e processos formais. A segunda é o clássico modelo de mudança em três etapas: descongelamento, movimento e recongelamento, associado à metáfora do vale da morte. A metáfora do vale da morte, segundo Cançado & Badham (2019), “enfatiza a dificuldade de se estimular o descongelamento, seguido do trauma e da complexidade de mover-se quando se está nas profundezas do vale da morte e, por fim, estabelecer um recongelamento sustentável que permita sair do vale da morte e que possa prevenir a volta ao mesmo”. O framework 5M, que representa uma contraimagem com o objetivo de fornecer uma visão densa do gerenciamento para a mudança, tem o intuito de apresentar a criação de conceitos e estruturas que funcionem como ponte e integram conhecimentos de várias perspectivas para orientação e aprendizagem. O gerenciamento para a mudança também exige a mobilização proativa de pessoas e de recursos, uma mentalidade empreendedora, vencer a burocracia para que as coisas possam acontecer e, ao mesmo tempo, questionar e quebrar estruturas preestabelecidas. Também é esperado a criação de coalisões que mantenham e sustentem a energia, os recursos e a inteligência necessários para superar a inércia e a FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO resistência, assim como administração de conflitos de interesses, buscando uma solução ganha-ganha. A essas diferentes possibilidades de abordar de maneira efetiva emoções e interesses associam-se aos cenários de subidas e descidas da “montanha-russa da mudança”. Apesar da mudança ser emergente, caótica e imprevisível, mapeá-la é indispensável. As ferramentas para o mapeamento são as tradicionalmente utilizadas, pela visão limitada, a exemplo: análise de gaps, análise do campo de força, identificação dos estágios de mudança, cujos dados coletados e o processo de uso são reconhecidos como uma prática social complexa e desafiadora. O exercício da influência, do “usar máscaras”, de forma a criar performances sociais efetivas para conduzir a mudança, em situações que seja necessário assumir múltiplos papéis, interpretar diferentes personagens. Um recurso-chave é saber lidar com interesses e perspectivas contraditórios, bem como com as questões paradoxais inerentes à mudança. Para lidar com os paradoxos da mudança são necessárias habilidades também paradoxais de planejar e improvisar, gerir e liderar e, ainda, ser tanto coercitivo como participativo, habilidade de pesquisar e adotar novas técnicas e ferramentas úteis, sendo capaz de interpretar, adaptar e implantá-las em contextos particulares, muitas vezes, conflituosos. No que diz respeito a “mirar” ou usar espelhos, busca-se fornecendo fontes múltiplas de reflexão, avaliação e feedback, permitindo a reflexão e avaliação da jornada da mudança em curso objetivando estabelecer ambientes abertos ao conhecimento, com a criação de espaços de aprendizagem. Segundos o Cançado & Badham (2019) “(...) o framework 5M, na visão densa, integra os elementos com a mobilização consciente de mapas, máscaras e espelhos, contrapondo-se à visão tradicional do gerenciamento da mudança, como aplicação de técnicas e concepção de papéis no planejamento, execução e avaliação da mudança”. Com base nos conceitos citados logo acima, e reforçado pelos autores, o gerenciamento para a mudança envolve estar consciente da complexidade e das barreiras, mobilizar energia e apoio, mapear a jornada, colocar e retirar máscaras, com performances competentes e efetivas, e criar e utilizar espelhos, visando a espaços de aprendizagem e de reflexão. A abordagem do drama no gerenciamento para a mudança fornece uma valiosa contraposição àquela racional e limitada do gerenciamento da mudança: a mudança como drama une a dita “visão fraca” das organizações “como se fossem drama” e a “visão forte” das organizações “como drama de fato”. A metáfora da mudança como se fosse drama é considerada uma visão fraca, enquanto a mudança como drama entendida como uma visão forte. Segundo os autores, considerando a visão fraca da mudança como se fosse drama, o framework 5M é capaz de delinear aspectos práticos sobre como os gestores devem lidar com o desafio do gerenciamento da impressão, entrelaçando as performances de palco e bastidores, para realizar o gerenciamento para a mudança. A vida social é inerentemente dramática, conflitiva, incerta, retórica e variável. A mobilização de pessoas, energias e recursos é, na visão fraca da mudança, como se FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO fosse drama. As razões pelas quais as pessoas agem, os motivos que dão a si mesmas e aos demais são baseados na maneira como elas entendem ou captam o que é relevante, possível e apropriado para dada situação. Na visão forte da mudança como drama, o gerenciamento para a mudança é um encontro dramático e imprevisível, no qual motivos, intenções e explicações causais são sempre incertos, ambíguos e entrelaçados. O gerenciamento para a mudança é visto como ocorrendo em e por meio de uma série de encontros episódicos e interativamente narrados. Os gerentes, com atores, têm que influenciaros outros, inspirando-os a entrar, mover e sair, lidando com múltiplas e conflitantes expectativas, interpretações e motivos, com roteiro diferentes para cada cena, adotando várias encenações para atingir o público, comunicando e reforçando a jornada da mudança. No estudo de Calçado e Badham (2019) utilizaram como parte da metodologia os dados dos alunos do curso de Master of Business Administration (MBA) da Macquarie Graduate School of Management, Australia. Os estudantes fizeram uso de diários de aprendizagem, fornecendo uma base de dados qualitativa que permitiu explorar o efeito do framework 5M. Foram analisados 47 diários de aprendizagem elaborados como trabalho final do MBA. Os resultados do estudo revelaram que a resposta geral ao curso foi positiva – 70% declararam que o curso foi “bom” e 30% “excelente” – permitiram identificar três tipos de resposta dos alunos quanto ao curso, caracterizando um grupo acrítico, um seletivo e outro reflexivo. Ressalta-se que o curso ofereceu algumas ‘ferramentas’ adicionais, especialmente a do mapeamento, que utilizou a metodologia de simulação pelo computador, além da analogia do iceberg organizacional. Esses fatores aumentaram a autoconfiança desses alunos em suas habilidades para gerenciar a mudança. Fazendo-se uma abordagem acerca dos artigos analisados verifica-se que muitas mudanças descritas no estudo de Gohr & Santos (2011) sobre a Eletrosul tem muitas características como as abordados nos estudos de Cançado & Badham (2019), principalmente no que diz respeito ao fato de que as mudanças, por vezes, são uma jornada complexa, caótica e até mesmo paradoxal. Pode-se inferir, a exemplo, que o framework 5M abordado nos estudos de Cançado & Badham (2019) seria uma ferramenta interessantes para se realiza estudos futuros a respeito das mudanças estratégicas, como as ocorridas nas SEBs, uma vez que o framework 5M fornece uma visão densa das práticas do gerenciamento para a mudança como as do setor, que sofre contínuas interferências de questões governamentais e políticas. O anagrama mobilizar, manter-se atento, mapear, usar máscaras e mirar do framework 5M torna-se interessante poia traça tais momentos, movimentos, atores, estratégias, dentre outras forças que geram e guiam tais mudanças. Outro ponto interessante a se ressaltar diz respeito aos conceitos de exploração e explotação, abordados nos estudos de Gohr & Santos (2011) sobre a Eletrosul e demais empresas do SEB, pois tais movimentos se assemelham a metáfora do vale da morte ilustrado por Cançado & Badham (2019). O paradoxo entre as ações de exploração e de explotação, que resultam em movimentos de mudanças que por vezes FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO levam a competição pelos mesmos recursos, se assemelhariam as forças explorativas ou explotativas que levam as organizações para os altos e baixos da “montanha russa” do vale da morte. Há de se destacar que o framework 5M traz em si aspectos que permitiriam o gerenciamento da mudança de forma detalhada como a pretendida por Gohr & Santos (2011), que utilizaram da metodologia de categorizar as variáveis contexto (forças externas e internas), variáveis conteúdo (“o que?” - explorativos ou explotativivos) e variáveis processo (“como ?” – dimensão, formação da estratégia e trajetória da organização). Conclui-se que analisar mudanças estratégicas exige do pesquisador uma visão integrada da mudança a fim de compreender com profundidade a interação dinâmica entre contexto, conteúdo e processo. No caso das empresas do SEB e da Eletrosul, que vivenciou ao longo dos últimos anos um ambiente tão turbulento, conhecer a trajetória da empresa passa a ser uma questão fundamental para que a estratégia possa ser gerenciada de uma forma dinâmica, condizente com seu mercado e o framework 5M apresenta-se como uma poderosa ferramenta para acompanha tais dinâmicas e tendências, passando a gerenciá-las não apenas sob uma visão racionalista da mudança mas para uma percepção mais densa e fundamentada no drama, do gerenciamento para a mudança. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MAHONEY J, THELEN K. A theory of gradual institutional change. In: MAHONEY J, THELEN K, (Ed.). Explaining institutional change: ambiguity, agency, and power. Cambridge: Cambridge University Press; 2010. p. 1-37. VENTURINI, Anna Carolina. Ação afirmativa em programas de pós-graduação no Brasil: padrões de mudança institucional. Revista de Administração Pública, v. 55, n. 6, p. 1250-1270, 2021.
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