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PERÍODO GESTACIONAL MARCELA MENEZES PULIG ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR APARELHO REPRODUTOR FEMININO ▪ Sistema ou aparelho reprodutor feminino : ▪ É o sistema de órgãos da mulher envolvidos na reprodução. ▪ É constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. ▪ Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. ▪ A pelve (ou pélvis) constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora. VAGINA ▪ A vagina é um canal de 6 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. ▪ Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante. ▪ A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. ▪ Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais. ▪ A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. ▪ Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê. ▪ A vagina é revestida por uma membrana mucosa, cujas células liberam glicogênio. ▪ Bactérias presentes na mucosa vaginal (Lactobacilos)fermentam o glicogênio, produzindo ácido lático que confere ao meio vaginal um pH ácido, que impede a proliferação da maioria dos microorganismos patogênicos. ▪ Durante a excitação sexual, a parede da vagina se dilata e se recobre de substâncias lubrificantes produzidas pelas glândulas de Bartolin facilitando a penetração do pênis. O QUE É A GLÂNDULA DE BARTHOLIN? As glândulas de Bartholin são duas glândulas que se localizam na vulva, porção externa da genitália feminina, e têm como função a produção de um fluido mucoso que serve p ara lubrificar e umidificar a vulva, principalmente durante o ato sexual. Os ductos que transportam os fluidos produzidos pela glândula possuem cerca de 2,5 cm de comprimento e os seus orifícios de saída, por onde efetivamente são secretados o muco, possuem 0,5 cm de diâmetro. ▪ Para facilitar a identificação anatômica das glândulas, se você pensar na vagina como um relógio, os orifícios de saída estarão localizados na marca das 4h e 8h. ▪ Em condições normais, as glândulas de Bartholin são pequenas e não costumam ser visíveis nem palpáveis. Costumam ter o tamanho de uma ervilha, raramente excedendo 1 cm de diâmetro. ▪ Durante a excitação sexual e a relação sexual, as glândulas de Bartholin secretam muco lubrificante vaginal. Devido à presença de outras glândulas, incluindo as glândulas de Skene, a remoção de uma glândula de Bartholin não afeta de forma relevante a lubrificação vaginal. ▪ As doenças da glândula de Bartholin ocorrem basicamente quando a saída de um ou ambos os ductos fica obstruída, impedido a eliminação do muco produzido. As duas complicações mais frequentes que surgem deste problema são o cisto de Bartholin e o abscesso da glândula de Bartholin. ▪ Os tumores sólidos benignos e malignos da glândula de Bartholin são muito raros e, portanto, não serão abordados neste artigo. ▪ Os tumores sólidos benignos e malignos da glândula de Bartholin são muito raros e, portanto, não serão abordados neste artigo. O QUE É O CISTO DE BARTHOLIN? ▪ Se o orifício de saída da glândula de Bartholin torna-se obstruído, todo o muco por ela produzido acaba ficando retido ao redor da própria glândula, criando um cisto, que nada mais é do que uma tumoração com conteúdo líquido no seu interior. Esse cisto é chamado cisto de Bartholin. ▪ Cerca de 2% das mulheres em idade fértil desenvolvem cisto de Bartholin. As crianças não costumam desenvolver esse problema, porque as glândulas de Bartholin não começam a funcionar até a puberdade. Da mesma forma, os cistos são incomuns após a menopausa, pois as glândulas tendem a se atrofiar e perder função com a idade. https://www.mdsaude.com/pediatria/puberdade/ https://www.mdsaude.com/ginecologia/menstruacao/menopausa/ ▪ Sintomas ▪ Quando o cisto é pequeno, ele costuma passar despercebido, pois além de não ser facilmente visível ou palpável, ele também é indolor na maioria dos casos. ▪ Quando o cisto cresce para além de 1 cm de diâmetro, e esse processo pode levar de meses a anos, a mulher pode notar o surgimento de uma pequena tumoração (um carocinho) em um dos seus pequenos lábios. O cisto, nesses casos, costuma ser papável e visível, porém mantém-se indolor. ▪ Cistos maiores que 3 cm de diâmetro podem causar algum desconforto ao toque ou dor durante a relação sexual. Quanto maior for o cisto, maior é a chance dele causar desconforto, inclusive ao andar ou sentar. https://www.mdsaude.com/ginecologia/vaginismo-dispareunia/ ▪ Tratamento ▪ Nenhum tratamento se faz necessário nos casos de cistos assintomáticos. A paciente pode apenas fazer banhos de assento com água morna e manter a região limpa para evitar sua contaminação. Na imensa maioria dos casos, o cisto desaparece espontaneamente após alguns dias. ▪ Se o cisto crescer muito e estiver causando algum desconforto, seja físico ou estético, ele pode ser drenado através de uma pequena incisão. ▪ Nas mulheres com mais de 45 anos, fase da vida em que esse tipo de cisto começa a ser incomum, é importante o médico avaliar a lesão com cuidado, pois ele pode ser, na verdade, um tumor, e não um cisto simples. Nesses casos, é prudente realizar uma incisão na lesão para podermos fazer uma biópsia e ter certeza de que não se trata de um carcinoma da vulva. O QUE É O ABSCESSO DA GLÂNDULA DE BARTHOLIN? ▪ O abscesso da glândula de Bartholin é uma complicação que surge quando o líquido aprisionado dentro do cisto de Bartholin contamina-se com bactérias e torna-se purulento. Essa complicação também é chamada bartholinite, cujo termo significa inflamação das glândulas de Bartholin. Os abscessos nem sempre são precedidos por cistos perceptíveis e ocorrem três vezes mais frequentemente. ▪ A bactéria que mais comumente infecta o cisto e provoca abscesso da glândula de Bartholin é a Escherichia coli, a mesma que habitualmente provoca os quadros de infecção urinária. Bactérias que normalmente habitam nossa pele, tais como Staphylococcus aureus e Streptococcus spp, também podem ser a causa. ▪ As bactérias que provocam a gonorreia e a clamídia, ambas doenças sexualmente transmissíveis, também podem ser o agente infeccioso responsável pela formação do abscesso. https://www.mdsaude.com/nefrologia/infeccao-urinaria/prevencao-infeccao-urinaria/ https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/estafilococos-aureus-mrsa/ https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/dst/gonorreia/ https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/dst/clamidia/ ▪ Sintomas ▪ Ao contrário do cisto, o abscesso é uma tumoração que provoca intensos sintomas. A dor, o inchaço, a vermelhidão e o calor local são as principais características do quadro. Febre não é tão frequente e só ocorre em cerca de 20% dos casos. ▪ Em algumas situações, o abscesso pode drenar espontaneamente, liberando um líquido purulento. Ao ser drenado, os sintomas costumam desaparecer. ▪ Se além do abscesso, a paciente também apresentar corrimento vaginal amarelado ou esverdeado, o ginecologista deve sempre pensar em uma DST como a causa da bartholinite. ▪ Tratamento ▪ De maneira oposta ao cisto, que costuma ser assintomático e não requer tratamento específico, o abscesso da glândula de Bartholin habitualmente requer intervenção médica. ▪ Se o abscesso for pequeno e pouco doloroso, a lesão pode ser tratada com banhos de assento frequentes, com duração de 15 minutos, 3 a 4 vezes por dia. Esse procedimento ajuda na drenagem espontânea do pus. Mesmo quando o banho de assento não é suficiente para tratar o abscesso, ele ajuda no alívio dos sintomas. ▪ Na maioria dos casos, porém, o abscesso precisa mesmo de uma intervenção médica, como a drenagem cirúrgica. Esse procedimento é feito com uma simples incisão na lesão, realizada sob anestesia local. ▪ Após o pus ter sido todo drenado, o ginecologista implanta um pequeno cateter de borracha dentro do cisto, que serve para evitar que haja reacúmulo de pus. Esse cateter é retirado após 6 semanas. . ▪ Se a paciente não tiver febre e se a drenagem do pus tiver sido feita de forma eficaz, não é preciso prescrever antibióticos. Porém, se a causa do abscesso da glândula de Bartholin tiver sido uma DST, como a gonorreia ou a clamídia, o tratamento com antibioterapia adequada está indicado, pois a simples cura do abscesso não significa que a DST terá sido tratada. ▪ Se após um tratamento bem sucedido a paciente voltar a apresentar recorrência do abscesso, uma técnica cirúrgica alternativa, chamada marsupialização, pode ser tentada. ▪ Neste tipo de cirurgia, também realizada sob anestesia local, o médico faz uma pequena incisão na lesão e depois sutura as suas bordar com a pele, de forma a manter um pequeno orifício permanentemente aberto para que os fluídos produzidos pela glândula de Bartholin não tenham mais risco de ficarem retidos. ▪ Se a técnica de marsupialização falhar, e a paciente voltar a apresentar episódios de bartholinite, a solução final é uma cirurgia para retirada da glândula de Bartholin. Raramente é preciso chegar a esse recurso mais radical. VULVA • A genitália externa ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutâneo-mucosas intensamente irrigadas e inervadas - os grandes lábios. • Na mulher em idade pós-puberdade, os grandes lábios são cobertos por pelos pubianos. • Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa envolve a abertura da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina. • Na vulva também está o clitóris, As tubas uterinas • Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: são dois ductos que unem os ovários ao útero. • Seu epitélio de revestimento é formado por células ciliadas. • Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero. Os ovários • São dois, um de cada lado do útero. • Os ovários são as gônadas femininas. • Produzem estrógeno, progesterona. • Têm forma oval e também produzem os ovócitos. https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%B4nadas https://pt.wikipedia.org/wiki/Estr%C3%B3geno https://pt.wikipedia.org/wiki/Progesterona PELVE PELVE ▪ Nos seres humanos a pelve (ou popularmente chamada de bacia) é a região de transição entre o tronco e os membros inferiores. ▪ O períneo, na anatomia humana, é geralmente definido como a região superficial entre a sínfise púbica e o cóccix, tanto em homens quanto em mulheres. ▪ A pelve óssea (esqueleto da pelve) possui grande resistência e é formada pelos ossos: ▪ Osso do quadril - formado pela fusão do ílio, ísquio e púbis ▪ Sacro ▪ Cóccix ▪ A pelve contém os principais componentes abdominais: a bexiga, partes terminais dos ureteres, órgãos genitais, pélvicos, reto, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Nas mulheres, também aloja ovários e útero. ▪ Para acomodar o feto durante toda gestação, a pelve feminina é mais larga do que nos homens; no entanto, a pelve estreita conforme a mulher envelhece[. ▪ A pelve tem fundamental importância na proteção dos órgãos localizados na cavidade pélvica, também atua como ponto de fixação para os músculos do períneo e dos membros inferiores PELVE ▪ Servindo para sustentar o tronco e promover uma área para inserção das extremidades inferiores, atuando na transferência de peso para os membros inferiores; a diferença de tamanho entre pélvis masculina e feminina, também é uma característica útil na determinação do sexo em ossadas e fósseis humanos. ▪ A cavidade pélvica é dividida em pelve maior (pelve falsa) e pelve menor ( pelve verdadeira) ▪ A abertura superior da pelve humana pode ter 4 formas : Ginecóide: arredondada, mais favorável ao parto. É a mais comum entre as mulheres. Andróide: forma de coração. É a mais comum entre os homens. Antropóide: alongada. Platipelóide: achatada PROMONTÓRIO BACIA FALSA E BACIA VERDADEIRA (ESCAVAÇÃO OU PÉLVIS) ▪ A bacia divide-se em duas grandes regiões: - grande bacia / pelve maior / falsa - pequena bacia ou escavação / pelve menor / verdadeira GRANDE BACIA É limitada: • Lateralmente: fossas ilíacas internas • Posteriormente: coluna vertebral • Limites anteriores: os músculos abdominais • Circunferência ou contorno: base do sacro, cristas ilíacas, borda anterior do osso ilíaco • Parte inferior: pela escavação, a grande bacia e dela separada pelo anel do estreito superior PEQUENA BACIA • A pequena bacia, escavação pélvica ou simplesmente escavação, acha-se limitada, acima, pelo estreito superior, e abaixo, pelo inferior. • Os limites do estreito superior – de trás para diante: Saliência do promontório Borda anterior da as do sacro Articulação sacroilíaca Linha iniminada Eminência iliopectinea Borda superior do corpo de pube e da sínfise púbica. - Trajeto duro do parto ARTICULAÇÕES / LIGAMENTOS ▪ As articulações da pelve são 4. ▪ Ligamentos resistentes suportam e reforçam essas articulações. 1. Articulação lombossacral: • Articulação intervertebral (L5-S1): discos intervertebrais • Duas articulações zigopofisárias • Lig. Íleolombares. 2. Articulação sacrococcígea: • Lig. Sacrococcígeos anterior e posterior: unem base do cóccix ao ápice do sacro 3. Articulação sacroilíaca: • Lig. Interósseos e sacroilíacos= movimentos leves de rotação e deslizamento • Lig. Sacroespinhal e sacrotuberal= movimento limitado da extremidade inferior do sacro = elasticidade á região sacroilíaca quando a coluna sustenta ´súbitos aumentos de peso. 4. Sínfise púbica / lig. Púbico superior e inferior ARTICULAÇÃO LOMBOPÉLVICA LIGAMENTOS ARTICULARES DA PELVE O eixo de suporte corporal é a articulação lombopélvica, responsável pela sustentação do peso do corpo. O sacro articula-se com cóccix durante a expulsão do feto , no parto é possível ocorrer uma retropulsão do cóccix, a sínfise púbica permite uma limitada mobilidade. Durante a gravidez se a força dos ligamentos não for suficiente para controlar o aumento de peso e a crescente mobilidade fisiológica das articulações pélvicas, desconforto e mal estar torna-se inevitáveis. A pelve é estabilizada pelos seus fortes ligamentos, articulações e músculos. ▪PELVE FALSA / GRANDE BACIA/ BACIA FALSA ▪PELVE VERDADEIRA/ PEQUENA BACIA/ BACIA VERDADEIRA/ ESCAVAÇÃO ESTREITOS DA BACIA ▪ Estreitos ou planos da bacia são as regiões que podem dificultar a passagem do feto: - Estreito superior: limite superior da pelve obstétrica( A ) - Estreito médio: terço inferior do arco, espinha isquiática e borda inferior da sínfise púbica( C ) - Estreito inferior: margem inferior da sínfise púbica, ramos isquiopúbicos, ligamentos sacroespinhosos(sacrociáticos), ponta do cóccix ( D ). - B é o plano de maiores diâmetros da pelve, situado entre S2 e S3 até a borda posterior da sínfise púbica ESTREITO SUPERIOR ESTREITO SUPERIOR ESTREITO MÉDIO ESTREITO INFERIOR TIPOS DE PELVE TIPOS DE PELVE ANATOMIA DO ASSOALHO PÉLVICO http://www.google.com.br/imgres?q=kegel&hl=pt-BR&sa=X&rlz=1T4SKPB_pt-BRBR364BR364&biw=1280&bih=478&tbm=isch&tbnid=rs1nY4IRJRZvqM:&imgrefurl=http://www.drugs.com/cg/kegel-exercises-for-women.html&docid=VnjAkef2h7X3qM&w=300&h=300&ei=x71fTsqWFKeIsgLIp_Ut&zoom=1&iact=rc&dur=562&page=2&tbnh=146&tbnw=146&start=10&ndsp=11&ved=1t:429,r:2,s:10&tx=58&ty=69 http://www.google.com.br/imgres?q=kegel&hl=pt-BR&sa=X&rlz=1T4SKPB_pt-BRBR364BR364&biw=1280&bih=478&tbm=isch&tbnid=rs1nY4IRJRZvqM:&imgrefurl=http://www.drugs.com/cg/kegel-exercises-for-women.html&docid=VnjAkef2h7X3qM&w=300&h=300&ei=x71fTsqWFKeIsgLIp_Ut&zoom=1&iact=rc&dur=562&page=2&tbnh=146&tbnw=146&start=10&ndsp=11&ved=1t:429,r:2,s:10&tx=58&ty=69 ASSOALHO PÉLVICO O que é Musculatura do Assoalho Pélvico (MAP)? ▪ O fundo da pelve óssea (bacia) termina numa cavidade em forma de funil chamada cavidade pélvica, que contém os órgãos pélvicos (útero, ovários, bexiga...). ▪ O fundo deste funil (que na mulher adulta tem cerca de 10cm de diâmetro, pouco menos no homem), é fechado por uma espécie de "cama elástica" chamada assoalho pélvico. ▪ O assoalho pélvico é formado por cerca de 13 músculos, conhecidos em conjunto como musculatura do assoalho pélvico MAP), auxiliados por fáscias e ligamentos (que funcionam como elásticos biológicos). ▪ Todo conjunto de estruturas que dá suporte ás vísceras abdominais e pélvicas. ▪ A função de todo este conjunto é sustentar os órgãos pélvicos, como uma cama elástica sustenta o peso de alguém que pula sobre ela. ▪ Os elementos mais fortes e decisivos para este fim são os músculos. ASSOALHO PÉLVICO ▪ Funções: Sustentar e suspender os órgãos pélvicos e abdominais, mantendo as continências urinária e fecal. Participam da função sexual e distendem-se em sua porção máxima na passagem do feto. Estes músculos desenvolvem um papel importante no correto funcionamento da uretra e reto agindo como esfíncteres (válvulas de fechamento) e circundam também a vagina. Quando ocorre algum problema relacionado à função da bexiga ou do reto (através de vazamentos involuntários) os músculos do assoalho pélvico tornam-se o foco das atenções. Na mulher a contração da MAP pode ser facilmente percebida internamente à vagina, logo na entrada e a alguns centímetros de profundidade. É ela a responsável pela sensação de pressão percebida durante a penetração e todo o ato sexual. No homem ela é percebida fechando o ânus e comprimindo a base do pênis, sendo responsável por aquele aumento temporário na ereção quando se faz a contração. ▪ A ação esfincteriana constitui a principal função dos MAP. ▪ Estes músculos mantêm-se em contração a maior parte de nossas vidas sem fadigar-se (contração basal), graças a sua constituição que contém um grande percentual de fibras musculares aeróbicas, permitindo assim o fechamento da uretra e do ânus e conseqüentemente a continência. ▪ Durante o esforço, a ação de fibras musculares anaeróbicas promove uma contração rápida aumentando ainda mais a tensão dos MAP gerando um “reforço” para a contração basal. ▪ Os MAP são músculos voluntários, podendo aumentar a sua tensão pela vontade do indivíduo e relaxar voluntariamente quando se deseja esvaziar a bexiga. ▪ Contudo é necessário que além dos músculos estarem íntegros, os nervos que os controlam devem estar também em bom funcionamento. ▪ O nervo pudendo (proveniente das raízes nervosas que saem da segunda até a quarta vértebras sacrais) controla a atividade dos músculos das camadas superficial e profunda do assoalho pélvico. ASSOALHO PÉLVICO Quais as funções da MAP na mulher e no homem? Na mulher: - A contração da MAP pode ser facilmente percebida internamente à vagina, logo na entrada e a alguns centímetros de profundidade - É responsável pela sensação de pressão percebida durante a penetração e todo o ato sexual. No homem: - É percebida fechando o ânus e comprimindo a base do pênis, sendo responsável por aquele aumento temporário na ereção quando se faz a contração. Por este motivo, quando a MAP está fraca ou lesionada ela não consegue contrair suficientemente sobre estes canais. O resultado pode ser incontinência de urina, flatos ou fezes, disfunções sexuais, incluindo flatos vaginais e disfunção erétil. Por outro lado, a contração exagerada, incoordenada ou inconsciente da MAP pode causar retenção urinária, dor sexual ejaculação precoce e constipação. Numa guerra diária contra a gravidade, é a MAP que sustenta os órgãos pélvicos, além do bebê durante a gestação. Cada vez que algo empurra os órgãos para baixo (ao tossir, rir ou fazer algum outro esforço físico), a MAP contrai vigorosa e automaticamente para empurrar os órgãos para cima, evitando que eles saiam de suas posições normais. Se, por lesão ou fraqueza, a MAP não conseguir sustentar os órgãos, eles descem de suas posições originando o prolapso genital (bexiga caída ou útero caído). Por que a MAP enfraquece? - De um modo geral a MAP enfraquece por acontecimentos normais da vida das mulheres, seja ela mãe ou não, assim como de homens e crianças. - O envelhecimento tem papel decisivo no enfraquecimento natural da MAP. - Todas as situações que aumentam a pressão intra-abdominal(tossir, espirrar, rir, levantar objetos pesados, praticar esportes - principalmente musculação) sobrecarregam a MAP. - Como qualquer outro músculo do corpo, se a MAP não está forte o suficiente para responder a estes esforços, ela pode ir acumulando lesões e enfraquecendo progressivamente. - a gestação, a força da MAP deve ser ainda maior já que, durante este período, o peso do conjunto formado pelo bebê, placenta, etc, gera uma sobrecarga de vários meses sobre aquela musculatura. - O trabalho de parto, independentemente de vaginal ou cesáreo, é o maior responsável por lesões do assoalho pélvico que levam a incontinência urinária ou fecal: praticamente todas as mulheres com filhos, após os 50 anos de idade, apresentam algum grau de fraqueza da MAP e sinais, mesmo leves, de início de incontinência. - Como todo músculo, a MAP é intimamente dependente dos chamados hormônios esteróides, estrogênio (o hormônio sexual feminino) e testosterona (masculino). Com o avançar da idade, as taxas destes hormônios decaem naturalmente. - Na mulher a menopausa é o ponto culminante deste decaimento, quando a MAP enfraquece muito mais rapidamente. - De modo semelhante, a andropausa masculina, também causa o enfraquecimento da MAP mas de modo menos agressivo. - Alguns tipos de cirurgia ginecológica também podem acabar lesionando e enfraquecendo a MAP, o que explica por exemplo a ocorrência de incontinência urinária após alguns procedimentos. Ninguém está livre dos fatores causadores deste enfraquecimento, mas todas podem minimizá-los. Com exercícios. Simples assim! PERÍNEO / ASSOALHO PÉLVICO ▪ “Assoalho pélvico”: ASSOALHO seria então algo que está embaixo e PÉLVICO tem relação com pelve. ▪ PELVE ( OSSOS DO QUADRIL + SACRO + CÓCCIX ) ▪ PELVE TEM UMA RELAÇÃO COM O PERÍNEO ▪ TEM UMA CAVIDADE NESSA REGIÃO ▪ Essa cavidade é fechada por um conjunto de músculos. ▪ Existe uma camada mais superficial e uma camada mais profunda, que fecham a cavidade pélvica por baixo, dando sustentação ao que está em cima, como se fosse um assoalho. ▪ É o assoalho pélvico, popularmente denominado períneo, que está relacionado com a sustentação das estruturas pélvicas, com a função sexual, com a continência fecal, com a controle urinário e com o trabalho de parto. PERÍNEO ▪ É a região do corpo humano que começa, para as mulheres na parte de baixo da vulva e estende-se até o ânus. ▪ No homem, localiza-se entre o saco escrotal e o ânus. ▪ O períneo compreende um conjunto de músculos e aponeuroses que encerram o estreito inferior da escavação pélvica, sendo atravessada pelo reto, atrás, e pela uretra e órgãos genitais adiante. ▪ Ela é geralmente definida como a região da superfície em ambos os machos e fêmeas entre a sínfise púbica e o cóccix. ▪ O períneo é a região do corpo inferior do diafragma pélvico e entre as pernas. ▪ Homens e mulheres possuem períneo. ▪ No entanto, algumas disfunções como a incontinência urinária, por exemplo, são muito mais comuns nas mulheres. ▪ Existe uma camada mais superficial e uma camada profunda de músculos perineais. • Temos a bexiga(bladder), útero( uterus) e o intestino grosso (rectum) • Em vermelho, como se estivesse fechando por baixo, tem a musculatura do assoalho pélvico. ▪ A musculatura estriada do assoalho pélvico, juntamente com a fáscia endopélvica, exerce papel fundamental no suporte dos órgãos pélvicos e na manutenção da continência urinária (RIBEIRO & ROSSI, 2000). ▪ Importantes para manter as estruturas pélvicas ▪ FÁSCIA ENDOPÉLVICA: - LIGAMENTO PUBO-VESICAL; REDONDO DO ÚTERO - UTEROSSACRO - LIGAMENTO CERVICAL TRASNVERSO Os músculos do assoalho pélvico são constituídos de 70% de fibras do tipo I (fibras de contração lenta) e 30% de fibras do tipo II (fibras de contração rápida). Assim as fibras do tipo I são responsáveis pela ação antigravitacional dos músculos do assoalho pélvico, mantendo o tônus constante e também na manutenção da continência no repouso. E as do tipo II são recrutadas durante aumento súbito da pressão abdominal contribuindo assim para o aumento da pressão de fechamento uretral ASSOALHO PÉLVICO Os MAP estão dispostos em duas camadas: - superficial (também chamada de períneo) o médio ( períneo) - profunda. Durante a reabilitação destes músculos o seu fisioterapeuta poderá solicitar a contração isolada de cada um deles. • Os músculos da camada superficial são: - bulbocavernoso (BC), - isquiocavernoso (IC), DIAFRAGMA UROGENITAL - transverso superficial e profundo - esfíncter anal externo Participam do mecanismo de continência urinária e fecal e da esfera sexual, promovendo a ereção do pênis e do clitóris, a ejaculação e as contrações da vagina durante o orgasmo. A frouxidão dos músculos vaginais pode modificar a sensação durante a relação sexual tanto na mulher como no seu parceiro ASSOALHO PÉLVICO ▪ Os músculos da camada profunda são: - os músculos levantadores do ânus (pubococcígeo-PC, puborretal -PR, pubovaginal- PV, elevador da próstata - EP e iliococcígeo) - o músculo coccígeo (ou isquiococcígeo). - Estes músculos também circundam a uretra, a vagina e o reto. - Os MAP também participam do controle da postura (juntamente com os abdominais e os músculos da parte inferior das costas) estabilizando a bacia. - Pessoas com fraqueza nestes músculos podem também apresentar dor lombar crônica. ASSOALHO PÉLVICO • Formado: Músculos coccígeos DIAFRAGMA PÉLVICO Músculos elevadores do ânus círculo de cima envolve a abertura da vagina e da uretra círculo de baixo envolve a abertura do ânus MÚSCULOS LEVANTADOR DO ÂNUS: - PUBOCOCCÍGENO - ILEOCOCCÍGEO - PUBORRETAL DIAFRAGMA PÉLVICO DIAFRAGMA PÉLVICO Músculo levantador do Ânus Músculo levantador do Ânus Músculo levantador do Ânus MÚSCULO COCCÍGEO O músculo coccígeo é pequeno e se origina na espinha isquiática e insere-se na extremidade inferior do sacro e na parte superior do cóccix. Tem papel na sustentação das vísceras pélvicas e na flexão do cóccix. Músculo levantador do Ânus Os músculos levantadores do ânus, a partir dos dois lados, formam um eficiente anel muscular que sustenta e mantém as vísceras pélvicas em posição normal Oferecem resistência ao aumento da pressão intra-abdominal durante os esforços de tensão e expulsão dos músculos abdominais Possuem também uma ação esfincteriana importante sobre a junção ano-retal, sobre a uretra em condições de esforço e mantém o tônus vaginal Músculo levantador do Ânus RESUMO DO DIAFRAGMA PÉLVICO Músculo Inervação Origem Inserção Ação cocígeo 4o e 5o nervos sacrais espinha isquiática face anterior do sacro e do cóccix contenção das vísceras pélvicas, roda o cóccix levantador do ânus n.pudendo e 4o nervo sacral espinha isquiática, corpo do púbis e fáscia do m. obturatório interno (arco tendíneo do levantador do ânus) centro tendíneo do períneo, ligamento anococcígeo, paredes da próstata (ou da vagina), reto e canal anal contenção das vísceras pélvicas, participação nas continências fecal e urinária, esfíncter vaginal PERÍNEO ▪ O períneo: Tem forma losangular; Com os mesmos limites da abertura inferior da pelve que são a borda inferior da sínfise púbica, os ramos do púbis e do ísquio, as tuberosidades isquiáticas, os ligamentos sacrotuberais e o cóccix. A sínfise púbica ocupa o ângulo anterior do losango, enquanto o cóccix se situa no ângulo posterior e as tuberosidades isquiáticas nos ângulos laterais. Uma linha imaginária, horizontal, traçada ao nível das tuberosidades isquiáticas divide o períneo em regiões anterior e posterior. A anterior é denominada trígono urogenital, por ser atravessada por estruturas dos sistemas urinário e genital e o corpo do períneo. A posterior é o trígono anal, atravessado pelo canal anal. • O trígono anal é semelhante em ambos os sexos, mas o trígono urogenital apresenta acentuado dimorfismo sexual. PERÍNEO ▪ O períneo: Tem forma losangular: Com os mesmos limites da abertura inferior da pelve que são a borda inferior da sínfise púbica, os ramos do púbis e do ísquio, as tuberosidades isquiáticas, os ligamentos sacrotuberais e o cóccix. A sínfise púbica ocupa o ângulo anterior do losango, enquanto o cóccix se situa no ângulo posterior e as tuberosidades isquiáticas nos ângulos laterais. Uma linha imaginária, horizontal, traçada ao nível das tuberosidades isquiáticas divide o períneo em regiões anterior e posterior. A anterior é denominada trígono urogenital, por ser atravessada por estruturas dos sistemas urinário e genital e o corpo de períneo. A posterior é o trígono anal, atravessado pelo canal anal. ▪ O trígono anal é semelhante em ambos os sexos, mas o trígono urogenital apresenta acentuado dimorfismo sexual. PERÍNEO PERÍNEO TRÍGONO UROGENITAL TRÍGONO UROGENITAL PLANOS MÉDIO E SUPERFICIAL ▪ PLANO SUPERFICIAL TRÍGONO UROGENITAL : - M. transverso superficial do períneo - M. bulboesponjoso - M. isquiocarvenoso - M. transverso profundo do períneo PLANO PROFUNDO DO PERÍNEO - M. esfíncter da uretra. • PLANO MÉDIO DIAFRAGMA UROGENITAL: - M. transverso profundo do períneo - M. esfíncter externo da uretra PLANO PROFUNDO DO PERÍNEO PLANO SUPERFICIAL (PERÍNEO) TRÍGONO UROGENITAL (TU) - M. transverso superficial do períneo - M. bulboesponjoso - M. isquiocarvenoso MAP PLANO MÉDIO (PERÍNEO) DIAFRAGMA UROGENITAL ( TU ) - M. transverso profundo do períneo - M. esfíncter externo da uretra PLANO PROFUNDO DIAFRAGMA PÉLVICO – ELEVADOR DO ÂNUS - COCCÍGENO TRÍGONO UROGENITAL FEMININO TRÍGONO UROGENITAL FEMININO TRÍGONO UROGENITAL FEMININO PLANO PROFUNDO ▪ Músculo transverso profundo do períneo: massa de m. liso (Wendell-Smith, 1995) - origina na face interna do ísquio e insere no centro tendíneo do períneo e parede lateral da vagina OBS: Centro tendíneo: massa fibromuscular localizada entre o canal anal e a vagina. Local de origem e inserção para vários músculos. ▪ Músculo esfíncter da uretra: origem na superfície interna do púbis e insere na parede lateral da vagina ▪ Ao contrário do s homens, na mulher não tem ação esfincteriana, pois a uretra e a vagina estão acopladas. ** Exceto músculo uretro vaginal ▪ “ A secção completa do nervo perineal que supre este músculo não resulta em incontinência.” Músculos do trígono urogenital Músculos Inervação Origem Inserção Ação m. transverso superficial do períneo ramo perineal do n. pudendo tuberosidade isquiática centro tendíneo do períneo estabiliza o centro tendíneo do períneo m. bulboesponjoso ramo perineal do n. pudendo centro tendíneo do períneo e rafe mediana do bulbo do pênis (sexo masculino) ou centro tendíneo do períneo (sexo feminino) fáscia do bulbo do pênis e corpos esponjoso e cavernosos (sexo masculino) ou fáscia do bulbo do vestíbulo (sexo feminino) esvazia a uretra após a micção ou a ejaculação (sexo masculino) ou esfíncter vaginal (sexo feminino) m. isquiocavernoso ramo perineal do n. pudendo tuberosidade isquiática e ramo do ísquio túnica albugínea dos corpos cavernosos fixa os ramos do pênis (ou do clitóris). Auxilia a ejaculação (sexo masculino) e a ereção do clitóris (sexo feminino). m. transverso profundo do períneo ramo perineal do n. pudendo ramo do ísquio centro tendíneo do períneo estabiliza o centro tendíneo do períneo, fecha o hiato urogenital e participa da contenção visceral m. esfíncter da uretra ramo perineal do n. pudendo ligamento transverso do períneo (fibras superficiais), continuação das fibras contralaterais (fibras profundas) centro tendíneo do períneo (fibras superficiais), continuação nas fibras contralaterais, envolvendo a uretra (fibras profundas). Além disto, no sexo feminino, também nas paredes vaginais participa do controle da micção CENTRO TENDÍNEO DO PERÍNEO ( CORPO PERINEAL) ▪ O centro tendíneo do períneo ou corpo perineal é uma massa fibro-elástica de forma piramidal, com cerca de dois cm de diâmetro situado em posição mediana, no limite entre os trígonos urogenital e anal, ou seja, entre o bulbo do pênis (ou a vagina) e o canal anal. ▪ Sua base está em contato com a pele perineal e seu ápice aponta para o hiato urogenital. ▪ Vários músculos se prendem a ele, tais como os mm. transversos superficial e profundo do períneo, bulboesponjoso, pubococcígeo, levantador da próstata (ou o pubovaginal), esfíncter anal externo e o esfíncter da uretra mais as fáscias. ▪ Todas estas inserções, mesmo quando parciais, fazem do centro tendíneo do períneo uma importante estrutura de estabilização perineal. ▪ Na mulher, durante o trabalho de parto, ele pode ser rompido, embora permita uma significativa distensão perineal. ▪ Sua contração no exame físico demonstra a contração dos elevadores do ânus. ▪ Isto é evitado pela episiotomia, que é a incisão da parede posterior da vagina e da parte adjacente do períneo, ampliando-se a abertura para a passagem da cabeça do feto, de forma controlada e de fácil correção, a qual é feita imediatamente após o parto. EPISIOTOMIA ▪ Episiotomia ▪ É uma incisão efetuada na região do períneo (área muscular entre a vagina e o ânus) para ampliar o canal de parto. ▪ Seu uso se justifica em alguns casos, como necessidade de parto instrumentalizado, sofrimento fetal, acesso para fletir a cabeça do bebê. ▪ É geralmente realizada com anestesia local. TRÍGONO ANAL ▪ O trígono anal corresponde à parte posterior do losango perineal. ▪ Está dividido quase que completamente em duas partes simétricas e laterais por um conjunto de estruturas medianas, dispostas ântero-posteriormente (centro tendíneo do períneo, canal anal e ligamento anococcígeo) e que se estendem, em profundidade, da pele ao diafragma pélvico. ▪ As duas partes laterais são as fossas isquiorretais (ou isquioanais) situado entre a pele anal, inferiormente e o diafragma da pelve, superiormente. ▪ Canal anal: é a parte terminal do tubo digestivo, começando na flexura perineal do reto e indo até sua abertura externa, o ânus (do grego annulus = anel). ▪ O canal anal é provido de um complexo mecanismo esfinctérico representado pela alça formada pelo m. puborretal e pelos esfíncteres externo e interno do ânus.
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